A Temida morte

Sempre tive medo da morte… Quando penso nela me arrepio, não aceito, não tem jeito. Já tinha sentido a dor enorme de ter perdido minha avó, e achava ter sido a maior dor da minha vida. Ontem vivenciei uma maior… a ida do meu pai.
Ainda não caiu minha ficha, sei que a dor está aqui e vai continuar durante um longo período, mas queria muito poder fazê-la ir embora. A única arma que tenho é conseguir bloquear meus pensamentos na hora que ele insiste em me machucar. Não sei como nem porque mas acho que minha agonia de sentir dor é tão intensa que meu cérebro bloqueia meus pensamentos e o desvia do que vai me fazer sofrer.
Foi difícil ontem vê-lo voltar de onde ele veio, deixá-lo lá para sempre e saber que nunca mais estará comigo em carne e osso… é realmente muito, mas muito difícil. Foi bom saber que ele me esperou chegar aqui antes de ir embora, nos esperou chegar e lhe visitar ainda com vida, embora não pudessemos nos falar, e então no mesmo dia ele se foi.

Mas eu não disse adeus, disse “até um dia” e quando esse dia chegar vou poder dizer a ele o que não consegui dizer antes de ele partir, quero acreditar que isso vá ser possível, pois é uma das poucas coisas que realmente me consola. Espero que assim seja.

Obrigada aos amigos mais próximos que já sabiam e me mandaram emails e posts, só não tive cabeça ainda para respondê-los.

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