As diferenças

Impossível não comparar com o Brasil, afinal todas as amigas que converso que já tiveram filhos, são brasileiras. Já falei de algumas aqui, e hoje vou falar da mais recente que me tocou, o hospital.
Ontem fui visitar o hospital que eu terei a Luna, o St Lukes Roosevelt Hospital, eles fazem um tour com as mães para conhecer as salas de parto e pós parto. Descobri algo que eu nem imaginava, que somente planos de saúde super ultra VIP é que dão direito a quartos privativos. A maioria são quartos semi-privativos onde ficam duas mães. Já fiquei chocada aí, pois a última amiga que teve nenê que fui visitar, foi no Albert Einstein, então aquela imagem é a que ficou, um quarto enorme, só pra ela, sofá, lindo. Quando entrei no quarto, quase tive um treco, minúsculo, com aquela cortininha separando as duas mães, o que deixa ainda menor o ambiente quando fechada. HORRÍVEL de pequeno. É tudo limpinho, bem cuidado etc, mas mínusculo! Tudo bem, entendo que não se compara o metro quadrado de NY e SP, aqui a briga por espaço é imensa e deve ser realmente bem mais difícil ter tantos quartos disponíveis para tanta gente, mas PÔOOOOOOO I NEED SPACE!
Também soube que a mãe quase não se separa do bebê, ele desde que nasce fica na sala com ela o tempo inteiro. Como é semi privativo, o pai tem que ir embora às 10 da noite. BUÁAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA. Ok, Ok, eu vou me conformar até lá… mas ainda estou em estado de choque com as revelações de ontem. Lá tem também o Birthing Center, que são quartos para mães que escolhem ter parto totalmente natural, sabe como aqueles de antigamente, que a parteira ia na casa? Pois é, o quarto é igualzinho um quarto de casa, com cama de casal, moveis e banheira de hidromassagem, para vc literalmente se sentir em casa. O parto todo acontece na cama de casal mesmo, e você só fica no hospital por 18 horas e já é liberada. Tô Fora, eu preciso de tudo que for para aliviar as dores, sem anestesia totalmente natural, não é pra mim não. Outra grande diferença é que aqui não existe aquela preocupação exagerada com as estrias. A médica nem toca no assunto, os livros dizem para usar cremes devido as coçeiras que ocorrem quando a pele se estica. Estrias terá quem tiver tendência e não há nada que se possa fazer para evitar ou amenizar. Antes de escolher minha médica fui em 2 diferentes e todos me disseram o mesmo: Se você tem tendência a estria, pode se lambuzar de cremes que não vai adiantar nada, ele só vai amenizar a coçeira mesmo. Já no Brasil é completamente diferente, falou em gravidez, já logo pensa em estrias e mil cremes para combater.
Sobre os ultrassons eu já falei e ontem soube que agora que estou na 20ª semana, não farei outro até a 36ª. Até lá, nas visitas, ela usará um aparelho que se ouve através da barriga os batimentos cardíacos, (sonar) pois era pra isso que ela fazia os ultras no consultório antes, era a única maneira de ouvir o coraçãozinho. Como nós nunca ficamos com os exames, eu nunca sei quais são os batimentos, medida etc, aliás no último, o morfológico, nem saiu a medida total. No Brasil as mães acabam ficando mais informadas, pois fazem os ultras no laboratorio e recebem o relatório completo do exame.
Bom o negócio é segurar a onda, e imaginar que tudo isso tem uma grande recompensa depois: cidadania americana. A Luna não terá que passar por absolutamente nada daquela chatisse de vistos para vir pros Estados Unidos.
UPDATE: Respondendo à pergunta da Luciana nos comentários, o hospital que escolhi é considerado um dos melhores para ter bebê aqui em NY e tem apenas 6 quartos privativos, mas você paga 400 dólares a mais na diária além do que o convênio cobre, e não é garantido que no dia do parto, essas 6 salas privativas estarão disponíveis.

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