Na minha opinião, racismo é algo que sempre vai existir. Aqui nos EUA a coisa é um pouco pior do que no Brasil, mais declarado ao menos, talvez no Brasil seja igual, mas é mais mascarado. Por mais que seja o correto pensarmos que todos são iguais, como é isso se na prática os direitos, as oportunidades, não são iguais pra todos?
Sempre fico na dúvida quando vou me referir à uma pessoa negra. Negro é uma palavra ofensiva? Eu odeio o tal do African-American. Porque temos que nos referir às pessoas pela sua raça, seria isso racismo? Não acredito, pois acho que apenas é uma forma de darmos mais detalhes usando o que as difere da maioria. Por exemplo, eu posso dizer aquele Japa, aquele Negro, aquele Branquelo. Apenas porque é o que os diferenciam (com mais evidência) da maioria das pessoas. Claro que depende como é dada a entonação, e também o sentido da frase, mas ainda assim, me assusto sempre que quero dizer negro, mas não sinto o mesmo quando digo japa, china, branquelo.
Como os negros vão se sentir iguais aos brancos se na realidade a maioria da população de menor renda aqui são eles? Triste é a renda ditar isso, mas na realidade é assim mesmo que acontece, dinheiro, dinheiro dinheiro. A maior diferença que vejo entre a raça negra do Brasil e dos EUA é o comportamento social. Talvez por toda discriminação, humilhação e a luta pela igualdade, tendo que se impor na marra, justifique o comportamento deles hoje. O que sinto é que eles demonstram e agem de uma forma como se não temessem nada e ninguém, que podem fazer o que querem, da maneira que querem, e também falar o que querem. Aliás, os negros aqui, são super racistas e não fazem questão de esconder. Já fui chamada de “branca”em tom pejorativo várias vezes, e essa semana aconteceu com o Sergio algo similar. Ao subir pela escada do prédio com as mãos totalmente ocupadas, ele fez uma acrobacia pra conseguir abrir a porta, e não conseguiu segurá-la, e nem tinha visto que atrás vinha alguém. Assim que ele soltou, ouviu atrás dele: “Quando tem alguem atras de você, costuma-se segurar a porta”. Ele contou até dez, e respondeu: “Minhas mãos estão completamente ocupadas” e o rapaz respondeu: “Se você a desocupou para abrir a porta, deveria ter segurado”. Quando o Sergio subiu e saiu no andar, e a porta da escada estava se fechando, ele ouviu “Seu branco cuzão”.
Agora imaginem se fosse o contrário? Se ele tivesse dito “seu negro cuzão”. Acho que estaria na cadeia até hoje, mas se ele fosse na delegacia reportar racismo contra ele, o policial iria rir com certeza. Aqui percebo que os negros intimidam mesmo, seja pela maneira que eles falam, discutem, andam, olham. Eles agem como se mandassem no pedaço, e quem estiver incomodado que se afaste, e se reclamar vai ouvir o que quer e o que não quer.
Aqui é tudo bem segregado, branco de um lado, negros de outro. Não tem pardo, mulato, café com leite, ou é branco ou é negro. Cabeleireiro de negros são apenas pra eles, específicos. Eu trabalhei com uma amiga negra e adorávamos falar sobre isso, das diferenças entre racismo daqui e do Brasil, entre os comportamentos, e eu até aprendi um monte de gírias, de negros 🙂
Sou contra cotas separadas para negros nas universidades, sou a favor das cotas para as pessoas que necessitam financeiramente de apoio para estudar, independentemente da cor, ou da raça. Pelo que vejo, sempre existirá essa diferença, até o dia que todos tiverem acesso a educação igualmente.
Racismo
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Aqui, racismo nao da cadeia. Soh no Brasil. Chamar de negro cuzao ou branco cuzao eh um direito de todo mundo, aqui. Eu acho isso errado.
Bom, aqui sempre ouvi dizer que é muito facil vc responder um processo de racismo se chamar a pessoa apenas de Negro….
Concordo com tudo. Mas, vim aqui, para recomendar um colírio para essa paulista de alma pernambucana: http://jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,15124,00.html. Beijos!
Xi, não sei se você vai conseguir entrar… Tenta http://www.globo.com/jn e clica na janelinha sogbre Recife!
Concordo 100%! E quando os negros começam a sacudir a cabeça de um lado pro outro quando estão falando? Engraçado é que eles conseguem sincronizar o balanço com a fala…
Fico sempre esperando eles (mais elas na verdade) quebrarem o pescoço, lembro sempre da Fat Family (lembra deles?)
E eu nunca consegui pedir uma pizza nos EUA pq todas as vezes não conseguia entender o que eles falavam com aquele “sotaque” irritante e pretensioso.
Agem querendo intimidar… Agora oooooolha minha cara de preocupada!
Felizmente não são todos.. conheci vários negros nos EUA maravilhosos, falado “normalmente” e agindo de igual pra igual… adoro eles e sinto muita falta.
A verdade é que indiferente do país, ou seu grau de desenvolvimento, o racismo sempre estará enraizado. É a sociedade que não quer mudar. Um abraço!
Vixi, este assunto é pra la de polemico e complicado. Quanto ao racimo no Brasil, ha 30 e poucos anos a extinta revista Realidade fez uma ediçao especial sobre o assunto. Dava para sentir na pele (sem trocadilhos) o problema do racismo camuflado. Acho que não udou muito não. Quanto ao post de baixo… Ai, quer dizer que NÃO posso cantar atirei um pau no gato? nem na versão politicamente correta (não atirei um pau no gato…)? Bzus mil.
Ah, esta historia de racismo é prá lá de polêmica. A extinata Revista Realidade (faz uns 30 e tantos anos) fez uma matéria enorme sobre o assunto. Dava para sentir na pele (sem trocadilhos) o tamanho do problema. Um preconceito bem camuflado. Agora, o comentario mesmo é sobre as musiquinhas… Quer dizer que não posso mais cantar atirei um pau no gato? Nem na versão politicamente correta?(NAO atirei um pau…) Bzus mil.
ops, saiu duplicado! Apaga um, né? E que eu tinha cancelado, para arrumar o “emala”, que tava errado… Acho que teclei o cancelar tarde! kkkk
Você falou tudo Mônica. Também acho um absurdo essa história de cota em universidades erroneamente aplicada para negros, pois nem todo negro no Brasil é pobre . È ruim até para eles, aceitarem essa condição de que todo negro é burro e precisa de um empurrãozinho para ter acesso a Universidade Pública.
abçs
Monica, infelizmente a maioria dos negros que conheco aqui sao racistas. Muitos deles sao Africanos, Guianenses, Haitianos e outros nascidos aqui. Eu nao sou negra, nem branca, sou uma mistura entre os dois e fui insultada pela minha colega de trabalho. Eu trabalho em Newark para a Cidade e a maioria dos trabalhadores sao da raca negra. Quando estava conversado com a tal, ela brincando (assim falou ela) me falou que tem muitas pessoas como eu aqui na cidade com um ton de que estamos (hispanos e brazileiros tomando os trabalhos deles). Brincadeira, mais seria, me intendi? Eu perguntei a ela, Voce e racista? Para ver se ela sentia na pele o que acabou de me dizer. Isso nao e a primeira vez que isso passa comigo. Infelizmente, eles sao racistas eles mesmos e as vezes acho muito complicado trabalhar com eles por esta razao. No Brazil, nunca senti isso. Voce acha que tendo um presidente de raca negra melhoraria as coisas por aqui? Beijos …
Racismo e um assunto muito complexo e amplo.
E muito dificil se auto intitular nao racista, porque as vezes nos pegamos em situacoes e pensamentos que percebemos que existe em nos algum resquicio racista …
Eu acredito que a grande diferenca do racismo no Brasil e nos EUA, nao e maneira com a qual o branco enfrenta isso, e sim a maneira pela qual o negro enfrenta , enquanto no Brasil o negro procura ter um comportamento como o branco , ou seja tenta se aproximar … nos EUA o negro procura cada vez mais distancia, tenta se diferenciar, mas faz isso de forma agressiva e acaba acumulando pontos contra eles mesmos … se comportando de modo agressivo, grosseiro, impositivo e arrogante … sim, existem excecoes . Mas o que a grande maioria negra tenta nos passar e exatamente isso : “Que os brancos devem engoli-los ” EU entendo que sao anos de opressao, anos de discriminacao, que nos EUA ao contrario do Brasil nao houve miscigenacao, qua praticamente nao existe o mulato … Mas nao acredito que “cravar” um IPOD com Rap no ouvido, ser grosseiro, usar calcas e camisetas XXXG nao ira leva-los a nada , e preciso sim lutar contra o racismo, e uma luta ardua, morosa, mas com certeza essa nao e a melhor forma …
A intimidacao que os negros aqui tenta causar nas outras racas (nao so em brancos) gera mais e mais preconceito !!!
Ontem minha colega de trabalho (americana de descedencia chinesa) … voltou do almoco, falando : I HATE WHITE GIRLS …
Enfim … somos seres humanos ??? nao e isso ???
Beijos
http://www.twotomatoes.com/site/
Essa cantora é nota 10 para as crianças! Às vezes, rola show em NY!
Mônica,
que pena!!! Minha amiga parou de cozinhar e agora só cuida de cães, gatos e cia. Que pena mesmo pois era muito boa a comidinha dela. Resta o restaurante no Soho que alimentou muito meu barrigão de grávida com banana da terra, pudim, arroz e feijão com couve e costelinha. Vou pegar o nome e o fone com o pessoal do escritório. Será que a Cristiana lembra o nome???
beijos, Graziela
Vixe!!! não posso deixar de comentar. Adoro s/blog, mas as vezes discordo de ss/afirmações. Racismo infelizmente é algo complexo que vem lá dos primórdios da ignorância da Humanidade. Eu não acredito em raça branca, raça negra, e sim na Raça Humana. Acredito sim que um dia esta questão irá acabar, ainda que daqui há mil anos, acredito que a inteligência vencerá, o bom conviver, a aceitação de que todos merecemos ser o que somos e dignos, independentes da cor da pele ou da situação geográfica. Desculpe minha ignorância, mas como afirmar que todos descendentes da Africa são de etnia negra? Deve ter explicação na antropolo…sei lá. Conheci africanos de etnia branca do Congo e Angola. Quanto os negros americanos, os admiro demais, embora não concordo com estes q usam as mesmas armas que os brancos usaram contra eles, mas sei que estão avançando , já aqui no Brasil a coisa tem ido “devagarinho, devagarinho” como diria Martinho da Vila, mas a população de etnia negra é maioria e cada vez aumenta mais. O homem mais rico do mundo já não é mais o Bil Gates, etnia branca, mas sim um Mexicano. Eu negra que sou, sou muito mais respeitada quando procuro um emprego hoje do que quando há 38 anos atrás, fui preterida por uma menina linda e loura que sabia atender o telefone e eu não. Porém ela foi solidária a mim, não aceitou áquele emprego porque tinha outra opção e eu meses mais tarde consegui o meu primeiro emprego ganhando o dobro!!! A Humanidade tem avançado, felizmente.
Ola, querida!! me desculpe a invasao. Estava procurando cursos nos EUA e entrei aqui nem sei como rs. Gostaria de saber se vc poderia me ajudar. Pretendo fazer um curso de ingles ai, no mes que vem, mas nao estou conseguindo encontrar nenhuma escola pela net. Tenho uma filha de 3 anos e ela vai conosco. Sera que vc poderia me dar uma informaçao sobre isso? Mais uma vez peço desculpas pela invasao.
O seu blog é muito instrutivo.