I Love Paraisópolis e NYC

Confesso que estou achando o máximo ver minhas duas cidades na nova novela das sete. Mesmo depois de 16 anos aqui, toda vez que vejo NY na TV, me faz sentir um orgulho enorme de fazer parte desse cenário. Tenho que me abstrair das coisas absurdas que acontecem, claro, como por exemplo todos conseguirem encontrar a mocinha e os bandidos no Queens com apenas uma pista: eles estão no Queens. Como se lá fosse um bairro pequeno, e pior, só tivesse uma estação de metrô. Com 22 linhas de metrô em New York, 14 delas passam por lá, e com uma estimativa de 2 milhões de habitantes, seria bem difícil acertar onde descer e qual linha pegar. Outra grande ficção é a denúncia de imigrantes ilegais, como foi mostrado no capítulo de sábado passado, o processo não é tão simples como parece. Para denunciar um imigrante ilegal, leva-se tempo e a maioria das denúncias nem são averiguadas. Vamos falar do roubo da bolsa, se é que podemos chamar de roubo, afinal a mocinha largou a bolsa junto com as outras falsificadas que estavam sendo vendidas. É assim mesmo, se a polícia se aproxima, os vendedores, como num passe de mágica, guardam tudo e somem em questão de segundos. Em muitos lugares eles tem olheiros nos quarteirões próximos, que avisam quando tem polícia se aproximando da área, assim dá tempo de fugirem e evitar o flagrante.

O que dizer de São Paulo então? Aquela imensa favela no meio da cidade com helicóptero de gente rica descendo para fazer proposta a traficante? Bem, ao menos a parte rica da novela está sendo bem fiel a realidade, gente esnobe, metida a besta, que deixa os filhos aos cuidados ds babás, fazem a ponte aérea NY-SP com a maior facilidade,  jamais pegando trânsito para chegar ao aeroporto de Cumbica.  A realidade brasileira está bem mais fiel do que a americana, isso é fato.

 

 

No Playground com a Suri Cruise

E no final de semana passado, fomos no mesmo playground onde estavam Suri Cruise e Katie Holmes. Levei um susto e a primeira coisa que fiz depois de me recuperar, foi tirar uma foto, já que Suri observava de perto o castelinho de areia que a Luna estava construindo com o pai. A segunda, foi procurar a movimentação em volta delas e para minha surpresa, não havia nenhuma. Onde estavam os seguranças? E as babás? E os Paparazzi? Achei tão estranho não ter ninguém com elas, que fiquei observando durante um tempo todos as pessoas que estavam alí e as que estavam do lado de fora. Em um certo momento achei que o rapaz na foto ao lado de Katie, era algum segurança, já que a vi conversando com ele, mas depois o vi indo embora de lá com quem deveria ser sua filha.

A Katie é linda! Suri também, mas acho que a beleza dela não se destaca tanto assim das outras crianças que por alí estavam, já a Katie… era outra história. Super elegante, simpática e linda. Uma mãe como todas nós, sentada no banco apenas observando a filha brincar, seguindo seus passos com os olhos e mesmo quando ela se afastava não havia neura alguma, ela apenas levantava para se certificar que não iria perde-la de vista.

Suri então resolveu se aventurar em um brinquedo em que as crianças sobem até seu topo e de lá escorregam por uma barra de ferro para voltarem para o chão. Ela ficou alí um tempão tentando, ou criando coragem, então Katie resolveu subir no brinquedo e lá de cima onde ficou no mínimo uns vinte minutos, ficava encorajando a filha de fazer o oposto, subir pela barra de ferro. Eu estava de longe, não dava pra ver nem ouvir os detalhes mas o que parecia era que Suri ainda não estava pronta. Foi quando a Luna resolveu ir no brinquedo e eu corri lá para baixo para espera-la descer e fotografar. Quando ela desceu, bati palmas e elogiei, foi então que Suri resolveu finalmente subir a barra, para a enorme surpresa da mãe. Katie vibrou com o feito, tentou tirar o celular da bolsarapidamente para fotografar mas não deu tempo e a brava Suri reclamou que a mãe não registrou o momento tão importante! Achei o máximo a simplicidade de Katie que estava alí sozinha com a filha, sendo mãe como qualquer outra e sem precisar de ajuda nem se descabelar porque a babá não estava lá para ajuda-la, era ela quem estava com as mãos ocupadas segurando o vestido e as sandálias da menina. Depois de um tempinho, Suri começou a brincar com umas crianças que estavam no parque, e chamaram a Luna para ajudar com a brincadeira de levar areia para a água, mas Luna esnobou e disse que queria brincar sozinha. Em todo o tempo que ficamos por lá ninguém assediou, apenas duas moças vieram pedir um autografo bem discretamente, mas a minha impressão era de que ninguém tinha percebido quem estava alí a não ser elas e eu!

Na hora de ir embora a mamãe tirou a toalha da bolsa, secou e vestiu a filha. Ela, como toda criança saudável e normal, fez sua birra para não ir embora e brincar um pouquinho mais.


Katie com a filha. Bolsa e toalha no chão


Katie encorajando Suri a subir pela barra

Good Bye Summer

E estamos começando a despedida do verão. O sentimento de que esses dias de calor, parquinho, água, passeios de bicicleta, estão chegando ao fim, é assustador. Estamos esquecendo um pouco as regras de horários e tentando aproveitar enquanto ainda dá tempo, como por exemplo, ir dar uma volta na beira do East River a noite, com a Luna no carrinho, e aquela temperatura maravilhosa que só me faz pensar em sentar em uma das mesinhas, ficar observando a vista maravilhosa e vendo o tempo passar. Já fizemos isso duas vezes, em uma delas, Luna dormiu com a brisa deliciosa no carrinho e nós ficamos lá contemplando a noite e a lua que tem nos presentado com belíssimas cenas.
Obviamente não fomos nem na metades dos lugares planejados na listinha do verão, eu principalmente que aproveitei em vários finais de semana os passeios da Luna e Sergio, para ficar em casa descansando com minha barriga. Nessa última semana aproveitando que Luna está de férias, fizemos nós duas alguns passeios juntas pra compensar os que fiquei em casa. Foi ótimo.
4 de julho – Nelson A. Rockefeller Park Playground
Visitamos o Nelson A. Rockefeller Park para comemorar o 4 de julho. Passamos a tarde no playground fotografando a pequena, e a noite na hora dos fogos fizemos um “pizzanic” na grama.

Em junho, Bryant Park com o Clifford

Central Park em Junho, Carrossel e Alice


Pier 6 – Um parque novo no Broooklyn, super legal e diferente.

Playground Rio Hudson no pier 51

Welcome Back

Estamos de volta. Um frio de -17 (sensação térmica) de boas vindas, que dá até medo pra quem está saindo de um verão escaldante de SP. A viagem foi boa, viemos pela Delta, que eu acho uma porcaria, e Luana voltou pra cade depois de 4 meses com a minha mãe no Brasil. Veio no cargo, pela segunda vez na sua vida. Dá uma dor no coração ver a casinha dela alí na esteira, ainda mais porque estou acostumada a te-la comigo sempre na cabine.
Dei maracujina pras duas, mas o efeito na Luna foi o contrário. Ficou acordada até uma da manhã, abrindo e fechando a janelinha do avião, pegando as revistas que ficam na frente do asento, apagando e ascendendo a luz, subindo e descendo do meu colo. Quando a janta chegou, ela cismou de enfiar umas alfaces na boca, e fez tão profundamente, que vomitou bem em cima do meu jantar. Da-lhe pedir pras aeromoças (que de moças não tem nada) pra recolher tudo antes mesmo de terminarem de servir o restante dos passageiros. Logo depois, Luna finalmente apagou, eu apaguei e o Sergio também. Ruim é ficar com ela no colo, posicao incômoda demais. Pedi pra moça do checkin algum lugar de 3 que nao tivesse alguem no meio, assim sobraria um lugar pra Luna. Nunca tem, sempre dizem que o vôo está lotado, que estava até com overbooking. Obvio que depois que fecharam as portas, no meu passeio até a galley, vi duas fileiras com um lugar sobrando no meio. Alguém tem alguma dica de como conseguir isso? Pois duvido que tenha sido sorte… algumas pessoas tem a manha mesmo de fazer de algum jeito que consegue ficar na fileira sozinho.
Sempre bom estar em casa, agora é hora de botar tudo no lugar, voltar a realidade, encarar o frio, e ter forças, pois o ano está só começando.

Uma bela tarde

Sábado foi um dia proveitoso, fomos pedalar pelo Central Park e o Leo nos acompanhou, mas de patins. Ele ainda está aprendendo, fiquei olhando e me lembrando quando eu comecei, o desespero de encontar uma descidinha pela frente, o frio na espinha quando o desequilíbrio era mais forte. Vejam as fotos.

Foi até engraçado o episódio da minha primeira volta no quarteirão de patins. Saímos eu e o Sérgio, ele todo com proteção nos joelhos, mãos e cotovelos e a espertona aqui, sem nada. Poxa, era apenas uma voltinha no quarteirão, o que iria acontecer? Aconteceu de tudo. Saí de casa que fica no meio do quarteirão e fui até a esquina na boa, mas percebi que não conseguia brecar. Claro segurei no poste para parar. Quando fui começar a andar novamente, caí que nem um pastel no chão, consegui fazer isso parada… Ok, cotovelo raladíssimo mas firme na decisão de finalizar a volta. A rua que eu iria virar agora, era uma descida e o Sergio foi todo seguro andando rápido e brecando numa boa. Eu na calçada pegando velocidade, sem conseguir brecar só mirando o próximo poste para poder servir de freio. Como eu vinha muito rápido, eu segurava no postinho e ficava rodando em torno dele, ridículo. Isso foi se repetindo até eu conseguir chegar ao final dessa rua maldita. Ok, a próxima é reta, fizemos direitinho. Quando chegamos na última etapa, uma subida, o Sergio emperrou. Fez o mais difícil que era descer brecando, mas não conseguia subir. Era minha vingança subi linda e formosa, e quando olho para trás ele estava ajoelhado no chão. Resolvi parar para ajudá-lo, mas vocês lembram que não sabia brecar né? Ok, no meio da rua, meu freio foi segurar em um carro estacionado, que para completar, disparou o alarme. Isso às 11 horas da noite, não tive dúvidas deixei o Sergio lá e subi correndo feito louca para escapar do mico do dono do carro me ver. Cheguei em casa finalmente depois dessa “aventura” e fui fazer um curativo no cotovelo. Logo chega o Sergio, com patins na mão e de meia… Não conseguiu encarar a subida 🙂

Depois disso, nunca mais caí, apenas balancei, torci, abaixei, mas chão nunca mais. Quando pegava velocidade nas ladeirinhas do parque e o desespero batia, eu só ficava olhando a grama, para escolher qual o melhor lugar para me jogar caso não conseguisse parar.

Enfim, ontem o Leo aprimorou suas habilidades e aproveitamos uma tarde muito gostosa com direito a piquenique, passeio de bike pelo parque e a volta pela beira do Rio. Amei! Isso é o verão em uma cidade que lhe proporciona uma qualidadede vida imensa. Nos divertimos a tarde toda, sem gastar um tostão e apreciando espaços públicos que nos é oferecido e que funcionam muito bem e são muito bem frequentados. Viva NY!

Declaração a NY

iloveny.gifNesse mês fez exatamente 5 anos que eu vim para essa cidade dos sonhos. Me lembro perfeitamente do dia que cheguei, um mix de sentimentos. Alegria por estar finalmente em New York, mas bastante desconfiada e triste por imaginar que nos próximos anos a minha vida seria alí, essa seria minha cidade, minha casa, minha vida. Chorei bastante aquele dia e os dias seguintes também, com a saudade da família, com a procura de apartamento que era super difícil, com a adaptação ao frio, comida e à nova vida. Nos primeiros dias o Sergio trabalhou muito e eu no apto ainda sem computador e sem telefone, era realmente terrível, só jogava meu playstation que fiz questão de trazer, dormia e via TV.

Aos poucos fui me apaixonando, conhecendo cada local, os restaurantes, as praças, as estações. Hoje depois de tanto tempo aqui, posso dizer que esta cidade realmente está no meu coração. Adoro caminhar por suas ruas, parar nos cafés, ver os cães brincando nas praças, poder andar na rua sem medo de ser assaltada, utilizar o metrô tarde da noite, enfim, são inúmeras as coisas que realmente me fazem ficar aqui.

Muita gente que vem do Brasil, acha o metrô um lixo, eu já acho um charme com aquele jeitão meio descuidado, aquelas pessoas típicas nova iorquinas, mal educadas, até elas fazem parte do cenário. Antes eu achava que estando no Times Square era quando vc sentia que realmente está em NY, mas hoje muitas outras coisas para mim me fazem sentir que realmente estou aqui. Os prédios, as bicicletas presas nos postes, as paredes pixadas, alguns detalhes assim, que dão a cara de NY.

Me lembro que a primeira vez que deitei na grama do Central PArk com a minha irmã e dormimos por 3 horas, quando acordei, me senti a pessoa mais feliz do mundo. No meio de uma cidade louca como essa, plena tarde de primavera, nós dormindo sem preocupação no mais famoso parque do mundo. Outra coisa que me chama muito a atenção é que no verão, quando anoitece várias pessoas vão aqui no Prospect Park fazer piquenique ou um jantar romântico com vinho, somente com a luz da Lua, sentados na grama. Fora no verão, os telões no Bryant Park, em plena 42nd Street, esperando o sol ir embora para passar clássicos do cinema e muitas pessoas sentadas em cadeiras, grama, todas reunidas para assistir ao espetáculo. Algo que me surpreendeu no início, foi ver como as pessoas comem na rua, nas praças, no metrô, sem cerimônia alguma. O pessoal do trabalho ñão podia ver um sol, que ja queria comer na praça, e chegavamos lá, a grama lotada de gente, de todos os tipos, desde executivos engravatados até o mais esquisito ser humano, sentados com seus sanduiches, comendo e conversando. Acho que poderia ficar aqui horas falando sobre essa cidade, apenas citei algumas existem milhares mais, venha e descubra!

Sem cerimônias, that’s New York. E quando perguntamos pra alguém, por que é tão apaixonado por NY? Quase sempre as pessoas não sabem o que responder, apenas amam essa cidade, que realmente nos cativa, aos poucos vai nos conquistando sem que a gente perceba como e porque.

JFK

Semana passada fui ao aeroporto JFK pegar a passagem da minha mãe e tirei algumas fotos das reformas que estão sendo feitas por lá. O Airtrain está sendo construido para ligar os terminais do aeroporto à estação de metrô, trens e ponto de ônibus, afinal são 9 terminais no total, e para ir de um ao outro ou chegar até os terminais vindo do metrô, é preciso pegar um ônibus. Me lembro uma vez que o Sergio estava super atrasado para pegar o vôo e precisou ir até outro terminal para descarregar uma carga, teve que pegar um taxi, pois o ônibus demora um pouco para chegar.

Como bem diz o nome, é um trenzinho que fica elevado do solo, mas os primeiros testes de limite de velocidade não foram muito bem sucedidos, o trem descarrilhou. Como tinham colocado tijolos para simular o peso de passageiros, quando ocorreu o acidente, os tijolos deslizaram para frente, matando o operador que realizava os testes. Devido a isso, os testes foram adiados e a obra atrasada.

Na verdade eu acho que deveria ter um trem expresso do aeroporto para os principais lugares da cidade, afinal Airtrain fará somente a ligação entre os terminais e as estações, pois para chegar ao aeroporto ainda teremos que fazer a longa viagem de metrô, claro se não quiser pegar um táxi. Nos horários de pico em véspera de feriados, é uma tarefa bem árdua achar um táxi disponível na cidade, portanto nessas situações, é bem aconselhável sair com MUITO tempo de antecedência.

Sonho de Consumo

Aqui estão outras fotos que tirei na sexta feira. Eu adoro esse prédio, ainda vou morar lá um dia!
Estava conversando com um amigo que veio me visitar, que quem não conhece NY não imagina que vá encontrar um lugar como esse aqui nessa cidade maluca, ele concordou, nunca imaginou que fosse assim. A maioria das pessoas vêem NY como são Paulo, uma cidade cheia de prédios e um centro financeiro. Acho maravilhoso esse contraste, lá no meio aquela loucura, pegando fogo, e aqui nesse lugar, a maior paz…

Acho que é isso que falta em São Paulo. Lugares como esse, e como as praças que temos aqui. Lembro que achava super estranho ir almoçar e ver executivos almoçando sentados nas gramas dos parques comendo um sanduíche, dentro daquele terno e gravata. Alguém se imagina almoçando na grama daquela pracinha ali da Berrini? HAHA hilário. Iriam me chamar de maluca.

Esses grandes contrastes é que fazem NY encantadora. Vejo muita gente dizendo que é apaixonado por NY, e quando questionados porque, não sabem responder. Às vezes sinto isso também, amo tanto essa cidade mas é dificil listar os motivos que me fazem adora-la. De vez em quando alguns deles me vem a mente, e esses são uns deles. O contraste, a liberdade.

Sem Graça

Agora as roupas tem taxa aqui em NY 🙁
Não gosteeeeeeeeeeeeeeeeeeeeei!!
Era tão bom antes ir a loja ver o preço e saber que era aquilo que ia pagar e ponto final. Antes somente acima de U$100,00 é que a taxa era cobrada, agora como a cidade está precisando de grana, estão botando taxa em tudo.
Uma peninha…