Congonhas, não!

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Vi no blog da , e achei ótimo.
Não voe por congonhas, é o mínimo mesmo que podemos fazer como cidadãos. Claro que não é prático ir pra guarulhos, nem barato, mas se eu, você, o vizinho, a vizinha começarmos a fazer, o vizinho da vizinha também faz e por aí vai, quem sabe algo não pode mudar?
Não custa esse esforço a mais da nossa parte para contribuir com algo que é pro nosso próprio bem. Vamos deixar a comodidade e o egoísmo de lado, e lutar por isso, sacrificando um pouco o nosso lado. No pain, No gain.

De novo… (updated)

Mais uma tragédia na aviação. Todos estavam falando que algo iria acontecer, mas não imaginei que seria tão cedo. Menos de 10 meses após o acidente da GOL, mais um para bater o recorde, segundo as estimativas.
Nessa hora, quem tem familiares na aviação é quem treme na base. Assim que eu vi na Globo.com, já fiquei de orelha em pé, mesmo sabendo que minha irmã não estaria voando hoje. Graças a informação errada do jornal da globonews, eu não me desesperei. Estavam noticiando que era um avião de carga, da Tam Express. Misturaram tudo, o local onde bateu, com o avião, e ainda soltaram a pérola que não seria um avião de grande porte, apenas um airbus 320. Assim sendo, nem ela, nem o Emerson (meu cunhado e piloto) estariam no avião. Mesmo assim liguei, e no momento que falei com ela, soube que era avião de passageiro. Ainda bem que soube disso depois que já estava aliviada por estar com ela ao telefone. Estamos no aguardo da confirmação de uma amiga dela que estava no vôo, que até esse momento não deu notícias. Estava grávida de 6 meses. Sim, ela estava no vôo, infelizmente… saiu na globo.com uma reportagem sobre ela.
Agora serão mil especulações até sair (se sair) o verdadeiro motivo do acidente, acusação daqui, acusação dalí, meses falando no assunto, e nós sempre sabemos onde isso tudo vai dar. O que fica é mais um trauma para nós que temos medo de avião, para os moradores da região e para os trabalhadores, que estão lá todos os dias.
Força aí pessoal.

Por que eu amo NY? (updated)

Porque NY é sensacional
Porque aqui, temos milhões de maneiras de nos divertirmos em lugares conservados, com segurança, gratuitamente e ainda assim, bem frequentado.
Porque a vista do Rio Hudson é divina
Porque temos parquinhos públicos para crianças, onde tem brinquedos que vendem em lojas, como carrinhos, baldes de areia, andadores, que são do parque e ninguém rouba.
Porque no verão vários eventos proporcionam ao povo muita diversão e cultura gratuitamente.
Porque podemos dançar à beira do Rio Hudson, sem ninguém te achar o ser mais brega do mundo.
Porque podemos ficar à vontade com a nossa filha no playground, sem ter que ficar de olho arregalado nas nossas coisas com medo de um trombadinha levar embora.
Porque podemos ser nós mesmos, sem pensar no julgamento dos outros.

Luna se divertindo no parquinho, esses brinquedos todos no chão, são do parque.

Nada mal balançando com a vista do Rio Hudson

O pessoal começando a entrar na pista para o “family dance”. A banda toca e quem quiser dança.
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Eu e Luninha na “family dance”
Olhem que romântico… não pude deixar de filmar, eu adoro essa liberdade. Dança no Hudson.
Cris, lembramos muito de você nesse fim de semana!
ÁLBUM DE FOTOS Sábado no Hudson.

A praticidade até na língua

Praticidade sempre, esse é o lema dos americanos. O que der pra facilitar, estão fazendo, parece uma eterna corrida contra o relógio, onde tudo tem que ser otimizado, até a língua.
Eles adoram siglas. E olha que muita coisa em inglês, eu diria a maioria, sempre é menor do que se falassemos em português. Tudo já é reduzido, mas eles precisam reduzir ainda mais. No ambiente de trabalho, na troca de emails, muitas delas são usadas, então não faça cara de desentendido, quando receber emails com as seguintes:
ASAP – As soon as possible (os clientes adoram essa)
EOD – End of day (também adoram pedir tudo pra EOD)
OOTO – Out of the Office
OMG – Oh My God (também amam falar isso com aquela cara de espanto típica)
BTW- By the way (a propósito)
AFAIK – As Far As I Know (até onde eu sei)
DOB – Date Of Birth (data de nascimento)
MGT – Management (gerenciamento)
COB – Close of Business
BRB – Be right Back

Hi Batman!

Mr. Batman voltando de um dia de trabalho. Rosto suado, passos apressados onde será que iria nosso super herói? Só mesmo em Nova Iorque para topar com ele na rua e só você olhar, afinal aqui não é nada demais encontrar com o Homem Aranha, Super Homem, Mulher Maravilha nas ruas fora da época de Halloween, reparem que ninguém olha. Pena que não deu tempo de tirar a foto de frente, para mostra-lo como nós, seres normais, de rosto suado, ar cansado e a típica pressa do novaiorquino.

Space Bag – Verão 2007

Esse ano foi atrasado que tirei minhas roupas de verão do armário. Estava revezando 5 blusinhas brancas e 1 preta durante o final de Maio e começo de Junho. Era uma opção que eu tinha que fazer, final de semana eu saia com o Sergio e Luna, ou ficava o dia inteiro arrumando roupas. Domingo passado finalmente comecei a empreitada, mas só fui acabar hoje, uma semana depois.
Na mudança alguns deles rasgaram e eu não lembrava, então como as roupas de inverno requerem mais unidades, eu tive que deixar a maior zona no meu quarto até comprar mais. Enfim, hoje consegui riscar mais essa tarefinha da minha To-Do list. Agora de 100, tenho apenas 99 pendências 🙂
Ai que preguiça, queria dormir por 3 dias seguidos para recuperar o fôlego.

Zum zum zum neurótico

Coisa de americano. Lançamento do Iphone, e fila há 5 dias na frente da loja. Pra quê? Vai ser edição limitada? Vai esgotar? Não, é por que são neuróticos mesmo. O primeiro da fila é o bobo da corte, sempre fica como primeiro em filas de grandes eventos, para aparecer na mídia. Devia ser o primeiro na fila do psiquiatra também. Nem tem interesse no Iphone, nem vai comprar… é só pra ser o primeiro e aparecer no jornal.
O telefone é legal? É! Maravilhoso? É! mas tem pra todo mundo! pra que essa neura? Juro que não consigo entender. Hoje no Soho, a fila já estava virando o quarteirão. Aí jajá eles compram a primeira leva nessa ansiedade desvairada, e sempre os primeiros apresentam problemas. Começa a fazer update de firmware e por aí vai. Não dá pra esperar sair, darem uma arrumadinha e comprar a leva que os defeitos iniciais já foram resolvidos? Acho que não né, se não dá pra esperar nem um dia, o barato é poder dizer que comprou no dia do lançamento e ficou que nem um tonto na fila. Pior ainda é ficar na fila e sair de mãos vazias. Vai entender…
Alguém me perguntou se eu não ia comprar o iphone. Não, não vou. Não quero ocupar meu tempo com mais tecnologia, mais coisa pra fazer, pra olhar, navegar. Já passo muito tempo do meu dia na frente de um micro, lendo e respondendo emails de trabalho, lendo noticias, ou mesmo jogando, blogando. Quando eu estiver na rua, quero olhar pro povo, pro céu, pensar, imaginar… e não ficar preocupada com email que ta chegando no celular, ou em conectar o messenger por que bla bla bla (sempre temos uma desculpa pra dizer que precisamos estar online). To fora. Fico com meu razr mesmo, que faz o que eu realmente preciso quando estou na rua: ligo pra quem preciso falar.

foto esquerda – fila na apple da 5th avenue
foto direita – sentado, o primeiro babaca da fila

Conversa de metrô

É legal ficar vendo de fora, uma situação rolando que as pessoas envolvidas não estão se olhando o tempo todo, e não sabem como a coisa está acontecendo. Adoro observar comportamentos e às vezes ficar ouvindo a conversa ao lado, se é interessante.
Hoje sentei no meu lugar com a Luna no canguru, e no banco ao lado, de 2 assentos, tinha uma mulher e um homem, nos seus 25-30 anos. Ele estava tentando ver qual estação estava, já que o metrô estava lotado, e as pessoas cobriam a visão. Ela avisa:
– É a Delancey
– Ah obrigada, não conseguia ver.
Nisso, ele dá uma medida na menina que já não está mais lhe olhando, pára na altura dos seios, dá uma risadinha e volta a olhar pra frente. Fica mudo um tempinho, provavelmente pensando: “Que posso dizer pra puxar papo com a menina dos seios atraentes?”
…..
– Você tem um sotaque diferente, de onde você é?
Essa é a a pergunta básica aqui sempre pra puxarem papo. Como muitaaaaaa gente aqui vem de outro país, a pergunta é uma boa estratégia.
– Sou de Israel
– Ah meus pais também são de lá, de que cidade você é?
– Sou da YTREWTYRDEW^%TR$
– Ah lugar bom!
Aí cada um olha pra frente, naquela situação meio “chata” de não saber mais o que dizer, mas querendo dizer algo… alguns segundos de caras de bunda e ele ataca de novo:
– Você está visitando ou mora aqui?
– Moro aqui, acabei de me mudar
– Eu sou advogado, apesar de não parecer, mas olha, é que minha roupa está aqui na minha mala (ele abre o ziper e mostra a gravata) é que estou indo numa aula de corrida… (fala sério…)
– Ah é? hahahahaahahhahahaha.
Nisso um senhor na minha frente, não tirava os olhos da menina. Ele observava tudo, eu ainda olhava às vezes, mas ele era o tempo inteiro. Devia estar pensando que ele gostaria estar no lugar do mocinho advogado. E os dois com o papo tão engatado, nem perceberam que estavam sendo tão observados.
Essas horas imagino como seria legal se em cima da cabeça deles, junto com o silêncio tivesse um balão como aqueles dos gibis com as bolinhas saindo da cabeça e chegando até o balãozinho.
Minha estação chegou e não vi o final da história. Acho interessante ver o “approach” dos americanos, pois nunca os vejo paquerando na rua, nem no metrô. É tão diferente, que quando chego no Brasil, estranho muito as pessoas me olhando.