Oxe que coisa boa !

Estou aqui no computador procurando umas coisas e falando com meu amigo sobre as músicas nordestinas. Ele me mandando alguns forrós de Gonzagão, e eu viajando no tempo. Meu Deus dançar forró é uma coisa tão boa, mas tão boa, mas tão boa, que as vezes acho que quem nunca teve essa experiência, não é feliz (!!!!!!!!!!!!!). Ok ok parece exagero, mas eu juro que essa é a sensação que eu tenho. Voltei uns 10 anos atrás e me vi lá dançando no “No meio do mundo” ou no “Dançando na Rua” que tinha lá no centro em época de carnaval, ainda me vi em Olinda no “Segunda sem lei” ou em um bar alí em Casa Forte, que eu não sei o nome, (quem souber me diga) que as mesas são barris, ele é bem pequenininho. CARAMBA como era bom, e como eu me sinto felizarda em ter passado por essas coisas e ter isso em minha memória.
São flashes deliciosos, tomando uma pinguinha com caldinho de feijão, ouvindo um Alceu Valença e Zé Ramalho no violão, a banda tocando “quem tem uma viola, só chora se quiser… são 6 cordas, são 6 cordas pra amarrar uma mulher” e a gente dançando, até altas horas ao som de Jorge de Altinho, Gonzaguinha, Fagner… E o que dizer do São João em Caruaru aiai.
Ai Recife, como é deliciosa essa cidade, como eu amo a cultura nordestina, a comida nordestina, o povo nordestino… essas horas eu penso, aiaiaiaiaiaiai que estou fazendo em NY, tão oposta de uma das coisas que eu mais amo!!!
O bom é que essa onda passa, aí eu volto a realidade, e vejo que essa fase foi maravilhosa mas já passou, e eu só peço uma ÚNICA coisa a “Deus” ou seja lá quem for que comanda isso tudo, que se houver encarnação, que eu volte brasileira novamente.

Ai que paz

Quando a Luna nasceu, eu sabia que a vida mudaria bastante, muitas pessoas falam que você não dorme mais, que não sai mais, que esquece de você, que eu não teria tempo pro blog, etc etc. Foi aí que fiquei na neura de saber como agir para que eu pudesse fazer dessa relação, a melhor possível para mim e para ela. Lí MUITO, tive muitas dúvidas, segui tudo que eu achava que deveria seguir, ouvi meu pediatra, lí mais um pouco, tive sorte e hoje eu posso dizer que estou super satisfeita com os resultados.
No livro Nana Nenê, algo bem simples que lí mudou completamente a nossa rotina. Antes, assim que a Luna acordava, umas 6 da manhã, eu já preparava sua mamadeira, e esse primeiro horário era o que ditava o restante do dia. Portanto se ela mamasse as 6:30 eu ficava contando 4 horas a partir dalí para a próxima mamada, depois mais 4 e assim ía. Estava sempre de olho no relógio e tentando gravar a hora da última mamada para saber quando dar a próxima. No livro, parte do método de fazer o bebê dormir a noite inteira, é regular o horário da comida. Portanto ele sugeriu, se ela come de 4 em 4, estabeleça sempre o mesmo horário, por exemplo: às 8, meio dia, 4 da tarde e 8 da noite. Aí entrei em parafuso, pois se a Luna acordasse as 6:30 o que eu ia inventar para segurar a mamada até as 8, se ela já acordava resmungando? Foi então que vi que o resmungo não era fome, era só brincar com ela até as 8, que ela aguentava na boa. O primeiro dia, não consegui e dei a mamadeira assim que ela acordou. No segundo, fomos passear para enrolar até dar 8 da manhã, ela adorou o passeio, não resmungou e comeu feliz e satisfeita às 8 horas. A partir desse dia, Luna come todos os dias seguindo esse horário, assim agora posso sempre dar o banho na mesma hora e colocá-la na cama no mesmo horário. Eu recomendo muito a leitura desse livro para quem está começando agora, digo que se você seguir o que está escrito lá, tem grandes chances de ter sucesso.
Estou dizendo isso tudo, porque agora pouco coloquei-a no berço e hoje foi o primeiro dia que ela dormiu sem resmungar absolutamente nada. Foi uma evolução, pois no começo ela chorava mais, depois passou a resmungar, mas virava de ladinho e chupando o dedo, se confortava e dormia, mas hoje foi o melhor que já vi. Ela quietinha no berço, sem dedo na boca, de olhinhos abertos, calminha, só aguardando a hora certa de fechar os olhinhos. Eu fui lá, não resisti, e falei o quanto ela era maravilhosa, que estava conseguindo dormir e se acalmar sem que precise da mamãe. Isso é muito bom pra ela, conseguir se confortar sozinha, e o melhor é que quando cheguei, ela me olhou e não ficou elétrica, apenas deu um sorriso e continuou a sua ida pro mundo dos sonhos. A minha vontade era muita de beijá-la, abraçá-la, mas me contive e vim descarregar minha alegria aqui. Hoje a Lu segue uma rotina que faz muito bem pra ela e pra mim. Como diz o método E.A.S.Y do livro “Segredos de uma encantadora de bebês” se o bebê se adequa a essa rotina, os pais conseguem ter filhos sem precisar abdicar da sua vida por completo. Sobra tempo pro bebê, com uma mãe descansada e de bom humor, sobra tempo pro casal e ainda pro indivíduo. Sei que bebês mudam muito, e essa pode ser apenas uma fase boa, mas eu acho que é sim resultado de todo meu esforço para que as coisas pudesse correr “very smooth”.
Agora vou entrar no meu próximo dilema, a introdução de alimentos sólidos. Próximo post falarei sobre isso.

inverno

Porque eu gosto do inverno
– é época de esquiar
– neva
– as paisagens e o pôr do sol ficam belíssimos
– dá para ficar em casa sem culpa de que lá fora está um dia lindo e quente pra passear
– assistir dvd é muito mais gostoso
– hora de comer fondue e sopa
Porque eu NÃO gosto do inverno
– ter que usar tanta roupa
– me sentir um robô com tanta roupa
– ter que controlar luvas, cachecol e gorro, é demais pra mim.
– dá preguiça de sair
– a pele fica ressecada aí tenho que usar cremes
– não posso sair com o cabelo molhado
– sentir frio
– sentir que a orelha vai cair e a mão não responder mais quando saio despreparada
– passear com a Luana se torna um martírio
– perder um par de luvas, gorro ou cachecol
– tomar choque em quase todos os lugares que toco.
– no Brasil é verão

Cadê?

Já dá pra sentir falta de algumas coisas no Brasil que quando estamos lá nem pensamos como elas são valiosas. Logo de cara fui comprar fralda noturna, mas a pampers não vende fraldas noturnas aqui. Eles usam a do dia mesmo, que dizem que suporta a noite inteira. Como ainda tenho a noturna do Brasil, ainda não pude testar.
Agora uma coisa que não entendo é: por que aqui não tem aquele abacatão que temos no Brasil? Os que temos aqui são aqueles minis, bem pequenos, e cada um custa em média 2 dolares. Eu que tomei vitamina de abacate quase todo dia, tive que pagar essa fortuna aqui nessa amostra grátis.
Coração de galinha, ô coisa difícil de achar. Ninguém come essas coisas estranhas por aqui, achei uma vez no Whole Foods, mas nos mercados normais, nada feito. Cadê meu requeijão????? HUNF HUNF.
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Mas algo que não dá pra sentir falta: preços de roupas de criança. Paguei 6.90 em média em cada peça de roupa da Luna. A roupinha mais cara foi um macacão ultra quente, esse da foto, que custou 14.00 na promoção. A peça mais barata foi um gorro da gap, de 12.50 por apenas 1.97. Isso não dá pra sentir saudades MESMO.

4 MESES

Hoje minha pequerrucha faz 4 meses. Ai que delícia, que gostosa, que fofa, que linda. Para ela hoje, 2 presentes. O primeiro é o blog, vou fazer um só pra ela, para que um dia ela possa saber como foi essa temporada dela, que ela com certeza não vai se recordar. O layout, bem… o layout por enquanto vai ser o default do MT, pois o papai está preparando um, que sabe-se lá quando vai ficar pronto. O segundo, foi o carrinho STOKKE que eu dei pra ela. Eu já o namorava desde a gravidez, mas tinha algumas dúvidas. Como no ônibus eu vi que nenhum carrinho vai ser bom, então decidi que isso não seria impecilho para eu comprar o que eu queria. O vídeo mostra tudo que eu gostei dele. Hoje estreamos o bichinho e adorei! Me senti tirando um carro zero da concessionária, porque senti isso, eu não faço idéia, mas foi exatamente o que senti. Macio, prático, design maravilhoso, fomos a atração no metrô, ele chama muito a atenção, isso é o único ponto “ruim” dele.
Hoje fomos ao pediatra, ai que saudades do Dr Ricardo… que perdia tempo falando, explicando. Enfim, ainda não preciso dar sólidos, apenas para ela ir acostumando se eu quiser, mas até os 6 meses, se ela nao acordar a noite de fome, posso continuar apenas com o leite. Aí dizem que posso começar com a apple sauce, banana sauce… todos os potinhos que vendem no supermercado, mas eu queria mesmo é ouvir que eu deveria fazer tudo em casa, amassar a banana e etc, e que ela me desse os horários de como eu deveria agir com os sólidos, me dizendo quando dar, antes de qual mamadeira, etc etc. Nada disso ela explica, é tudo meio por alto, tudo meio correndo. Dr. Ricardo, Help!
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a Viagem

Essa foi recorde. Tudo que nunca havia acontecido em anos de idas e vindas, resolveu acontecer tudo junto dessa vez.
Começou no aeroporto, na hora de fazer o check-in na porcaria da Delta Airlines, a super competente funcionária não sabia qual assento que permitia colocar o bercinho especial que eu pedi pra Luna. Primeiro que a reserva do berço que eu fiz pela manhã, nem constava lá. Mas depois que ela reservou o berço, ela me colocou em qualquer assento e eu questionei se nesse assento permitia a colocação dele. Ela não sabia, pq a anta nunca deve ter entrado no avião e ter visto como ele é. Tive que ir na loja da Delta resolver o lance do assento, e então o rapaz me colocou no lugar correto, sabendo que eu também carregava um cachorrinho a bordo.
Entramos no avião depois de todo stress e chororô. Sentamos no lugar marcado, e logo chega um comissário avisando que o cachorro não poderia viajar naquele lugar pois era o único no avião que nao teria o assento embaixo aberto para encaixar a casinha. A opção era todos mudarmos de lugar (isso significa nao ter mais o bercinho) ou então o Sergio ia pro outro lugar com ela e eu ficava com a Luna e o bercinho. Discuti de novo, reclamei do despreparo dos funcionários que fizeram check-in pois deveriam saber disso, e nada adiantou. Se não fizéssemos o que estavam pedindo, teríamos que descer do avião. Com muita revolta o Sergio foi sentar sozinho com a Luana. Mas não acabou aí, a caixinha não cabia embaixo do banco. Discutimos novamente, pois as medidas dela foram aprovadas pela própria companhia aérea. Não teve jeito, a Luana veio mesmo no porão. ISSO NUNCA ME ACONTECEU com a JAL. Eu quero processar a Delta. Se não tivessem aprovado as dimensões eu teria vindo pela JAL ou TAM. Essa idéia está firme na minha cabeça, falta agora achar um advogado que faça isso sem me cobrar, que eu pague somente se ganhar.
A viagem foi boa, a Luna dormiu a noite toda mas no pouso começou a ficar enjoadinha e a chorar. Saímos e logo vimos que estamos nos EUA, não há preferência na fila por eu estar com bebê de colo. Fila enorme na imigração, Luna chorando e a gente meio nervoso por umas coisas que haviam escrito no sistema no dia que renovamos nosso visto no Brasil. Finalmente nossa vez, me liberou, e o Sé também, nos encaminhou até a salinha especial mas dizendo que estava tudo bem, que apenas precisávamos de um carimbo de lá. Huuumm… se está tudo bem porque fomos para a famosa salinha? Logo descobri o motivo, que nada tinha a ver com o que estávamos com medo, e sim devido a algum criminoso, terrorista ou algo do gênero, que tem o mesmo primeiro e último nome que o Sergio. Eles sabiam que os nomes do meio não eram iguais, mas mesmo assim, tomamos um chá de cadeira até que eles recebessem uma ligação pelo telefone autorizando a nossa saída. Lá dentro tinha um senhor com o mesmo problema e duas moças que não falavam inglês. Uma não tinha levado o telefone e endereço de ninguém, estava chorando. Ajudei na comunicação entre ela e a agente da imigração, foram lá fora falar com o parente que a estava esperando e deu tudo certo, liberaram. A outra é uma longa história, muito complicada, que o Sergio ficou ajudando na tradução com ela e o agente, mas no final ela foi deportada. Como nada pra mim é por acaso, esse foi nosso motivo de estar naquela sala. Ajudamos muito essa senhora, quando saímos finalmente falei com a filha dela que estava lá fora aguardando, liguei pro detetive que cuida do caso dela, pois a filha também não fala inglês direito, enfim, mesmo depois do aeroporto, já em casa, ainda estávamos tentando resolver o problema deles.
O chá de cadeira na salinha durou mais de 1 hora e até que os agentes foram simpáticos, me deixaram ir buscar a Luana que estava esperando com as bagagens lá na esteira enquanto aguardávamos a liberação. Ficamos com ela na salinha até que fossemos todos liberados. Tinhamos alugado um carro, pois era muita bagagem para um taxi. O Sergio me deixou no saguão e foi lá buscar no terminal C. Outra demora, eles não tinham car seat para criança da idade dela, tiveram que pedir emprestado para a Dollar, outra empresa de aluguel de carros. Quando ele finalmente conseguiu, não podia parar na frente do saguão que eu estava, então teríamos que empurrar DOIS carrinhos lotados de malas, e carregar Luna e Luana até o estacionamento. Felizmente, a filha e o marido da moça que ajudamos estavam com a gente e nos ajudaram.
UM FRIO ABSURDO e nós nem estávamos com roupas adequadas. Cobri a Luna toda, coloquei casaco, mas ainda assim as bochechas ficaram vermelhas. Lá vamos nós na super van (me lembra o filme miss little sunshine) finalmente de volta para casa. Chegando lá, subi primeiro com a Luana e a surpresa: a fechadura debaixo da nossa porta, que nunca usamos, estava trancada, e nós não tinhamos a chave dela. O cretino do Landlord veio no apartamento e trancou, sendo que tínhamos deixado aberta. Volta pra van, vamos até Manhattan pegar a chave com a pessoa que ficou com ela pra vir recolher as correspondências.
Mais alguma coisa pra acontecer? só faltava mesmo o piano cair na cabeça. Isso tudo a Luana morrendo de sede, Luna com fome e o leite na mala, pois eu fiz as contas que a mamadeira do meio dia já estáriamos em casa. Paramos o carro pra comprar água e leite. Luna mamou, Luana tomou água no potinho que carrego o leite da Luna, e assim no improviso elas ficaram satisfeitas, menos eu e o Sergio que estávamos morrendo de fome. Pegamos a chave e finalmente chegamos em casa. Ah esqueci do susto quando olhamos na avenida e não vimos a lambreta. Achamos que tinham guinchado, e aí se fosse, sería uma fortuna pra tirar de lá. Graças a Deus foi alarme falso, mas até perceber isso, a tensão foi alta.
Em casa, a sensação foi de alívio, parecia que eu estava há 1 ano no Brasil. Estranhei muita coisa, mas o mais bizarro foi o quarto da Luna. O cheiro que senti, as coisas, TUDO me remeteu há 3 meses atrás, na minha dificuldade com a amamentação, com os cuidados dela, meu despreparo, meus medos, angústias e minhas noites acordadas. A gente se esquece disso, eu realmente não me lembrava como isso tudo tinha sido tão forte. Depois de 2 dias aqui, ainda sinto isso toda vez que entro lá, mas acredito que jajá me acostumo.
Luna amou o móbile do berço que ela nem dava bola quando saiu daqui. Olhou fixamente para as bolas na parede, parece que gostou! Junto a isso, olhando a janela, a neve que nos recepcionou com uma belíssima paisagem, parecia literalmente dizer, “welcome back”.
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UFA! Cheguei!

Foi a viagem mais complicada da minha vida, mas enfim estou em casa. Depois conto tudo que aconteceu.
O gosto é de alegria por estar em casa, e de tristeza por ter ido embora. Foi uma choradeira só. Tudo por amor, amor e mais amor. É lindo ver o amor que minha mãe tem pela Luna, eu só tenho a agradecer. Nunca chorei tanto numa despedida, mas essa foi especial. Foi o chorar por estar deixando minha mãe e o Brasil, e chorar mais ainda por ver como ela estava sofrendo pela separação da neta, que ela ainda não tinha ficado muito longe, desde o dia em que ela nasceu. Aprendi com ela, ela reaprendeu com a gente e juntas cuidamos da Luna- ela relembrando coisas, eu aprendendo tudo novo, ela me contando sua experiência e eu contando o que há de novo, e o que mudou desde que eu e minha irmã nascemos. E assim, desde o dia 22 de setembro, minha mãe foi a pessoa fundamental, mais especial e mais importante nesse momento tão difícil que é conhecer um bebezinho e aprender a conviver com ele.
Não tenho nem palavras para agradecer tudo que ela fez por nós, aqui e lá. Mãe é mãe sempre… e a gente entende ainda mais esse amor louco e incondicional, quando viramos mãe também.

Sinais de rebeldia

Hoje a Luna deu seus primeiros sinais de manha. Todos os dias eu consigo colocar em prática o que “aprendi” no livro Nana-Nenê. Ela vai dormir no berço sozinha, não embalo, não canto, e ela assim, aprende a se confortar e pegar no sono sem depender da minha presença. Tudo estava maravilhoso, apesar dos resmungos de sempre, toda vez que eu a boto no berço ela resmunga, ameaça chorar, mas logo enfia seu dedinho na boca e dorme bem sozinha.
Hoje ela fez diferente (ontem a vovó que a fez dormir…). Coloquei-a no berço, ela começou a chorar forte. A vovó se aproximava do berço, ela ria, conversaram bastante e quando a vovó se afastou, tome choro de novo, choro de raiva mesmo. Vovó voltava, risadas; vovó saía, choro. Vovó não aguenta e pega ela do berço, mamãe diz: “Aproveite seus últimos dias com a vovó, chegando em casa a manha acabou, ainda bem que faltam só dois dias!” Peguei-a no colo, deixei vovó e Luna se acalmarem e a coloquei no berço de novo. Menos briga, alguns resmungos, outros chorinhos reclamões, e agora ela dorme como um anjinho, como na foto, tirada agora.
UPDATE: para esclarecer aos que acham que o filho tem que ser criado no colo, com mimos, musiquinhas, balanços e etc… eu prefiro adotar uma maneira que vá ser mais fácil pra Luna se adaptar quando estiver longe de mim. Dou todo carinho do mundo pra minha filha, mas se ela aprende a dormir sem minha presença, ela sofrerá muito menos quando for pra creche, pois lá ninguém vai ficar dando colo a cada segundo que ela chorar. E a noite, quando ela acordar, ela conseguirá dormir novamente sozinha sem depender também de mim para faze-la dormir…

Sonho x Realidade

Quando a gente está longe do Brasil e super saudosista, parece que o Brasil é um sonho e o país perfeito para se morar, mesmo sabendo de todas suas imperfeições, elas parecem que somem das nossas lembranças no momento de nostalgia e do sonho da volta.
Quando você está aqui, pensa: Aqui é bom, mas *&^%$ tem cada coisa que é F*&^%$ também e que não fazia mais parte das minhas lembranças. Ou ainda, P&^% q P*&^% como que isso pode ser dessa forma, eu já estava desacostumada…
Uma das coisas que eu considero super civilizada nos EUA é o direito do consumidor de poder devolver algo com o qual não está satisfeito. Se eu quero um sapato dourado, fechado para usar com meu vestido, é porque um preto, ou prata não vai me satisfazer da mesma forma. Quem tem que estar satisfeita no final de uma venda, eu, cliente ou a loja? Eu, em primeiro lugar. Portanto se eu compro o sapato dourado fechado, esse não me serve, e a loja não tem outro na minha numeração, porque eu tenho que trocar isso por qualquer outra coisa da loja, se eu gostei do tal sapato dourado? Porque vou levar pra casa algo que nem estou precisando, somente para que a loja sim, fique satisfeita com a sua venda e não eu com a minha compra? Falar em devolver a mercadoria aqui pra receber o dinheiro de volta, é a mesma coisa que dizer que Maradona é melhor que o Pelé, se puder alguém te lincha. Mas se você não tem o sapato pra trocar, não é óbvio que o dinheiro seja devolvido para que eu consiga suprir a minha necessidade em outro lugar, já que você não pode me atender? Pra mim isso é muito claro, mas aqui isso é a pior opção que alguém possa sugerir. A loja que aconteceu isso, preferiu fazer o estoquista pegar um ônibus, cruzar a cidade e ir pegar meu número em uma loja nos cafundós do judas, do que me devolver o dinheiro. Pior é saber que fizeram isso somente pra nao perder a venda nem me devolver o dinheiro, e não que fizeram isso para me deixar satisfeita e mostrar todo o esforço que eles fazem para deixar o cliente feliz. Nessas horas, a praticidade do americano funciona muito bem, melhor devolver o dinheiro do que ter essa dor de cabeça.

As Grandes

Eu ando um pouco decepcionada com o atendimento de algumas empresas no Brasil. A Tim é a líder. Vejo que o suporte não entende nada, eles não fazem questão de te ajudar, falam coisas absurdas, não tem o mínimo de treinamento técnico a não ser o que está escrito no guia básico de atendimento deles e ainda desligam o telefone na cara fingindo que a ligação caiu.
Começo a perceber que esse tipo de atitude está tomando conta das empresas grandes aqui no Brasil. Antes todos faziam questão de manter o cliente, hoje as grandes corporações não fazem mais questão. Estou optando pelas pequenas. Tudo que é grande está com aquela mentalidade americana: “Rapido, satisfatório, sem muito trabalho, não gostou, problema seu”. Ontem marquei limpeza de pele na Onodera, que é uma clínica de estética com várias filiais. Fazem de tudo relacionado a isso, tudo e mais um pouco. O resultado é: “são grandes, precisam ser práticos, rápidos (para atender maior nº de pessoas) e a qualidade acaba indo pro beleléu. O lance é escolher aquela esteticista que tem seu consultório pequenininho e faz questão de atender bem os seus clientes (que não são tantos como o da grandona), que dá uma atenção especial, e não te faz sentir que você está numa fábrica de estética. Hoje é assim que sinto, tudo meio robotizado, corrido, industrializado, mal feito, impessoal.