Maceió – parte 2

Demorei mas voltei a falar de Maceió. Agora falo até com mais saudades, como bem diz aquela musiquinha “Ai que saudade do céu, do sal, do sol de Maceió”. O que vem na minha mente é aquele mar maravilhoso, os coqueiros e aquela ventania sempre presente. O que me dá muita saudade também é a comida. Por carne de sol sempre fui apaixonada, então aproveito pra comer bastante quando vou ao nordeste e uma boa pedida é o barzinho na jatiúca chamado Chão Nordestino que fica em frente ao hotel Meliá. Lá tem uma maravilhosa, com queijo coalho por cima e todos os dias após as 20hrs tem música ao vivo que vale muito a pena conferir. Dessa vez viciei em caranguejo, mesmo sendo dificílimo de comer, ter que ficar dando aquelas marteladinhas e saindo pouquíssima carne, eu me esbaldei. A parte que mais gostei foi aquele amargo que fica na cabeça, MAGNÍFICO! (sim, tem gosto pra tudo), uma pena não encontrar aqui em SP, muito menos em NY.

Claro que não deixei de visitar as piscinas naturais, que da última vez que fui não tinham ainda os barzinhos vendendo peixes e camarões a preços exorbitantes. O passeio é maravilhoso, mas se vocês forem com o Sr. Ranufo, fica ainda melhor. A jangada dele tem uma bandeira da Petrobrás e ele é uma pessoa muito atenciosa e simpática. Um dos poucos que leva seus clientes para ver mais coisas além daquilo que está no “script”. Mergulhei com ele e ví corais maravilhosos. É só ir lá no lugar das jangadas e procurar por ele que com certeza o passeio é diversão garantida.

Mesmo com toda essa maravilha, é difícil não reparar na miséria que existe por lá. Eu fico impressionada com a força de vontade das pessoas, que se matam naquele sol quente, andando a praia de ponta a ponta para ganhar 0.20 centavos em cada mercadoria vendida. Conheci um garotinho que vendia queijo coalho que nos pediu 1 real para que ele pudesse comer o queijo. Eu achava que era dele, mas o menino me contou que vendia para uma mulher e que ganhava apenas 0.10 centavos em cada um. “Mas porque não vende o seu próprio?” ele respondeu que o material era muito caro, custava R$25,00 e se ele comprasse ia faltar dinheiro para comprar comida em casa. Claro que na hora eu quis ir lá com ele comprar o material, mas eu estava sem carteira e estava indo embora no dia seguinte. São milhares de crianças trabalhando, pedindo dinheiro, perambulando pelas ruas a noite.

Aqui no sul, deveriam adotar esse sistema de cadeiras e guarda sol na praia. Você paga 1 real por cadeira, senta lá e fica o resto da tarde curtindo, sem depois se preocupar em fechar e carregar tudo. Alías a simpatia do povo de lá poderia também ser adotada não só aqui no sudeste como em NY também. Acho que to querendo demais né?

Próximo post falarei do meu “pulo a jato” até Recife e Porto de Galinhas.



E na hora de trocar…

Fazer trocas de Natal exige muita, mas muita paciência. Primeiro que na hora de vender, tudo é lindo, maravilhoso e muito fácil. Na hora da compra, quando você fica em dúvida se a pessoa vai gostar ou não, a primeira coisa que ouve é: “Ah mas ela pode trocar”. Aí eu digo: “É mas depois do Natal, só ficam os restos”. A vendedora diz:”Não, a gente está recebendo mercadoria toda semana, não vai ter esse problema…”

Vamos às trocas.
– Poxa, não tem essa no meu número? Nem essa? E essa? Pô não tem nada!
– Senhora, em janeiro depois do Natal é assim, estamos com pouca mercadoria.
A vendedora some, junto com a simpatia e a vontade de “atender bem”.

Então temos que escolher a coisa menos feia da loja pra não perder o presente. Nos EUA pelo menos, se você tem a notinha, consegue pegar o dinheiro de volta, aqui temos que nos contentar com os restos mesmo. Ah e detalhe, se for esperar chegar coleção nova não pode trocar mais, porque já mudou a coleção.

OOPS

Sem querer eu deletei todos os comentários desse último post de Maceió 🙁 Fui fazer uma faxina e limpar os comentários de spammers e acabei deletando o que não devia 🙁 Sorry people.

Minha viagem a Maceió – parte 1

Foi maravilhoso, em todos os aspectos! Coisas muito legais aconteceram, reencontrei familiares que há anos eu não via, matei saudades, me diverti bastante com a minha prima que além de ser uma anfitriã perfeita nos fez rir muito!

Assim que cheguei a Maceió, me encantei novamente com aquela cor do mar, como pode ser tão azul, e às vezes tão puramente verde? A orla, pra mim, a mais bonita do nordeste, os coqueiros maravilhosos, os prédios baixinhos e tudo bem cuidado. Aliás pelo menos na praia da Jatiúca, Ponta Verde e Pajussara, pois indo para a praia de Cruz das Almas tem um canal que nem vale a pena comentar. Uma coisa que me chamou a atenção lá foi o semáforo, não tinha visto ainda, tem um “contador” de tempo, assim você sabe quando o verde está no final e já vai passar pro vermelho ou quanto tempo falta pra ficar verde, achei o máximo.

Visitei vários lugares bem turísticos, almocei na Massagueira- no Bar do Pato, uma delícia! Conheci a praia de Sonho Verde onde fomos super bem atendidas na barraca “Um sonho a mais”. Pra quem for lá, não deixe de comer o peixe serra e a batata frita, são imperdíveis! Fomos à praia do Francês, mas como era no dia 1º de janeiro estava um pouco lotada. Acho que fazem muito auê em relação a essa praia, eu não vejo nada demais… a não ser a cor da água sempre muito azul.

Preferi ficar mais nas praias da cidade mesmo, que não deixam a desejar, assim eu aproveitava mais o dia. Nada melhor do que ficar naquela areia fofinha, olhando o mar, tomando cerveja, comendo camarão, caldinho de feijão, ostras… HUUUUUUUMMMMMMMMMMMM. Eu sou bem paulista mesmo, gosto de ficar na praia até o sol ir embora, mas lá como venta MUITO, eu acabava ficando com um pouco de frio. Morria de dó de sair da praia com aquele sol maravilhoso ainda brilhando no céu. Pena existir tanta corrupção em Alagoas, Maceió tem tudo para ser uma cidade MARAVILHOSA, ainda com muito espaço para crescer, mas falta dinheiro, falta um pouco de dedicação desses P**olíticos que só conseguem olhar pro próprio umbigo.

Vou postar umas fotos e depois escrevo a parte 2, senão esse post vai virar um livro.

-> Nada melhor do que uma água de côco geladinha olhando pro mar, e depois de aberto, comer tudinho que tem lá dentro.


-> Que mar é esse… eu e mama não resistimos.

-> Nada mais brasileiro do que mar, cerveja e camarão à beira mar.

-> Eu minha mãe e minha linda prima Gil

-> Mar ou piscina? Quase uma fusão…

-> Nós na Praia de Sonho Verde e o semáforo que mencionei acima.

-> Feia a vista do apê não?

Voltando

Acabei de chegar a Sampa de novo, e vim aqui só pra dar um alô. Fiquei 15 dias em Maceió e tenho um bocado de coisas para contar e fotos para postar, mas como sei que amanha estarei atolada de coisas, vim rapidinho só pra não criar teia de aranha no blog!

Pós Natal

Dei uma boa sumida aqui do blog, mas é por uma boa causa né, aproveitando meus dias aqui em Sampa. A correria de ir às compras de Natal tirou todo meu tempo! Que delícia, estava com saudades disso.

Agora o plano é ir passar o Ano Novo em Maceió. Digo plano pois como uso a passagem que minha irmã me deu (ela é comissária da TAM) a gente não pode reservar. Só vai se sobrar lugar e nessa época do ano, já viu né.
Estou adorando a idéia de passar novamente e finalmente um ano novo na praia, a única coisa chata é ter que deixar a minha Luaninha aqui em Sampa.

O Natal foi bom, comida deliciosa, família reunida, presentes… só faltou mesmo o Sergio. Até a Lu ganhou presentinhos, aliás ela ficou de olho na árvore nos últimos dias, afinal ela já sabia que tinha coisa dela por lá. Foi um barato, quando perguntávamos o que ela queria, ela sempre me levava pra árvore e ficava me mostrando a sacolinha de presentes dela. Agora como nós, ela está na maior “ressaca estomacal”, afinal foi chocolate, panetone, ossinhos etc… tudo próprio para cachorro.


Menores abandonados

Antes de ontem à noite eu estava no pão de açucar comprando miojo. Estou apaixonada pelo novo sabor: caldo de feijão. É muito bom mesmo, eu adorei e não falta mais aqui em casa pra nos salvar nas horas de maior preguiça.

Enfim, estava no corredor pegando, quando vi dois meninos de rua me olhando. Quando viram que olhei, me pediram 1 real para completar o dinheiro deles para comprarem miojo. Eu tinha e dei, mas resolvi pagar a compra deles. Comecei a pegar mais miojos e falei que iria pagar, mas eles diziam para pegar a outra marca, que era mais barato, o mais “caro” era 0.80 e o mais barato 0.66. Aquela situação foi meio impactante, ainda mais quando eles me disseram que precisavam de velas também, pois moravam embaixo da ponte. Pegamos as velas, miojos, pão, leite, etc…

Eu fiquei meio sem reação, a única coisa que pensei imediatamente foi comprar comida pra eles, e depois fiquei pensando que poderia ter interagido mais, conversado, falado… mas eu fiquei muda o tempo inteiro. Eles também ficavam quietinhos e recebi um obrigado super tímido.

Mas o que adianta dar comida… quando acabar eles ficarão famintos de novo. Revoltante é a falta de educação no país. Enquanto no canadá 60% da população de estudantes acabam o ensino superior, no Brasil esse índice cai para 9%. É uma vergonha…

Natal em casa

arvore.jpgHá 5 anos eu não vejo minha mãe montar a árvore de Natal. É muito bom estar passando essa data aqui novamente, com a família reunida, mas o Sergio infelizmente não poderá estar junto. Feliz por um lado e triste por outro, mas vou aproveitar, afinal esses últimos anos eu apenas imaginava essa árvore, o ritual das compras, os presentes chegando e colocando embaixo dela.

Adoro a movimentação nos shoppings, nas lojas e nas ruas nessa época do ano, até o trânsito infernal e a falta de lugar para estacionar fazem parte. Todo mundo animado para as festas, o verão chegando… é um monte de coisa boa juntas ao mesmo tempo. Depois de 5 anos passando essa data no frio, finalmente esse ano usarei umas roupinhas mais leves e melhor ainda, usarei BRANCO de novo no ano novo!!!! Esse momento que antecede as festas é muito especial e eu estou adorando reviver tudo isso.

Está chegando a hora…

Infelizmente a hora de ir embora está chegando. Fica aquela contagem regressiva na cabeça, mas sem a vontade e a ansiedade de quando queremos que algo chegue logo. A listinha de coisas que ainda faltam fazer está crescendo!

Estava aqui pensando nas perguntas que sempre tenho que responder quando venho pro Brasil, é batata, sempre as pessoas perguntam.

– “Quando você volta de vez?”

– “Quando vem um bebê?”

– “Você gosta mais daqui ou de lá?”

– “E o Sergio como está? quando ele vem?”

Pior é que pra nenhuma delas eu tenho uma resposta…