Brasil lá vou eu

bandeira.jpgDaqui a 10 dias estou chegando à minha terrinha amada. Faz um ano que eu fui, preciso recarregar as baterias que já estão bem fraquinhas. Luana vai comigo, uma preocupação a menos que deixarei aqui. Amo viajar, mas sempre que chega o dia de ir, eu fico triste. Não gosto de deixar minha casa, na hora de fechar a porta sempre cai uma lágrima do olho, depois no aeroporto também, já que o maridon vai ficar por aqui. Alegria de um lado e tristeza de outro, sempre temos que conviver com esses sentimentos opostos, não dá muito para fugir. Ano passado fui por causa do falecimento do meu pai, esse ano espero só ter alegrias, estou precisando muito. Algumas já são certas: rever os amigos e minha família que estou morrendo de saudades, receber as chaves do meu apartamento (se o tal do habite-se não atrasar mais), comer muita feijoada, pão de queijo, guaraná e fazer algumas baladinhas lights. Que fique bem longe a violência, essa que me preocupa bastante e as confusões.

PS: coluna da revista paradoxo atualizada

Adorei

Puxa adorei esse filme, Eternal Sunshine of the Spotless Mind ou Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças. Meus sonhos são exatamente como o filme! Ia me identificando em cada situação, aquelas coisas sem sentido, e principalmente o momento em que ele fica tentando acordar, foi o que mais achei parecido, meus sonhos são iguaizinhos.

Se vc gosta de filme doido, alugue, se não gosta, nem chegue perto!

Lá vem o outono

O verão definitivamente foi embora… já era, aliás esse ano ele quase nem veio. Agora com outono, o legal é viajar para o Norte de NY para ver a Fall Foliage, o espetáculo da natureza da mudança de cores das folhas. Elas começam amarelinhas, ficam laranjas, depois bem vermelhas, aí depois caem 🙁

O segredo é pegar a época de pico das cores e para isso podemos ir acompanhando pela internet. Elas mudam muito rápido então tem que ficar de olho mesmo. Ano passado me lembro que ficamos esperando, acompanhando e o melhor foi o último final de semana de outubro. Esse ano, aconteceu mais cedo e a hora é agora. Lá pra cima deve estar tudo coloridinho. Nós fomos pra região de Catskill, que é bem grande e tem várias cidades com bastante atrativos nessa época. São vários eventos de outono, principalmente nas montanhas, que no inverno são estações de ski. Catskill é dividida por 4 partes, Delaware, Greene Ulster e Sullivan. Nessa época é legal visitar as cachoeiras, os lagos, mas o evento mais importante mesmo é a “Foliage”. No verão a região também é frequentada por quem quer se refrescar, fazer esportes como Canoeing, Kayaking and Rafting. Inverno é neve, ski, snowmobile, patinação no gelo… enfim é uma região que se aproveita durante todo o ano. Abaixo algumas fotos que tiramos quando minha mãe esteve aqui ano passado. Já falei disso ano passado, mas nunca é demais falar novamente, é muito lindo!


Fotos fotos e fotos

Uma coisa chata de câmera digital é ficar arrumando as fotos depois… eu ainda tenho que optimizar as fotos dos últimos dias em Paris que não acabei ainda, e só hoje consegui colocar as da Disney. São muitas fotos, pois a gente acaba tirando várias da mesma coisa, já que não tem que revelar mesmo, e aí depois até separar quais vão ficar, arrumar tamanho etc etc, dá um BOM trabalhinho e eu fico sempre adiando. Achei um programa muito bom para organizar e catalogar as fotos, é o Extensis Portfolio. Bem completo, para quem tem milhares de fotos é uma ótima solução para achar alguma foto que você não faz idéia em que pasta está. Mas jajá consigo ficar em dia com Paris, aí vou subindo outros álbuns 🙂

Coluna Quinzenal

Esqueci de falar da última matéria que escrevi para a coluna da revista paradoxo. Era um assunto que eu sempre pensei em falar aqui no blog e acabava adiando, apesar de que eu acho que já toquei nesse assunto, a atitude dos brasileiros que moram por aqui. Se estiverem a fim de ler, passem por lá!

911 funciona

Bom não queria entrar muito em detalhes sobre o que me aconteceu semana passada, mas resumindo, tive uma emergência médica e fiquei 2 dias no hospital. O que mais me impressionou é a eficiência e a rapidez do 911. A emergência acontece, você chama e rapidinho eles estão aqui. Desde que mudei pra cá eu vejo todo mundo falando do 911, se tem algum problema, chama e eles vêm atender. Uma vez que precisei foi quando socorri a velhinha que havia caída no chão, que aliás naquela ocasião eles demoraram, talvez pq não fosse uma “emergência”. Vira e mexe vejo carro de bombeiros, polícia sempre atendendo à algum chamado na vizinhança. Se fosse no Brasil e eu tivesse passado mal, não iria ligar pro 190, não sei pra quem ligaria, enfim, aqui pela primeira vez precisei e funcionou direitinho. Vieram bombeiros e paramédicos em menos de 5 minutos.

Fui levada pro hospital e descobrimos que emergência é gratuito, pois quando o bombeiro perguntou o hospital de nossa preferência, pedimos um que atendesse o nosso convênio, foi aí que ele nos informou que atendimento de emergência é de graça. Já estou ficando conhecedora dos locais de emergência, primeiro foi na montanha de ski, que desci a montanha sendo puxada pelos “salva-vidas” naquela maca que vai deslizando (uma delícia). Depois foi a emergência no Charles de Gaule e agora a primeira aqui em NY, acho que pra compensar minha imuninade durante a infância e adolescência, deixava os hospitais e acidentes para a minha irmã :-). Aliás falando nela, lembrei de um caso em que ela precisou ser levada às pressas ao hospital e minha mãe teve que levá-la de carro, no maior trânsito, pedindo pelo amor de Deus para abrirem passagem e rezando para não bater o carro. Num caso desse deveria ter chamado a ambulância do hospital? Vem rápido? Dá pra confiar? Não sei como funciona esse serviço de emergência no Brasil, sempre vi as pessoas da própria família socorrendo e levando pro hospital de carro.

O atendimento aqui é qualquer nota. Não é o caos do Brasil, mas tá longe do que nós imaginamos de um atendimento de primeiro mundo, aliás bem longe. Alguns médicos bem simpáticos, outros nem tanto, mas sempre muito cautelosos, exagerados. Acho que porque aqui um processo deve ser coisa comum então precisam realmente tomar muito cuidado. Assinei um documento algo do tipo “against medical recomendations” pois eu estava saindo do hospital contrariando as recomendações do médico que queria me segurar lá por mais um dia para esperar fazer um exame que eu poderia muito bem voltar e fazer depois. Aí todo o cuidado acaba, se você assina o documento isentando-o, pode ir embora sem problema algum.

Doação de óvulos

Estava procurando alguma coisa na internet que não me lembro o que foi, quando vi uma propaganda de doação de óvulo. Em NY se vc doar, pode receber até U$7.000 por isso, depois de preencher um questionário gigantesco e ser aprovada. No questionário perguntam até notas do colegial, e suas habilidades.

Depois de aprovado começa uma novela de coisas a serem feitas. Exames de sangue, seções com psicóloga, tomar alguns medicamentos como hormônios para estimular os ovários a produzir mais de um óvulo, injeções de HCG e antibióticos. Depois de mais algumas exigências, a pessoa submete-se a uma aspiração via agulha que vai até o ovário, guiado pela técnica de ultrasom ultravaginal e a sedação é intravenosa.
O valor é tentador, principalmente para quem está passando por dificuldades financeiras, mas imaginem um filho seu por aí que você nem conhece, com um homem que nunca viu? Alguém no mundo tem suas características e você nunca vai conhecer. Acho meio complicado, eu não teria coragem. Me lembra aquela novela barriga de aluguel, que deu aquela confusão toda de duas mães. Enquanto nossos óvulos valem $7,000.00, os espermas masculinos variam de $1 a $45, dependendo da qualidade. Alguns centros prometem $200 por semana por doações semanais durante 6 meses.