Mandamentos

Em Junho vou viajar e como a babá oficial da Luana não estará por aqui, irei deixa-la com meu amigo Leo. Já disse que não tem segredo em cuidar, apenas dar comida, água,atenção e levar pra passear. Ele ainda está meio inseguro, mas eu resolvi deixar pra ele o mesmo 10 mandamentos que deixei com o Sergio quando eu fui para o Brasil. Imprimo e deixo em lugares estratégicos, na porta, no banheiro e na geladeira, lugares que ele irá ver todos os dias com certeza. O bom é que ele vai passar esse tempo aqui em casa, pra Luana não estranhar o apê dele. Amigos servem pra essas coisas não? 🙂

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Luana “Mello”

Já falei algumas vezes sobre a vida dos cães em NY, mas para os novos visitantes e em resposta ao comentário da Juliana, vou falar mais um pouquinho.

Quando eu vim pra cá, a intenção, ou melhor, meu acordo com o Sérgio era que eu trouxesse o Alfredo depois que nós estivessemos acertados por aqui. No final, nos acertamos, mas o apê não permitia cães. Normalmente quando você vai alugar, no anúncio já está escrito se aceitam cachorros, só gatos, ou nenhum dos dois. Vários aceitam mas muitos também não, a coisa é meio equilibrada.

Eu morria de saudades dos meus cães que deixei em Sampa e queria ter um aqui. Fiquei namorando o Westie por causa da propaganda do IG e imaginava aquela carinha sapeca me olhando com aquelas orelhinhas em pé. Mas tinha que convencer meu Landlord a aceitar, pois no contrato está escrito no pets. Escolhi a raça, imprimi várias matérias sobre os westies, e mostrei as opções que tem no mercado para evitar que o cachorro fique latindo. Fui conversar com eles, dizendo que me sentia muito sozinha, que eu queria um cãozinho pequeno, que quase não latia (isso era meu argumento para convencê-los) pois os antigos moradores tinham 2 pastores que não paravam de latir o dia todo, por isso proibiram. Como somos bons inquilinos (palavra deles) mas meio com o pé atrás e lendo as matérias que imprimi, me permitiram comprar um cãozinho. Trazer o Alfredo estava fora de cogitação, além de enorme ele late pacas.

Comecei a procurar um criador, coisa bem difícil em NY, só encontrava em cidades vizinhas. Foi uma LONGA pesquisa até que encontrei a criadora da Luana, que tinha um dos menores preços. Fui até Staten Island pegá-la, e quando chego lá, ela está no chiqueirinho já me esperando, super feliz, de lacinho na cabeça, cheirosa e saltitante. Foi bem rápido, peguei a Lu e entrei no Táxi. Ela veio bem triste no caminho, pois por mais festa que ela tenha feito, ela não queria sair da casa dela. Veio no meu colo super borocochô. Entrou em casa super arisca e durante duas semanas ainda me estranhava e quase não saía debaixo da cama. Minha filhota é bem assustada e tímida, mas quando se enturma, se apaixona pelas pessoas. Legal foi descobrir depois que a Luana não latia de jeito nenhum. Demorei meses para ouvir seu primeiro latido. Saía para trabalhar e ela dormia quietinha o dia inteiro. Eu acompanhava pela webcam e mais parecia uma foto, pois ela nem se mexia no sofá, só dormia. Perfeita para minhas necessidades.

O que fico bem feliz é que aqui em NY ela tem uma super qualidade de vida. Tem dog beach, tem horários para correr sem coleira no parque, tem as pracinhas próprias para cães no meio da cidade, MUITOS escritórios permitem levar cães, a Luana ia direto comigo trabalhar. Mas o que me deixa mais feliz mesmo, é ver que aqui não tem cães abandonados nas ruas.

Abaixo, fotos da Luana tímida entrando pela primeira vez em casa, o dog run e a dog beach respectivamente.


QUE BOM!!!!

Nada mais gratificante do que ouvir essa notícia. Os cães que foram expulsos de Fernando de Noronha por estar ameaçando os turistas e moradores, foram todos adotados em Recife. Acabou de passar no Jornal da Globo, os canis que na semana passada estavam cheios, hoje estavam vazios. A onda de adoção aumentou por lá com toda essa história.

Nada melhor para alegrar minha noite, pessoal de Recife, PARABÉNS!!!

O que essa neve está fazendo aqui?

E quando penso que o Inverno está se despedindo, lá vem uma neve para me dar um banho de água fria, então o jeito é aproveitar e sair para tirar umas fotinhos. Apesar de a Luana ter acabado de tomar banho, não consegui deixá-la em casa, afinal ela é louca para ir ao parque, minha consciência fica pesada quando vou lá sem ela. Isso quando a danadinha não me enrola e vai mudando de caminhos. Quando quero voltar da lavanderia pra casa o caminho dela sempre vai dar no parque ou no petshop, coincidência não?

Fomos fazendo o caminho da roça dela que vai dar na Dog Beach, parada obrigatória nos passeios. Mas para sua decepção, o que ela encontrou lá foram cercas e avisos de que a praia está fechada e só reabre na primavera. Ela não ficou muito convencida disso e tentou entrar por um buraquinho aonde tinha uma madeirinha quebrada. Mamãe mala puxou claro, pois parece até que não tem noção da temperatura que está.

Falando nisso, não só ela não tem noção desse frio, mas essas pessoas que sempre estão lá correndo, chova ou faça sol, no caso, neve ou faça sol, eles não desistem. Sempre as três categorias mais presentes, as mães com os bebês nos carrinhos, o dono e seu cachorro, e o corredor malhado. E sempre a telespectadora preguiçosa e sua cachorrinha :-(. Minhas corridinhas estão suspensas, mas devo retomá-las na semana que vem.

Na hora de vir embora, como podem ver na última foto, Luana travou o pescoço e não arredou o pé, melhor, as patas. É sempre assim, ela nunca quer voltar, aí ou travo uma guerra com ela, ou pego no colo de uma vez, afinal ela também não tem noção de seu tamanhozinho e da sua “força” 🙂 Tá pensando que é a Natasha?



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Petshops

Essa noite sonhei que a minha Luana tinha ido pra cadeia. Ficava agoniada pois ela é super medrosa, ficava imaginando-a na cela com outras pessoas e morrendo de medo, foi uma noite de agonia. Quando acordei, agarrei e beijei muito a minha branquela, que mesmo sem entender nada, retribuiu com muchos beijinhos.

Contando pro Sergio depois esse sonho maluco, além de me dizer que eu cheiro antes de ir dormir, ele disse que eu provavelmente tinha sonhado com isso porque ontem fomos num Pet Shop e vi um canil com muitos cães dentro das jaulas. Fiquei com raiva e saí do Pet Shop. Interessante como o meu subconsciente interpretou aquela cena, que eu achei horrível.

Eu não consigo ver os bichinhos presos assim, ainda mais filhotes que são cheios de energia, querendo correr, pular, brincar e estão presos naquelas gaiolas horrorosas. Só de pensar também que expositores de cães, os mantém presos nas gaiolas para que o pêlo não caia e fiquem perfeitos para o “show”, me embrulha o estômago. Não compraria nunca um cão em petshop, apesar de ter comprado o Alfredo em um, mas era diferente, ele ficava solto num espaço grande e não confinado o dia todo nessas gaiolas minúsculas e com outros cães dentro.

Update


Update do post anterior.
Até a Luana está se
protegendo desse frio!

Digam se eu aguento
tamanha gostosura???

PS: estarei away do
blog esses dias, logo
que der eu volto.

LUANA HAS MAIL

E hoje ao entregar carta, disseram: “Carta para você, Luana”. Ela não gostou muito não, deu umas latidinhas e rosnados, mas logo vi o que era: cartinha do veterinário dizendo que ela precisa ir fazer o teste de verme do coração que venceu esse mês. Explicado o motivo da raiva dela.

Mas não é muito lindo receber cartinha no nome de “Luana” Mello?

Vida de Cão

Uma coisa que me chamou a atenção também quando vim para NY era ver como os cães ficam esperando seus donos irem à locadora, supermercado, deli e etc. Simplesmente a coleira é amarrada a um poste ou algo que dê para amarrá-la e pronto, problema resolvido caso seu fiel amiguinho não possa entrar com você no estabelecimento. Em muitas lojas como na Bed Bath and Beyond, eles podem entrar e o mais cômico é vê-los dentro do carrinho de compras, mas normalmente em locais de alimentação e farmácias, eles precisam ficar do lado de fora, e eles ficam, quietinhos fissurados na porta aonde seu dono entrou, esperando ele voltar.

Como não fui acostumada a deixar o cachorro assim, fico morrendo de medo que algo vá acontecer à Luana, alguém pegá-la, a coleira escapar, enfim, alguma coisa que eu possa me arrepender depois. Quando a levo para passear e sei que terei que passar no mercado, normalmente levo a sua bolsa, essa da foto. Tem uns furinhos para respirar e ela adora ficar lá dentro, se comporta como um anjinho. Uma vez fomos com uns amigos ao restaurante Casa e ela estava conosco, entrou disfarçada, afinal a bolsa não parece ser para cachorros, coloquei no chão e ela dormiu durante todo o jantar.

Esse boxer estava na 23rd street esperando seu dono sair de uma lanchonete, não dava nenhum latidinho, estava super comportado aguardando a hora do dono chegar e eles continuarem o passeio, não é muito civilizado isso?

Eu Aguento?


Isso é que uma filhota companheira. Hoje botei ela no meu colo, e ela sem cerimônias subiu na mesa e deitou.
Ficou a tarde toda comigo trabalhando no computador, só era meio dificil quando ela resolvia deitar em cima da minha mão, ou quando dava lambidinhas na mão e meu mouse ficava descontrolado. Mas compensa ficar olhando pra essa coisinha mais fofa, dá até mais ânimo para trabalhar…

Praia para cães

Aqui, até os cachorros tem vida boa, além de vários SPAS, aliás super chiques, (achei um novo no West Village que tinha até um cão com piercing), os dog runs (espaços cercados para os cães ficarem soltos nas praças de NY) tem tb a Dog Beach.

Fica aqui no parque perto de casa, e é terminantemente proibida a entrada de humanos. Sim, no verão nós humanos adoraríamos ter uma aguinha no parque para nos refrescar, mas infelizmente, só os cachorros tem esse previlégio.

A Luana não curte muito entrar na água, fica na beirada catando gravetinhos que estão boiando, e fica toda feliz quando pega um. Os outros cães, principalmente os labradores, aproveitam muito, dão mergulhos, ficam nadando um tempão, e não cansam de ficar indo e voltando com o gravetão que o dono fica alí jogando o tempo todo. Uma vez um Rotweiller entrou com um galho enorme dentro da prainha e quando saiu tinham 5 cachorros agarrados no mesmo galho, como nenhum soltava, ficaram andando com isso pelo local e com a outra ponta do galho quase acertavam todos que estavam passando, pena que eu estava sem a minha câmera para registrar a cena hilária.

A última vez que fui com a Luana lá me enchi de ver todos nadando e resolvi “obrigá-la” a fazer o mesmo. Arranquei o tênis e entrei com a água na altura do joelho e joguei a bichinha lá dentro. Claro ela nadou, e eu fiquei super babona, mas ela odiou, o coração disparava e quando ela retornou a terra, saiu correndo fugindo de mim. Coloquei mais uma vez, mas antes de mesmo de jogá-la, ainda estava me preparando mas com ela no colo, ela começou a nadar já no ar, as patinhas mexendo, nadando, e eu com ela pendurada ainda… Joguei, ela voltou rapidinho, super assustada, então desisti da façanha. Melhor deixá-la catando os gravetinhos na beirada pois pra ela essa é toda a graça da Dog Beach 🙁