Apartamentos


Procurar apartamento em NY não é uma tarefa muito fácil. A procura é cansativa, as coisas boas duram pouco e a concorrência é bem grande. Em São Paulo vemos muitas casas e apartamentos que ficam com placas para alugar durante mêses, já aqui as ofertas voam. A outra dificuldade está em provar que você vai poder pagar o aluguel. Para isso você precisa ter um bom crédito, ou seja, não apenas estar com a “ficha limpa” mas ter um histórico de compras e pagamentos em dia para poder provar que é um bom pagador. Sendo um recém-chegado a NY isso é meio difícil, portanto fica quase impossível mostrar que você tem condições para pagar um aluguel.

Estou ajudando meu amigo Leonardo a procurar um apê, ele chegou há 1 mês e veio para estudar. Como vai ficar meio difícil conseguir mostrar que ele pode pagar um lugar para morar sozinho, e ter que passar por todo o processo de aprovação de crédito, ele estava procurando um Roommate. Começamos por Manhattan pois fica mais perto da faculdade e ficamos surpresos com o que encontramos.

Manhattan é considerado o melhor local para se morar em New York, aonde ficam as melhores lojas, restaurantes e a muvuca toda. Os aluguéis são bem caros e sempre que se fala que mora em Manhattan é sinal de glamour. Visitamos vários lugares de $600.00 a $1000.00 por um quarto, e só achamos lixo! Fiquei impressionada como podem existir lugares como aqueles em Manhattan, literalmente trash, coisas de cortiço mesmo e pior, os lixões eram os mais caros. Claro que em Manhattan existem imóveis maravilhoooooooooosos, mas eu fiquei pensando, que muita gente quando perguntada aonde mora, fala Manhattan e na hora já pensam: “mora bem” enquanto existe um certo preconceito quando se fala que mora no Brooklyn. Uma amiga que morava em um apartamento bem legal aqui no Brooklyn uma vez ao dizer o bairro que morava, um senhor muito do metido respondeu: “Sorry for you”. O que essas pessoas “ignorantes” não sabem é que no Brooklyn além de lugares ruins, existem lugares muito bons, com mansões de mais de 1milhão de dólares. Conheço donos de empresa de publicidade que moram no Brooklyn por opção, para ter uma vida mais sossegada, morar em um bairro calmo, uma casa com quintal e piscina para os filhos, afinal em Manhattan é bem difícil achar uma casa assim. Outras pessoas preferem pagar a mesma coisa que paga-se em Manhattan num apartamento de 1 quarto pequeno, em um apartamento de 3 quartos no Brooklyn. Uma questão de opção de vida, você pode querer viver em um local pequeno, mas perto da agitação, ou ter um lugar bem mais espaçoso um pouco mais afastado. No final, ele conseguiu um Loft MUITO legal, por um preço bom, no Brooklyn. Depois coloco umas fotihos aqui para vcs verem.

O engraçado também é o preconceito que existe com New Jersey. Em filmes mesmo eles citam isso como se fosse ” periferia” e já ouvi pessoas comentando sobre alguns maloqueiros, se referindo a eles como “those New Jersey people”. Um lugar quando não está bem frequentado, costuma-se dizer que existem muitos BT’s por lá. A sigla quer dizer: “Bridge and Tunnels” ou seja, pessoas que precisam cruzar pontes e túneis para ir até Manhattan. Preconceito existe em qualquer lugar, em São Paulo isso ocorre um pouco com a Zona Leste, mas agora, quem me disser que mora em Manhattan querendo mostrar algum status, pode tirar o cavalinho da chuva, pois morar como as pessoas que visitamos em Manhattan, nem de graça.

Passeios

Hoje fomos ao meu médico e aproveitamos para fazer um passeio alí por Midtown-East que não tínhamos ido ainda. O frio veio com tudo hoje, os termômetros marcavam 3 graus e eu tremendo de frio, minha mãe que nem está acostumada como eu, não sentiu tanto frio. Acho que eu só fico bem quando me sinto 100% quentinha, enquanto as outras pessoas se sentem bem sentindo só um pouquinho de frio. A diferença entre eu e os outros é incrível, eu sempre sou a que mais sente frio, nunca passei por uma situação aonde alguém estivesse sentindo mais do que eu.

Enfim, passamos pela 59 e encontramos uma lojinha muito linda de coisas para cozinha que eu ainda não conhecia, a Williams Sonoma. É muito bonita a loja, fora que tem coisas espetaculares. Vale a pena uma visitinha e as coisas não são assim tão caras, pena que não pude fotografar dentro, só do lado de fora, essa foto que minha mãe está ao lado da vitrine e a fachada da loja. Demos um pulo na Crate and Barrel claro, parada obrigatória para donas de casa, e minha mãe ficou encantada. Muitas coisas tem no Brasil, outras não, mas a variedade de coisas aqui é muito maior, eu nunca tinha percebido pois só virei dona de casa depois que vim pra cá, então não tinha referência para comparar. Ela se apaixonou pelas louças, mas transformando em real as coisas ficam meio carinhas. Não pudemos deixar de tirar foto do banheiro da crate and barrel, que é muito limpo e bem sofisticado, eu tenho uma coisa com banheiro, sempre reparo em tudo.

Na volta, as belas luzes do Hotel Plaza, em frente ao Central Park, e um vento de fazer tremer as pernas.


Fiquei afastada do blog esse

Fiquei afastada do blog esse fds porque fui viajar com a mama para Catskill. Está na época da Foliage, aonde as folhas mudam de cores. É muito lindo o colorido que fica a mata, e a variedade de folhas e árvores. Vimos espetáculos da natureza. Fomos numa trilha em uma cachoeira, nós 4, eu, Sergio, mami e Luana. A lu era a mais empolgada, subia na toda, não esperava ninguém, eu tinha que ficar brecando a ferinha senão eu caía. É um passeio que vale a pena, só é meio trabalhoso fazer uma programação das atividades e escolher a melhor região para ficar. Vou descobrindo com o tempo, dessa vez o lugar que fiquei foi melhor, apesar de ser na beira da estrada aí fico estressada porque não posso soltar muito a Luana, mas depois da trilha a coitadinha ficou acabada.

Domingo choveu, fizemos um passeio de trem muito fajuto, achei que íamos mata a dentro, mas só foi beirando a estrada, passeio de criança eu acho, mas foi falta de tempo de programar mesmo melhor. Mas só de ver aquelas árvores amarelinhas, laranjas, vermelhas e tons intermediários, faz muito bem pra alma e renova as energias.
Abaixo algumas fotos, e se quiserem ver mais, clique aqui.





Naked Cowboy


Vocês já ouviram falar no Naked Cowboy? É mais uma das milhares atrações de rua que tem por aqui, na verdade talento nenhum, apenas um belo corpo, um belo rosto tocando violão no meio do Times Square somente de cueca, bota e chapéu.

Já tinha visto no ano passado, mas não tirei foto, esse ano encontrei novamente e resolvi tirar. Ele fica numa ilhazinha de calçada aonde cruzam milhões de turistas por dia. A gorjeta é colocada na bota, e segundo ele, faz cerca de U$ 700.00 a 1000.00 dólares por dia.

O nome do “rapaz” (as más linguás dizem que ele é boiola) é John Robert Burck, e se auto intitula o “most celebrated entertainer of all time”. Nasceu em Cincinatti e começou tocando em Venice Beach, California. Foi completamente vestido e ganhou apenas $1.00, quando um amigo sugeriu que ficasse apenas de cueca. A partir daí cómeçou a tirar U$150.00 por dia e resolveu vir a New York para realizar seu sonho de ser a atração mais famosa da cidade. Ele disse que já foi preso 44 vezes, chega na cadeia tira fotos e é liberado, nunca foi condenado.

Chuva, neve, sol, vento, nada tira o cowboy das ruas. Basta saber como ele consegue ficar assim despido com temperaturas abaixo de zero, em plena Times Square, esse segredo ainda quero descobrir.


Eu amo o Rio Hudson!

Fizemos um passeio por Downtown Manhattan e adorei conhecer uma parte que eu não havia visto ainda, bem lá pra baixo mesmo, beirando o Rio Hudson, eu sempre parava antes. Dessa vez resolvi continuar, afinal eu ia pegar o Ferry e era caminho.

Fui encontrando várias coisas bonitas pelo caminho, como o Jewish Heritage Museum, que está ao fundo na primeira foto, fica nessa parte bonita aonde tem um local bem legal que vc sobe e fica apreciando a vista. Um lugar super fofo, um jardim maravilhoso! Tem uns aptos nessa área que é meu novo sonho de consumo, fiquei apaixonada, foi eleito o meu número um agora na lista de locais que eu gostaria de morar aqui em NY. Continuamos andando e vimos uma escultura bem “interessante”. Antes de ler na plaquinha que ela se chamava “the eyes” eu tive uma outra leitura dela 🙂

Passamos em frente a Esfera que “sobreviveu” aos ataques de 11 de setembro. Fiquei alí pensando como conseguiu ficar quase inteira, e vendo as marcas da tragédia, os buracos nela, imaginando todo o horror que caiu por cima, os ferros, as pessoas… foi realmente a única coisa que ficou quase intacta para marcar a tragédia.

Fizemos o passeio de Ferry que transporta em torno de 70.000 pessoas por dia entre Manhattan e Staten Island. É uma opção MUITO boa para ver a vista de manhattan, uma vez que é de graça e vai bem mais longe do que o barco que vai até a estátua. Ele sai de meia em meia hora, e tem uns lances de pegar o barco certo, que é aberto na lateral, a gente pegou um fechado. Mas a vista mais bonita você tem se ficar lá no deck, aonde avista perfeitamente os prédios, Ellis Island e a Estátua da Liberdade. A brisa é maravilhosa e você vai cruzando com vários navios pelo caminho. Chegando lá é só ficar no ferry e voltar, apreciando ainda mais a vista maravilhosa da ilha. As águias estão sempre nos acompanhando, na ida e na volta, mas não consegui uma foto boa delas.

A estátua da liberdade está fechada para visitação após os atentados, mas mesmo assim você paga $10.00 para ir somente até o jardim dela, eu acho que não vale muito a pena. Vou depois fazer um post com as fotos que tirei quando fui lá e ainda estava aberto.


Caricaturas

Tinha me esquecido de comentar quando minha sogra esteve aqui sobre as caricaturas que fizemos.
Sempre vejo alí no Times Square, pessoas que fazem retratos e caricaturas e sempre achei que seriam bons, pois eles colocam exemplos maravilhosos de celebridades, e que são realmente muito bem feitos.

Claro, vc não para pra pensar que quando eles fizeram aqueles desenhos eles com certeza estavam em casa, numa prancheta, com tempo, calma… e não no meio da rua com milhares de pessoas olhando e tendo que fazer em 10 minutos. Acaba se deixando levar pela propaganda e acha que vai ficar um trabalho super legal.

Depois de resistir por várias vezes, aproveitando que ela estava aqui e também tinha vontade, resolvi sentar em plena calçada da Broadway, me sentindo um mico de circo para matar minha curiosidade. Todos passavam, olhavam para mim, para o desenho e eu tentava decifrar pela cara das pessoas como deveria estar ficando, afinal caricatura eles sempre exageram nossos defeitos. Para minha surpresa, o que ele exagerou foi a bochecha, o que definitivamente não é o que tenho de mais marcante no rosto, enfim fez um desenho simpático que ficou BEM LONGE de ser uma caricatura. Valeu pra experiência e porque o desenho ficou bonitinho, mas que não matou minha curiosidade em ver numa caricatura minha o que iriam exagerar, isso não matou.

ZOO

Semana passada, fomos ao Zoológico. Fazia anos que não ia a um, aliás nem consigo me lembrar qual tinha sido a última vez, acho que foi na escola. Muita gente acha programa de índio, mas para mim que amo os animais, é uma maravilha.

O zoológico fica no Bronx, demora um pouco para chegar, gastamos 1 hora e 40 minutos mas vale a pena. É enorme, tem que realmente chegar cedo para poder dar tempo de ve-lo inteiro. O ingresso custa $11.00 ou $20,00 que inclui todas as atrações que são cobradas extra lé dentro. Como chegamos meio tarde resolvemos não pagar o extra, mas vale a pena, pois inclui aquele trenzinho que anda o zoo inteiro, o teleférico, a floresta dos gorilas e mais algumas coisinhas.

Adorei tudo, mas o que mais me chamou a atenção foram os gorilas e os macacos. Fiquei impressionada como eles são semelhantes aos seres humanos. Me diverti a beça com eles, os primeiros que vimos foram os clarinhos. Ficamos olhando por uns 40 minutos, pois cada hora eles faziam algo diferente e engraçado. A Mãe com o bebê no colo, pulava os galhos como se não tivesse carregando nada. O bebe se agarra nela, pela barriga e ela segura com uma mão e vai saltando. Os machos estavam com os hormônios lá em cima, queriam catar todas as macaquinhas, e elas para se livrarem, ficavam pegando os filhotes no colo, então era uma briga para ver quem ficava com o bebê. Uma hora o macho se encheu e arrancou o nenê da mãe, ficava o pai segurando pelos pés e a mãe pelas mãos, e o pobrzinho berrando. Claro que a mãe levou a melhor, viva as fêmeas! O fato mais engraçado entre muitos, foi na hora que o macaco pegou a macaca desprevinida, tentou subir nela, mas acho que o coitado não achava o buraco, saiu, levantou o rabo dela e ficou inspecionando o que poderia estar errado ali atrás, ele olhava, botava o dedo, olhava de novo, enfim todo mundo rindo e o macaco nem aí, eu felizmente consegui registrar esse momento hilário.

Os gorilas também são maravilhosos, tinha uma família, o pai, a mãe e 3 filhos. O pai, deitado com a perna pra cima, os dois menores brincando, um pegando a cabeça do outro e dando uns tabefes, ai caiam no chão, davam cambalhotas, e a mãe cuidando do outro filho. Ela sentou e ficava olhando pra nossa cara, não acreditei quando vi uma funcionária do zôo mostrando a língua pra ela e a danadinha mostrou a língua de volta. Uma comédia…

Fomos ver os outros bichos e no final fomos ver mais macacos. Eles estavam num local aonde tinha vidro separando do público. Foi a sorte, pois um deles pegou uma garrafa de água de plástico que estava lá dentro, veio para o vidro, olhou pra minha sogra e jogou a garrafa nela. Muito abusado o macaquinho, mas eu morri de rir, esse momento infelizmente não registrei.

Vale a pena ir ao Zôo, eu me diverti bastante, só a comida que pra variar era péssima.
Abaixo as fotos dos macacos e algumas outras que tirei por lá.






Shows no Parque

Para quem gosta dos festivais que acontecem nos parques, aqui vai a dica do Celebrate Brooklyn que acontece no Prospect Park no Brooklyn.
Ano retrasado se não me engano quem veio foi o Olodum. Foi muito legal apesar da banda não ter vindo inteira, mesmo porque ela completa nem devia caber no palco 🙂

Destaque esse ano no schedule para o dia abaixo:

Friday, July 11
8:00pm
DANCE BRAZIL

Dance Brazil dedicates itself to introducing the delights of Afro-Brazilian movement to America.

Tem tb ERYKAH BADU mas esse é pago. O som é bem legal.

Novo Fashion point

Meat Market, novo endereço da moda em New York. O Soho já está ficando muito comercial e perdendo seu lado vanguarda, por isso grandes nomes da moda como Stella Mc Cartney, Alexander McQueen estão abrindo suas lojas na região West da 14th street. Destaque para Carlos Miele, o dono da M.Officer, que trocou os desfiles no Brasil pelas passarelas de New York, e está abrindo sua primeira loja na cidade.”Não desfilo mais no Brasil porque não acho profissional fazer dois desfiles. Tem que fazer em um lugar só. Alexander McQueen e John Galliano são ingleses e apresentam seus trabalhos em Paris. Eu vou apresentar o meu trabalho brasileiro em Nova York. Eu achava que poderia fazer uma carreira internacional a partir do Brasil porque o país entraria no eixo internacional, porém isso não aconteceu.” diz Miele que terá o total apoio de Naomi Campbell que vai fazer o lançamento de sua loja em NY. Agora a M.Officer será sua segunda linha, e a grife Carlos Miele, alta costura. Bem que quando estive no Brasil, vi que agora algumas roupas na M.Officer tem etiquetas diferenciando as marcas. As roupas que estão etiquetadas como Carlos Miele serão para exportação. Eu achei meio estranho, mas Miele pretende vender seu jeans entre US$ 300 e US$ 800, e os vestidos por volta de US$ 10 mil. Sei não, será que vinga?

É interessante ver o contraste entre a alta costura e a região totalmente trash do Meat Market, com carnes que ficam expostas para venda, penduradas em ganchos sobre a calçada. Em um quarteirão, temos de um lado da rua lojas como Scoop NY entre outras e do lado oposto, os mercados de carnes, com torsos de animais pendurados pingando sangue no chão. É realmente chocante, e o cheiro, terrível. As fotos abaixo não mostram as carnes penduradas pois as lojas já estavam fechadas, portanto só dá para ver os trilhos.