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Existem brasileiros e brasileiros, nem por isso um é mais brasileiro que outro já vou explicando antes que me interpretem mal :-). Depois de ter me mudado para NY, claro como sempre, acabei dando mais valor para o Brasil. Mas é valor para aquelas coisas que tínhamos e era tão normal que nem percebíamos como era bom. Também acabei percebendo coisas intoleráveis que estamos muito acostumados no Brasil e por isso também tão percebemos sua gravidade, a violência e o jeitinho esperto de sempre querer se dar bem e não ter respeito pelo próximo. Enfim, mas hoje vou falar só das coisas que sinto falta, ou seja das coisas boas.

Quando converso com amigos brasileiros aqui, é legal perceber o perfil das pessoas e acho que hoje já consigo ter uma idéia de qual brasileiro volta para o Brasil e qual não. Claro que sempre que analisamos algo, vemos por uma experiência com a maioria e não todos, e sempre tem as exceções. No grupo dos que não querem voltar, percebi algumas características comuns como por exemplo, a maioria não gosta de funk, pagode axé e carnaval. Não curtem aquela praia bem a brasileira, gente jogando futebol, música, cervejinha e um peixinho frito.

Eu costumo dizer que sou mais brasileira que eles, apenas um modo de dizer, pois eu adoro todas essas coisas acima 🙂 Fora isso eu adoro aquela cultura pura do Brasil, lá do nordeste, naquelas cidades do interior, o silêncio, o milho assado no chão, que na primeira vez que vi até me assustei. Amo Maracatu, forró, doideiras, bagunças. O Sergio costuma dizer que meu gosto musical é um lixo, eu costumo dizer que apenas gosto de tudo um pouco. Às vezes ele coloca as músicas que ele gosto, e até se surpreende quando eu digo que gostei. Da mesma forma que amo Caetano, Alceu, Zé Ramalho e os melhores da MPB, gosto de Techno, Pop, e também de Claudinho e Buchecha e daqueles outros considerados os mais “lixões” no Brasil. Acho que cada um tem um momento e intenção diferente e eu gosto de sentir todas as sensações diferentes que cada estilo passa. Mas veja, quem não ama isso tanto assim e vive bem aqui, realmente não quer voltar a morar no Brasil, se contenta em ir passar férias e controla a saudade que sente de lá.

Eu penso em voltar sim aliás penso não, eu VOU voltar. Apesar de adorar NY eu sempre sonhei em fazer minha vida lá, no estilo de lá. Quando fecho os olhos, eu me vejo com meus filhos brincando naquela ÁREA DE LAZER ENORME que tem nos apartamentos de SP, combinando um churrasco (de PICANHA e não hot dog e hamburguer ), chamando a FAMÍLIA TODA, aquela zona toda e depois pegar meu carrinho, entrar na minha GARAGEM e IR pro meu apartamento. Final de semana levar a filha para ir almoçar na casa da avó, depois a noite ir comer uma PIZZA na casa da tia e no feriado enfiar as malas no carro e pegar aquele SUPER TRÂNSITO NA IMIGRANTES pra chegar no Litoral. Ai que saudade que dá 🙂 Mas podem apostar que quando voltar, vou dizer que estarei morrendo de saudades de NY, aí eu deixo vocês jogarem esse post bem na minha cara!

C’EST LA VIE.

Puxa vida, mais um atentado e mais uma vez gente inocente pagando pela briga dos grandões. Ainda não se sabe quem foi responsável por mais essa monstruosidade, se foi Al Quaeda, se foi ETA, mas seja quem for, não temos como lutar contra terror. Para quem não se importa em se matar para poder matar os outros, o que se pode fazer contra essas pessoas? Na minha opinião, quase nada, a não ser tentar a paz com acordos que satisfaçam as duas partes, mas é tão difícil ceder né. Se há terrorismo acho que deveria pelo menos ser contra políticos safados, esses sim que são pessoas que tomam decisões, mas não, resolvem atacar os cidadãos coitados, que nada podem fazer. Que explodam Casa Branca, o congresso, mas trem???? Onde estão pessoas comuns sem nenhum poder de mudança? Peraí tem algo de muito errado nisso.

Agora triste mesmo é ver a Globo fazendo as ligações e levantando as coincidências com 11 de setembro. Que drama!!!!!