Dores

Eu sempre ouço que o tempo cura tudo, que tudo passa, mas quando estamos no meio de uma dor intensa parece que esse tal de tempo nunca vai ser capaz de curar essa saudade, esse vazio. Tomare que ele chegue logo, pois por mais que tentemos disfarçar a dor, passar uma pomadinha em cima da cicatriz, mesmo que pare de machucar por alguns instantes e você consiga se divertir, ela ainda está lá aberta, mesmo no maior momento de descontraçao, ela está presente, aberta, doendo.

Minha Fofa


Bom ver a vida da minha irmã caminhando, eu que torci tanto por ela. A gente se dá muito bem, desde pequenas quando brincávamos de boneca, mesmo eu sendo 4 anos mais velha do que ela, sempre tem uma fase que coincide. Sempre que sentamos e começamos a nos lembrar das brincadeiras, damos ótimas risadas juntas, lembrando da imaginação que tínhamos, das bagunças, das coisas erradas que fazíamos. Aliás minha mãe veio descobrir muitas dessas coisas somente hoje, vamos soltando aos pouquinhos e ela fica abismada por nunca ter ficado sabendo.

Adoro ficar recordando momentos bons do passado, aliás depois que passa parece que foi melhor do que no momento em que o vivemos. Hoje é engraçado lembrar da gente botando limão no sutiã para fingir ter seios e ver que hoje somos adultas, vivemos tanta coisa e ainda nos mantemos muito unidas, até mais do que antes.

Nossa família é o que realmente há de mais precioso na nossa vida. Às vezes não acredito em uma verdadeira amizade, acho que amigo 100% mesmo somente seus pais e irmãos. Só por eles sinto que eu faria TUDO nesse mundo para ajudá-los. E por minha irmã eu já fiz milhares de coisas, absurdas até, me arriscando, mas faria tudo de novo, e só por ela, meus pais e meu marido, mais ninguém.

Hoje fico muito feliz por vê-la conseguindo realizar seus sonhos, começando sua vida e se sentindo feliz, parece que cumpri com minha parte para que isso acontecesse e isso me deixa realmente muito satisfeita.

A Temida morte

Sempre tive medo da morte… Quando penso nela me arrepio, não aceito, não tem jeito. Já tinha sentido a dor enorme de ter perdido minha avó, e achava ter sido a maior dor da minha vida. Ontem vivenciei uma maior… a ida do meu pai.
Ainda não caiu minha ficha, sei que a dor está aqui e vai continuar durante um longo período, mas queria muito poder fazê-la ir embora. A única arma que tenho é conseguir bloquear meus pensamentos na hora que ele insiste em me machucar. Não sei como nem porque mas acho que minha agonia de sentir dor é tão intensa que meu cérebro bloqueia meus pensamentos e o desvia do que vai me fazer sofrer.
Foi difícil ontem vê-lo voltar de onde ele veio, deixá-lo lá para sempre e saber que nunca mais estará comigo em carne e osso… é realmente muito, mas muito difícil. Foi bom saber que ele me esperou chegar aqui antes de ir embora, nos esperou chegar e lhe visitar ainda com vida, embora não pudessemos nos falar, e então no mesmo dia ele se foi.

Mas eu não disse adeus, disse “até um dia” e quando esse dia chegar vou poder dizer a ele o que não consegui dizer antes de ele partir, quero acreditar que isso vá ser possível, pois é uma das poucas coisas que realmente me consola. Espero que assim seja.

Obrigada aos amigos mais próximos que já sabiam e me mandaram emails e posts, só não tive cabeça ainda para respondê-los.

A Vida…

Eu sempre penso que não estou aproveitando 100% de algo que estou fazendo. Seja um bar, um parque, eu sempre acho que dá para aproveitar mais. Mas sempre dá para fazer o programa de novo e tentar consertar. O ruim é quando você percebe isso em relação a pessoas, e não é possível mais consertar nada. Mas é legal também quando você percebe a tempo de aproveitar tudo o que você pode antes que essa pessoa vá embora. Por isso me pergunto, será que vale a pena ficar tão longe de nossos familiares para ganhar a vida, viver melhor… e no fim, o que fica? O que realmente importa nessa vida que nos foi dada?

Acidente em metrô

Antes de ontem eu estava no metrô C quando ele de repente parou no meio entre uma estação e outra e ficou parado durante 40 minutos. O mais agoniante era que não podíamos nem ao menos sair pela saída de emergência, ainda bem que consegui pegar no sono para o tempo passar mais rápido.

O que aconteceu é que um garoto de 14 anos estava voltando com os colegas da escola e resolveu “aparecer” para a turminha. Foi para um lugar no meio dos vagões, o qual é usado para se passar de um vagão para o outro, e dalí ele tentou subir para o teto do trem, para “surfar”. Normalmente isso é feito em estações que ficam fora, pois pelo menos há lugar para colocar a cabeça, já nas subterrâneas, não há espaço nenhum, só o suficiente mesmo para o trem passar.

Segundo o NY Times, o garoto subiu, bateu a cabeça em uma viga, caiu nos trilhos e o trem que vinha atrás passou por cima dele. Sua amiga disse que ao ouvi-lo gritar por socorro, tentou segurar sua perna, mas não conseguiu, foi escorregando e o garoto caiu nos trilhos. Só conseguiram avisar o condutor na próxima estação, mas até avisarem não houve tempo de se comunicar com o trem que vinha atrás. O que não entendi foi porque no momento em que ele subiu e pediu socorro, não acionaram o freio de emergência. Sempre que tem avisos sobre como proceder em situações de emergência, falam para nunca acionar o freio, eu até me perguntava, pra que serve então? em que situação deve-se usar o freio? Essa era uma delas, ao menos se o trem parasse, com certeza haveria tempo de avisar o trem que vinha atrás e salvar o menino, caso ele já não tivesse morrido somente pela queda.

Aí vem a família dizendo que ele era um menino muito bom que jamais faria isso, que provavelmente deveria ter sido desafiado pelos colegas, aquela velha história “meu filho jamais faria isso”. Se não fizesse, não seria um desafio de colegas que iria tirar o juízo do garoto. Às vezes parece que os pais são os que menos conhecem as crianças. Elas são uma coisa em casa e com os colegas são completamente diferente, e os pais confiam plenamente apenas naquilo que presenciam no pouco tempo que passam em casa com eles. Sei perfeitamente que os filhos agem de uma maneira com os pais e de outra com os amigos, afinal já passei por essa fase e também era assim. Quero ter dicernimento o suficiente e cegueira de menos para saber do que meu filho é capaz de fazer quando está longe de casa.

PS: Só para esclarecer, acho que me expressei mal, eu acho que os pais não tem culpa alguma, não é pela educação que deram que o menino faz isso, o que disse apenas é que os pais sempre saem nessa defensiva achando que os filhos nunca são capazes de fazer essas loucuras, ficam meio cegos.

Coloridos!

Ah, e uma passadinha ontem na Duane Reade para testar os esmaltes. Pior é que não tirei da unha e hj o dia todo andei assim, mas NINGUÉM nem notou, afinal estamos em New York, aonde tem todos os tipos mais estranhos do mundo. É bom, vc pode sair maloqueiro, nada combinando, com uma roupa muito estranha e feia que ninguém liga, e como não tive tempo de tirar ontem nem me importei em sair assim, pois sabia que não iria passar ridículo. Fiquei me imaginando com essas unhas em São Paulo, passeando no shopping, assinando cheque, e todo mundo olhando e rindo, não seria assim?

Cremes

Recebi vários emails de pessoas querendo saber sobre o creme da Victoria’s secrets se eu poderia mandar etc etc, então resolvi passar para vocês o email de uma pessoa que vende os cremes mais baratos aí no Brasil. O email é dondonsp@hotmail.com

Aproveitem!

Acidente

Cheguei em casa agora e fiquei sabendo do acidente com o Ferry que liga Staten Island a Manhattan. Levei um super susto, eu estava lá na segunda feira com a minha mãe fazendo o passeio novamente mas dessa vez durante a noite para apreciar as luzes.

O acidente foi no terminal de Staten Island, não consigo me lembrar como é a chegada por lá, pois sempre estamos no lado oposto apreciando a vista quando ele chega. Uma pena, se não me engano são apenas 5 balsas que se revezam no transporte que ocorre de meia em meia hora. Dizem que ao chegar, o ferry bateu nas madeiras que ficam ao lado de onde ele para, e fez um rasgo na lateral, matando 10 pessoas, ferindo várias e algumas tiveram braços e pernas amputados, um verdadeiro horror…

Eu estava justamente no Ferry com o qual aconteceu o acidente, sei porque eu queria ter ido no Ferry George que é mais legal, e eu estava no Andrew. Tudo indica que foi o vento que causou o acidente, pois hoje em New York quase que EU saí voando na rua…

Update: vi no jornal que talvez tenha sido erro humano, pois o condutor tentou se matar depois do acidente…