Retrospectiva 2008

O filme: o MEU filme, dos poucos que assisti, “Vicky Cristina Barcelona”
O acontecimento: Poder viajar de novo, em breve
O livro: “I have lived a thousand years”
A surpresa: Luna falando tudo!
A decepção: Ter confiado em alguém que pra mim era da minha família.
A mania: Livros
A tristeza: Não ter ido ao Brasil
A alegria: Poder viajar jajá
A noticia boa: Subida do dólar
A notícia ruim: A crise mundial
A diversão: Esquiar novamente depois de 3 anos
A saudade: Do meu pai, sempre

Nosso Natal

A intenção era colocar as fotos da montagem da árvore antes, mas não deu tempo. Correria básica de final de ano, mais algumas coisinhas extras, me tiraram o tempo e a disposição de escrever.
Mama em casa, minha irmã que pediu um vôo para NY bem no dia 24, o que mais eu poderia desejar além da minha família passando o Natal comigo aqui na minha casa? A Luna, pela primeira vez passando o Natal na casa dela , entendendo bem mais o que é a árvore de Natal e eu pela primeira vez também fazendo planos para a “vinda do papai noel” em casa. Ela vê na TV que ele vem pela chaminé, mas aprendeu rapidinho que “casinha da Luna no tem ximiné” então “Papai Duel” viria pela janela trazer o presente que ela pediu – um guarda-chuva.
Colocamos aquela botinha pendurada na planta que temos perto da sala e falamos que seria alí que ele colocaria. Luna colocou os cookies na janela, pois ele chegaria com fome. Comemos, Luna cantou musiquinhas, mas estava bem gripada, tossindo demais, então nem consegui aproveitar muito o final, comi por etapas. Ai como é boa essa comidinha calórica de Natal… rabanadas são proibitivas! Luna dormiu, trocamos presentes e fomos preparar a vinda do papai noel, improvisando a pegada que ele deixaria de rastro, com farinha de trigo.
Foi ótimo, Luna acordou pela manhã, olhou meio assustada os vestígios da “visita” , percebeu os cookies faltando, e delirou com seu guarda chuva de vaquinha. Mas papai noel foi bonzinho e deu mais brinquedinhos pra ela, que passou o dia tossindo, febril, mas brincando com todos eles. Esse ano, ela também visitou o Rockefeller Center , que continua lindo com os mesmos anjinhos que conheci em 1999, e me emocionei ao lembrar da minha primeira foto lá, quase 10 anos atras, e hoje, estar alí com a minha pequena, achando tudo ainda mais lindo.

De doida, toda familia tem um pouco

Coisas de família são complicadas. A gente briga, fica bem, briga de novo, xinga, manda pro inferno, mas parece que como uma mágica tudo passa, e na maioria das vezes fica tudo bem. Claro que isso acontece com os familiares próximos, mãe, pai, tios etc, mas com agregados fica mais difícil. Na minha família tem um caso curioso, minha tia tem 4 filhos, quase todos na mesma faixa etária. Eles brigam tanto, de ficar sem se falar MESMO, que sempre que converso com alguém de lá, pergunto quem é a dupla brigada da vez. Ou a irmã 1 e o irmão 2 que se pegaram, ou as duas irmãs, ou a irmã 2 com o irmão 4 e por aí vai. Claro que o menos comum são os dois homens, mas sempre tem um conflito, isso é certo.
Uma das minhas características mais fortes é sempre manter a imparcialidade, e nunca julgar nada ouvindo apenas um lado da história. Quando meu primo se separou da mulher dele e todos na família se voltaram contra ela, eu devo ter sido uma das poucas que ainda manteve um bom relacionamento, ela até foi no aniversário da Luna, fiz questão. Não gosto de misturar as coisas.
No momento, meu desafeto familiar é com agregados, e uns me chamam de louca e até besta porque apesar de ter todos os meus motivos para me realizar com o fato de que pisando no meu calo, por conseqüência, pagam o preço de viverem ainda mais longe da Luna, não sinto o mínimo prazer com isso. Pelo contrário, faço questão de que ela saiba quem eles são, ensino o nome, digo o parentesco. Quando falamos de quem deu esse presente ou aquele, faço questão de dizer que foi o “desafeto” (usando seu devido nome), e se posso me orgulhar de alguma coisa em mim, eu diria que é disso. Obvio que faço tudo dentro do meu limite para me manter longe, pois quero que até onde eu não me envolva, minha filha possa ter certeza que a mãe dela preza MUITO a imparcialidade, e que jamais gostaria de vê-la longe deles por um problema que é exclusivamente meu. Semana passada, liguei pra casa do Vovô dela paterno (que adoro) para que ele pudesse ver como ela está falando muito, e tão diferente da última vez que ele a viu. Falou com ele, com a mulher dele, foi a maior alegria e tudo facilitado por aquele “hall da fama” que coloquei no quarto, onde ela tem contato ao menos para saber que essas são pessoas que fazem parte da história de vida dela, e para que os rostos se tornem familiares desde já.
Já presenciei muitas historias de mães que se separam e usam a criança pra se vingar do marido, acho uma judiação… Criança precisa se sentir amada, pela mãe, pelo pai, pela família inteira, sejam eles bons ou ruins pra MIM, o que importa é o que eles são para ela.

As delicias do dia

Hoje Luninha ficou com a vovó em casa, matou “aula”.
Agora na hora de sair, ligo pra casa:
– Oi meu amor!
– Hi Mommy, dô di birriga
– Dor de barriga minha filha? mas você fez cocô?
– No, não saiu cocô
– ô tadinha,
– Fez xixi, na calxinha
– HAHAHAH tá bom filha, mamãe está indo embora ok?
– “És” I love you Mommy, muito muito muito muito
– Eu também meu amor!
– I love you this big Mommy!
(eu com o maior sorriso na cara que já consegui dar)
– Eu também filhota, this big big big
– Bye Mommy see you later!
E a mamãe já ganhou o dia, esqueceu das chateações e nem a chuva lá fora vai mais me incomodar. Vou pra casa, ver a coisa mais deliciosa desse mundo.
O vídeo do meu I LOVE YOU predileto.

Acaba logo

Aff, final de 2008 ta parecendo a última corrida de F1 em Interlagos, adrenalina total nas últimas curvas. Sabe quando parece que tudo entrou em ebulição? Momento de pé no chão, pra segurar a vontade de fazer o que o instinto manda, e a racionalidade segura. Nessas horas que a gente vê como a combinação da razão (Sergio) e da emoção (eu) é a formula certa pra equilibrar tudo. Que venha logo 2009, sem os sanguessugas atras tirando nossa energia!

Perfeito

ORAÇÃO DAS MULHERES:
Querido Deus,
Até agora o meu dia foi bom: não fiz
fofoca, não perdi a paciência, não fui gananciosa,
sarcástica, rabugenta, chata e nem irônica.
Controlei minha TPM, não reclamei, não praguejei, não
gritei, nem tive ataques de ciúmes.
Não comi chocolate.
Também não fiz débitos em meu cartão de crédito (nem
do meu marido) e nem dei cheques pré-datados.
Mas peço a sua proteção, Senhor, pois estou para
levantar da cama a qualquer momento…
Amém!

pedido de Ajuda aos universitários

Meus queridos leitores, preciso de um help.
No daycare da Luna, cada sala vai falar esse mês sobre as diferenças culturais entre os países nas festas natalinas. Na dela, escolheram o Brasil, não é demais? A-D-O-R-E-I, mas me pediram para que as ajudasse a apontar as diferenças entre o nosso Natal e o americano, e quais são os costumes típicos nessa época. Ai Ai, pensei tanto, e só lembrei das rabanadas, e que nosso natal não tem neve nem frio. O que mais poderia ser algo tipicamente brasileiro, que fazemos nas nossas comemorações? Tenho mais dificuldade em levantar isso porque nunca passei aqui um Natal tipicamente americano, acho que algum(a) brasileiro(a) que more aqui e que seja casado ou conviva com os americanos nessa data, poderia me dar uma grande ajuda.
Luninha também agradece 🙂

Thanksgiving

Hora de agradecer
Pela filha maravilhosa que tenho, cheia de saúde, que me dá muita alegria. É adorada por todos, obediente e me dá todos os sinais que conversando, conseguiremos nos entender bem.
Pelo marido fantástico, pela nossa história de 20 anos juntos, por ter uma pessoa ao meu lado que apesar da falta de tempo, really cares about me, e que sei que posso contar com ele sempre que eu precisar, meu super companheiro, marido e amigo.
Pelos amigos, que são poucos mas esses poucos, são amigos de verdade.
Por ter saúde, condições de educar e criar minha filha da maneira que gostaria, poder ter minha família sempre por perto, mesmo eles morando tão longe.
Abaixo, Luninha nesse Thanksgiving, com a mesma roupa do ano passado. Deu sorte 🙂

Oba Obama

E o americano, num país considerado racista e conservador, elegeu um negro jovem e democrata para presidente. Não simplesmente elegeu, foi votação recorde, esperança recorde, com muita vontade de mudar. Cansaram do Bush e dos republicanos, vários estados considerados vermelhos também cansaram e optaram pela mudança. Finalmente a maioria também cansou, e prevaleceu a esperança, depois de 8 anos, de se viver em um país diferente.
New York foi totalmente Obama, como esperado, já que é um estado democrata-liberal. As pessoas estão com aquele olhar e euforia que os brasileiros tiveram com a eleição do Lula, confiando que a guerra acabe, que melhore a política externa, que as grandes corporações sejam menos favorecidas e que haja a prometida grande reforma na área da saúde. Há os que duvidem (e muito) que Obama consiga cumprir tudo o que prometeu, pois ele necessitaria de vários mandatos, mas sinto que essa escolha foi um grito desesperado para que a política Bush fosse embora. Sai o presidente que é ridicularizado por sua “ignorância” e entra o presidente considerado culto, inteligente e antenado com o que está acontecendo no mundo.
Principalmente a comunidade negra, tem muito do que se orgulhar. Pessoas se emocionam ao lembrar que um dia lutaram apenas pelo direito do negro poder votar nos Estados Unidos, e não acreditam que hoje, estão votando em um deles para dirigir seu país. Alguns achavam que não estariam vivos quando isso acontecesse. Os jovens, numa mobilização também recorde, se orgulham de ter participado nesse momento histórico e tão significativo do país.
Meu desejo é que todas essas pessoas depois se orgulhem em quem votou, e que daqui a 4 anos o povo continue achando, que fez a escolha certa.