Coisas de família são complicadas. A gente briga, fica bem, briga de novo, xinga, manda pro inferno, mas parece que como uma mágica tudo passa, e na maioria das vezes fica tudo bem. Claro que isso acontece com os familiares próximos, mãe, pai, tios etc, mas com agregados fica mais difícil. Na minha família tem um caso curioso, minha tia tem 4 filhos, quase todos na mesma faixa etária. Eles brigam tanto, de ficar sem se falar MESMO, que sempre que converso com alguém de lá, pergunto quem é a dupla brigada da vez. Ou a irmã 1 e o irmão 2 que se pegaram, ou as duas irmãs, ou a irmã 2 com o irmão 4 e por aí vai. Claro que o menos comum são os dois homens, mas sempre tem um conflito, isso é certo.
Uma das minhas características mais fortes é sempre manter a imparcialidade, e nunca julgar nada ouvindo apenas um lado da história. Quando meu primo se separou da mulher dele e todos na família se voltaram contra ela, eu devo ter sido uma das poucas que ainda manteve um bom relacionamento, ela até foi no aniversário da Luna, fiz questão. Não gosto de misturar as coisas.
No momento, meu desafeto familiar é com agregados, e uns me chamam de louca e até besta porque apesar de ter todos os meus motivos para me realizar com o fato de que pisando no meu calo, por conseqüência, pagam o preço de viverem ainda mais longe da Luna, não sinto o mínimo prazer com isso. Pelo contrário, faço questão de que ela saiba quem eles são, ensino o nome, digo o parentesco. Quando falamos de quem deu esse presente ou aquele, faço questão de dizer que foi o “desafeto” (usando seu devido nome), e se posso me orgulhar de alguma coisa em mim, eu diria que é disso. Obvio que faço tudo dentro do meu limite para me manter longe, pois quero que até onde eu não me envolva, minha filha possa ter certeza que a mãe dela preza MUITO a imparcialidade, e que jamais gostaria de vê-la longe deles por um problema que é exclusivamente meu. Semana passada, liguei pra casa do Vovô dela paterno (que adoro) para que ele pudesse ver como ela está falando muito, e tão diferente da última vez que ele a viu. Falou com ele, com a mulher dele, foi a maior alegria e tudo facilitado por aquele “hall da fama” que coloquei no quarto, onde ela tem contato ao menos para saber que essas são pessoas que fazem parte da história de vida dela, e para que os rostos se tornem familiares desde já.
Já presenciei muitas historias de mães que se separam e usam a criança pra se vingar do marido, acho uma judiação… Criança precisa se sentir amada, pela mãe, pelo pai, pela família inteira, sejam eles bons ou ruins pra MIM, o que importa é o que eles são para ela.