Back on Track

IMG_3797.jpg Volta de viagem nunca é muito fácil de organizar, estou tentando colocar as coisas no lugar, mas está meio complicado. Malas a desfazer, casa pra arrumar, comidinhas da Luna para organizar, mas coragem zero, cansaço dez. Pra piorar, a rotininha conquistada com muito custo, foi por água abaixo. Luninha que antes apenas ao me ouvir dizer boa noite, após escovar os dentes, já colocava o dedinho na boca e virava pro lado no berço e dormia, resolveu se rebelar.
Quando repito o ritual, ela até coloca o dedo na boca ao ouvir o boa noite, mas quando coloco no berço… a briga começa. Ela chora, levanta, fica brava. Eu na minha coragem e dureza saio do quarto e a deixo chorando, mas ao ouvir o “mamãe” no meio do apelo, nao resisto. Vou lá, beijo, acudo a minha pequena. Fico no quarto, balanço, converso. Nada adianta, ela quer farra, quer au au e papai. Hoje, no terceiro dia da “guerra” consegui sair e a deixar chorando um pouco e graças a Deus ela não chamou mamãe, chorou e logo parou. Quando fui ver, dormia feito um anjinho. Cada noite agora é uma técnica nova. Primeiro dia balancei, segundo dia coloquei no berço com uns livros e lá ela ficou até dormir, mas hoje nem balançada e nem livro a convenceu. O que será que me espera amanha?

Welcome Back

Estamos de volta. Um frio de -17 (sensação térmica) de boas vindas, que dá até medo pra quem está saindo de um verão escaldante de SP. A viagem foi boa, viemos pela Delta, que eu acho uma porcaria, e Luana voltou pra cade depois de 4 meses com a minha mãe no Brasil. Veio no cargo, pela segunda vez na sua vida. Dá uma dor no coração ver a casinha dela alí na esteira, ainda mais porque estou acostumada a te-la comigo sempre na cabine.
Dei maracujina pras duas, mas o efeito na Luna foi o contrário. Ficou acordada até uma da manhã, abrindo e fechando a janelinha do avião, pegando as revistas que ficam na frente do asento, apagando e ascendendo a luz, subindo e descendo do meu colo. Quando a janta chegou, ela cismou de enfiar umas alfaces na boca, e fez tão profundamente, que vomitou bem em cima do meu jantar. Da-lhe pedir pras aeromoças (que de moças não tem nada) pra recolher tudo antes mesmo de terminarem de servir o restante dos passageiros. Logo depois, Luna finalmente apagou, eu apaguei e o Sergio também. Ruim é ficar com ela no colo, posicao incômoda demais. Pedi pra moça do checkin algum lugar de 3 que nao tivesse alguem no meio, assim sobraria um lugar pra Luna. Nunca tem, sempre dizem que o vôo está lotado, que estava até com overbooking. Obvio que depois que fecharam as portas, no meu passeio até a galley, vi duas fileiras com um lugar sobrando no meio. Alguém tem alguma dica de como conseguir isso? Pois duvido que tenha sido sorte… algumas pessoas tem a manha mesmo de fazer de algum jeito que consegue ficar na fileira sozinho.
Sempre bom estar em casa, agora é hora de botar tudo no lugar, voltar a realidade, encarar o frio, e ter forças, pois o ano está só começando.

A pré estréia do caçador

Finalmente consegui assistir ao filme do meu livro predileto, o maravilhoso Caçador de Pipas. Como acontece sempre, o livro é BEM melhor que o filme, mas ainda assim é muito bom. Acho que fica dificil julgar por já ter lido o livro e saber tudo que vai acontecer, a magia é ver se materializar tudo aquilo que estava na imaginação, isso foi fantástico. Achei que ele poderia ter sido trabalhado com mais emoção, talvez como cinema paradiso. Tinha tudo para ter o mesmo peso de drama e emoção, mas acho que ficou parecendo mais como um filme-relato do livro.
Para quem leu o livro, vale MUITO a pena ver, e para quem não leu, meu conselho é que LEIA antes de ver o filme, pois a tendência é nao ler o livro depois que já viu o filme, e aí vai se privar de uma história maravilhosa ricas em detalhes que em 2 horas realmente não dá para contar.

Cantinhos em SP

Não acho São Paulo uma cidade bonita. No geral a arquitetura é muito variada, calçadas mal cuidadas, falta beleza e graça, no entanto alguns lugares específicos me deixam encantada. Acho lindo a Marginal Pinheiros a noite, na altura da Cidade Jardim. Gosto da visão que tenho, quando vou ao Pão de Açucar (que fica ao lado da Leroy Merlyn) de madrugada. O negro do céu e as luzes cor de abóbora dos postes beirando o Rio. O próprio supermercado, é bonito, charmoso e tem essa vista previlegiada, com uma brisa gostosa, nesses dias de calor abençoado. Ai São Paulo, se não fosse sua violência seria quase impossível ir embora pra NY conformada que é melhor assim.
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A cena dos sonhos

Sempre que pensei em filhos, eu sonhava em ver essa cena clássica e tão linda quanto inocente. Quando a criança veste pela primeira vez o sapato da mãe ou do pai. Hoje eu ví pela primeira vez a Luna calçando o tênis, da avó, e sozinha andando pela casa. Corri pra pegar a câmera, uma pena que não ficaram boas as fotos, mas tive que registrar rapidamente esse momento único. Tem um filminho que depois edito e coloco aqui. AMEI.

Pessoas e relacionamentos

Quando volto pro Brasil estranho muita coisa, e uma delas é o relacionamento com as pessoas. Estar em NY há 8 anos, sem muitos amigos e nem família acaba criando uma maneira de viver isolada dos problemas do cotidiano que toda família vive.
Tudo parece meio invasivo, a falta de poder fazer o que você quer a hora que bem entender, incomoda mais do que deveria. O telefone que toca demais, os vizinhos que falam demais, o excesso de compromissos sociais, muita gente num mesmo lugar acaba invadindo um espaço na gente que estava desocupado há muito tempo.
Ao voltar pro Brasil, além de se acostumar com a neura de olhar se vem motoqueiros pela esquerda com alguém na garupa, com os preços altos de tudo, em entender mesmo sem querer tudo o que falam ao seu lado, teremos que nos acostumar novamente a olhar pras pessoas, falar mais, ter mais paciência e se acostumar com as invasões diárias, que só percebemos quando não a temos mais.

MINHA retrospectiva 2007

O filme: Tropa de Elite
O acontecimento: Aniversário de 1 ano da Luna no Brasil
O livro do ano: Abusado
A surpresa: Receber um dinheiro atrasado que eu já havia desistido de lutar por ele.
A decepção: Ver que depois da comoção nacional do caso João Helio, a esperança de que algo mudaria ficou apenas em sonho.
A mania: Livros
A tristeza: Acidente da TAM
A alegria: viagem de final de ano com sol todos os dias e água quente na piscina e no mar.
A noticia boa: Fim da CPMF
A notícia ruim: Um colega assassinado
A diversão: levar Luna aos parques de NY
A saudade: do meu pai

Hi there!

Ufa, um minutinho antes de dormir pra dar um alô aqui. No Brasil minha rotina fica muito mais apertada, sobra ainda menos tempo do que quando estou em NY. Rotiinas e horários diferentes, vida social mais agitada, pendências a serem resolvidas. Mas enfim, estamos ótimos, voltamos de um feriado delicioso na praia, agua do mar quentinha, muito sol e diversão. Depois coloco as fotos e conto mais detalhes, por enquanto apenas um pulinho pra dizer que está tudo “JÓIA”
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Chove Chuva… Chove sem parar.


Ontem foi um dia tipicamente paulistano, chuva o dia inteiro, trânsito recorde. Eu gosto, me trazem lembranças de quando eu morava aqui, e essa chuva era mais uma parte desse cotidiano maluco. Uma pena que a cidade pára, ninguém é pontual, e todos usam a chuva como desculpa para todos os males. E como tudo tem um lado bom, a chuva espantou os pernilongos, que me perseguem todas as noites. Desacostumei com esses insetos famintos, que além de chupar nosso sangue, não nos deixa dormir em paz.
Mas nada como estar em São Paulo, que com todos os seus problemas, ainda esbanja charme e alto astral pra compensar tudo isso.

Livros e Livros e mais Livros

Engatei mesmo na onda dos livros. Depois de “Cem Anos de Solidão”, o “A distância entre nós” foi super bem vindo. Super interessante, a história de duas mulheres indianas, com tanta diferença social, financeira, e ao mesmo tempo tão próximas nos mesmos dramas da vida. O legal é que imaginamos toda aquela cena, as roupas, as ruas, o sentimento. É o tipo de livro que você não vê a hora de saber o que vai acontecer nas próximas páginas.
Depois dele, voltei pro Gabriel Garcia Marquez, com “Memórias das minhas putas tristes”. Bem Gabriel, inusitado, viajante. Mas pra me alegrar mesmo, a melhor notícia: Caçador de Pipas virou filme. Não vejo a hora de ver na telinha se a carinha do Amir, Hassan e Sorab são como imaginei, se a casa onde moravam era mesmo com os moveis meio escuros… se o pai de Amir tinha as feiçoes que desenhei. Pena que vai lançar aqui no Brasil dia 18 de janeiro, um dia após eu pegar o vôo de volta a NY. Será que consigo uma pré estréia ou terei que esperar o DVD na Netflix?