TRAUMATIZEI

UPDATE: eu uso essa caminha pra ela dormir comigo na cama.
Fico pensando que esse blog agora virou um assunto só: Maternidade. Mas como falar de algo diferente se eu vivo isso agora 24 horas por dia? Vocês vão ter que ter paciência, pois eu agora respiro Luna o tempo inteiro, só sei sobre bebê, fraldas e afins. Quando pinta um tempinho, venho aqui resolver os pepinos do trabalho, os pepinos da viagem. Logo já estarei de volta à ativa e terei assuntos mais diversificados!
Hoje vou falar da babá eletrônica. Eu fiquei extremamente feliz ao ganhar a babá no meu chá de bebê, pois era exatamente a que eu queria, com vídeo colorido. Mal sabia eu, que iria odiá-la depois de tão pouco tempo. Traumatizei. Ela por um tempo ficou sendo a minha “TV”, não porque eu ficasse babando a Luna, mas porque a qualquer barulhinho, eu acordava e ficava de olho pra saber se ela iria acordar e começar a chorar. A babá intensifica os pequenos barulhos, então um gemidinho, vira um rugido; consequentemente, o sono vira sonequinha. Um dia, de tão bêbada de sono, desliguei a babá e a Luna chorou, chorou, chorou, ainda bem que a avó estava atenta e foi acudi-la. Me senti a pior mãe do mundo. Hoje, eu pago pra não usá-la, a noite o destino da Luna mudou, ela dorme com a gente na cama, assim eu só acordo na hora que ela realmente acorda. Apesar de não ser a opção mais adequada, pois eu fico esmagada no canto e o Sergio no outro, por enquanto foi a solução que achei pro meu sono ficar “menos pior”. Espero que assim que as noites da Luna forem mais longas, eu possa volta-la pro berço e que a babá (mais discreta) volte pra minha cabeceira.

Burocracias

Reta final para a viagem, e os documentos ainda não estão nas nossas mãos. Tudo porque diferentemente do Brasil, a certidão de nascimento da Luna demora de 2 a 3 semanas pra ficar pronta. Depois de 2 semanas resolvi ligar para saber se estava ao menos a caminho, mas descobri que o nome dela ainda nem constava nos computadores do Health Department. Sem registro de nascimento, não dá pra fazer passaportes. Fui eu correr atras da certidão, provar que eu estava com viagem marcada, para aí sim, em dois dias eles disponibilizarem o documento.
Sexta feira passada, com ele em mãos, corro pro consulado brasileiro para dar entrada no passaporte e cidadania, depois corre pro correio para dar entrada no passaporte americano, e no final, depois de muita correria, burocracia e chororô eles ficarão prontos na sexta feira agora. Fora isso, pra deixar a coisa ainda mais emocionante, o passaporte do Sergio também estava vencido e ele teve que renovar em cima da hora, e pra finalizar hoje recebi do USDA os documentos da Luana devidamente carimbados. Esses documentos TAMBÉM tem que passar pelas mãos do consulado, ou seja, sexta feira devo sair de lá carregada dos documentos essenciais para nossa viagem, os passaportes brasileiros da Luna e Sergio, documentos da Luana e o passaporte americano da Luna. Ao menos o social security dela chegou pelo correio ontem, tão fofo “Luna Mello de Castro” estampado nesse documento tão desejado.
Haja fôlego! Fora isso ainda tem a novela do berco da Luna que deveria ter sido resolvido na sexta e não foi novamente resolvido. Não dizem que inferno astral acaba na data do aniversário? Estão atrasados, alguém pode avisar que 14 de outubro já passou?

Aniversário

Hoje, é um aniversário mais do que especial, aos meus 33 anos, ganhei meu presentinho adiantado, no dia 22 de setembro. O mais engraçado é que eu quase esqueço que hoje é meu niver, com tanta coisa acontecendo, Luna, viagem, casa cheia, e uma paradinha no hospital antes de ontem. Faz Parte!

CORRERIA

Estamos na correria pra preparar as coisas pra viagem. E claro, como nada pode ser muito fácil, o registro de nascimento da Luna nao chegou e eu tou doida atrás disso senão não dará tempo de tirar os passaportes (brasileiro e americano). Fora isso, tem a documentação da Luana também.
Vim dar um oi, dizer que fora essa correria, tudo está caminhando bem, a Luna engordando e eu cada vez mais apaixonada pela fofurinha.

Viagem

Luna fará sua primeira viagem ao Brasil dia 23 de outubro, logo após ter completado 1 mês de vida. Não porque queremos, mas porque a imigração com toda aquela zona que vocês já sabem do nosso visto, exigiu que a renovação fosse feita no Brasil, e pior antes do dia 2 de Novembro. Não temos opção, temos que ir.
O que me preocupa agora é o calendário de vacinação que difere em algumas coisas com o daqui. Aqui não se toma a BCG, a médica disse que não é eficaz, e que nos EUA por ter menos de 1% de incidência de tuberculose que ela não é administrada. As primeiras doses da Polio, Hepatite e outras que no Brasil são dadas no 1º mês de vida, aqui somente ocorrem no 2º mês, que ela estará no Brasil. Tudo bem, eu poderei dar elas lá, com exceção de uma, a Pneumococcal, que não vi no calendário de vacinas brasileiro. Estou aqui encafifada como fazer, pois não pode ser dada antes de 2 mêses, e a médica disse ser uma vacina super importante pra meningite, infecções etc… Já estou pensando na hipótese de levar comigo e manter refrigerada até os 2 mêses e que o pediatra lá possa dar pra ela.
A de hepatite, ela pôde tomar ontem, na sua segunda visita ao médico. Ela não ganhou peso nesses 10 dias e então teremos que complementar a amamentação com formula. Depois disso, em dois dias, ela engordou o que levaria uma semana normalmente. Isso me deixa meio encafifada também pois eu queria somente amamentar e ela estar bem, mas me deixa aliviada saber que ela está bem alimentada. Nem sempre as coisas são como imaginamos ou sonhamos, mas temos que aceitar como elas vêm pra gente e fazer da melhor forma possível.
Aqui vai a fotinho do anjinho dormindo.
anjinho.jpg

YUPI!

Hoje foi o segundo passeio da Luna, fomos votar. E hoje foi também o dia que consegui entrar novamente nas minhas calças Jeans! De 16 kilos, consegui emagrecer 9,5kg, uma barriguinha ainda persiste bem, mas uma semana apenas, não poderia esperar muito mais.
Falando em votação, deixo aqui a decepção com o povo brasileiro. Como elegem Collor? Maluf e Clodovil nos primeiros lugares como deputados?

ACIDENTE

Estou aqui chocada com a notícia desse acidente da Gol, procurando as notícias e desejando que eu tivesse a Globo nesse momento.
Morro de medo de avião, nunca me sinto a vontade viajando, sempre fico apreensiva. Agora isso me toca ainda mais, pelo fato da minha irmã ser comissária. Sempre fico com medo de abrir os notíciários e me deparar com alguma notícia desse tipo com a TAM. Fico imaginando os familiares nessa hora sem notícias, imaginando o pior, esperando o pior. Que agonia. Meu pêsames às famílias…

Vieste…

Parece que aqueles hormônios da gravidez que nos deixam sensíveis e choronas ainda pairam por aqui. Choro de emoção ainda, de me lembrar da Luna nascendo. Pra mim foi algo muito forte aquele dia, ela chegando. Aí cheguei aqui e vi o comentário da Simone falando da música do Ivan Lins, Vieste. Eu sou apaixonada por essa música, mas não tinha pensando nela e nesse momento. Nem consegui acabar de ler a letra que ela deixou lá e desabei em lágrimas. Oficializei essa música como sendo a música desse momento e ainda não consigo ouvir sem chorar. Coloquei ela aí ao lado no “Está tocando” e aqui vai a letra. Mágico…
Vieste na hora exata
Com ares de festa e luas de prata
Vieste com encantos, vieste
Com beijos silvestres colhidos prá mim
Vieste com a natureza
Com as mãos camponesas plantadas em mim
Vieste com a cara e a coragem
Com malas, viagens, prá dentro de mim
Meu amor
Vieste a hora e a tempo
Soltando meus barcos e velas ao vento
Vieste me dando alento
Me olhando por dentro, velando por mim
Vieste de olhos fechados num dia marcado
Sagrado prá mim
Vieste com a cara e a coragem
Com malas, viagens, prá dentro de mim

FATOS INESQUECÍVEIS

Ainda fico aqui lembrando de sexta feira, dia que a Luna nasceu. Alguns fatos inesquecíveis do nascimento dela que me marcaram muito.
– Ela nasceu no dia da virada da Lua, tinha que ser, não?
– Quando a colocaram no meu colo logo após o parto, ela se calou e abria e fechava os olhinhos frenéticamente, tentando fazer o foco e me ver… ela fez isso durante muito tempo, eu em prantos, olhava pra ela e ela quietinha tentando me enxergar. (isso está gravado e logo coloco o vídeo aqui)
– Estávamos indo embora pra casa, descendo pela avenida que mais amo, a West End que beira o Rio Hudson, e fogos de artifício, muitos fogos estourando. Não faço idéia do que eram, mas pra mim, eles eram em celebração à minha bonequinha. Muita coincidência, mas parecia que eram sim, pra celebrar aquele momento mágico. Os fogos, e o rio atrás, no lugar que mais gosto de passear.