Licença Maternidade

Acabei de ler na Globo.com, que querem tornar a licença maternidade de 6 meses obrigatória. Bem… como eu posso dizer que não gostaria? Toda mãe, ou grande parte, sonha em poder ficar com seu recem nascido o mais tempo possível, ainda mais nós que moramos aqui nos EUA, onde essa mamata praticamente não existe. Se tiver sorte, estiver em uma boa empresa, quem sabe consiga tirar 3 meses incluindo suas férias com remuneração, mas não tem lei que garanta isso, então vai de acordo entre funcionário e empregador. Já vi mães não tirarem mais do que duas semanas, algumas 1 mês, mas sem pagamento, enfim tem de tudo, mas o mais raro é alguém que consiga o que no Brasil era a lei, 4 meses.
Como empregadora, vou dizer o seguinte: Ficar MEIO ANO sustentando uma funcionária em casa para cuidar do bebê, pra mim não compensa, o que vai acabar acontecendo é que na hora da seleção iremos levar mais em conta ainda a idade da mulher, se é casada, quantos filhos tem etc. Acho um exagero, desnecessário, ainda mais no Brasil onde a mãe tem suporte de família, mais condições de pagar uma empregada (estou falando pela classe média). Não entendo como isso pode ser aprovado nos dias de hoje, onde a mulher ainda luta muito para ter o mesmo salário dos homens, mesma oportunidade de emprego, e pelos eternos direitos iguais. Sou mulher, se fosse funcionária assalariada registrada iria adorar, mas a realidade é outra, a crise está aí, a falta de emprego também, e enquanto algo deveria estar sendo feito para resolver esse problema, vejo resoluções que ao meu ver, irão apenas agravar.
Aqui nos EUA as leis favorecem as pequenas empresas, assim elas duram mais, abrem mais, e geram mais empregos. Esse protecionismo com o trabalhador que vejo no Brasil, não me mostra como estimular a criação de novos empregos, vejo sim cada vez mais gente trabalhando sem a tal da carteira assinada, pois as empresas não tem como arcar com todas as cobranças que incidem sobre um funcionário registrado.
As mulheres que se preparem, o aumento da discriminação vem por aí!

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27 Responses to Licença Maternidade

  1. cristiana says:

    CALA A BOCA!! INVEJOSA…

  2. Ricardo says:

    Estava pesquisando sobre esse assunto e cai no seu blog. Ok, belo ponto de vista, mas o que vc sugeria então?

  3. Eliecy says:

    Em países como a Holanda por exemplo, as mulheres além dos 4 meses, podem trabalhar até 3 dias por semana sem serem dispensadas dos empregos. No Brasil existe uma grande mão de obra de reserva, capitalismo selvagem, onde o patrão pode barganhar salários baixíssimos com trabalhadores. No entanto, a Lei prevê deduções com os impostos, então é bom estudarmos um pouquinho mais profundo. Como mãe gostaria de ficar muito mais de 6 meses com meus filhos, mas infelizmente tive que voltar a trabalhar, a mulher mãe-trabalhadora sempre vai estar muito dividida.

  4. Monica says:

    Cristiana: Eu disse que seria otimo, eu amaria, mas como tentei explicar, na pratica eh outra coisa, e estou falando com olhos de empregador. Ah, vc pode ser mais educada por aqui ta?
    Ricardo: Eu nao sugiro nada, no minimo deixar como estava…Nunca passei por isso pois ainda bem que a maioria dos meus funcionarios sao homens hahahaha
    Eliecy- Pra mae eh perfeito… o que me preocupa eh o resultado disso depois, como as empresas vao pesar quando houver disputa de uma vaga entre um homem e uma mulher… se vc tivesse um estabelecimento, de poucos funcionarios, vc nao pesaria isso quando fosse contratar?

  5. Nanci says:

    Oi Monica
    Interessante esse assunto e certamente muito polemico. Na minha opiniao tudo que e obrigatorio nao e bom para a sociedade em geral, e sempre bom ter opcoes. Acho que para as pequenas empresas isso vai pesar muito, mas em se tratando de multinacionais talvez isso seja bom para a mulher, pois ela vai poder usufruir desse tempo em casa com o filho. Eu moro na Inglaterra e aqui a licença maternidade é de um ano, os seis meses vc recebe o seu salario inteiro e depois vai diminuindo, e quando vc voltar (dependendo do dept) pode optar por part-time, ou seja a coisa fica mais flexivel e a mulher nao precisa ficar na correria e se descabelar para dar conta do recado. Sei que na Alemanha vc pode ficar dois anos em casa e quando voltar tem o seu emprego de volta, claro que durante esse periodo a empresa ‘tem que se virar’ para dar conta do recado. Entao tem os dois lados da moeda.
    Abraços
    Nanci

  6. Raquel says:

    Situacao dificil nao, tem o lado dos empregadores, mas o lado dos empregados, aqui nos EUA minha licenca e de somente 1 mes e olha que nao trabalho pra nenhuma pequena empresa, muito pelo contrario.
    Nao acho justo somente 1 mes. Estou me programando pra ser mae e me sinto ja completamente desamparada mesmo estando ha 5 anos na mesma empresa, ter o direito ha somente 1 mes, me entristece profundamente.
    Beijos

  7. Marchetti Valeria says:

    Nossa, 1 mes…’e muito pouco mesmo…na questao tem que haver um acordo entre as partes envolvidas…um ganha de um lado e o outro ganha do outro lado…mas aquestao ‘e polemica e ao meu ver vai haver mais vagas no mercado para as mulheres 40-50 anos….vai ser inevitavel…Curtam bastante…o importante ‘e a qualidade que podemos ter com nossos filhos,…..Bjos 🙂 Val

  8. judy says:

    Monica, aqui no Br as leis funcionam de acordo c/ as eleições. Esse ano teremos eleições p/ presidente (e nem temos candidatos!) por isso essa e outras leis estão passando rapidinho p/ barganhar votos p/ o partido do desgoverno atual. Sua explicação foi perfeita pq às vezes o q pode parecer bom, vai trazer mto prejuízo lá adiante.
    Excelente post. bjsssss…….judy

  9. Lali, Edu e João says:

    EU, como empregadora, de uma empresa pequena (no total 20 funcionários), te digo que achei muito justo o bebefício. Me admira um pais tão desenvolvido com os EUA, ser tão atrasado nesta área. Na Europa, que eu saiba, existem bebífios ótimos, e me parace que a América, é o pior lugar p/ se parir, em termos de benefícios. Veja que a licença não é paga pela empresa, mas sim pela previdência. Na minha época de licença, inclusive,m eu recebia diretamente da previdência, a empresa só complementava. E o meu patrão, inclusive tentou que eu conseguisse ficar mais 15 em casa, recebendo o benefício, mas, na época, só havia esta prorrogação, se eu conseguisse provar que meu bebê tinha alguma necessidade especial. Enfim, funcionará muito bem este novo período de 6 meses. Que pena que nem todos tem acesso… E no futuro, nossas crianças se tornarão mais saudáveis, pois puderam mamar por mais tempo.
    Enfim, acredito que vc deveria rever os seus conceitos. Vc é empregadora? Eu pergunto, pq já é uma tendência daq empresas, pensarem nos seus colaboradores como um todo, atuando para que tenha uma vida plena, pois o funcionário feliz, com certeza rende mais p/ a empresa.
    Sem querer me gabar, tenho um funcionária, que luta para engravidar a anos, e eu, sua patroa, consegui p/ ela uma possibilidade de fazer uma FIV gratuita, para que ela possa realizar o seu sonho. Qual recompensa que tenho com isso? MInha funcionária (por sinal excelente) valoriza e MUITO o seu emgrego, e trabalha com afinco para mantê-lo. Agora, me pergunta se eu a trocaria por algum outro funcionário que não pretendesse engravidar?

  10. Angelo says:

    Eu sou empregador, e sei que existe mesmo um grande preconceito com mulheres. Nós mesmos na hora de contratar nos pegamos levando isso em consideraçao. Quanto a funcionarios felizes, tenho a dizer que: raros sao os satisfeitos, por mais que a gente faca eles sempre tem do que reclamar. Se a Lili tem alguem feliz, satisfeito com seu trabalho, que trabalha com afinco e eh uma boa funcionaria, mantenha mesmo, pois hj em dia eh muito dificil de achar um assim.

  11. Viviane says:

    Monica, para sua informacao, a licença maternidade é paga pelo empregador, que efetivará sua compensação junto à Previdência Social quando do recolhimento das contribuições sobre as folhas de salário. Em se tratando de segurada avulsa ou empregada doméstica, será pago diretamente pela Previdência Social.
    Vivemos numa sociedade repleta de altos impostos. Um dos retornos que funcionam neste pais para mulheres eh esse. E nao vejo nada de errado. Enquanto eles falham no fornecimento de hospitais publicos, educacao e seguranca….esse eh um dos poucos retornos que sao obedecidos, caso as funcionarias estejam devidamente registradas.
    Nao creio que a solucao eh a absolvicao desse direito para nao ter um aumento da discriminacao. Mas sim a mudanca desse pensamento. Se aceitarmos e vermos como “exemplo” o que acontece nos EUA, isso somente fomenta mais o preconceito entre homens e mulheres no trabalho. Nao adianta, existe uma diferenca que a propria natureza demonstra entre ser homem e mulher…nos procriamos e ponto. Isso nao nos desmerece profissionalmente, mas o fato de sermos mulheres eh uma diferenca e devemos respeita-la.
    Ja morei na Europa e eles tem um exemplo muito mais real e humano referente essa questao de mulheres trabalhadoras e suas licensas maternidades.
    Se quer seguir algum pais como exemplo, nao se feche nos EUA.

  12. Monica says:

    Viviane,
    Nao concordo com os EUA de forma alguma! Eu só quis dizer que já tem essa discriminação, e todo mundo sabe, e pra mim isso só vai aumentar agora… Acho que os 3-4 meses estão de bom tamanho garantido pela lei, e obviamente quem puder negociar mais, que faça sem problemas para ambas as partes

  13. Evandro says:

    Voces estao querendo comparar um pais desenvolvido com paises de primeiro mundo? Nao da né, Alemanha, Inglaterra podem se dar ao luxo de dar essa licença toda a um empregado, mas um país em crescimento/desenvolvimento, nao tem a mesma realidade economica.

  14. Simone says:

    Mônica, eu concordo contigo. Quando eu trabalhava fora ( tinha um consultório) me sentia injustiçada com tantos impostos, taxas, e direitos dos empregados. Em dezembro eu ficava super sobrecarregada com décimo terceiro salário, férias, etc, etc. Se a minha funcionária engravidasse e ficassse 6 meses fora, meu Deus eu infartaria!!! Hoje sou mãe em tempo integral, foi a decisão mais acertada no meu caso e estou muito feliz assim. Mas a grande conquista da mulher é poder ESCOLHER. Um grande beijo pra você e pra Luna linda!

  15. Diprivan says:

    thanks !! very helpful post!

  16. leticia says:

    aff, não sei… seria otimo mesmo, mas como vc falou: e a discriminação? hoje na folha emprego tem uma materia analisando os salarios de mulheres e são TODOS proporcionalmente mais baixos do que os dos homens, desde executivas até as com necessidades especiais…

  17. Bruna says:

    Na Alemanha existe sim uma flexibilidade, mas quem arca com os custos é o governo, como se faz como o seguro desemprego por exemplo. A mae pode ficar afastada até 3 anos, porém ela só recebe 60% do salário líquido(ou seria 70%? me fugiu agora). O pai tb tem direito a se afastar no primeiro ano (o pai e mae podem revesar na licenca – ela tira os primeiros 6 e eles os segundos 6, por exemplo), mas tudo isso sai do bolso do governo (ou seja, contribuite – aqui se paga em torno de 40-45% de impostos).
    O que tem que se levar em consideração tb por aqui é que o Kindergarten é super caro, e as vezes compensa para os pais tirar o primeiro ano.
    Essa história de “emprego garantido” tb não é um conto de fadas: a mãe tem o direito de voltar para a empresa, mas seu cargo não é garantido e muito provavelmente já tem um substituto no lugar dela. Quando as mães voltam (depois de um longo periodo, é claro), eles oferecem as vagas abertas, e se ela não aceitar 3x, vai ter que procurar outro emprego.
    No meu ponto de vista, revezar a licensa nos primeiros meses me parece o ideal: a mãe não fica muito tempo fora do mercado e por isso não pode ser considerada defasada, o pai tem a oportunidade de curtir o bebê e dividir as responsabilidades, e o bebê tem a chance de ser cuidado em casa por mais tempo.

  18. Carol says:

    Monica
    A licença maternidade é paga 100% pelo Governo e o “empregador” não tem que “sustentar” ninguém por 6 meses.
    Portanto, o preconceito quanto a mulheres em “idade fértil” poderia dar lugar a uma pessoa antenada e informada que sabe que a maternidade torna as mulheres mais eficientes, eficazes, melhores líderes, melhores gerenciadoras de equipe e mediadora de conflitos.
    Quer saber minha opinião? Compensa, e muito, contratar essas mulheres. Deixe o preconceito de lado e pense 5 anos a frente dos 6 meses de licença – que, de novo, não gera nenhum custo para o “patrão”

  19. Evandro says:

    Carol,
    Depois dos 6 meses de licenca vc ja imaginou que ter’a uma pessoa substituindo essa mulher? Sim, e entao, 6 meses fora, poder’a lhe custar o emprego. Dos 6 meses de licenca, apenas 4 sao pagos pelo governo. Esse papo de maternidade tornar mulher mais eficiente e bla bla bla eh tudo papo, sempre que trabalhei as mais compromissadas eram as que nao eram maes, que nao precisavam faltar varias vezes pq o filho estava doente e por ai vai

  20. milenamb says:

    Monica,
    também moro em NY e sou empresária no Brasil. Concordo com vc que o tempo hoje de 4 meses é justo e a economia desandaria se todas as mães tirassem os 6 meses remunerados.
    Nem cito as regras aqui nos EUA por que aqui todos vivem num capitalismo selvagem, até desumano, mas o empregado brasileiro é muito privilegiado pelas leis.
    Infelizmente ganha-se muito pouco lá, qualquer tipo de serviço é mal remunerado, por isso as pessoas são desestimuladas e querem sempre tirar uma vantagem por fora.

  21. Kelly Del Sol says:

    Esse assunto e muito complicado. Moro nos Estados Unidos desde 1993. Sempre trabalhei aqui e acho as leis em relacao a maternidade muito rigida e deshumana. Eu tive meu filho quando estava trabalhando para uma compania de software e quando meu filho fez 3 semanas, eles me deram layoff. Eu nao entendi, estava de licenca e nao fui protegida. Ok, fui a um advogado e tudo e ela me recomendou nao demandar a compania para nao sujar meu nome, por que fica no seu record e quando for buscar outro trabalho, qualquer compania poderia descobrir o que tinha feito. Iria ser discrimada. Entao seria mais dificil conseguir um bom trabalho. Entao nao fiz nada, mais fiquei muito deprimida, por que tinha tudo planejado para ficar com meu filho por 12 semanas e depois voltar ao trabalho. Achei que foi injusto o que eles fizem e isso ja faz anos. Sempre trabalhei bem e nunca tive problemas com eles, ao contrario, sempre tive great performance review. Fiquei arrasada e acho que as leis aqui nao protegem as maes. E um absurdo. Concordo com voce Monica, que 6 meses e muito. Mais precisamos de melhores leis aqui nos Estados Unidos por que sao injustos. Eu estava fora somente 3 semanas, eles nao podia esperar um pouco mais? Sempre temos que estar produzindo para competir com os homens? Neste tema estou no meu. We need a better plan here in America. Nao queremos muito, queremos o que e justo. Ficar com nossos filhos pelo menos no principio e saudavel para as criancas. Podemos produzir o mesmo o melhor do que homens se estamos felizes no trabalho mesmo sendo maes. Adoro seu blog Monica, Beijao, Kelly

  22. Lali says:

    Evandro,
    qdo a funcionária é competente, não serão 6 meses que a farão perder o emprego p/ um substituto. Volto a usar o meu exemplo. EU trabalhava numa agência de design, com 6 funcionários apenas. Qdo tirei licença, a empresa concordou em acumular dois meses de férias que eu havia acumulado, para ficar 6 meses em casa. Assim q voltei a trabalhar, minha substituta foi dispensada, e meu chefe disse estar muito feliz com a minha volta. Este período foi fundmental p/ a minha vida com meu bb. E eu voltei com todo o gás, para retribuir uma empresa que foi tão bacan comigo. Todos são assim? Infelizmente, não. Depois me tornei empregadora, e na minha fase de empregadora foi ainda pior, pq eu devia pagar o salário completo e depois deduzia dos impostos. Mesmo assim tudo deu certo. Passada a lincença da funcionária, ela mesma pediu demissão, pois queria ficar mais com o filho. 2 anos depois, pediu p/ voltar. Como era uma excelente funcionário, está de volta, atuando muitíssimo bem. Abram, por favor suas mentes! Parem de pensar de forma estreita!!! Eu posso provar que dá certo, pois vivi os dois lados da moeda, com diferentes funnionárias. Viva os 6 meses de licença!!!!!!! Mais uma conquista da muher brasileira!

  23. Monica says:

    Kelly, concordo totalmente com vc, aqui a lei (que lei?) ‘e desumana com as maes…. ridiculo!

  24. Monica says:

    Lali, dificil hj em dia um funcionario assim viu… ainda mais na minha area, que a maioria eh tudo moleque, estou desapontadissima com comprometimento das pessoas hj em dia

  25. Luciana says:

    Acho que talvez, ao invés de uma licença obrigatória de 6 meses, pudesse optar por tirar sempre os 4 meses, e os outros 2 meses (ou 60 dias) poderiam ficar à disposição do pai ou da mãe para aquelas faltas que ***certamente*** ocorrerão. Acho que quando os pais tb começarem a participar desse processo, as empresas vao começar a ver tudo de modo diferente.

  26. Anonymous says:

    Evandro, for the records:
    Os outros 2 meses de licença maternidade são pagos pela empresa e INTEGRALMENTE deduzidas do imposto de renda (IRPJ).
    Carol