Acho que todo mundo já está meio a par desse caso do menino Sean que está no Brasil, levado pela mãe e bla bla bla… certo? Vou partir do princípio que sim.
Quando vi no fantástico essa história, me deu arrepios. Não entendo como alguem pode conceber a idéia de que um filho tenha que viver com qualquer outra pessoa sendo que seu pai biológico está vivo e querendo criá-lo. É pai, ponto. Se há algo que desabone a sua conduta, que provem isso, mas até que consigam, ele é o pai! Aí dizem que o menino já está adaptado e acostumado no ambiente em que vive hoje… oras, se não estivesse depois de 5 anos, interna. Qualquer criança se adapta ao ambiente quando é levada com apenas 4 anos, e cresce nele, a não ser que houvessem algumas outras situações anormais, o que não é o caso. Família com dinheiro, oferecem do bom e do melhor, amor, carinho, educação. Mas ainda assim nada substitui o amor de um pai. Ele se adaptou sim, graças a demora eterna da justiça brasileira, pois o processo correr desde quando fez 5 meses que a mãe tinha ido embora dos EUA. Justiça é conivente com o crime, ajuda na adaptação da criança, então vamos dizer pra qualquer um queira desrespeitar a Convenção de Haia, que o faça no Brasil, pois até acabar o processo, não há criança que não se adapte ao ambiente.
Enfim, me deu um nó na garganta no dia do Fantástico, mas sempre penso que em qualquer situação de conflito há sempre os dois lados. O pai contou a versão dele, a avó a dela, (que pra mim nada do que disse justificaria o menino estar com ela) e depois lí a carta do padrasto. Agora foi divulgada a carta resposta do pai ao que o padrasto falou. Um dos pontos que concordo demais, é que ninguém está aqui pra julgar ou saber da vida sexual do casal antes de ela decidir ir embora. Acredito que se tivesse boa fé, ela se separaria dele legalmente antes de “fugir”. Se não estava feliz com a vida de sustentar a casa, ou se estava insatisfeita pela falta de interesse do marido, poderia pedir o divórcio e agir da forma correta. Me incomoda é essa gente cheia da grana achar que o fato de o pai não ter boas condições financeiras, seja motivo para que o filho não deva morar com ele. Imaginem então os pais de crianças nas favelas do nosso país, são menos pais por causa disso? Também me surpreendi com o vocabulário usado por ele, que é um advogado ao chamar o pai do menino de “vagabundo”. Não cabe um processinho aí não?
Enfim, acho realmente muito difícil julgar, muito difícil saber quem está dizendo a verdade, para se tomar uma posição, escolher um lado, decidir uma vida seria necessária muita investigação para comprovar que o que o padrasto diz é verdade e que ainda assim isso seja motivo de separar o filho do pai. Entra nisso também a questão do dinheiro. Família com dinheiro no Brasil, raramente não consegue o que quer, e acredito nisso para que tanta resistência esteja sendo colocada pelo nosso judiciário em devolver a criança ao pai.
Lembram daquele menino de Taiwan o Iruan? Exatamente o oposto, e o Brasil ficou indignado que familiares do pai taiwanês, não quisesse devolve-lo para a avó materna. Quando a família do pai dizia que ele já estava adaptado lá em Taiwan, o Brasil não levava isso em consideração, mas agora leva? Odeio dois pesos duas medidas.
Esse trecho abaixo, retirado da reportagem na Veja, já diz tudo. No Brasil, pagou, levou.
A guarda da criança caiu no emaranhado jurídico, mas um capítulo trágico mudou tudo. No Rio, Bruna casou-se de novo, com o advogado João Paulo Lins e Silva, do clã que há um século produz medalhões do direito. Temendo que Goldman pudesse pegar o filho de volta com a morte de Bruna, Lins e Silva, seis dias depois do falecimento da mulher, pediu à Justiça a guarda do menino alegando “paternidade socioafetiva”. Com agilidade incomum, a Justiça atendeu a seu pedido no mesmo dia. Goldman aterrissou no Brasil dez dias depois. Chegou certo de que, como pai biológico, levaria o filho de volta. Descobriu que a guarda havia sido concedida para Lins e Silva.
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