Nana Nenê

Luninha varia bastante quando o assunto é dormir. Nesses 2 anos, ela já mudou a maneira de ir pro berço umas 4 vezes. Uma época ela está ótima, sem criar caso, outras está terrível. A última mudança foi que antes ela tomava o leite no meu colo, na poltrona já no escuro e quando acabava eu a colocava no berço, ela virava pro ladinho e dormia. Agora, ela quer que conte uma estória, deixe a mamadeira em cima do cavalinho (se colocar em outro lugar ela briga), quando acaba, fechamos o livro, ela reza no berço, e toma o leite sozinha (sem açúcar não faz mal pros dentinhos), apago a luz, coloco a música e dou boa noite. Estava funcionando lindamente, ela acabava a mamadeira, a colocava no cantinho do berço e dormia. Depois de um tempo, começou a forçar fazer cocô depois de um tempo que fechávamos a porta, assim ela teria uma razão para me chamar. Nisso, depois de trocar a fralda, fica arisca, não quer voltar pro berço. Com alguma conversa, ela voltava e dormia, mas agora, ela aprendeu a apelar MESMO, e tocar no meu ponto fraco, eu que sempre fui bem durona e a deixava chorar… a diferença é que antes, ela não falava. Agora é assim: “Mommy, eu tá aqui chorando sozinha no escuro” “Mooommmyyyyy, Mooommmyyyy, I chamando Mommy e Mommy não vem.” Então entro no quarto, e ela com aquela carinha linda, diz ” Tava chamando mommy, mommy num vem pega me, I ta sozinha Mommy” . A “durona” aqui abre a guarda, pega no colo e o estrago está feito. Vamos pra minha cama dormir lá e depois coloco no berço ou embalo na poltrona dela, o que é um problema, pois sempre que vou colocar no berço ela agarra minha mão.
Hoje, ela aprendeu mais uma. Quando chamou pra trocar o cocô, não quis voltar pro berço. Comecei a falar duro com ela, e ela disse, colocando a mãozinha na minha boca ” Mommy Mommy, não fica blava”. Derreti de novo, totalmente consciente de que estou quebrando tudo que consegui até agora, e que meu sonho de a Luna ir um dia sozinha pra cama dela que pretendo comprar, dando boa noite de livre e espontânea vontade, está cada vez mais longe.

Hora do Bye Bye

Ah é triste demais ver a Mommy indo embora. Triste por ficar sem ela depois de 3 meses juntas, por ver o sofrimento de se separar da Luna, por ver que a Luna também vai sentir uma imensa falta. Dessa vez não passeamos muito, devido ao frio que fez por aqui, Mommy preferia ficar quentinha em casa, mas deu pra se divertir em Lake Placid, conhecer o teatrinho de marionettes do Central Park, ir ao Zoo, fazer uma deliciosa feijoada, conhecer nossos amigos que não conhecia, levar sustos com a filha louca que perde tudo, enfim, mesmo com o frio de rachar.
Triste a despedida e a digestão do fato que amanha quando acordarmos, a Luna não vai mais pro sofá cama da sala fazer “dengo” com a vovó, que não vamos mais ser mimadas com o mingauzinho de aveia pela manhã, nem o Sé com sua coca geladinha todos os dias, que ela não deixava faltar na geladeira, nem ouvi-la todos os dias me chamando a atenção porque não como, só fico no computador, e não lembro de comer minha linhaça todos os dias.
Mãe é mãe né, não importa que a filha é uma mãe de família, casada, mais de 30. Elas estão sempre lá de olho pra ver se tudo que ela plantou está sendo mantido como ela queria. SIM mãe, agora eu te entendo perfeitamente HA-HA-HA, antes tarde do que nunca 🙂
Abaixo, a gente voltando do aeroporto após ir conhecer o terminal da Jet Blue recém renovado e ter achado uma mala muito legal por um precinho camarada.
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Ai carnaval…

Ô época chata essa de carnaval. Fico no clima de feriado, mas não tenho feriado. Os amigos somem do msn, os portais na internet só falam disso, e querendo ou não, mesmo estando longe, ele ainda fica presente por aqui.
Quem já frequenta meu blog há um certo tempo, conhece minha paixão por Olinda. Para mim ela é como aquelas paixões arrebatadoras, que você vive, passa o tempo, ela acaba, mas fica na sua lembrança para sempre, o gostinho não sai da boca. Quando penso em Olinda, só sinto coisa boa, me lembro do Alceu, da multidão, do frevo, dos blocos, da doideira, da bebedeira, do cheiro das ruas, dos Bonecos Gigantes, casa da Noca com aquela Carne de Sol de tirar o chapéu, do alto da Sé com seu charme único, da irreverência e criatividade nas ladeiras. Passou, tudo tem sua época e hoje acredito que não teria aquele pique e empolgação de 10-12 anos atrás (que parece que foram ontem), mas ver Alceu cantando Diabo Loiro na abertura do carnaval de Olinda, ainda faz meu coração acelerar.
Tentei achar o vídeo dele cantando Diabo Loiro, mas não encontrei (se alguém souber onde encontro, me avise!)


Tomara que essa quarta feira de cinzas chegue logo e acabe esse papo de Carnaval, porque o que eu queria MESMO era estar na praia, sentindo MUITO calor, tomando minha cervejinha e um churrasco na beira da piscina.
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Procura-se

Estou louca procurando uns livros que faziam parte da minha infância, mas não estou encontrando. Já cavei a internet toda, e pior, esses livros estiveram na casa da minha mãe por muitos anos, e há alguns poucos anos atrás ela fez uma doação. Agora cá estou eu, saudosa e morrendo de vontade de comprar esses maravilhosos livrinhos da coleção “No país das maravilhas”. O Sérgio disse que tem também, mas está em algum canto no fundo de um armário no Brasil, quase que inacessível. Se alguém tiver, ou souber de alguém que tenha e se interesse em vender, ou se souberem como faço para conseguir, me avisem!

foto de propriedade do site
Retromotoca. Meu Deus, o que é a internet… capaz de nos levar há tantos lugares, hoje esse site me levou há uns 25 anos atrás. Ê maravilha.

Na moda

Adoro roupas, mesmo não tendo oportunidade de vestir todas que tenho, sempre compro alguma coisa que me apaixono. Me apaixono fácil, diz minha irmã que nunca gosta de nada. Compro algo que me sinta bem, jamais uso uma roupa que é desconfortável, ou que vou passar frio/calor, apenas pra ficar na moda. Vejo aqui em NY muitas meninas com as pernas de fora, numa meia calça comum em pleno inverno -10. Não é que não sentem frio, sentem sim, mas fazem tudo para ficarem “bonitas” como elas querem.
Minhas botas de salto alto, ficam pra levar pro Brasil, ou algum lugar que eu vá e volte de táxi. Sem chance andar de metrô com sapato de salto alto, e muito menos levar um baixinho na bolsa pra trocar, como elas fazem. Não gasto fortunas nem um valor alto em uma peça de roupa ou sapato. Gosto das coisas legais e baratas, portanto roupas de marcas famosas passam longe. No dia a dia, tenho preguiça de me arrumar, não quero pensar no que vou combinar. Uma vez ou outra, perco meu tempo no armário fazendo testes, me empenhando para criar um “look”.
O bom aqui de NY é que ninguém está nem aí se você está arrumadinha, descabelada, cara de sono etc, portanto deixo as maquiagens, esmaltes, combinações, acessórios, para quando vou ao Brasil, e olhe lá. Vejo que aqui as pessoas fogem da “regrinha”, dá pra ousar, pra relaxar, pra esquecer. No Brasil não, é todo mundo arrumadinho, bonitinho e meio que tudo dentro de uma mesma regrinha da moda, poucos se diferem. Minha eleita no Brasil é a Adriane Galisteu. AMO AMO AMO as roupas que ela usa. Pra mim, tem tudo a ver comigo.
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Há quase 10 anos atrás…

vínhamos para os Estados Unidos, com planos de ficar apenas 2 anos. Moramos 7 anos no mesmo apartamento, mudamos para outro que ficamos apenas 1 e estamos nesse que espero ficar sempre. Nesses 10 anos, trabalhei, fizemos algumas viagens e vivemos um momento histórico importantíssimo , o 11 de setembro de 2001. Passamos pela crise, fiquei em casa quase 2 anos, voltei a ativa. Em 22 de setembro, nasceu aqui a menina mais linda do mundo, minha americaninha brasileira. Tivemos que nos ausentar do país na correria após 1 mês do nascimento da Luna, por erro absurdo do USCIS que nos deixou fora de status sem que soubéssemos. Em todos esses anos fomos imigrantes sempre, mesmo jamais tendo sido tratados com desrespeito nem sermos vítima de qualquer racismo, a não ser a má educação dos Nova Iorquinos que é de praxe, com todo mundo mesmo. Já morando aqui há 10 anos, o formulário que preenchíamos de entrada quando voltávamos de outro país, no endereço de residência tínhamos que colocar o do Brasil. Pra eles, aqui não era a nossa casa.
Chegamos no comando do Clinton, escolheram o Bush, passamos por mais essa crise, que acredito será também histórica e no dia da posse do OBAMA, não poderia ter tido uma notícia melhor. O WELCOME TO UNITED STATES OF AMÉRICA oficial, selado, registrado, carimbado, chegou pelo correio. Ele está aqui, na minha mão, e não é um sonho… depois de 5 anos de espera, perrengues, stress em consulado, coração apertado, mil cartas para imigração reclamando dos erros, finalmente o pesadelo acabou, O GREENCARD CHEGOU! Num dia histórico para o país e para nós, família Mello e Castro.
Como prometido, eu e Sergio amanhã iremos tomar um porre pra comemorar, com Luna e vovó a tiracolo. SEE YOU!

Em Lake Placid

pc311260.jpgEsse ano comemoramos a chegada de 2009 fechadinhos no quarto do hotel, com o vinho gelando na varanda, que quando esquecíamos, ele literalmente congelava e tínhamos que esperar descongelar para começar a tomar. As comidas congeladas, ficaram também na varanda, junto com os refrigerantes, quando precisavam gelar rapidamente.
Chegamos dia 30 a noite, dia 31 ficamos de bobeira passeando com a Luna, e o frio estava de matar. Ela, eu e minha mãe sentimos MUITO frio, quase congelamos. Os pés demoraram um pouco para dar sinal de vida depois que decidimos entrar no quarto. Passamos o dia andando no LINDO Mirror Lake congelado em frente ao hotel, descendo de trenó nas ladeirinhas e contra tudo que eu já tinha me prometido antes, andando no trenó puxado pelos Huskies, na frente do hotel. Por mais que digam que eles foram criados pra isso, que gostam de trabalhar assim, eu não me convenço que não seja massante, incômodo, cansativo, e humilhante. Luna me fez quebrar a promessa de que jamais andaria nisso, mas acho que já matei a vontade dela, e foi a primeira e espero, a última vez.
Nos dias seguintes, ao frio de -27, -21, fomos para as montanhas esquiar. AMO esquiar, paixão total, pena que não fiz desde criança para que hoje esteja no nível que gostaria de estar. Enquanto Luna ficava com a minha mãe no hotel, íamos nos aventurar por lá. Percebi que depois que ela nasceu (eu não tinha ido depois da Luna ainda) eu fiquei claramente mais “cagona”. Não me soltei como nas vezes anteriores, tinha mais medo, mais cuidado, mas não ficava conscientemente fazendo isso por causa dela, acho que vem de dentro mesmo. Dessa vez tomei mais tombos, 3 no total. Não sei se pelo “medo” ou se porque finalmente abandonei os blades e fui pro esqui. Os blades são pra iniciantes e eu me sentia o máximo com eles, com domínio pleno, livre leve e solta. Humilhante mesmo, é ver esses toquinhos (aí na foto, um exemplo)esquiando melhor que a gente…
Encontramos MUITOS brasileiros por lá, trabalhando nos “lifts”. Íamos reconhecendo pelos nomes,”Priscila, Gustavo, Lucas, Thiago” e fomos confirmando, falando português perto deles e vendo a reação. Como bons recém chegados brazucas nos EUA, foram super simpáticos e fizeram questão de falar conosco. Só fomos pro topo da Whiteface Mountain, no terceiro (e último) dia de esqui. Uma pena que passou tão rápido, ainda mais se contar o tempo que a gente gasta pra se produzir. Essa é a parte chata. São MUITAS coisas pra colocar, muito tempo que leva, enche o saco, cansa, e no final, você já está torrando dentro de toda aquela roupa. Pior mesmo é se vestir inteira e ir arrumar a Luna… MEU DEUS, teste total e integral de paciência e tolerância. Eu torrando na roupa, Luna com cooperação zero, de corpo mole, se jogando na cama, reclamando da luva… Essa hora é tão bom ter a vó por perto 🙂
p1021292.jpgLuana se divertiu também, com suas botinhas que chamavam a atenção de TODO MUNDO na rua. Chamava tanto, que começou a me incomodar. As botinhas impedem que ela fique mancando quando anda na neve. Além do sal da rua, o gelo fica entrando no meio dos dedos, e ela não anda direito.
Foram pouquíssimos dias de férias, mas AMEI TODO MINUTO. Os vinhos, as risadas, a piscina quente, a bagunça, e até do frio insano já deu saudade. Adoro essa cidade, hope to be back there soon.
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Final Frio e Feliz

Que delícia ouvir um final feliz num episódio que normalmente só nos traz tristeza. Apesar do frio “congelante” de -14 C (sensação térmica). Imagine a temperatura dessa água, que no verão já é absurdamente gelada. Acho que além do piloto, o sucesso se deve a grande quantidade de barcos que estão sempre por lá, ainda mais perto do ponto de saída dos barcos da Circle Line, que leva turistas para conhecer a ilha. Dos males o menor.
foto: Folha Online

Em cidade de doido…

tudo é doido.
Meu post das “férias” ainda está no forno, devido a seleção e edição das fotos, mas hoje vi essa loucura que aconteceu em Ny dias atrás. Até que achei que as meninas ficaram bem em suas “underware”. Só não entendo como conseguem encarar esse frio lá fora sem calças, pois no metrô até e fácil, tem aquecimento. Ainda assim, ninguém bate o “naked cowboy“, queria saber o segredo da resistência ao frio, olhem esse vídeo do maluco semi-nú nesse frio terrível no meio da neve.