Enfim, o review (UPDATED)

Estava devendo esse post há muito tempo, finalmente consegui arrumar um tempinho.
A Zefinha (Roomba 560) é meu braço direito na limpeza de casa. Quando Sergio me mostrou, logo que chegamos em NY, achei que era coisa de americano prático e preguiçoso. Não ia limpar minha casa da maneira que eu gosto. No fundo, meu erro foi pensar que ela faria tudo, o lance da Zefinha é fazer a manutenção, e não pegar uma casa suja e deixar brilhando. Usando com freqüência, ela deixa minha casa (leia-se chão), sempre limpa. Para mim, que tenho cachorro e criança, é a melhor coisa que tem, pois não fica pêlo acumulado esperando a próxima faxina completa. zefinha.jpg Se colocar a Zefinha pra limpar uma casa muito suja, ela não vai fazer o serviço bem, pois as escovas vão sujar logo, e ela vai acabar deixando os excessos pela casa. Os cantinhos foi o que mais me surpreendeu, ela limpa SIM! Tem uma escovinha fina que fica meio pra fora (foto), que vai rodando e quando passa nos cantinhos, pega a sujeira e joga pra baixo e então as escovas grandes recolhem. No fundo ela até limpa mais do que eu, pois vai embaixo dos móveis, do balcão do banheiro, embaixo das poltronas, berço da Luna e da minha cama, coisa que faço a cada 1 mês se estiver inspirada. Resumindo: dependendo do nível de exigência, a Zefinha é manutenção, e não solução para nunca mais usar um aspirador.
Funciona da seguinte forma: ela tem uma base onde fica carregando, e só sai de lá no horário que você programou ou se for acionada no botão manualmente. Não tente entender a lógica dela, nem a seqüência. Em cada ambiente, só pra ela que faz sentido o caminho que faz, mas no fim, mesmo com a doideira que programa, ela realmente passa por todos os lugares. A casa tem que ser dividida em vários ambientes e você define isso usando o Lighthouse (esse branquinho da foto). Sendo assim, coloco um na entrada do corredor que vem da sala, e um no meu quarto. Zefinha então, entende que a sala é a primeira área que ela deve limpar e só quando acabar, vai pro corredor, passando pelo Lighthouse e para o quarto da Luna, que ela entende ser a segunda área. Depois de limpar bem esses dois lugares, é hora de ultrapassar o segundo Lighthouse e vir para o meu quarto. Quando acaba (é a bateria normalmente já está no fim) ela volta todo o caminho, encontra a sua base, e fica la carregando. No banheiro, tenho um Lighthouse que programo de forma que ela entenda que ali não é pra entrar, pois é onde fica o pad da Luana (a cachorra) e se ela entrar lá, se enrosca nele, e Luana acaba fazendo xixi no tapete.
Como toda empregada, Zefinha deixa a desejar em alguma áreas, e algumas coisas não funcionam como deveriam, mas o bom é que é de lua. As vezes ela faz tudo perfeito, outras vezes ela que é muito temperamental, vai descansar antes de vir pro meu quarto. Resolve que hoje não vai limpar lá, e volta pra dormir. Não entendo muito bem porque as vezes ela faz isso, mas desisti de descobrir, apenas entendo seu mal humor. Essa semana ela se recusou a vir no meu quarto todos os dias. Hoje dei um reset nela e nos Lighthouses e amanhã vamos ver se ela acorda melhor.

Algumas considerações:

– A escovinha do canto, quebra facilmente por exemplo se um cabelo se enrola nas perninhas, pois são de borracha, no entanto o suporte me enviou algumas quando liguei reclamando.
– É preciso deixar o chão livre, ela se enrosca facilmente em fios, engole brincos, meias etc.
– As vezes ela gasta mais tempo em um ambiente, e então a bateria pode acabar antes de ela voltar pra base. Pra mim sem problemas, coloco ela la de volta.
– Tem que limpa-la toda vez antes de usar, tiras as escovinhas e esvaziar o compartimento.

Conclusão:

Indico, re-indico e indico novamente, mas apenas para aquelas pessoas que fazem uma limpeza boa na semana com aspirador, e a Zefinha faz a manutenção. Depois dela, meu chão só fica sujo, se eu não fizer a minha parte de guardar as coisas jogadas e não liga-la por dias até que eu vença a preguiça e arrume a bagunça pra ela não se enroscar.
Abaixo, um vídeo dela limpando os cantinhos e embaixo dos móveis.

Video Player


<< No Mundo da Luna: Helena >>

UPDATE: Zefinha também serve como catsitter

Cruises! a Suri precisa de um casaco!

Ela é muito LINDA, mas acho que a mãe é meio doida. Sempre vejo notícias da Suri, filha do Tom Cruise e Katie Holmes que me chama a atenção por ser em New York. Não deixei de notar que a bonequinha, mesmo no frio, está sempre de roupa de manga curta. Reparem nessas fotos que enquanto a mãe está super agasalhada, o pai com casaco de lã, e as pessoas em volta, todas com casacos, Suri está sempre de braços e pernas de fora. Que será que acontece… ainda não consegui achar alguma explicação pra isso. No Brasil acho que somos meio exagerados com essa coisa de frio, pegar “friagem”, vento, gripe etc, e apesar de concordar que é uma preocupação exagerada, no caso da Suri, acho que realmente quem está exagerando no “relax” é a Katie.
Olhe a alcinha azul, e o pessoal agasalhado atrás, com boné e tudo mais…

Tom Cruise está até de gola alta, agora olhe a Suri…

Chuva,vento e frio de 9 graus nesse dia…

E a mãe de casaco e calça comprida…

A manta branca sempre junto, mas nunca em cima dela, apenas no braço da mãe, (que está com um casaco bem quentinho).

DIGA NÃO!!!

Esse texto, apesar de MUITO bom não é do Jabor. Acho engraçado como circula sempre pela internet textos que dizem ser de autoria dele, pra ganhar credibilidade. Como já vi isso antes, hoje ao receber, fui procurar se era mesmo dele, pra colocar os creditos corretamente aqui, e descobri que não era. O texto é dela, e concordei com TUDO que disse. Leiam, vale a pena.
O que pode criar um monstro? O que leva um rapaz de 22 anos a estragar a própria vida e a vida de outras duas jovens por… Nada?
Será que é índole?
Talvez, a mídia?
A influência da televisão?
A situação social da violência?
Traumas?
Raiva contida?
Deficiência social ou mental?
Permissividade da sociedade?
O que faz alguém achar que pode comprar armas de fogo, entrar na casa de uma família, fazer reféns, assustar e desalojar vizinhos, ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em duas pessoas inocentes? O rapaz deu a resposta: “ela não quis falar comigo”. A garota disse não, não quero mais falar com você. E o garoto, dizendo que ama, não aceitou um não. Seu desejo era mais importante.
Não quero ser mais um desses psicólogos de araque que infestam os programas vespertinos de televisão, que explicam tudo de maneira muito simplista e falam descontextualizadamente sobre a vida dos outros sem serem chamados. Mas ontem, enquanto não conseguia dormir pensando nesse absurdo todo, pensei que o não da menina Eloá foi o único. Faltaram muitos outros nãos nessa história toda.
Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia namorar um rapaz de 19. Faltou uma outra mãe dizer que NÃO iria sucumbir ao medo e ir lá tirar o filho do tal apartamento a puxões de orelha. Faltou outros pais dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um policial maluco de deixar a filha voltar para o cativeiro de onde, com sorte, já tinha escapado com vida. Faltou a polícia dizer NÃO ao próprio planejamento errôneo de mandar a garota de volta pra lá. Faltou o governo dizer NÃO ao sensacionalismo da imprensa em torno do caso, que permitiu que o tal sequestrador conversasse e chorasse compulsivamente em todos os programas de TV que o procuraram. Simples assim. NÃO. Pelo jeito, a única que disse não nessa história foi punida com uma bala na cabeça.
O mundo está carente de nãos. Vejo que cada vez mais os pais e professores morrem de medo de dizer não às crianças. Mulheres ainda têm medo de dizer não aos maridos ( e alguns maridos, temem dizer não às esposas ). Pessoas têm medo de dizer não aos amigos. Noras que não conseguem dizer não às sogras, chefes que não dizem não aos subordinados, gente que não consegue dizer não aos próprios desejos. E assim são criados alguns monstros. Talvez alguns não cheguem a sequestrar pessoas. Mas têm pequenos surtos quando escutam um não, seja do guarda de trânsito, do chefe, do professor, da namorada, do gerente do banco. Essas pessoas acabam crendo que abusar é normal. E é legal.
Os pais dizem, “não posso traumatizar meu filho”. E não é raro eu ver alguns tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos. Outros gastam o que não têm em brinquedos todos os dias e festas de aniversário faraônicas para suas crias. Sem falar nos adolescentes. Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer não, você não pode bater no seu amiguinho. Não, você não vai assistir a uma novela feita para adultos. Não, você não vai fumar maconha enquanto for contra a lei. Não, você não vai passar a madrugada na rua. Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação. Não, você não vai beber uma cervejinha enquanto não fizer 18 anos. Não, essas pessoas não são companhias pra você. Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e chocolate. Não, aqui não é lugar para você ficar. Não, você não vai faltar na escola sem estar doente. Não, essa conversa não é pra você se meter. Não, com isto você não vai brincar. Não, hoje você está de castigo e não vai brincar no parque.
Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes NÃOS crescem sem saber que o mundo não é só deles. E aí, no primeiro não que a vida dá ( e a vida dá muitos ) surtam. Usam drogas. Compram armas. Transam sem camisinha. Batem em professores. Furam o pneu do carro do chefe. Chutam mendigos e prostitutas na rua. E daí por diante.
Não estou defendendo a volta da educação rígida e sem diálogo, pelo contrário. Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um amor real, sem culpa, tranquilo e livre, conseguem perfeitamente entender uma sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um não. Intuem que o amor dos adultos pelas crianças não é só prazer – é também responsabilidade. E quem ouve uns nãos de vez em quando também aprende a dizê-los quando é preciso. Acaba aprendendo que é importante dizer não a algumas pessoas que tentam abusar de nós de diversas maneiras, com respeito e firmeza, mesmo que sejam pessoas que nos amem. O não protege, ensina e prepara.
Por mais que seja difícil, eu tento dizer não aos seres humanos que cruzam o meu caminho quando acredito que é hora – e tento respeitar também os nãos que recebo. Nem sempre consigo, mas tento. Acredito que é aí que está a verdadeira prova de amor. E é também aí que está a solução para a violência cada vez mais desmedida e absurda dos nossos dias.

a língua da Luna

A regra é essa: Luna fala inglês no daycare e português em casa. Parece fácil, mas até a gente se confunde. Ela, nós sabemos, vai tirar de letra, falando inglês com um sotaque totalmente local, nada influenciado pelo nosso, e isso já percebemos desde agora.
Antes, há uns 2 meses atras, ela falava em português tudo que aprendia conosco e em inglês tudo que aprendia no daycare. Tenho agora, percebido uma mudança, as palavras que ela usava em Português estão sendo substituídas. Sempre que ela me chamava, era “Mommy vem”, agora é “Mommy come here”. Nós, que devemos falar sempre nossa língua com ela, sem querer, acabamos falando algumas coisas em inglês sem perceber, e imediatamente nos corrigimos e repetimos em português. Não sei direito porque nós fazemos isso, acredito que seja porque inconscientemente, achamos que ela vai entender mais se falarmos como ela está acostumada a ouvir na escola.
É bem interessante todo esse processo e está engraçado a mistura que ela faz com as duas línguas. Às vezes chama papai, as vezes fala daddy. Ouvimos “papá,” e ouvimos “food”. Hoje mesmo, pela primeira vez, escutei ela dizendo “hungry”, antes era apenas “fome”. Estamos percebendo nesse momento, que ela está realmente deixando o inglês predominar, portanto, da nossa parte, o esforço deverá ser dobrado, para falar cada vez mais a nossa querida e amada língua para que ela fique gravada naquela cabecinha linda. A mistura que mais gosto de ouvir é: ” Mamãe I love you muito, muito, muito ”

I LOVE YOU

Estou preparando um post para falar da maneira que a Luna vem aprendendo as duas línguas, prometo que essa semana eu coloco! Hoje vim rapidinho pra registrar um momento muito fofo.
Esses dias ela começou finalmente a se irritar com o excesso de beijos que dou. Na rua, indo pro daycare ela me diz: “Mãe, chega de beijo. I love you “. Ok, entendi o recado, pra cobrir a carência da mamãe, ela nega o beijo, mas consola com o “I Love You”.
Hoje, no quarto, estávamos eu e Sergio sentados no chão brincando com a figurinha, quando comecei a pedir beijo. Ela disse “no kiss”, olhou pro pai e tascou-lhe um beijo. SAFADA, e ainda olhou pra mim e deu risada. Fui me levantando pra sair, ela nos surpreendeu, abrindo os braços, abraçando os dois ao mesmo tempo, e disse: “I Looooove you!!!”
Nessas horas que a gente pensa que acordar mais cedo e todo o trabalho extra, não é nada perto do sentimento que toma conta da gente, enche o coração de alegria e de orgulho de um toquinho de 2 anos, 90 cm e 13 kilos que tem o poder de nos deixar totalmente embasbacados e babando feito bobos.

Big Brother no metrô

Sérgio me contava que sempre pegava metrô com uma mesma menina. Eles sempre estavam no mesmo horário e entravam no mesmo vagão. Depois de um tempo, ele a viu com um namorado, todos os dias. Outro tempo depois, ele a viu grávida, e finalmente a viu com o bebê no colo. Incrível como conhecemos/acompanhamos a vida de uma pessoa que não sabemos quem é, de onde veio, nem o seu nome, apenas por fazer o mesmo trajeto todos os dias, no mesmo horário. Um bom tempo depois, lendo uma revista, ele viu a mesma menina dando uma entrevista e descobriu que ela era vendedora de uma loja de roupas.
Não sou muito de observar as pessoas, acredito que devo pegar metrô também com algumas todos os dias, as vezes vejo até umas carinhas familiares e não sei de onde são. Dia desses, um casal olhava muito pra gente (eu e Luna), e desceram na mesma estação. No final da escada, percebi que o rapaz olhava com um sorriso nos lábios, tirei meu fone de ouvido, pra ver se ele queria falar algo. Ele com toda simpatia do mundo, disse que acompanha a Luna desde pequena, vê o pai levando-a de manhã, e eu buscando a noite. Perguntou do carrinho, se resolvemos abolir, e eu disse que sim, que agora a Luna anda então fica mais fácil. Ele comentou que quando me viu, me mostrou pra mulher dele, pois ele sempre falava da gente e ela nunca tinha nos visto, e que eles também tem uma filha, de 2 anos e meio.
Engraçado isso, quanta informação conseguimos tirar de uma pessoa que não conhecemos, apenas por pegar o mesmo transporte, todos os dias.

Sorte pra que te quero

Tenho um cliente, a joalheria Nomination que tem loja aí no Brasil (na verdade são da Itália), que está fazendo um sorteio de jóias pelo site deles. Confesso que não sou ultra fã de muitas coisas de lá, mas justamente a coleção que eu namoro sempre, é a que está no sorteio.
Está aberto para todas as pessoas residentes nos Estados Unidos e Canadá, portanto fica a dica pra quem mora por aqui.

hey Family!

Estar longe da família tem o lado bom e o lado ruim. Digo que o lado ruim é muito maior, o lado bom, é que quando nos vemos, sempre é mais fácil a convivência do dia a dia, pois nunca é tempo suficiente pra matar toda a saudade. Um dos momentos que mais sinto falta, é quando fico doente. Não tem nada melhor do que mimo de mãe quando estamos com aquele corpo mole, febre, de cama. Outro momento “carência de família” foi semana passada, quando o Sérgio foi para o hospital, sozinho. Ele não liga muito (pelo menos diz que não) mas eu queria muito poder ter ido junto, pois pra mim é deprê total você chegar numa emergência, precisando de ajuda, e ter que se virar sem a ajuda de ninguém. Eu em casa com a Luna, já a noite, acompanhava pelo telefone. Aperto no coração, se minha mãe estivesse por aqui, ficaria com ela, e eu poderia ir junto, mas sem ninguém aqui, fiquei refém do telefone.
De madrugada, quando teve alta, não deu pra segurar, peguei um taxi, acordei a Luna e lá fomos nós, buscar o Dad. Ela adorou a bagunça de acordar no meio da noite e ir passear. Estar sozinho nessas horas, pegar um táxi com dor, de madrugada é demais de triste, um esforço que valeu a pena.
<< No Mundo da Luna: Pirulitos >>

Glub Glub

Nessa fase da Luna, a possessividade está a mil, e então o que ela mais ouve é que tem que dividir os brinquedos (em inglês, share), comidinhas e etc. Dia desses quando a tia ia chegar, a mamãe fez a pergunta de sempre:
– Filha, a Luna é de quem?
– Da titia
– O QUÊ???? da titia???????
Share mamãe, you have to share...
Ok, engole essa mamãe.

Aniversário

Nada como o Orkut para lembrar nossos amigos/conhecidos do nosso aniversário. Adoro, ninguém tem que lembrar de cabeça, a não ser os ultra próximos.
Será que ando cansada?
Meus presentes de aniversário hoje: Dia inteirinho coçando em casa, sozinha, sem nenhuma obrigação de trabalho/doméstico.
2 horas e meia num SPA no coração do Soho.
Ai ai, nunca foi tão bem vindo, nada mais daria esse descanso.