Como você dorme?

Com pijama? Sem pijama? Camiseta velha? Cada um tem sua particularidade ou manias ao dormir, e eu aqui morrendo de sono estava pensando na preguiça de trocar meu vestidinho de fortaleza por um pijama, e pensei: “Ah vou dormir com ele mesmo”. Logo me veio na cabeça a sensação estranha que sinto quando durmo com roupa que não seja feita para dormir. Acordo estranha, não durmo 100% normal. Prefiro pijamas à camisola, pois essa sobe, enrosca… o pijama garante mais sossego e cobertura. Dormir com meia, nem pensar, muito menos com anel, brincos ou relógio. Edredon sempre, mesmo no calor. Dormir sem roupa, totalmente nua, acho péssimo, passo frio, me incomoda, é pra mim a pior maneira de todas. Gosto de espaço, para abrir meus braços estatelados sobre o colchão, dormir agarradinho também não, só nos primeiros 3 minutos talvez. Difícil eu ter que acordar no meio da noite para ir ao banheiro, ainda bem. Sensível ao barulho pela manhã, mas uma pedra a noite. A posição preferida é de barriga pra baixo, e brigo com o travesseiro a noite inteira, tirando, colocando, pegando do chão. Sem barulho e sem TV de preferência. Escuro total, porta fechada.
Bom deixa eu ir lá pegar o pijama, esse papo me fez tomar a coragem de levantar daqui pra garantir um soninho melhor.
E você, dorme como, tem alguma mania?

Bullying

Hoje lendo essa matéria fui sentindo um aperto no coração só de imaginar a Luna um dia passando por isso. Essa coisa do popular (como eu tinha mencionado até no blog dela) me dá arrepios justamente por esse motivo. Normalmente quando a criança se torna popular, ela vai adquirindo uma força que nem sempre traz bom resultados pois nem todo mundo sabe lidar com ela. Me lembro que em todos os lugares que estudei, presenciei o Bullying acontecendo. Já fiz, já fui vítima, e acho algo super perigoso, as escolas não dão a devida importância/atenção a isso. Na minha opinião, isso influência (e muito) na auto-estima, a pessoa vai ficando cada vez mais retraída e consequentemente pode influenciar em tudo que essa criança vai ser ou fazer no futuro. Me lembro que pelo fato de eu ser MUITO magra na adolescência, ganhei vários apelidos, e por conta disso, morria de vergonha de usar o uniforme obrigatório na aula de educação física, pois me deixava ainda mais magra e sem bunda (a única coisa que eu tinha e que me salvava). Resultado? Quase repeti em educação física devido as faltas.
Me lembro que um dos piores casos nesse sentido que eu presenciei, foi na oitava série, que a classe inteira zombava de uma aluna, apenas pelo fato de ela ser muito magra, muito alta e feia . Era alvo de gozação todos os dias, ninguém queria dançar quadrilha com ela, nem fazer trabalho em dupla. Na época, não tinha noção do que essa rejeição significava, hoje fico imaginando, o que ela passou, o que sentiu e como isso pode ter afetado no que ela é hoje, e acho TERRÍVEL lembrar de toda a humilhação. Num outro caso horrível eu até participei algumas vezes, mas sem a noção alguma do que aquilo poderia causar. Era uma menina lá do prédio que tinha medo até da sombra. Todo mundo colocava medo nela, corria atrás e eu só me lembro das inúmeras vezes em que a Graziele saia correndo com os braços levantados, a boca aberta, gritando de pavor. Acho que fiz apenas uma vez, não me lembro de outras, eu e meu primo fingimos que ele ia me matar e eu gritava. Tadinha, ela ficou apavorada e saiu chorando. Dá até vergonha hoje quando me lembro, mas eu acho interessante como crianças não tem esse sentimento de dó, culpa, e faz essas coisas sem o menor ressentimento. Acho que é por isso que dizem que toda criança é má e me lembrando disso, a carapuça serviu perfeitamente em mim.

Sunset Jam on the Hudson – updated

Hoje é dia se Sunset Jam, um evento que tem todas as Sextas-Feira nesse verão, bem em frente ao Rio Hudson com vista para a estátua da liberdade. Um “workshop” de batuques e sons para as crianças, no final da tarde com um maravilhoso pôr do sol. Que mais eu posso querer? É simplesmente maravilhoso estar lá, mesmo que a Luna não dê muita bola e nem queira batucar, o ambiente é show de bola.
Foi lá que conheci a Simone, o Lelo, e a lindíssima Helena. A Simone chegou através do blog, quando estava de mudança pra NY, e depois estávamos tentando nos conhecer há um tempo mas as agendas não permitiam, até que um dia deu certo e eles foram lá compartilhar a bela paisagem conosco. A Helena é apenas 2 meses mais nova que a Luna, e a Simone faz aniversário no mesmo dia que a Luna. Semana passada, foi cômico a semelhança entre as duas, que além de term o cabelo exatamente da mesma cor, estavam super parecidas com os vestidos verde.Hoje lá vamos nós encontra-los de novo, se a chuva permitir. É por isso que eu amo NY, posso fazer tudo isso com segurança, num lugar bem frequentado e melhor, de graça!
Veja o álbum de fotos

Dói, um tapinha dói sim

Antes de ter filhos achava que não tinha nada demais dar uns tapinhas na bunda, e nem era contra uns puxõezinhos de orelha. Hoje, depois da Luna, sou totalmente contra. Concordo plenamente com educadores que dizem que bater, não serve pra educar ninguém, é apenas uma forma de extravasar a raiva que os pais sentem quando o filho apronta alguma coisa. Não condeno quem acha que umas palmadinhas fazem bem, de forma alguma, porém sou totalmente contra violência, aquelas surras fortes, que deixam marcas, machucam (isso ainda existe?). Não conseguiria jamais levantar um dedo pra Luna, pelo menos essa é minha posição até agora, e olha que já passei algumas raivas grandes, e nesses momentos confesso que deu vontade de dar uns tapas,mas também foi nesses momentos que percebi que se eu desse, seria 100% pra aliviar o que eu estava sentindo, mas sem nenhum objetivo de ensiná-la alguma coisa.
Quando começo a pensar ainda mais no assunto e imaginar eu fazendo algo desse tipo, me sobe um “No-no-no” enorme, e afirmo ainda mais a minha posição de que acho absurdo, machucar alguém fisicamente, e pra piorar, alguém você exerça algum poder. Na minha opinião, ninguém tem direito de agredir ninguém, seja pai com filho, homens com animais, pra tudo há sempre outra maneira de ser resolvido. Mais uma vez, não quero criticar os pais que não ligam pra uma palmadinha de vez em quando, estou apenas colocando o meu sentimento em relação a isso. Não me vejo levantando um dedo pra machucar minha filha, faze-la sentir dor com minhas mãos é algo que só de pensar, me dá repulsa.

“I want to be a part of it…”

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I Love NY

Blogagem Coletiva: Semana Mundial da Amamentação

Nunca me preocupei com amamentação, sempre pensei que fosse algo natural, como é com os animais, nasceu, mamou. Minha mãe não teve problema algum comigo nem com minha irmã, não conhecia muita gente que teve problemas, então realmente não foi algo que acreditei que eu teria problemas, mas ainda assim fiz o curso que o hospital ofereceu.
No hospital, assim que fomos pro quarto, tentei amamentar. Alguém ajudou? Não. O hospital que no dia da apresentação se gabava de ter consultoras de lactação, enfermeiras praparadas para ajudar, simplesmente me largou sozinha no quarto, com um bebê chorando, uma mãe sem experiência, sem leite e sem nem perceber se o tal do colostro estava vindo ou não. A única coisa que eu sabia era que a Luna chorava, eu estava sozinha, e quando questionei sobre o fato de ela estar com fome e eu não ter leite o que me disseram foi: Você quer a bombinha? Calma… onde já se viu fazer uma pergunta dessa a uma mãe inexperiente, com dores pós parto, e um bebê com fome e chorando? Eu apenas disse, traz né. Ela trouxe, depois de eu ter pedido várias vezes e elas terem esquecido, largou na sala, e não se deu ao trabalho de me explicar como fazer. Obviamente eu tentei, e nada saía. Durante a madrugada, Luna chorava, eu sozinha no quarto, tentando dormir, e faze-la parar de chorar. Chamei a enfermeira e expliquei que ela não parava de chorar, e que eu nao tinha conseguido amamentar. A pergunta veio novamente: “Quer que eu a leve pro berçario?” Imaginem minha situação, vendo minha filha chorar de fome, e eu sem conseguir amamentar? Obvio disse para que a levassem e a alimentassem.
Luna não queria mais peito, mesmo com apenas 2 dias de vida, ela já tinha percebido a facilidade de sugar no bico da mamadeira, e já tinha decidido que era isso que ela queria. Insisti, chorei, me desesperei, procurei ajuda, mas nada fez com que a minha pequena pegasse o peito e mamasse. Ela colocava a boca e em 2 minutos começava a chorar desesperadamente, e a mãe mais desesperada ainda, dava a mamadeira para sanar a fome do bebê chorão. Fomos à pediatra que me mostrou como deveria proceder e não ter medo do choro dela, e finalmente consegui fazer Luna pegar o peito. Ok, agora ela pegava, mas dormia no meio, era o dia todo tentando amamenta-la mas ela dormia mamando e o bico do seio começando a rachar, mesmo ela com a boquinha de peixe, na posição correta. Vamos novamente à pediatra depois de mais uma semana, e Luna não tinha ganhado peso, e sim perdido. Fui aconselhada a usar a formula como suplemento, dar o peito e depois a formula. A pediatra me explicou que a formula ia deixar minha filha saudável, e se fosse esse o caminho a seguir, que eu não me preocupasse. Assim eu fiz, e como previsto, ela começou a largar o peito logo, so querendo tomar mamadeira.
Depois de muito me culpar, chorar e lamentar, me entreguei e fiquei 100% na fórmula. Até hoje, a Luna não teve nenhuma infecção, doença, e em quase 2 anos de vida, teve sua segunda febre na semana passada. Resfriado é comum a uma criança que fica em daycare, mas quando ela foi pro Brasil, longe desse ambiente, não teve nada, nariz seco, peito livre o tempo inteiro. Antes dela nascer, ouvi historias mil de filhos de amigos que eram amamentados com leite materno, mas viviam doentes, febre, vômitos, diarréias, como seria minha filha então alimentada com fórmula? Não tenho do que reclamar, Luna nunca teve nada, perfeita, saudável e super forte. Acho que no fundo a ligação emocional é o que traz mais benefícios na amamentação, do que o leite propriamente dito, só posso pensar assim, depois da minha experiência. Espero ter o segundo filho, e quando isso acontecer, vou me empenhar ainda mais para conseguir dar a ele o leite materno, não mudei minha opinião, vou me informar muito mais dessa vez e fazer de tudo pra conseguir. A diferença é que conseguirei encarar de uma forma melhor, caso isso não seja possível. Com menos culpa, e com a prova viva de que ser uma criança saudável sem ser amamentada pelo leite materno, é perfeitamente possível.

A l’americano

Domingo foi a primeira vez que fomos a um aniversário infantil genuinamente americano, e a experiência foi digamos… interessante. No convite já estranhamos o horário da festa : das 11 as 13. Me fez pensar, que por ter hora marcada de inicio e fim, deveria ser em um buffet. Não, era na residência da família, e para chegar lá, nada de trem ou metrô, tivemos que alugar um carro, senão ficaríamos na dependência de alguem nos buscar e nos levar até a estação do trem. Lá fomos nós, de GPS no celular e tudo mais, pois não teve uma vez que não tenhamos nos perdido em estradas aqui, nas poucas vezes que fomos viajar dirigindo. Tudo lindo e
maravilhoso, até que o celular perde o sinal de dados, e então eu descobri a diferença entre um GPS pelo celular e um que aluga junto que vem no carro. Ele nos largou na mão e nem o mapa de backup mal elaborado do google nos salvou de chegarmos quase 1 hora atrasados, ou seja, na metade da festa de “2 horas”. A casa, literalmente no meio do mato, é maravilhosa. Chegamos famintos, achando que pelo horário da festa, encontraríamos alguma comida tipo
“almoço”. Eram bagels, croissants, tortinhas de maça, queijos e sucos Minute Maid.
As crianças já estavam na sala de “entretenimento” com um rapaz tocando violão e distribuindo umas maracas pras crianças fazerem barulho, então fomos eu e Luna pra lá enquanto o Sergio tirava fotos e procurava alguma coisa pra “almoçarmos”. Logo a música acabou, e o simpático rapaz-robô pediu para que as crianças juntassem as maracas e os outros acessórios que eu já imaginava ser brinde pra elas, num cantinho da sala. Abriu sua malinha com o kit “Entretenimento The-Flash”, tirou um faz bolhas bem diferente, e a sessão bubbles começou. Era , segundo ele, para dar o tom de fim de brincadeiras com as crianças, e elas irem “se acalmando, relaxando”.
12:20 acabou entretenimento para as crianças, e então finalmente fomos comer, o que era mais um café da manhã do que almoço ou brunch. Já tinha uma moça retirando alguns copinhos, limpando a sala de entretenimento que não estava mais em uso, e então um apito bem alto chamou para cantarmos o Parabéns. Cantamos, comemos o cup cake, e como já era 12:45 ainda tivemos 15 minutos para conhecer o piso inferior da casa, cheio de brinquedos, a Luna se divertirmais um pouco e perceber que as 13:00hrs mais da metade já tinha ido
embora, e o restante já estava se despedindo.
13:15, somos os últimos a sair, pois o povo é tão rápido que uma ida ao banheiro, antes de ir embora, já nos deixou pra trás. A mãe da aniversariante na porta, se despedindo do penúltimo convidado a sair, nos olha, agradece a presença, dá beijinhos na Luna, se despede e fecha a
porta. La vamos nós de volta com nosso GPS capenga, aproveitar o aluguel do carro para comer num bom restaurante brasileiro no Queens, e fazer compras no mercado brasileiro, comprar MUITO guaraná.
Quanta diferença, daquela festinha da Luna de 1 ano, em que a cada convidado que ia embora já depois de várias horas lá, pedíamos pra ficar mais um pouco. Acabou cerveja, escureceu, e até as 10 da noite, ainda estávamos jogando papo fora.
Cada um com sua cultura, e o post parece até uma crítica, mas é porque estou acostumada (e saudosa) com outra coisa, no fundo entendo essa diferença cultural, apenas acho estranho, mas temos que respeitar, mesmo porque tudo sempre tem um lado bom. Com essa coisa de hora marcada, ninguém fica na festa por obrigação, pra não sair logo e pegar mal, fora isso, as pessoas comparecem mais, pois se tem outros compromissos não necessariamente precisam escolher entre um e outro, dá pra se programar melhor. (Eu e meu treinamento de ver o lado bom das coisas, está dando certo)
UPDATE: esse video so carrega correto no firefox, no explorer esta carregando o vídeo errado, estamos tentando resolver o mistério.

UPDATE2: Mistério resolvido, nada como um FERA pra me ajudar…

Video Player2


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Diálogo

– Filha, quer água?
– “Aua di côco”
– Ah Agua de côco não tem mais meu amor, vou dar a água normal mesmo tá?
……..entrego a mamadeira na mão dela, ela vai pro quarto e volta, me devolvendo a mamadeira ainda cheia……
– Não, não, mamãe. “Aua di coco”.
É realmente de impressionar a velocidade que as coisas acontecem, a rapidez no aprendizado, o aumento da percepção. Tudo a mil, uma esponja, máquina de aprender. Me impressiono todos os dias, sempre soube que criança aprende tudo rápido, mas só vendo mesmo pra crer e se impressionar que é muito mais rápido do que você poderia imaginar. A natureza, sempre perfeita, não dá uma fora,

Apressadinhos

childrenp.jpgPra mim, o verão está começando, ou no mínimo está na metade… não fiz quase nada que planejei para essa época. Me assustei quando vi a newsletter mensal da escola da Luna, dizendo que era hora de se despedir do verão, que as brincadeiras na água foram muito divertidas e que venha o outono. COMO ASSIM? Aí saindo da escola dela, olho a vitrine da Children’s Place que fica no caminho do metrô e todas as manequins estão vestidas com calças e blusas de mangas compridas que dá até agonia de ver com o calor que está aqui em NY.
Os americanos são adiantados mesmo, tudo fazem cedo demais. Jantam cedo, liquidam cedo, reservam viagens cedo.
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