Home Sweet Home

Estar no Brasil é sempre um mix de sentimentos, que sempre me deixa com a mesma sensação: nunca dá pra se ter tudo. Se ganho aqui, perco alí mas o que eu quero ganhar ou perder? ô respostinha complicada….
Mas enfim, é sempre MUITO bom estar aqui, uma delicia desde o momento que saio do avião e vejo a expressão de felicidade de quem me espera. Ouvir português por todo lado, me causa estranhamento, mesmo parecendo ser tão óbvio, afinal estou no Brasil. O clima gostoso, a chuva, me fazem sentir em São Paulo mesmo, inclusive o caos na cidade, mas ainda bem que não fiquei presa no louco congestionamento causado pelo último alagamento.
Luna está curtindo imensamente todos os mimos, de todos os lados, e surpreendendo todos com suas frases, a última foi quando ela pediu pra vovó colocar a música no carro da “onça pintada”. Imaginem, Luna pedindo uma música (“Como dois Animais) do Alceu Valença? Coisas que só o Brasil faz com você hehehe.
Não tem como não engordar aqui, é MUITA tentação, muita comida boa, como a gente come bem nesse país não? Ok, fazemos regime depois com aquela comidinha mais ou menos de NY e fica tudo certo, mas minha feijoada, meus docinhos, não posso deixar de comer, prazer assim, só uma vez por ano.
Não tem como comprar nada aqui, ô lugarzinho caro! Roupa, comida, cinema, carro, só não empregada. Presentes de natal comprados em NY claro, aqui sem condições. Uma camisetinha normal, de uma lojinha no shopping que nunca ouvi falar, custa R$ 74,00.
Estudar para renovar minha carteira de habilitação, é um pé no saco.
O sol poderoso ainda não mostrou sua cara, só porque estou louca pra nadar na piscina do prédio.
Tem nada não, Maceió no final do ano está chegando e eu desconto, com muita areia branquinha, mar azul, casa beira mar, diversão garantida. É muito bom estar aqui.

Teatro e mais teatro

Nunca fui tanto ao teatro em tão pouco tempo como nessa viagem a São Paulo. Aliás essa viagem foi diferente das outras, não fiquei na casa da minha mãe já que minha irmã está acampada como marido dela lá até o final do ano. Dessa vez, fui muito menos ao shopping e não comprei ABSOLUTAMENTE nenhuma roupa pra mim. Nem renovei o estoque de calcinhas, nada, apenas um brinco que depois de 2 semanas já perdi. Tudo muito caro, mas MUITO caro. Roupas estão o “olho da cara”, nem ganhando em dólar dá pra achar que é vantagem comprar no Brasil. Já a Luna ganhou uns brinquedinho que não acho por aqui, mas o consumo maior mesmo foi no teatro. Foram 4 peças e por falta de tempo não fui mais. (não fui de férias)
1- Chapeuzinho Vermelho – Teatro Ruth Escobar
Muito bom, dei risada a beça, pois mistura com comédia, e o Lobo, além de fashion, é engraçadissimo. Dica: teatro é pequeno, mas se conseguir na frente, sugiro a fileira D, no meio. Comprando antecipado na bilheteria, até as 15:00hrs do dia da peça, o ingresso custa R$8,00.

2- Branca de Neve e os Sete Anõe
s – Teatro Ruth Escobar
Bom também, no mesmo teatro e os mesmos atores. Dessa vez o Lobo virou o espelho da bruxa e o cavalo do príncipe, hilário. A Branca de Neve é lindinha, e os anões são puppets, o que tirou um pouco a graça. O barulho estava insuportável e vai render um próximo post. Dica: idem acima
3- Minha Mãe é Uma Peça – Teatro Gazeta
Muitíssimo engraçada, mais ainda pra mim que identifiquei a mãe da peça, com a minha. Pro Sérgio e Michael que não identificaram as mães na personagem, a peça foi apenas “engraçadinha”. Eu, morri de rir, ainda mais nas cenas de mãe reclamona 🙂
4- Dona Flor e Seus Dois Maridos – Teatro Faap
Essa foi a melhor experiência, tanto que fui DUAS vezes. Foi bom para ver a peça, que agora é a top da minha lista de peças, e para rever minha faculdade que de faculdade de “artistas” agora parece mais faculdade de “peruas”, só tem frescuras e dourados.
Marcelo Faria e Carol Castro, estão espetaculares. Duda Ribeiro e o restante do elenco também estão muito bem, engraçadíssimos. Adorei o início, e obviamente me tocou ainda mais, por ser uma peça que me leva de volta ao nordeste, o que é sempre uma experiência adorável. Música, cenário, trilha sonora, organização e atuação impecáveis. Prêmio Shell de melhor ator para Marcelo Faria. MERECIDO, Vadinho está “maravilhoso” 🙂 Dica: Comprem assentos no corredor, já que eles atuam bastante alí na “passarela” a visão fica ainda mais previlegiada. Fileira até a E, meio, corredor e lado ímpar é a melhor pedida. Desconto de 50% com direito a acompanhante para funcionários da Gol e clientes Smiles.Carol Castro deve deixar a peça esse mês, mais um motivo para eu ver novamente depois, pra ver quem será a Dona Flor.
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Resumo da semana

Não parece que já estamos há 20 dias no Brasil, com tanta coisa ainda pra fazer.
Final de semana passado, já matamos algumas coisinhas da nossa listinha.
Sábado- Fomos ao Parque da Mônica (que não gostei) depois de comer na praça de alimentação do shopping eldorado e se deliciar no pave de Morango do amor aos pedaços. Foram quase 5 horas num parque cheio, com brinquedos que achei repetitivos,em um deles foi 1 hora na fila de espera (imagine a paciencia de uma criança pra isso) para aproveitar apenas 2 minutos, mas compensou ver a Luna olhando encantada na hora do abraço na Magali e na Monica. Saímos de lá correndo, foi só o tempo de deixar a Luna na casa da vovó e corrermos para o Teatro Gazeta assistir “Minha mãe é uma peça”. Adorei, dei muita risada, e acho que gostei mais do que meus acompanhantes pois fui a única que tinha uma mãe reclamona e dona de casa :). Para fechar o sábado, jantar no Anita, um restaurante do momento, instalado em um antigo Bordel. AMAMOS.
Domingo- Dia de visita à casa do Vovô, onde Luna se divertiu um bocado. Almoço baiano, mas foi um pouco curto, pois tinhamos que correr para o Teatro Ruth Escobar, para assistir a Chapeuzinho Vermelho. Chegando até as 15:00hrs o ingresso seria 8 reais para cada pessoa, mas chegamos às 3:10 e tivemos que pagar o preço normal, 20 reais cada adulto, criança pagava 10. Que delícia, Luna ficou encantada, e eu ri muito com o lobo mau. Uma peça que anima adultos e crianças, todos nós adoramos tudo, e o melhor foi ver a Luna, no final da peça, no colo do tão temido lobo mal, que depois disso, virou “bonzinho”. Final de noite no pão de açucar da marginal, onde Luna se divertiu com um carrinho de compras para crianças (idéia genial dos marketeiros) e para uma foto da ponte estaiada.
Agora, estamos de férias (5 dias) em Maceió. Chegamos no sábado, e hoje Domingo, foi apenas chuva. Próximo post falarei dessa cidade que tanto gosto, ainda que não tenha conseguido colocar o pé no mar. Quem sabe amanhã?

Resumo da Viagem

Enfim em casa. Posso ficar anos morando fora, mas quando chego aqui, sinto que meu cantinho, meu cenário dos meus sonhos é SP.
A viagem foi ótima, apesar da correria, e sermos anunciados para embarcar pois éramos os últimos. Luna chorando porque queria carregar a mala dela, mas sem andar rápido, eu estressada com o horário, indo no gate errado, enfim adrenalina total. Chegamos no avião, e ela ficou maravilhada. Assistiu o filme “Bolt” na maior folga, tomou o leitinho antes de dormir, e ficou encantada, dizendo que estava no céu. Dormiu a noite inteira, se comportou lindamente, junto com a Luana que veio na cabine conosco.
O intenso trânsito na marginal foi a recepção mais “paulista” que poderíamos ter tido. Luna curtindo o visual novo, e o máximo foi ela reconhecer a bandeira do Brasil e depois a Ponte Estaiada, que ela sempre vê no meu desktop. Várias mudanças desde a última visita, ruas e prédios novos, Monark demolida, minha rua que mudou de cara devido ao imenso prédio no final dela.
Luna fala com quem for no elevador, na rua. Fala em inglês e as pessoas acham a maior graça. Apesar de estar adorando passear no shopping com a Vovó, ser paparicada pela família toda, hoje acho que a saudade bateu e ela pediu pra ir pra “casinha” dela em New York.
Fora isso, ver tantos guaranás nas prateleiras do supermercado, variedade de sucos maguary, linguiça, pão francês, mamão e ter pastelaria aqui na esquina, dá um conforto enorme. Assustador mesmo é o preço das coisas. Suprimentos para escritório, (50dvds por 70 reais, 100 em Ny custa 19 dolares) roupas, cinema, estão o olho da cara, cada vez que venho, estão mais caros. Preço dos carros, da lava-louça, do limpador de para-brisa (70 reais), e dos restaurantes, também entram na lista.
Estamos amando, o clima está perfeito, (estou tendo a primavera que nao apareceu em NY) e o melhor é que a alergia da Luna desapareceu. Andar de carro é tudo de bom, mas o trânsito intenso está cada vez mais tirando parte desse prazer. A simpatia do nosso povo, é priceless. Em muitos momentos, a minha vontade é de rasgar a passagem da volta, mas quando paro no farol, vejo moto se aproximando do carro, e meu coração já fica meio acelerado, logo desisto de rasgar a passagem… Neuras que são mais exageradas depois que vivemos e experimentamos o prazer de não temer a aproximação de pessoas do seu carro, tirar foto na calçada com sua máquina top, abrir seu laptop em local público, e falar no seu celular sem se preocupar com mais nada.

Bom ou ruim?

Bom pra quem está longe e precisa da documentação, ruim pra quem tá longe e precisa de segurança.
Para pegar segunda via do registro de nascimento, não precisa que o requerente seja a própria pessoa, ou alguém com procuração, ou alguém da família. Sergio precisou da sua certidão de nascimento e a única informação necessária para o motoboy fazer o pedido era nome, data e hora de nascimento, hospital nome dos pais e cartório que foi registrado. Mais simples, impossível. Fico pensando se alguém sabe desses dados que não são difíceis de descobrir, resolve pegar uma certidão dessa, e ir lá tirar um RG no nome dele… estranho não?
Para fazer um pedido (via contador) das declarações de imposto de renda de uma década atrás, basta apenas um documento, assinatura reconhecida em cartório e pronto. O mais fácil ainda é contar com serviços online de cartórios, como o www.certidao.com.br, são vários documentos que podem ser pedidos online, e depois a maior dificuldade será selar o envelope e mandar pra cá.
Mas será que com essa facilidade, ainda estamos seguros da nossa privacidade?

Essas coisas…

Não entendo porque no Brasil, as pessoas precisam de todo jeito diferenciar empregados de patrão. Aliás, isso acontece quando a diferença entre eles é bem significante, pois em empresas normais, dificilmente você saberá quem é por exemplo o designer, o diretor de arte ou o dono da empresa apenas por olhar para eles. Mas, andando alí no calçadão do Rio de Janeiro, nas pracinhas dos bairros nobres de São Paulo, imediatamente conseguirá dizer quem é a babá e quem é a mãe. Não pelas semelhanças físicas com os bebês que estão carregando, mas simplesmente pela roupa que usam. Babá tem que usar uniforme. Me digam, pra quê? Pequeno…
Wikipedia:
Uniforme é um padrão de vestuário usado por membros de uma dada organização, durante participação em atividades organizadas por tal organizaçào. Alunos de escolas frequentemente utilizam uniformes. Perfomadores de atividades religiosas quase sempre utilizam padrões de vestuário. Uniformes modernos são usados por forças paramilitares tais como polícia, serviços de emergência, seguranças e por prisioneiros. Muitas vezes, trabalhadores de um dado estabelecimento industrial ou comercial utilizam uniformes. Os uniformes escolares criam uma padronização dos alunos, além de facilitar a identificação e o controle da entrada e saída de pessoas nas instituições acadêmicas.Outra vantagem dessa padronização é o barramento das taxações a partir das diferenças de classes sociais estampadas nas roupas evitando preconceito entre os próprios estudantes.
Post inspirado na noticia “Daniele Winitz escolhe uniforme de babá”

Cantinhos em SP

Não acho São Paulo uma cidade bonita. No geral a arquitetura é muito variada, calçadas mal cuidadas, falta beleza e graça, no entanto alguns lugares específicos me deixam encantada. Acho lindo a Marginal Pinheiros a noite, na altura da Cidade Jardim. Gosto da visão que tenho, quando vou ao Pão de Açucar (que fica ao lado da Leroy Merlyn) de madrugada. O negro do céu e as luzes cor de abóbora dos postes beirando o Rio. O próprio supermercado, é bonito, charmoso e tem essa vista previlegiada, com uma brisa gostosa, nesses dias de calor abençoado. Ai São Paulo, se não fosse sua violência seria quase impossível ir embora pra NY conformada que é melhor assim.
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Chove Chuva… Chove sem parar.


Ontem foi um dia tipicamente paulistano, chuva o dia inteiro, trânsito recorde. Eu gosto, me trazem lembranças de quando eu morava aqui, e essa chuva era mais uma parte desse cotidiano maluco. Uma pena que a cidade pára, ninguém é pontual, e todos usam a chuva como desculpa para todos os males. E como tudo tem um lado bom, a chuva espantou os pernilongos, que me perseguem todas as noites. Desacostumei com esses insetos famintos, que além de chupar nosso sangue, não nos deixa dormir em paz.
Mas nada como estar em São Paulo, que com todos os seus problemas, ainda esbanja charme e alto astral pra compensar tudo isso.

Essas Férias…

… que não foram férias na verdade, pois continuei trabalhando, até mais do que em NY. Hora de botar ordem na casa, resolver problemas do escritório, alinhar as pendências. Fora isso, mais horas gastas em trânsito, o que me fazia chegar em casa todo dia depois das 20:00hrs. Tendo a vovó cuidando da Luna, me dava mais tranquilidade para tentar resolver mais coisas por dia, e ficar no escritório até umas 18:30- 19:00hrs, ao contrário de NY que eu saio correndo as 5:30, e no máximo 6:30 já peguei a Luna na escola e já estou em casa. Aqui, ao sair do escritório, não dá para saber que horas chegarei em casa. Tudo depende do bom humor da Berrini. Nunca mais reclamarei do meu metrô, mesmo quando ele atrasar e virar expresso.
Fizemos um pouco de quase tudo, mas faltaram muitas coisas a serem feitas também. Nesse um mês fizemos comprinhas (tudo muito caro nesse país), fomos pra praia, fui ao cinema 3 vezes, duas apenas para assistir o maravilhoso TROPA DE ELITE (próximo post), perdi chave do carro, esqueci carteira na loja, comi bolo e pavê de morango do Amor aos Pedaços, muita feijoada, pão francês, pão de queijo, carne, carne, e mais carne. Dezembro. Pra Dezembro também ficará a visita para minha prima Adriana que teve um baby e eu nem consegui visitar-los. Também adiamos um almoço com a super amiga Tati, e nem consegui visitar a minha cunhada, que está de cama devido a um problema de coluna. Pra piorar ainda meu curto tempo, meu computador morreu e perdi inúmeras coisas de trabalho. Ainda fiquei devendo um telefonema pra Grazi, e a visita da minha tia Leta e Tia Tércia. AAAAi que horrível a sensação de ir embora e ter deixado de fazer tanta coisa. Pouco tempo pra muita coisa, mas o consolo é que início de Dezembro estamos de volta, e aí consigo colocar as coisas em dia.
Férias mesmo quem teve foi a Luna, que se esbaldou nas brincadeiras, na festa, na praia, nos mimos da vovó, nos playlands, e nos doces. Ela vai sentir MUITA falta de toda essa farra, vamos sentir saudades juntas.

Efeito São Paulo

Como São Paulo muda os ânimos e ritmos. Dá vontade de tudo, de comprar roupas, de se arrumar, de sair, beber uma boa cervejinha, que fico até sem tempo pra escrever no blog. Aqui perco mais tempo no trânsito, chego em casa bem mais tarde do que eu chegava em NY. Percebo muitas construções, prédios e mais prédios, praças, não vejo, que pena. As poucas praças que tem, são mal cuidadas, abandonadas. Uma nova ponte pra desafogar o trânsito aqui perto do Morumbi, aliás, que trânsito infernal, cada dia pior. E os preços? Tudo muito caro, cinema , comida, roupa. Até o sapateiro está ficando caro… Mas como eu amo a minha cidade. Boas lembranças, saudades de tempos que não voltam. Familiaridade com tantas coisas, aproveitando a simpatia das pessoas, almoçando fora do escritório com os colegas de trabalho num clima que nunca consegui reproduzir em NY. Como é dificil essa dualidade de sentimentos. Ou NY ou SP poderia ser muito ruim, aí minha vida e escolhas seriam tão mais fáceis…