Teatro e mais teatro

Nunca fui tanto ao teatro em tão pouco tempo como nessa viagem a São Paulo. Aliás essa viagem foi diferente das outras, não fiquei na casa da minha mãe já que minha irmã está acampada como marido dela lá até o final do ano. Dessa vez, fui muito menos ao shopping e não comprei ABSOLUTAMENTE nenhuma roupa pra mim. Nem renovei o estoque de calcinhas, nada, apenas um brinco que depois de 2 semanas já perdi. Tudo muito caro, mas MUITO caro. Roupas estão o “olho da cara”, nem ganhando em dólar dá pra achar que é vantagem comprar no Brasil. Já a Luna ganhou uns brinquedinho que não acho por aqui, mas o consumo maior mesmo foi no teatro. Foram 4 peças e por falta de tempo não fui mais. (não fui de férias)
1- Chapeuzinho Vermelho – Teatro Ruth Escobar
Muito bom, dei risada a beça, pois mistura com comédia, e o Lobo, além de fashion, é engraçadissimo. Dica: teatro é pequeno, mas se conseguir na frente, sugiro a fileira D, no meio. Comprando antecipado na bilheteria, até as 15:00hrs do dia da peça, o ingresso custa R$8,00.

2- Branca de Neve e os Sete Anõe
s – Teatro Ruth Escobar
Bom também, no mesmo teatro e os mesmos atores. Dessa vez o Lobo virou o espelho da bruxa e o cavalo do príncipe, hilário. A Branca de Neve é lindinha, e os anões são puppets, o que tirou um pouco a graça. O barulho estava insuportável e vai render um próximo post. Dica: idem acima
3- Minha Mãe é Uma Peça – Teatro Gazeta
Muitíssimo engraçada, mais ainda pra mim que identifiquei a mãe da peça, com a minha. Pro Sérgio e Michael que não identificaram as mães na personagem, a peça foi apenas “engraçadinha”. Eu, morri de rir, ainda mais nas cenas de mãe reclamona 🙂
4- Dona Flor e Seus Dois Maridos – Teatro Faap
Essa foi a melhor experiência, tanto que fui DUAS vezes. Foi bom para ver a peça, que agora é a top da minha lista de peças, e para rever minha faculdade que de faculdade de “artistas” agora parece mais faculdade de “peruas”, só tem frescuras e dourados.
Marcelo Faria e Carol Castro, estão espetaculares. Duda Ribeiro e o restante do elenco também estão muito bem, engraçadíssimos. Adorei o início, e obviamente me tocou ainda mais, por ser uma peça que me leva de volta ao nordeste, o que é sempre uma experiência adorável. Música, cenário, trilha sonora, organização e atuação impecáveis. Prêmio Shell de melhor ator para Marcelo Faria. MERECIDO, Vadinho está “maravilhoso” 🙂 Dica: Comprem assentos no corredor, já que eles atuam bastante alí na “passarela” a visão fica ainda mais previlegiada. Fileira até a E, meio, corredor e lado ímpar é a melhor pedida. Desconto de 50% com direito a acompanhante para funcionários da Gol e clientes Smiles.Carol Castro deve deixar a peça esse mês, mais um motivo para eu ver novamente depois, pra ver quem será a Dona Flor.
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Como se precisasse…

“Samara Felippo havia dito, em entrevistas recentes, que gostaria que Alícia nascesse de parto normal. No entanto, como o cordão umbilical da menina estava enrolado em seu pescoço, o médico que cuida da atriz optou pela cesariana.”
Nota da revista QUEM online
Imagina, desculpa perfeita para fazer uma cesariana… Luna também estava com cordão enrolado no pescoço e nasceu de parto normal sem correr nenhum risco e nem stress. Nem aqui nem na Europa, cordão umbilical no pescoço é motivo para uma cesária. Mas acho incrível como no Brasil, raros são os motivos para se fazer um parto normal. Impressionante

Levando cachorro pra viajar

Para viajar com a Luana nunca foi tão caro como agora, principalmente quando viajo pagando apenas 300 dolares pela minha passagem. Os gastos começam assim:
IDA
1- Consulta no Veterinário para emitir o certificado de saúde – U$ 55.00
2- Vacina que estava vencida – U$ 35.00
3- Certificado Internacional – 60.00
4- Assinatura e Carimbo do ministério da agricultura U$ – 34.00
5- Carimbo do Consulado Brasileiro U$ 20.00
6- Taxa da TAM para levar para o Brasil: U$ 250.00
Procedimento:
1. Obter, de veterinário licenciado, certificado de saúde do animal, atestando que o mesmo encontra-se com boa saúde e que não há relatos de doenças contagiosas na região. Deverá obter, também, certificado de vacinação anti-rábica. O veterinário, se quiser, pode emitir um só certificado com todas as informações. O certificado deverá estar assinado pelo veterinário, com nome, carimbo e número da licença.
2. Os certificados acima deverão ser endossados por veterinário do Departamento de Agricultura – USDA, na área da jurisdição (vide jurisdição), que deverá apor sua assinatura, carimbo e selo seco do Departamento, até 10 (dez) dias antes do embarque do animal.
3. Apresentar o certificado endossado pelo USDA ao Consulado-Geral para legalização.
Dica: Quando levar o cachorro dos EUA pro BRASIL, fique atento com a vacina de raiva. Na volta, pra conseguir a autorização, terá que mostrar o comprovante ao veterinário brasileiro, portanto, leve uma cópia separada, ou a carteirinha de vacinação.No Brasil, a vacina anti-rábica é válida por 1 ano, enquanto que nos EUA é válida por 3 anos. Dessa vez tive problemas pois nas contas do Brasil, a Luana estava com a vacina expirada, mas aqui ela é válida até 2010. Segundo as autoridades da agricultura brasileira, as vacinas são as mesmas, portanto, no brasil essa validade não é válida, vacine de novo antes de sair daqui.
VOLTA
1- Consulta Veterinário no BR e emissão do atestado de saúde – U$ 30.00 (veja modelo do atestado abaixo)
2- Carimbo do ministério da Agricultura – Gratuito
3- Taxa da Tam para o transporte do cão- U$ 250.00
Total da brincadeira: U$ 734.00
Agora terei que pensar mil vezes antes de levar a Luana pro Brasil. A Delta Airlines cobra U$50.00, muito menos que os U$250.00 da TAM. Quando for ao Ministério da Agricultura, localizado no aeroporto de Guarulhos, tenha em mãos o atestado emitido em no máximo 3 dias antes e também a carteira de vacinação contra raiva. O bom é que ao menos esse serviço no Brasil é de graça.
Modelo do atestado
Eu, Dr. [nome do veterinário], declaro a quem possa interessar que o animal [nome], [raça], [espécie], [sexo], [coloração], [nº do microchip], nasico em [data de nascimento], de propriedade de [nome do proprietário], [nacionalidade], [endereço com CEP], [CPF], [nº de passaporte], foi examinado por mim e apresenta perfeito estado de saúde, não apresentando qualquer sintoma clínica de doenças infecto-contagiosas ou parasitárias e encontra-se livre de miíases.
<< No Mundo da Luna: No Brasil >>

O Batizado

Enfim batizada. Depois das dúvidas que tinhamos e até da dificuldade com algumas igrejas em aceitar o batismo de uma criança que os pais não se casaram na igreja, Luninha já tem madrinha e padrinho oficialmente. Relutamos um pouco, mais o Sergio do que eu, pois não somos religiosos. Eu tenho minhas descrenças, dúvidas mas ainda alguma crença também, mesmo que não tão sólida. Ele é mais radical, mais firme e crente em suas idéias e essas estão longe do catolicismo. No meio de tanta coisa, resolvemos em comum acordo, batizar a Luna (como nós fomos também) seguindo a religião de nossa família, e quando ela crescer, entender e formar suas próprias convicções, seguindo o que bem entender. No fim, assim que somos, católicos por batismo mas com nossas próprias crenças.
Luna adorou tudo, não parava de falar na igreja e gostou ainda mais do churrasco que fizemos depois do final da cerimônia. Foi tudo muito bom, divertido e, apesar de longo, muito dinâmico e agradável.
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Correria

Ufa, tanta coisa pra falar mas falta tempo. Queria contar de Maceió, do batizado, postar as fotos, mas não está dando tempo mesmo. Assim que acalmar vou colocar tudo. No mais, já está chegando a hora de ir embora, vontade ZERO, ainda muita gente que não consegui ver (aliás Grazi, me escreve!). Enquanto sobram uns dias vou aproveitar para me despedir das delícias do momento que venho me viciando.
A manteiga francesa Le Marin e leite de caixinha Ninho. Ai Ai…

A tonta

Me sinto a maior tonta, bocó e imbecil do mundo quando vejo algumas coisas boas, me lembro de alguém (que eu deveria ter raiva) e penso: “putz fulana ia adorar isso”.

Resumo da semana

Não parece que já estamos há 20 dias no Brasil, com tanta coisa ainda pra fazer.
Final de semana passado, já matamos algumas coisinhas da nossa listinha.
Sábado- Fomos ao Parque da Mônica (que não gostei) depois de comer na praça de alimentação do shopping eldorado e se deliciar no pave de Morango do amor aos pedaços. Foram quase 5 horas num parque cheio, com brinquedos que achei repetitivos,em um deles foi 1 hora na fila de espera (imagine a paciencia de uma criança pra isso) para aproveitar apenas 2 minutos, mas compensou ver a Luna olhando encantada na hora do abraço na Magali e na Monica. Saímos de lá correndo, foi só o tempo de deixar a Luna na casa da vovó e corrermos para o Teatro Gazeta assistir “Minha mãe é uma peça”. Adorei, dei muita risada, e acho que gostei mais do que meus acompanhantes pois fui a única que tinha uma mãe reclamona e dona de casa :). Para fechar o sábado, jantar no Anita, um restaurante do momento, instalado em um antigo Bordel. AMAMOS.
Domingo- Dia de visita à casa do Vovô, onde Luna se divertiu um bocado. Almoço baiano, mas foi um pouco curto, pois tinhamos que correr para o Teatro Ruth Escobar, para assistir a Chapeuzinho Vermelho. Chegando até as 15:00hrs o ingresso seria 8 reais para cada pessoa, mas chegamos às 3:10 e tivemos que pagar o preço normal, 20 reais cada adulto, criança pagava 10. Que delícia, Luna ficou encantada, e eu ri muito com o lobo mau. Uma peça que anima adultos e crianças, todos nós adoramos tudo, e o melhor foi ver a Luna, no final da peça, no colo do tão temido lobo mal, que depois disso, virou “bonzinho”. Final de noite no pão de açucar da marginal, onde Luna se divertiu com um carrinho de compras para crianças (idéia genial dos marketeiros) e para uma foto da ponte estaiada.
Agora, estamos de férias (5 dias) em Maceió. Chegamos no sábado, e hoje Domingo, foi apenas chuva. Próximo post falarei dessa cidade que tanto gosto, ainda que não tenha conseguido colocar o pé no mar. Quem sabe amanhã?

Ê São Paulo…

Teve uma época que fiquei apaixonada por Recife. Morava em São Paulo e após um temporada de férias, me encantei com as pessoas, com a cultura, com o ritmo. São Paulo tinha perdido a graça, comecei a achar chata, feia, pessoas sem graça, aliás nada com graça. Sonhava em arrumar emprego e morar por lá, idéia fixa total. Com o tempo foi passando e logo fui para NY. Hoje, posso dizer que minha visão e sentimento com São paulo, é a mesma que tinha com Recife, em outras palavras, São Paulo virou Recife e NY virou São Paulo. Ando aqui, me encanto com cada sorriso, cada pessoa simpática, cada bar cheio de gente tomando cerveja no Happy Hour, cada conversa, cada programa com amigos. Tudo é lindo, parece até que não conheço o lado ruim, e me vejo sentindo minha cidade como uma turista.
Me impressiona como moradia aqui e tão diferente, prédios amplos, área de lazer, garagem… tudo isso é luxo em NY. Desde que chegamos, tem feito sol todos os dias, uma estabilidade climatica que é difícil em São Paulo. Todos os dias abro a janela, e fico namorando essa piscina do prédio mais abaixo na rua. SP é o real cenário dos meus sonhos e a mudança no script ainda mexe comigo

Resumo da Viagem

Enfim em casa. Posso ficar anos morando fora, mas quando chego aqui, sinto que meu cantinho, meu cenário dos meus sonhos é SP.
A viagem foi ótima, apesar da correria, e sermos anunciados para embarcar pois éramos os últimos. Luna chorando porque queria carregar a mala dela, mas sem andar rápido, eu estressada com o horário, indo no gate errado, enfim adrenalina total. Chegamos no avião, e ela ficou maravilhada. Assistiu o filme “Bolt” na maior folga, tomou o leitinho antes de dormir, e ficou encantada, dizendo que estava no céu. Dormiu a noite inteira, se comportou lindamente, junto com a Luana que veio na cabine conosco.
O intenso trânsito na marginal foi a recepção mais “paulista” que poderíamos ter tido. Luna curtindo o visual novo, e o máximo foi ela reconhecer a bandeira do Brasil e depois a Ponte Estaiada, que ela sempre vê no meu desktop. Várias mudanças desde a última visita, ruas e prédios novos, Monark demolida, minha rua que mudou de cara devido ao imenso prédio no final dela.
Luna fala com quem for no elevador, na rua. Fala em inglês e as pessoas acham a maior graça. Apesar de estar adorando passear no shopping com a Vovó, ser paparicada pela família toda, hoje acho que a saudade bateu e ela pediu pra ir pra “casinha” dela em New York.
Fora isso, ver tantos guaranás nas prateleiras do supermercado, variedade de sucos maguary, linguiça, pão francês, mamão e ter pastelaria aqui na esquina, dá um conforto enorme. Assustador mesmo é o preço das coisas. Suprimentos para escritório, (50dvds por 70 reais, 100 em Ny custa 19 dolares) roupas, cinema, estão o olho da cara, cada vez que venho, estão mais caros. Preço dos carros, da lava-louça, do limpador de para-brisa (70 reais), e dos restaurantes, também entram na lista.
Estamos amando, o clima está perfeito, (estou tendo a primavera que nao apareceu em NY) e o melhor é que a alergia da Luna desapareceu. Andar de carro é tudo de bom, mas o trânsito intenso está cada vez mais tirando parte desse prazer. A simpatia do nosso povo, é priceless. Em muitos momentos, a minha vontade é de rasgar a passagem da volta, mas quando paro no farol, vejo moto se aproximando do carro, e meu coração já fica meio acelerado, logo desisto de rasgar a passagem… Neuras que são mais exageradas depois que vivemos e experimentamos o prazer de não temer a aproximação de pessoas do seu carro, tirar foto na calçada com sua máquina top, abrir seu laptop em local público, e falar no seu celular sem se preocupar com mais nada.

Saga no consulado

De viagem “nada marcada” a surpresa alguns dias antes de viajar: Passaporte brasileiro da Luna está vencido. Gela o estômago, respiro fundo, e penso logo num jeito de resolver isso em 3 dias. Os documentos pra Luana viajar, eu ia tirar sábado passado e tudo daria tempo, sem pressa nem correria. Como a passagem da TAM não é garantia de embarque pra gente, se não viajássemos no dia planejado, um dia depois o atestado da Luana já não teria mais validade, portanto por precaução, resolvi aguardar mais uns dias para ir ao vet pegar o atestado de saúde. Esse atestado tem validade de 10 dias apenas, e com ele em mãos, devo mandar pro USDA (via Fedex next day) no aeroporto JFK, eles recebem, carimbam me devolvem, e levo ao consulado brasileiro para “legalização”. Depois dessa burocracia e quase 200 dólares gastos, Luana está aprovada para viajar. Detalhe é que como não fiz no sábado, atrasei tudo, e terei que correr contra o relógio, dispensar a Fedex e ir pessoalmente ao aeroporto pegar o carimbo da USDA e correr para o consulado, isso tudo na segunda-feira, pois pretendemos viajar na terça.
Sergio foi quinta ao consulado pela manhã enquanto eu fui levar Luana pra pegar o atestado no veterinário. Precisa ser comprovada a emergência para sair um passaporte tão rápido, portanto fomos atrás do comprovante, e fora isso a mãe tem que estar presente também no consulado para o pedido de renovação. Sexta-feira lá fomos nós de novo, agora com tudo certinho, e ainda adiantei para o senhor super bem humorado (alias nenhum ali sabe o que é simpatia) que segunda terei outra emergência pra ele resolver pra mim. O mais legal (aliás a única coisa legal) de ter ido ao consulado, foi ter conhecido a Isabella que lê e comenta aqui no blog. Eu já tinha visto um rapaz com um bebê fofo no colo, uma mãe atarefada e concentrada com os milhões de papéis e documentos que temos que organizar, e uma menininha linda que falava inglês misturado com português. Depois vi a mãe amamentando, que é uma cena sempre linda de se apreciar, ainda mais quando já temos filhos e mais ainda se não conseguimos amamentar. Vi nessa hora também a menininha linda respondendo em inglês algo que a mãe perguntou em português e imediatamente me lembrei da Luna, então perguntei pra ela se a filha também sempre respondia em inglês. Pra minha surpresa ela sabia meu nome, perguntou se eu era a Monica e se apresentou. Que mundo pequeno não? Por essas e outras coisas que esse blog vale muito a pena! Isabella, adorei te conhecer 🙂