e-s-p-e-t-a-c-u-l-a-r

Quando o livro é bom, no final fica aquele clima de despedida. E clima de despedida sempre é ruim, quando é bom. Assim que me sinto no final do livro que gosto, tristeza em acabar, saudades dos personagens e seus dilemas. Esse em especial me tocou por ser uma historia muito triste e verídica.
Já sabia o básico do holocausto, aliás menos que o básico, sempre fui péssima em História na escola, professores horríveis. Agora tento tirar o atraso, tentando saber mais detalhes dos assuntos que eu sei por alto.
Meu interesse começou depois de ler “A menina que roubava livros” , que de tanto falar de Hitler, me deu vontade de saber o que levou esse doido a fazer tudo o que fez. Lí sobre tudo que ele pensava dos judeus, como os encarava, porque os odiava. Foi então que quis saber como era o outro lado, como era essa prisão dos judeus, como se sentiam, como encaravam. Apesar de já ter assistido a lista de Schindler, não fazia idéia da metade do que aconteceu, de como havia sido, e o que tinham passado.
Difícil ler um livro como esse, sabendo que cada passagem ali foi verdadeira, que aquelas pessoas realmente passaram por tudo aquilo, e ainda conseguiram ter uma vida. Me emocionei em vários momentos, achando inaceitável que um ser humano passasse por aquilo, fosse tratado daquela maneira, sem ter feito absolutamente nada. Admiro todos aqueles que lutaram pra sobreviver, e que conseguiram, pois pelo que eu li, foi realmente necessário muita garra, muita vontade, muita força, e eu sinceramente não sei se teria. Fiquei impressionada com a autora do livro, admirada pela coragem, pela persistência, pelo amor à sua família, pelo amor a vida.
Para quem como eu, quiser entender mais a fundo como foi o holocausto, prepare o coração, o estômago e leia esse livro. Recomendo para TODOS, e deixo aqui minha admiração e respeito para quem passou por tudo isso, e ainda hoje consegue sorrir.

Saudades

Hoje você faria 65 anos. Que saudades… que vontade que estivesse aqui com a gente, curtindo sua netinha. A vida nos prega cada peça, nos dá tantas alegrias, mas também, muita tristeza. Sua partida foi cedo demais, tínhamos mais planos, você nem conheceu a Big Apple e eu sonhando em ver sua felicidade ao ouvir os músicos na rua com seus saxofones, trompetes… eu já imaginava seu estalar de dedos acompanhando o ritmo da música. Sempre achei New York a sua cara, e queria muito que tivesse dado tempo pra tudo. Sinto uma falta das conversas bobas, das risadas, e até de quando você só prestava atenção no que quisesse ouvir. Queria que você estivesse aqui pra gente falar do livro sobre o Holocausto que eu estou lendo, pra você me contar a sua visão, saber sua opinião. Você não viu o Brasil ser Penta, mas também não viu o São Paulo perder esse ano :-). Como você ficava bravo! Depois que a gente cresceu, até palavrão falava pra xingar aqueles pernas de pau. Eu do meu quarto, ria.
Se você conhecesse a Luna, ia apontar tantas semelhanças comigo, e as diferenças também. Você sempre tão pacato e calmo, foi quem me carregou desesperado pelo Parque da Água Branca quando eu tinha meus 5 anos, e tive uma convulsão. Ninguém conseguiria imaginar a cena, do seu desespero, eu na verdade nunca lhe ví desesperado. Apesar de ter sido um pouco distante e entendo que era apenas seu jeito tímido, você defendia suas filhas com unhas e dentes, mesmo que elas tivessem totalmente erradas. Aliás hoje eu entendo tanta coisa que eu não entendi durante muito tempo, queria só que você tivesse aqui para eu lhe dizer. Enfim, a gente só se encontra nos meus sonhos… pelo menos neles eu mato um pouco da saudade que sinto de você. Te amo.

Familia

Minha Família não é grande, ou pelo menos a família próxima não. Minha mãe nasceu em Alagoas e tem duas irmãs. As três foram para São Paulo, onde fizeram a vida e conheceram os maridos. Meu pai apesar de ser paulista, tem a grande parte da família dele em Pernambuco, não tem jeito, minha alma é realmente nordestina.
Minhas duas tias (irmãs da minha mãe) até hoje moram em SP, uma tem 3 filhos homens, minha mãe 2 mulheres e a outra resolveu ficar no meio, tem 2 mulheres e 2 homens. Posso dizer que essas são as pessoas que estão sempre por perto (fisicamente), nos almoços, nas festinhas importantes.
O pessoal do meu pai está dividido, tenho 2 tios em Botucatu, onde passei vários momentos da minha infância, na casa do avô que já se foi, e que faz parte das minhas boas lembranças e saudades. Esses são os mais próximos no lado paterno junto com minha tia Lou que mora em Recife, prima do meu pai, que parece mais fazer parte da família da minha mãe do que da dele. É a “espírita”da turma, lê cartas como ninguém, mas esteve seriamente doente alguns meses atrás, e ainda bem que Mommy estava por lá e deu uma força pra ela no hospital. Ainda está se recuperando, e nós, rezando por ela. Também tenho ótimas lembranças de quando passei temporadas em sua casa no Recife. Pena que eles estão tão longe, senão também fariam parte de todas as festinhas importantes.
O pessoal da parte materna está praticamente todo espalhado pelo nordeste, as primas, de primeiro, segundo, terceiro grau e por aí vai. Ótimas recordações também dessa galera que não é assim tão próxima, mas moram no coração. Tem uma outra prima, que essa parece irmã, não só pelo amor que sentimos por ela, mas porque ela também parece ser filha da minha mãe mesmo. Elas se amam, e eu até esqueço qual o nosso real parentesco. Tia, da prima da sobrinha do avô hahaha e isso importa por acaso?
Saudades eternas dos donos de tudo isso, minha avó querida, e meu pai. Que pena que vocês não estão mais aqui.

Chega logo!

A sede de verão é imensa. Aos 10 graus, os americanos já estão de camiseta na rua, aos 14 já acham que está ótimo para almoçar ou jantar do lado de fora, nas calçadas dos restaurantes. São apenas 3 meses de muito calor, então o quanto antes começar, melhor, aproveita mais. A neura é tanta que meus vizinhos de baixo não conseguiram esperar, e foram curtir o “verão” no terraço deles, devidamente protegidos por um cobertor. Prefiro esperar mais um pouquinho.
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Demais

Gostam de humor negro, sarcasmo, inteligência, e tirar uma com a cara dos famosos? Então precisa visitar o Te dou um dado. Um amigo me apresentou e não fico um dia sequer sem dar uma espiada. Eles são muito bons, as sacadas são geniais. Já morri de rir hoje com a Susana Werner e a Britney Spears.
Outra coisa, eu afastada do Brasil, fico sabendo das gírias quando alguém aparece por aqui, ou vendo as notícias e entrevistas nos jornais brasileiros. Acho tão, mas tão horrível a expressão “pagar calcinha” “pagar peitinho”. Que é isso? Pagar? Credo, me dá até ânsia ouvir isso.

Taxas, pra que te quero?

Ai que pena, eu, consumista-compulsiva-online, terei agora que pagar taxas. Uma das grandes vantagens de comprar pela internet pra mim, é o fato de não pagar a taxa do estado quando compramos nas lojas. São 8.375% a mais na compra, ou seja, quando comprei o carrinho da Luna por exemplo, fez uma enorme diferença comprar na Amazon, pois eu tinha o frete grátis e zero de taxa. A mamata está acabando, a partir do dia 1 de Junho, várias lojas que enviarem mercadorias pro estado de New York, deverão cobrar a taxa dos seus consumidores. Ironicamente essa lei foi batizada de “Amazon Tax”, e irá afetar não só a ela, mas a todas as grandes lojas que vendem mercadorias na rede. A reclamação vem dos lojistas que acabam perdendo inúmeras vendas para a concorrência online, e depois de muito vai e vem a lei aprovada entra em vigor no mês que vem. Já coloquei algumas coisas no meu shopping cart, mas como não são coisas caras, desisti de evitar o gasto a mais, pois no fundo só faz mesmo diferença se eu fosse comprar um computador, uma TV etc. A Amazon não ficou quieta não, colocou na justiça. Estou torcendo por ela.
Minhas recorrentes compras na internet:
Fraldas e lencinhos – Diapers.com
Compras de casa – Freshdirect.com
Comida da Luana – Petfooddirect.com
Besteiras, Livros, eletronicos e eletrodomésticos – Amazon.com
Produtos de informática- newegg.com

Docinhos mágicos

Meu vício desde minha temporada no Brasil são os docinhos da Monica. Viciei, comendo todo dia no trabalho, e simplesmente não consigo ter vontade de outra sobremesa, após o almoço, só penso neles. Os meus prediletos são o de leite ninho e esse de nozes. Agora, qualquer pessoa que venha para NY, está com a missão de traze-los, e na mão para não amassa-los. O bom é que como esses doces e o brigadeiro são muito doce para o paladar dos americanos, eu não preciso dividi-los com ninguém HA HA HA!
Quem quiser, é só entrar em contato, recomendo para todos os amantes de doces, e para festas então, são perfeitos. Ela faz em pequena quantidade para os que ficarem com água na boca e quiser experimentá-los.

Bom ou ruim?

Bom pra quem está longe e precisa da documentação, ruim pra quem tá longe e precisa de segurança.
Para pegar segunda via do registro de nascimento, não precisa que o requerente seja a própria pessoa, ou alguém com procuração, ou alguém da família. Sergio precisou da sua certidão de nascimento e a única informação necessária para o motoboy fazer o pedido era nome, data e hora de nascimento, hospital nome dos pais e cartório que foi registrado. Mais simples, impossível. Fico pensando se alguém sabe desses dados que não são difíceis de descobrir, resolve pegar uma certidão dessa, e ir lá tirar um RG no nome dele… estranho não?
Para fazer um pedido (via contador) das declarações de imposto de renda de uma década atrás, basta apenas um documento, assinatura reconhecida em cartório e pronto. O mais fácil ainda é contar com serviços online de cartórios, como o www.certidao.com.br, são vários documentos que podem ser pedidos online, e depois a maior dificuldade será selar o envelope e mandar pra cá.
Mas será que com essa facilidade, ainda estamos seguros da nossa privacidade?

Essas coisas…

Não entendo porque no Brasil, as pessoas precisam de todo jeito diferenciar empregados de patrão. Aliás, isso acontece quando a diferença entre eles é bem significante, pois em empresas normais, dificilmente você saberá quem é por exemplo o designer, o diretor de arte ou o dono da empresa apenas por olhar para eles. Mas, andando alí no calçadão do Rio de Janeiro, nas pracinhas dos bairros nobres de São Paulo, imediatamente conseguirá dizer quem é a babá e quem é a mãe. Não pelas semelhanças físicas com os bebês que estão carregando, mas simplesmente pela roupa que usam. Babá tem que usar uniforme. Me digam, pra quê? Pequeno…
Wikipedia:
Uniforme é um padrão de vestuário usado por membros de uma dada organização, durante participação em atividades organizadas por tal organizaçào. Alunos de escolas frequentemente utilizam uniformes. Perfomadores de atividades religiosas quase sempre utilizam padrões de vestuário. Uniformes modernos são usados por forças paramilitares tais como polícia, serviços de emergência, seguranças e por prisioneiros. Muitas vezes, trabalhadores de um dado estabelecimento industrial ou comercial utilizam uniformes. Os uniformes escolares criam uma padronização dos alunos, além de facilitar a identificação e o controle da entrada e saída de pessoas nas instituições acadêmicas.Outra vantagem dessa padronização é o barramento das taxações a partir das diferenças de classes sociais estampadas nas roupas evitando preconceito entre os próprios estudantes.
Post inspirado na noticia “Daniele Winitz escolhe uniforme de babá”