Teste de Atenção

Magnífico! Fiquei impressionada como a gente acha que está alerta a tudo, mas no fundo… Comercial perfeito da Leo Burnett Londres.

AMO comerciais inteligentes… e sinceramente não curto os comerciais daqui. Não gosto do humor americano, em todo esse tempo de Estados Unidos, são pouquíssimos os comerciais que eu me lembro que marcaram. Já do Brasil, inúmeros. Os das havaianas eu adoro, da Skol são ótimos, acho que o brasileiro tem uma criatividade sem igual. Talvez porque por razões óbvias eu me identifique mais com eles, mas pra mim são os melhores.

Racismo

Na minha opinião, racismo é algo que sempre vai existir. Aqui nos EUA a coisa é um pouco pior do que no Brasil, mais declarado ao menos, talvez no Brasil seja igual, mas é mais mascarado. Por mais que seja o correto pensarmos que todos são iguais, como é isso se na prática os direitos, as oportunidades, não são iguais pra todos?
Sempre fico na dúvida quando vou me referir à uma pessoa negra. Negro é uma palavra ofensiva? Eu odeio o tal do African-American. Porque temos que nos referir às pessoas pela sua raça, seria isso racismo? Não acredito, pois acho que apenas é uma forma de darmos mais detalhes usando o que as difere da maioria. Por exemplo, eu posso dizer aquele Japa, aquele Negro, aquele Branquelo. Apenas porque é o que os diferenciam (com mais evidência) da maioria das pessoas. Claro que depende como é dada a entonação, e também o sentido da frase, mas ainda assim, me assusto sempre que quero dizer negro, mas não sinto o mesmo quando digo japa, china, branquelo.
Como os negros vão se sentir iguais aos brancos se na realidade a maioria da população de menor renda aqui são eles? Triste é a renda ditar isso, mas na realidade é assim mesmo que acontece, dinheiro, dinheiro dinheiro. A maior diferença que vejo entre a raça negra do Brasil e dos EUA é o comportamento social. Talvez por toda discriminação, humilhação e a luta pela igualdade, tendo que se impor na marra, justifique o comportamento deles hoje. O que sinto é que eles demonstram e agem de uma forma como se não temessem nada e ninguém, que podem fazer o que querem, da maneira que querem, e também falar o que querem. Aliás, os negros aqui, são super racistas e não fazem questão de esconder. Já fui chamada de “branca”em tom pejorativo várias vezes, e essa semana aconteceu com o Sergio algo similar. Ao subir pela escada do prédio com as mãos totalmente ocupadas, ele fez uma acrobacia pra conseguir abrir a porta, e não conseguiu segurá-la, e nem tinha visto que atrás vinha alguém. Assim que ele soltou, ouviu atrás dele: “Quando tem alguem atras de você, costuma-se segurar a porta”. Ele contou até dez, e respondeu: “Minhas mãos estão completamente ocupadas” e o rapaz respondeu: “Se você a desocupou para abrir a porta, deveria ter segurado”. Quando o Sergio subiu e saiu no andar, e a porta da escada estava se fechando, ele ouviu “Seu branco cuzão”.
Agora imaginem se fosse o contrário? Se ele tivesse dito “seu negro cuzão”. Acho que estaria na cadeia até hoje, mas se ele fosse na delegacia reportar racismo contra ele, o policial iria rir com certeza. Aqui percebo que os negros intimidam mesmo, seja pela maneira que eles falam, discutem, andam, olham. Eles agem como se mandassem no pedaço, e quem estiver incomodado que se afaste, e se reclamar vai ouvir o que quer e o que não quer.
Aqui é tudo bem segregado, branco de um lado, negros de outro. Não tem pardo, mulato, café com leite, ou é branco ou é negro. Cabeleireiro de negros são apenas pra eles, específicos. Eu trabalhei com uma amiga negra e adorávamos falar sobre isso, das diferenças entre racismo daqui e do Brasil, entre os comportamentos, e eu até aprendi um monte de gírias, de negros 🙂
Sou contra cotas separadas para negros nas universidades, sou a favor das cotas para as pessoas que necessitam financeiramente de apoio para estudar, independentemente da cor, ou da raça. Pelo que vejo, sempre existirá essa diferença, até o dia que todos tiverem acesso a educação igualmente.

Aprendendo a ser criança

Quando temos filhos, muita gente diz que estamos reaprendendo a ser criança, mas no meu caso, estou aprendendo mesmo, do zero. As musiquinhas que eu sei, que eram da minha época ficam a ver navios. Nada de Dona Baratinha, Atirei o Pau no Gato, Ciranda-Cirandinha, O Cravo Brigou com a Rosa e etc. A Luna chega em casa fazendo umas coisas engraçadas, e aí descubro que são musiquinhas da escola porque os bichinhos dela que cantam, devem tocar as mesmas musicas da sala de aula.
Por não ter nascido e sido criada aqui essas coisas todas são tão novidade pra ela quanto pra mim. A primeira musiquinha foi a “If you are happy and you know it” ela chegou em casa batendo palmas, depois os pezinhos, uma graça. A próxima foi a da aranha, e o mais cômico foi na semana passada, depois que ela dormiu, eu e o Sergio treinando os movimentos da Itsy Bitsy Spider na frente da televisão (que claro só fica agora no canal infantil). Quem visse de fora ia morrer de rir, os pais babões parecendo duas crianças descordenadas. A mais recente é a “Head, shoulders knees and toes” ela só consegue fazer a parte dos toes, pegando nos dedinhos dos pés. Aí eu fico na internet correndo atrás das informações pra poder falar com ela a mesma língua!
Vou ficando viciada nas musiquinhas, e vou cantando no metrô sozinha, jajá coloco no meu ipod. O canal Noggin é o preferido dela, e realmente é maravilhoso. Os desenhos, as atividades, as musicas e os personagens são de uma criatividade e qualidade nota dez. Super educativo e com quase nada de propagandas de produtos infantis. Esse a gente aprende juntas na hora do café da manhã e a noite. São vários personagens com varias musiquinhas e esse é o que eu estou super vidrada, cantando o dia inteiro.(apenas o primeiro vídeo). Sabe quando você fica viciada em uma música e ouve toda hora? Sou eu com esse vídeo. Tem esse também muito engraçadinho (também o primeiro vídeo). Quando esse personagem aparece, Luna paralisa tudo o que estiver fazendo para ficar olhando. Na semana passada era essa que eu não tirava na cabeça. Fica aí a dica pra quem está vindo morar aqui no EUA e tem filhos pequenos, pra mim é o melhor canal infantil que tem na televisão americana.

Cozinhando nos EUA

Eu não curto cozinhar, só o faço por causa da Luna, não concebi ainda essa idéia de mandar sanduichinhos, wraps, pedacinhos de queijos e pão ou comidas de potinhos para o almoço dela no daycare. Enquanto não achar uma brasileira aqui que queira ganhar dinheiro vendendo comida congelada, continuo eu fazendo a comidinha da minha filhota. Tento reservar a quinta feira a noite pra fazer uns 4 pratos diferentes que vão suprir as necessidades de 1 semana e pouco. É uma canseira, pois chegar cansada do trabalho, dar banho, janta e coloca-la pra dormir, já gasta 50% da energia restante do dia. Sobra pouco pra cozinhar, lavar a louça depois e congelar e etiquetar tudo. Será mesmo que nenhuma brasileira aqui faz isso? MEU DEUSSSS, eu seria a primeira cliente, a idéia está lançada.
Sempre vou nos sites brasileiros procurar as receitas, os que mais gosto são:
1- Tudo Gostoso
2- Cybercook
3- Mais Você
4- Terra Culinária
5- Panelinha
Dicas: são sempre bem vindas para facilitar meu trabalho, a última da minha irmã foi:
– colocar o alho no microondas por 5 segundos que solta toda a casca. Aprovada, solta mesmo.
É dificil achar alguns ingredientes aqui, estou querendo fazer um suflê de queijo, mas cade que acho o creme de leite? Acho fácil nos mercadinhos brasileiros, mas são longe de casa e do trabalho. Perto de onde moro, e nos mercados latinos, já encontrei o table cream, mas ultimamente até neles está difícil de encontrar. Abaixo listei alguns ingredientes/produtos que já precisei e foram difíceis de descobrir.
Quem tiver dicas pra deixar essa tarefa chata ao menos mais rápida ou ingredientes a acrescentar na minha listinha, please me mandem! Hj é dia de pensar no próximo cardápio… já estou a caça do meu Menu Planner Software. Ô essa vida de mãe sem empregada… Será que vão inventar a Zefinha que cozinhe um dia?
Bolacha champagne – lady fingers
Bolacha maizena –
Creme de leite – table cream (dificil de achar nos mercados de NY)
Maizena – Cornstarch
Mandioquinha – o mais proximo a ela é o parsnips
Higiapele – Aqui não tem esse produto
Picanha – Não é o mesmo corte, nem o mesmo sabor, mas aqui chamam de sirloin. O melhor lugar que já comprei carne aqui foi o Omahasteak, online claro.
Pitanga- Surinam Cheery
Palmito – Hearts of Palms
Caqui – Persimmon
Fermento Fresco (aqueles cubinhos) pra pão- Fresh Yeast, que aqui é muito difícil de encontrar, só achei no Garden of Eden.

RSS Rules!

Eu nunca tinha dado muita bola pro tal do RSS, pois sempre achei que já visitava sites demais, lia demais, navegava demais, e não queria algo jogando na minha cara toda hora que eu devo ir lá ler mais isso e mais aquilo. Quando o Marcos sugeriu que eu colocasse no meu, relutei pelo trabalho, mas acatei a sugestão. Não só isso, como assinei mais alguns blogs, e hoje estou curtindo de montão. Mas me limitei a um numero X deles, pra manter a minha sanidade e produtividade. Tá aí do ladinho esquerdo, divirtam-se.
<< No Mundo da Luna: Não existe amor maior >>

Minha ajudante, Zefinha

Morar nos EUA significa que provavelmente você não terá uma empregada. Uma diarista sim, mas que cobra uns 80-100 dolares por dia pra limpar sua casa. Acho caro, não porque queria pagar menos, como no Brasil, pois sei que o trabalho de limpeza é pesado e deve ser melhor remunerado. Me dói pelo fato de ser um valor alto, pra elas fazerem tudo meio de qualquer jeito. A última que eu tive ficava no meu apto no máxiomo 4 horas. Quem limpa uma casa de 130m2 em 4 horas? Imaginem o que eu via quando chegava em casa. Limpar vidro? que é isso… nem pensar. Aqui é Pá, Pum, Tutu, Bye. Enquanto não encontro a pessoa que eu ache que mereça receber 80 dólares por dia, faço eu e a Zefinha.
Ela chegou hoje e estou ansiosa para que ela comece a trabalhar! Se é uma boa funcionária, não sei, mas as referências foram boas.
<< No Mundo da Luna: SHOPPING >>

E o Soho também continua lindo…

Fazia tempo que eu não passeava pelo Soho, apesar de trabalhar lá. Novas lojas, restaurantes e vitrines irresistíveis.
Vamos dar uma voltinha comigo?
Foto esquerda: Essa loja que não me lembro o nome, é bem pequenininha, mas tem umas roupas MUITO legais, e eu só fui descobrir agora. Olhei esse vestido na vitrine e me apaixonei (o da direita) entrei, e perguntei o preço: U$ 700,00 e já era o último, estava quase se esgotando… Ok, é lindo, mas bem salgadinho… passei. Fiquei de olho em um outro muito lindinho também, mas fiquei de voltar depois, estou me segurando.
Foto direita: O que é esse lustre M-A-G-A-V-I-L-H-O-S-O? Só nas galerias do Soho

A famosa Yellow Rat Bastard que vende diversas marcas de moda jovem, como Diesel, Seven, etc, deve ter perdido o leasing depois de perder U$1.8 milhões em causas trabalhistas e mudou pro outro lado da rua.
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Continuei o passeio e fui até a CB2. Irmã mais “jovem” da Crate and Barrel, tem móveis e acessórios para decoração mais modernos, e com preços bem acessíveis.
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Eu gostava do restaurante que tinha nessa esquina, um cubano onde eu comia arroz, feijão e bife. Agora virou um café, mais um…

à esquerda: Um restaurante bem cool, adorei o estilo.
à direita: Loja que esta em reforma, dando esse “pequenino” aviso aos clientes e vizinhos. Pegava a vitrine inteira.

<< No Mundo da Luna: Ô FOLGA

Ciclo

Olhando nos meus arquivos, vi esse post do dia 8 de fevereiro de 2007. Engraçado ele ser perfeito para um post exatamente um ano depois. Será um ciclo de acontecimentos, e fevereiro é um mês meio pesadinho?
Posted on 02.08.07:
Às vezes, NY parece ser perto demais.

Super Mãe

Estava conversando com a minha irmã, e ela comentou assim: O que será que um marido quer dizer quando afirma que sua mulher é uma super mãe? O que é ser super mãe? Já me deparei com essa mesma dúvida, quando um amigo que acabara de ter sua filha, também dizia que a mulher dele era uma mãezona, super mãe. Ficava imaginando se eu seria a super mãe, e se meu marido diria isso. Cuidar, amamentar, acordar de madrugada, ficar cansada e acabada, dedicar sua vida ao filho, abdicar de muita coisa, pra mim tudo isso é ser mãe. Mae pela definição e essência faz tudo isso, sente tudo isso e é tudo isso e não é especial, ela apenas é mãe. Exista talvez as pouco mães. Eu diria que são aquelas que fazem tudo que vai contra o instinto maternal, a falta de proteção, carinho e amor.
Ser super mãe, é conseguir enxergar que a felicidade dos filhos não pode ser afetadas pelos seus interesses pessoais. É estar feliz, em ver seu filho feliz, seja ele como você esperava ou não, esteja ele com quem ele quiser e não com quem você gostaria que ele estivesse, que vibre por ele estar satisfeito com a profissão que ele escolheu, mesmo que essa seja a oposta que você sonhou pra ele, que aponte ao filho as qualidades do pai que a deixou, mesmo que por dentro, ela só consiga se lembrar dos defeitos. Conseguir lhe mostrar que não é apenas por ser seu filho, que ela sempre o defenderá acima de tudo e de todos, mas sim lhe mostrará quando ele estiver errado, lhe ensinará a pedir desculpas, e mostrará que ela tem discernimento para dar razão a quem realmente a tem.
Me lembro que meu pai, nos dava razão e nos defendia independente se estávamos certas ou não. É minha filha e ela tem razão, e vou defendê-la. Já minha mãe sempre foi a favor de quem estava certo, independente de quem fosse. Me lembro que em todas minhas brigas da época de namoro, ela me consolava, mas sempre mostrava onde eu estava errada, e que não tinha como me apoiar em algo que ela não achava correto. Talvez por isso hoje eu consiga facilmente ver qualidades nas pessoas as quais mais vejo defeitos. Pra mim, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.O justo é o justo, independe que eu goste ou não.

Adolescentes…

Eu já fui, e claro, tive minhas crises, desobediências, rebeldias, mas nunca fui cruel. Não suporto esses, que além de todas essas chatisses ainda são mal educados, ruins. Hoje presenciei uma cena no metrô de dar nojo, de dar vontade de dar muito tapa e esquecer do certo, do direito, das leis.
Imaginem a cena: um senhor de aproximadamente 50 anos sentado no banco que fica ao lado da porta… melhor vou tentar mostrar com as imagens como estavam dispostos, o senhor e a gangue de monstros assim é mais fácil visualizar o fato.

Os “monstros” entraram na mesma estação que eu e óbvio não me deram preferência para entrar, mesmo estando com um carrinho de bebê. Estavam na maior algazarra, 2 meninas e 4 meninos em torno de 16 anos. Falando alto, rindo alto, berrando, sem respeito algum por ninguém. No meio da bagunça, algo caiu no banco no senhor sentado, que olhou pra eles com cara de poucos amigos (aliás todos em volta estavam os olhando assim) e disse algo que traduzido ao português seria um “menos pessoal, menos, tomem cuidado”. O mais alto riu, e simulou até um pedido de desculpas. Ele segurava um copo de refrigerante aberto, e já tinha derramado um pouco do chão, e o senhor deslizou no banco para a direita para evitar de ser atingido caso eles derramassem. Uma estação antes da minha, eles estavam prontos pra sair, virados pra porta e quando a porta abriu, rapidamente o maloqueiro jogou o copo cheio de refrigerante em cima do homem. Foi tudo muito rápido, e até na Luna respingou coca cola. O cara saiu correndo na hora atrás dos moleques, e eu com muito ódio, se não fosse a baby, tenho certeza que teria saído junto.
Isso me fez lembrar a história dos adolescentes que pixaram a porta do carro do Sergio há uns 12 anos atrás, segundos antes de sairmos, o que deu tempo de ve-los correndo. Fomos atrás, pegamos o gordinho que ficou por último e num acesso de raiva, dei muito tapa nele, que a lata de spray até caiu no chão. Depois o pichamos da cabeça aos pés, e o tenis Nike dele, virou um monte de tinta. É incontrolável, eu não suporto gente mal educada e cruel.
Adolescentes até dá pra aguentar, mas quando se transformam em marginais fazendo mal às pessoas dessa forma, eu não tolero. Imagino como devem ser os pais e mães dessas criaturas. Pra quem mora aqui em NY e pega metrô todo dia, sabe bem de que tipo de gente estou falando, eles estão em todos os lugares, impossível não percebê-los e temê-los.