12 fatos que marcaram meu 2011

Blogagem coletiva do Mães Internacionais, sobre os 12 fatos que marcaram esse ano. Meu 2011 foi um ano de transição de uma má fase, para uma de recuperação, e apesar de estar andando meio devagar vou tentar achar 12 coisas que marcaram esse ano, vamos lá:

1- Um bebê recem nascido em casa
Apesar de Lorenzo ter nascido em Dezembro de 2010, foi em 2011 que passei a maior parte do tempo me acostumando com essa vida nova de mãe de dois. Preciso dizer, o segundo filho é bem mais simples!

2- Sem Brasil
Sem viagem para o Brasil esse ano, a saudade já está no limite máximo!

3- Gravidez da minha irmã
Foi uma surpresa quando ela resolveu finalmente,engravidar. Eram muitas dúvidas e a cada mês mudava de idéia, e então ganhei uma sobrinha, a Rafaela.

4- Terremoto
Em agosto, pela primeira vez sentimos a terra balançar,  foi uma sensação muito bizarra e assustadora. Achei que estava me sentindo mal, mas logo percebi que era o chão que tremia, sustão.

5- Hurricane
Furacão Irene, foi muito barulho por nada. Quase pegamos áreas de evacuação,  Irene apenas latiu muito, mas não mordeu.

6- Luna no Kindengarten
Minha menininha dando os primeiros passos na sua vida acadêmica. Agora é escola (pública) de verdade, e férias somente em julho. Orgulho da mamãe.

7- Festinha de 5 anos, em casa
Luna teve sua festinha de 5 anos com o tema da chapeuzinho vermelho, toda feita por mim. Ah deu um trabalho… mas foi um sonho realizado, e ver a alegria dela, paga tudo!

8- Visita da mommy, irmã e cunhado
Em junho, para o enxoval de bebê, a casa ficou cheia, e divertida.  Ela nunca tinha vindo para ficar tanto tempo.

9- E a scooter é nossa!
Temos uma scooter Aprilia desde 2001, que quando compramos não tinhamos carteira de Habilitação daqui e então não poderia sair no nosso nome. Uma amiga colocou no nome dela, e só agora em 2011 é que finalmente conseguimos passar pro nosso, e parar de pentelhar a pobre. E pior, não precisava ter carteira daqui, vou nem tentar entender.

10- Amizades
Esse ano conheci bastante brasileiras aqui em NY, entrei em grupos no facebook e ficou bem mais fácil. Socialização não é meu forte, mas esse ano ganhei amizades importantes mesmo.

11- Festa de 1 ano do Lorenzo
Com o tema de Dinossauro, e 12 fotos representando os 12 meses de sua vida. Amigos, brigadeiros, bolo de nozes, pão de queijo e um anjinho muito lindo e feliz!

12- Mico de ano novo
E o último dia do ano, o mico de ano novo como sempre, quando passamos em NY. Festinha de americano que começa as 5 e acaba as 8. Final da noite marido se fantasiando de mulher para divertir as crianças e  jantando PIZZA ao invés de uma ceia deliciosa. Fechando com chave de ouro.

2012, estava ansiosa para você chegar!

 

Blogagem Coletiva – Pediatria nos EUA


Médico nos Estados Unidos é definitivamente diferente do que estamos acostumados no Brasil, inclusive os pediatras. Quando estamos grávidas, já somos aconselhadas a escolher um, que irá (na teoria) estar no hospital quando o bebê nascer e avaliar seu estado de saúde, inclusive assinar sua alta. Nas duas vezes que tive essa experiência aqui, nunca me perguntaram quem era o médico escolhido e muito menos ele esteve no hospital.
Alguns deles tem a política de não dar essa assistência hospitalar, e avisam que não visitam os recém nascidos no hospital. Os que praticam, promovem o chamado “open house” onde marcam um dia para os futuros papais irem conhecer a clínica e o médico. Fiz isso no nascimento da Luna, mas nem me preocupei quando foi a vez do Lorenzo, quem fez tudo foi o pediatra do hospital e depois fomos ao mesmo que atende a Luna hoje, em frente a minha casa.
Uma grande diferença é quando você tem filho homem e opta por fazer a circuncisão, que diferentemente do Brasil, ela será realizada na própria maternidade pelo seu ginecologista e não pelo pediatra. A primeira visita ao consultório acontece normalmente no segundo ou terceiro dia de vida, isso significa sair com seu minúsculo bebê na rua, pegar um metrô ou um taxi. A vacina contra hepatite é oferecida no hospital, mas os pais podem optar por dar no consultório do pediatra. A BCG que normalmente é a vacina que no Brasil é administrada ainda na maternidade, aqui nem é lembrada. De todos os pediatras que perguntei, nenhum dá e nenhum gosta. Mesmo quando com 1 mês tive que viajar com a Luna para o Brasil, minha pediatra me recomendou não aplicar, pois como eles realmente não confiam na vacina, disse que seria desnecessário pois sua eficácia é totalmente discutível.
Sempre tive a imagem de que ter filho era sinônimo de sair na madrugada pra levar ao hospital, já que meus amigos eram bons frequentadores dos pronto socorros de São Paulo. Me surpreendi quando percebi que aqui, praticamente se vai ao hospital apenas em uma super emergência. Em 4 anos, ainda bem, nunca fui a nenhum, todas as febres da Luna fora de hora, acionei o pediatra via um sistema de mensagem, que você deixa recado e ele lhe retorna. A primeira médica demorava um pouco, mas sempre ligava no mesmo dia para dizer quase sempre a mesma coisa, está com febre, dê o remédio, se não passar em três dias, ou se o remédio não fizer efeito, me ligue imediatamente que precisarei vê-la. Sempre foi pelo telefone que o médico me acalmava, me orientava e no dia seguinte se necessário eu levaria ao consultório.
As consultas são feitas nos primeiros dias, depois em 3 semanas, 2 meses, 4 meses, 6 meses, 9 meses e 1 ano. Quando precisei ir ao Brasil, tive um certo trabalho em resolver como fazer a vacinação, já que algumas coisas são diferentes, como por exemplo a vacina pneumococos, que aqui não é opcional, mas no Brasil em 2006 era. Como não estava incluída nas vacinas dadas no posto de saúde e nem o convênio cobria, fizemos particular no laboratório.
Aqui na terra do Tio Sam sentimos falta daquela consulta mais demorada, um atendimento mais cuidadoso e mais personalizado, me lembro que a primeira consulta da Luna na terrinha demorou 1 hora, com um médico super simpático que tirou todas as minhas dúvidas com a maior paciência. Em contra partida, aqui as coisas acontecem bem mais rápido, como por exemplo, os resultados dos exames vão direto para o médico, não são entregues para os pacientes, como no Brasil, que com eles em mão marcam o retorno ao médico, algo que pode levar até 1 mês ter o conhecimento do diagnóstico. Essa agilidade na minha opinião, é de grande importância, em 3 dias (média) o problema já foi diagnosticado, o paciente avisado e qualquer providência pode ser tomada imediatamente. Como sempre na vida de quem mora fora, perdemos de um lado e ganhamos de outro, basta se acostumar e aproveitar o que funciona bem em cada lugar.