O Mistério da Bandeira Branca

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Cadê a bandeira americana que estava aqui?

E ontem a cidade mais visada do mundo acordou com esse mistério, quem trocou as bandeiras dos Estados Unidos, em cima da ponte do Brooklyn por bandeiras brancas? Como alguém chegou até lá, um local onde supostamente apenas pessoas autorizadas podiam ter acesso? Mais um episódio para colocar em cheque a segurança da cidade que é considerada alvo número 1 dos terroristas. Passamos por várias máquinas de  Raio X nos aeroportos, repartições públicas, pontos turísticos e de repente alguém consegue furar esse “bloqueio” nos lugares onde imaginaríamos serem praticamente impossíveis de algum estranho conseguir acessar. Agora a NYPD, desafiada, não vai sossegar enquanto não achar os engraçadinhos que conseguiram escalar uma das pontes mais famosas do mundo, e brincar com o maior simbolo do patriotismo americano, e ainda por cima expor o quão frágil é a segurança do país, quando o mundo inteiro pensa ser justamente o contrário.

O primeiro ato bizarro foi há alguns meses atrás quando um adolescente de New Jersey conseguiu furar a segurança da nova torre construída, a Freedom Tower, no lugar das torres gêmeas, destruídas nos atentados de 2001. O menino de apenas 16 anos passou por um guarda que dormia em serviço e subiu até o topo do edifício ainda em construção. Segurança dorminhoco, adolescente audacioso, e a pergunta que todos fazem, e se fossem terroristas?

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Justin Casquejo , o menino que furou a segurança do local onde aconteceu o maior atentado da história dos Estados Unidos, em setembro de 2001.

Manhattan com carrinho de bebê

Essa semana recebi uma pergunta que me inspirou um post no blog, “Como é passear por Manhattan com um carrinho de bebê?”. Vou tentar responder com a minha experiência de 2 filhos e de quem já morou no Brooklyn pegando metrô todos os dias.

CIMG3919Metrô: A cidade é pensada para quem anda a pé, calçadas largas, bem cuidadas e rebaixadas. Já não podemos dizer o mesmo do metrô. Poucas estações possuem elevadores, na sua maioria sujos e fedidos, isso quando não estão quebrados, mas o site da MTA até que faz um bom trabalho atualizando o status dos elevadores e escadas rolantes. Antes de sair de casa, vale a pena uma consultada na página para saber se o serviço estará disponível. Quando morávamos no Brooklyn tinhamos que vir trabalhar na cidade e trazer a Luna todos os dias no carrinho, então resolvemos comprar o modelo que fosse um dos mais leves. Como na maioria das vezes não tinha como fugir das escadas, precisava de algo que eu pudesse carregar sozinha e com a criança dentro, portanto o carrinho leve era essencial. Dentro do metrô, apesar das recomendações de fechar o carrinho e colocar o bebê no colo, isso raramente acontece, todos descem com os carrinhos abertos, entram e saem com eles do mesmo jeito. Se você for mulher e estiver sozinha, provavelmente alguém irá oferecer ajuda para subir ou descer, basta aguardar um pouquinho no início da escada que logo a ajuda aparece.

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Para passar pela catraca, a melhor maneira  se estiver acompanhada, é que a pessoa passe antes, abra a porta especial, pegue o carrinho e então depois você passa normalmente. Se estiver sozinha, passe o cartão na catraca especial, que normalmente fica ao lado da porta, peça para o funcionário abrira porta  e então passe junto com o carrinho.

No ônibus:
Diferentemente do metrô, no ônibus é obrigatório que se feche o carrinho antes de subir. Quando o motorista é bonzinho, ele deixa que você suba primeiro com ele aberto e feche lá dentro, portanto a dica é, quando estiver esperando o ônibus já tire as tranqueiras que podem impedir o fechamento rápido dele, fique pronta para tirar o bebê, fechar e subir.

No táxi
Apesar de já ter ouvido de muitas mães que os taxistas evitam pegar pessoas com carrinho de bebê, nunca passei por essa situação. Eles param, você tira o bebê, fecha o carrinho, coloca no porta mala e pronto.

Em resumo, o mais importante ao considerar andar por Manhattan com carrinho é que ele seja leve para que você consiga subir e descer escadas com ele no colo, ou então planejar a rota de acordo com as estações que ofereçam elevador e escadas rolantes.

Atendendo a pedidos e outros.

Pois bem, muito dos meus leitores que sempre entravam no meu blog e ainda entram para saber se estou viva, não acompanham meu Facebook, portanto não são metralhados com as inúmeras fotos que eu posto do Lorenzo, e por isso não o “conhecem” direito. Aqui está meu anjinho, que de anjo só tem a cara! Esse é o culpado pelo meu sumiço do blog!
Ele está na fase mais gostosa que eu acho de uma criança. Fala muita coisa errada, entre elas Rabiga, Gabunça (Barriga, Bagunça) e na língua do índio, “me vai, me quer, me tá vabro” (bravo). Interessante a troca das sílabas, Luna não fazia isso, estou achando uma graça. Está crescendo bilíngue como a irmã, sem sotaque e pra variar brincando com ela e sozinho em inglês. Não adianta, brasileiros aqui só eu e o Sergio mesmo… esses dias Luna ficou super sentida quando comentei sobre Americano chamar futebol de “soccer” e futebol Americano (que é com a mão) de football. Falei (brincanco e já querendo saber a reação dela) que americano não batia bem da bola, já que FOOT=pé BALL=bola e aí jogam com a mão, que eles não faziam sentido. Abriu um berreiro e me disse que eu a estava magoando. Nessa idade já assim, tão patriota. Quando perguntei para quem ela torceria num jogo do Brasil x USA, ela titubeou, ficou sem graça, pois a vontade dela era diferente do que ela acha que deveria falar. Ao perceber o quanto ela ficou constrangida em me magoar, eu disse a ela que ela deveria torcer por quem o coração dela sentir vontade. Cidadania no papel não significa nada, tirarei a minha esse ano, mas nem em pensamento me sentirei Americana (ok, a não ser na fila da imigração do aeroporto).

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Meu Bebê Cresceu

IMG_20140123_175603 (3)Depois que meu pequenino nasceu, praticamente abandonei meu blog. Achei que ter mais um filho seria apenas trabalho dobrado, mas parece que a matemática nesse caso, não tem a mesma lógica. Um+um = nove. Lorenzo é um doce de menino, mas com personalidade bastante forte/ birrenta/ teimosa . Uma conversa pra fazer efeito demora com ele, três vezes mais tempo do que com a Luna, isso quando funciona. Não tem como não compararmos os filhos, tem como nos controlarmos em não expor a eles essa comparação, mesmo porque acho super interessante ver como duas crianças que vem dos mesmos pais, criadas igualmente no mesmo ambiente, podem ser tão diferentes. Se tiver um conselho apenas que eu possa dar as novas mães é: Filme muito, tudo, todos os momentos do seu filho, pois ele cresce muito rápido e você com certeza vai esquecer de como ele era há 6 meses atrás. Me delicio hoje vendo os vídeos da Luna quando tinha a idade dele e fico pensando como não me lembrava mais de todos aqueles detalhes da minha bebezinha que hoje já está com 7 anos. Lorenzo até ontem era meu bebê, hoje acordei e ele já fala, anda, e acaba de sair da fralda noturna (a diurna já fazia um tempinho). Esse caminho para a independência me assusta, o desenvolver deles significa cada vez mais precisar menos dos pais para saber das coisas, para entender como elas funcionam, porque o vento faz barulho. Daqui a pouco seremos dispensados de ler suas histórias, acompanhá-los em suas brincadeiras, levar à escola, dividir o travesseiro. No banheiro também seremos desnecessários, lá eu só entro para cuidar do Lorenzo, já que Luna não precisa de mim para mais nada. Ele daqui a pouco vai parar de me pedir para escrever seu nome, pois já está quase conseguindo e para nós só resta vermos essas coisinhas que criamos para o mundo sendo absorvidos por ele e pouco a pouco se tornando completamente independentes. Até o dia que a história inverte e quem vai pedir ajuda para escrever o nome somos nós, ensinar como mexer nos novos aparelhos eletrônicos, para nos ler um livro, talvez dirigir um carro que na época deles com certeza será tudo muito diferente… e assim é o ciclo da vida. A eterna briga de sentimentos conflituosos, que querem que eles cresçam, florescam, mas ao mesmo tempo que sejam nossas eternas crianças.

Lost in translation – a hora da carne

Chega de ficar perdido no mercado na hora de comprar carne por aqui. Depois de quase 15 anos de USA, ainda fico na dúvida.

  • BABY BEEF = coração de alcatra
  • BABY PORK = pururuca
  • BEEF RIBS = costela Cf. SHORT RIBS
  • CHICKEN BREAST = peito de frango
  • CHICKEN DRUMSTICKS = coxa de frango
  • CHICKEN HEARTS = coração de frango
  • CHICKEN LIVER = fígado de frango
  • CHICKEN SAUSAGE = linguiça de frango
  • CHICKEN THIGH = sobrecoxa de frango
  • FILET MIGNON = filé mignon Cf. TENDERLOIN
  • FLANK STEAK = fraldinha
  • GRILLED = grelhado
  • GROUND BEEF = carne moída
  • HUMP STEAK = cupim
  • KEFTA = kafta
  • LAMB CHOP = fran rack Cf. LAMB RIB CHOP
  • LAMB LEG = paleta
  • LAMB LOIN CHOP = carré de carneiro
  • LAMB LOIN ROAST = lombo de carneiro (espinhaço)
  • LAMB RIB CHOP = fran rack Cf. LAMB CHOP
  • LAMB RIBS = costela de carneiro
  • LAMB SHORT LEG = pernil de carneiro
  • LAMB SPARERIBS = costelinha de carneiro
  • LAMB TENDERLOIN = lombinho de carneiro
  • MEDIUM = ao ponto Cf. MEDIUM-RARE; MEDIUM-WELL; RARE e WELL-DONE.
  • MEDIUM-RARE = ao ponto para mal Cf. MEDIUM; MEDIUM-WELL; RARE e WELL-DONE.
  • MEDIUM-WELL = ao ponto para bem Cf. MEDIUM; MEDIUM-RARE; RARE e WELL-DONE.
  • NOBLE TOP SIRLOIN CAP = picanha nobre Cf. TOP SIRLOIN CAP
  • OSTRICH = avestruz
  • PRIME RIB = chuleta Cf. RIB STEAK e T-BONE STEAK
  • PORK (CENTER) LOIN = lombo de porco
  • PORK HAM = pernil de porco
  • PORK RIBS = costela de porco
  • PORK SIRLOIN = picanha de porco
  • PORK TENDERLOIN = lombinho de porco
  • RIB STEAK = chuleta Cf. PRIME RIB e Cf. T-BONE STEAK
  • RUMP STEAK = alcatra
  • RUMPSTEAK = picanha Cf. TOP SIRLOIN CAP
  • SHORT RIBS = costela de ripa Cf. BEEF RIBS
  • SIRLOIN STEAK = contra-filé
  • SIRLOIN TRI TIP ROAST = maminha de alcatra
  • T-BONE STEAK = chuleta Cf. PRIME RIB e RIB STEAK
  • TENDERLOIN = filé mignon Cf. FILET MIGNON
  • TOP SIRLOIN = alcatra Cf. RUMP STEAK
  • TOP SIRLOIN CAP = picanha; picanha gauchinha Cf. RUMPSTEAK e NOBLE TOP SIRLOIN CAP
  • WILD BOAR = javali Cf. WILD PIG
  • WILD PIG = javali Cf. WILD BOAR

 

Filipe Guerreiro Wolff

Há alguns meses eu e muitos brasileiros que moram em NY, Boston e provavelmente várias regiões dos Estados Unidos, estamos acompanhando a história desse pequeno grande menino chamado Filipe Wolff.  Ontem, depois de 2 anos em tratamento nos EUA, se preparando para fazer um transplante de fígado para salvar sua vida, a cirurgia finalmente aconteceu. Durante esses dois anos, a família vem contando com a ajuda e apoio não apenas de seus amigos e familiares, mas com grande parte da comunidade brasileira daqui. Foi muita expectativa, ajuda, campanha para arrecadar fundos, sofrimento e ansiedade em cada internação dele que acompanhamos pelo facebook ou pelo site. O grande dia finalmente chegou, o transplante foi feito, o doador que é seu pai, e o Filipe passaram por quase 13 horas de cirurgia, e hoje começam o primeiro dia de recuperação, com muita batalha ainda a ser vencida nos dias que virão.

Resumindo a sua história, Filipe nasceu em 2008 e com apenas 18 meses foi diagnosticado com uma doença rara, “Histiocitose de células de Langherhans” uma doença que afeta o sistema de vários órgão do corpo, e que já havia se instalado no fígado e nos pulmões. Esse problema no fígado acabou causando outra doença rara, a “Colangite Esclerosante”, e a presença dessas duas juntas podem causar o colapso total do fígado. Para curar a segunda, somente fazendo um transplante.  Fizeram quimioterapia, e seguiram todas as opções de tratamento indicada para seu caso pelos médicos no Brasil, mas que não tiverem muito efeito, e em 2011 Filipe continuava apresentando problemas e uma séria crise hepática. Foi quando eus pais souberam que aqui nos EUA havia uma medicação que obteve sucesso em casos semelhantes ao do menino, mas essa medicação é proibida no Brasil pela ANVISA. Começaram uma campanha no Brasil para arrecadar fundos e conseguiram trazer o filho para a primeira consulta e o inicio do tratamento com o médico americano. Com a confirmação da necessidade de fazer o transplante, os pais sem condições de bancar o procedimento, começaram uma grande campanha na comunidade brasileira pedindo ajuda para conseguri realizar a cirurgia e se sustentarem no país até que o menino fosse curado. Com um custo estimado em 800 mil dólares, várias campanhas de arrecadação aconteceram, muita gente ajudou e a família conseguiu arrecadar uma boa quantia em dinheiro, que na verdade era controlada e estava em posse da MAPS e na conta do Citizens Bank. Com um novo diagnóstico de que o câncer (a doença primaria) tinha voltado e o transplante do fígado não poderia ser feito logo, junto com a aprovação de um seguro saúde particular para o Filipe, a família resolveu encerrar as doações. O dinheiro arrecadado e sempre muito transparentemente mostrado por eles no site, não poderia  ser usado por outra razão a não ser para a manutenção do seguro de saúde e gastos referentes ao tratamento.

Depois de muitas internações, tratamentos, novos diagnósticos de comprometimento na medula e a necessidade de um novo transplante para curar esse novo problema que apareceu em seu sangue, Filipe finalmente conseguiu fazer o tão esperado transplante de fígado.

Hoje o que ele precisa é de muito pensamento positivo, muita torcida, pois o que essa criança passou, o que a família vem superando, o mínimo que eles merecem é que essa vida seja salva! Desde ontem quando ele começou a cirurgia, eu e outras milhares de pessoas ue acompanham diariamente cada update que a família coloca na pagina do facebook, estamos ansiosos, confiantes, torcendo muito, mas muito mesmo para que o conforto venha logo para todos eles. Quem quiser acompanhar e de alguma forma ajudar, acessem a página.

Força Filipe!

Pedalando por NY

Desde que mudei para Manhattan, uso cada vez menos o metrô (e sinto falta) e mais os pés e minha bicicleta. Sempre fui bem preguiçosa para pedalar, mas com o trabalho há 10 minutos de casa indo de bike, contra 35 minutos de metrô, e economia de 120 dolares por mês, não tive muito o que pensar. Graças ao furacão Sandy, minha bicicleta estragou, e precisei comprar outra, descobri então que parte da minha preguiça era culpa dela. Mais pesada, e outras coisas que não eram a melhor opção para quem não quer fazer muito esforço, não facilitava meu gosto pela atividade. Agora é todo dia, só não na chuva, pois não tenho capa, e nem paciencia para me encapotar toda e não molhar bolsa, calça sapato. Nessas horas mato minha saudade do metrô e minha meia hora obrigatória de não fazer nada.

Muita gente me pergunta quando digo que venho todos os dias de bicicleta, se não tenho medo. Fiquei apreensiva quando decidi, mas logo lembrei como eu adorava na minha adolescência me aventurar com minha bike no meio do trânsito e fantasiar que eu estava em um carro igual aos outros do meu lado. Hoje não fantasio mais, afinal a vontade de estar em um carro nesses momentos é zero, mas apenas lembro de como nunca tive esse medo, e modéstia parte dirigia bem a minha magrela. Pensando bem, sim tenho medo, afinal só em 2010 foram mais de 6000 incidentes envolvendo ciclistas, resultando em 36 mortes. As estatísticas assustam um pouco, mas na medida do possível tento seguir as dicas de segurança, como sempre andar na Bike lane, quando disponível, usar capacete (esses faço às vezes) e tento respeitar as leis (também dou umas escapadinhas de vez em quando), mas nada como um bom susto para nos colocar na linha novamente.

As leis para bicicletas são bem parecidas com as dos carros, temos que parar no semáforo, dar preferência ao pedestre na faixa de segurança, ter buzina, luz de alerta, e menores de 14 anos devem usar capacete. Não podemos trafegar nas calçadas, andar na contra mão, e como os carros, recebemos multas. Em Manhattan houve um crescimento de 7% em multas a ciclistas, enquanto no Brooklyn, esse número foi bem mais alto, 81%.  A polícia de Nova York, atribui o crescimento de multas ao novo projeto CitiBike, que aumenta o número de ciclistas na rua que na sua maioria tem pouca experiência e conhecimento sobre as leis, causando mais incidentes.

A verdade é: o trânsito da cidade é caótico, a polícia não tem lógica, multa por você não dar uma seta, mas não multa quem fecha o cruzamento e espalha o caos com as buzinas. Eles fecham cruzamentos na frente dos guardas, que não fazem nada.  Tem os pedestres desatentos que saem da calçada e atravessam a bike lane sem ao menos olhar para os lados e há também os que andam pela ciclovia despreocupados, outros ficam alí no meio parados esperando o táxi. Falando neles… são os piores. Não respeitam, nos fecham, abrem as portas em qualquer lugar, param para pegar passageiro até na lâmpada do poste se for preciso. Carros tiram finas, nos cortam sem dó nem piedade, mas o que mais me tira do sério é que eles tomam conta da nossa pista, estacionam, param para esperar alguém, como se ela simplesmente não existisse. Pior é quando a polícia faz isso… e ainda tem coragem de nos multar! Enfim, ciclista também não é nenhum santo, vejo cada uma que aprotam que me dá vergonha. Passam no farol vermelho mesmo com pedrestres atravessando, pegam a contramão na própria ciclovia, que já é estreita, andam na calçada… no fim somos todos farinha do mesmo saco, Pedestres, motoristas e cliclistas deveriam fazer um cursinho de boas maneiras e respeito ao próximo no seu meio de transporte, mas vale salientar que quem se dá mal na maioria das vezes é o cliclista, que tem não tem a proteção do carro, tem a mesma fragilidade do pedestre  e tudo isso em  velocidade. O jeito é proteger o côco, andar devagar, usar a luz e a buzina, e ter muita paciência.

Esse vídeo traduz tudo que falei acima, e ainda dá para dar uma boa risada.

Vermont, lá fomos nós.

O mundo é mesmo muito pequeno. Quem diria que uma amiga de infância, que morava no mesmo quarteirão da minha casa, fazíamos jazz juntas, e que ao mesmo tempo era minha amiga e do meu futuro marido, (ele também morava no mesmo quarteirão mas não era meu amigo) depois de mais de 20 anos sem notícias, iria morar bem aqui no estado vizinho e iríamos, com nossos filhos, viajar juntas? Parece ficção, mas não é. Recebemos o convite para passar um final de semana em Vermont, fizemos as malas e fomos. Foi um final de semana delicioso! Amigos legais, crianças entrosadas, tempo bom e diversão garantida. Nunca tinha ido a Vermont, aqui por perto fomos apenas para Lake Placid no Inverno e Catskill no outono. Faltava conhecer no verão, essas regiões famosas por suas atividades na neve e no gelo. Quem vai imaginar que um resort de Ski poder ser super divertido durante o calor? As montanhas viram florestas cheia de aventura e nas pistas de ski, descem carrinhos de rodinhas em pista de plástico. A transformação no verão aqui é incrível, tudo deve ser vivido e aproveitado intensamente, afinal serão 7 meses pela frente de muito casaco, frio e se der sorte, neve. A maioria das montanhas que abrigam a temporada de ski nos meses frios, acomodam várias atividades no verão.

No primeiro dia, fomos curtir as atrações da Bromley Mountain. Lorenzo e Luna se divertiram o dia todo nos brinquedos para crianças, e até eu, o papai e a vovó nos aventuramos a descer a montanha no carrinho. Incrível a mudança que conseguem fazer em um local de entretenimento do inverno para o verão. No dia seguinte, nos aventuramos a andar de Canoa, no Emerald Lake. Que passeio maravilhoso! em certos momentos até dava para achar que estávamos no caribe, de tão transparente que era a água. Pena que durou tão pouco e a viagem tão longa, quase 5 horas dirigindo.  E no mais, preciso publicamente agradecer a Amiga Evelyn Paparelli pelo maravilhoso convite!

Fotos!

I’m here!

Fico até emocionada em ver as pessoas perguntando por onde ando, e tenho que dizer que todos os dias eu penso: Hoje vou atualizar meu blog! O dia passa e ele continua sem atualização. Vejo uma coisa legal na rua e já penso em colocar no blog, escrever um post… e acabo colocado rapidamente uma foto no Facebook e novamente o blog fica para depois. Só nessa semana recebi dois comentários  de leitores saudosos, querendo saber meu paradeiro e semana passada outra leitora me mandou um comentário muito fofo, que me faz pensar que não tem como eu largar esse meu cantinho, preciso apenas me organizar. A rotina é intensa, depois que a Luna nasceu, muita coisa mudou, mas continuei com um tempinho só meu para fazer as coisas que eu queria. Agora com o Lorenzo, ficou um pouco mais difícil. O segundo filho apesar de ser mais fácil de cuidar, já que você pula toda a parte da chatisse de mãe de primeira viagem, tem o porem de lhe deixar mais cansada. No meu caso especificamente, que fazia minhas coisas depois que a Luna dormia, agora não posso mais, porque esse moleque deliciosamente grudento não dorme se eu não deitar junto com ele. Por essa razão, todos meus planos vão por água abaixo, já que ao deitar para adormece-lo, quem dorme sou eu, muitas vezes sem jantar, e perdi as contas de quantas vezes amanheci já de roupa trocada e sem os dentes escovados.

Com tudo isso acontecendo, ainda voltei a trabalhar depois de 2 anos e meio. Pela primeira vez tive que procurar uma babá, o que eu não acredito ser a melhor escolha, mas era a que cabia no nosso orçamento no momento. Estamos num momento de reestruturação, vendo como será a vida com 2 filhos na escola, e nós dois trabalhando. No mais, não tenho muitas novidades, não mudei de casa, não ganhei na loteria, não fiz nenhuma viagem incrível, não convenci o marido a voltar pro Brasil (ainda)  🙂

Agradeco a todos que ainda passa por aqui, os que me mandam emails, recadinhos. Prometo (de novo) tentar ser mais assídua, adoro meu blog, escrever, dividir. Seria mais fácil se a praguinha dormisse na hora certa e sozinho, assim a mamãe ainda teria umas horinhas de folga!