Finalizando um email

Escrever em português obviamente por ser minha primeira língua é bem mais fácil e rápido, e nem na hora de se despedir eu fico na dúvida. O “bjs” facilita muito, e quando é para alguém que não tenho tanta intimidade para mandar beijos, um []’s (abraços) cumpre a tarefa, agora e em inglês?

Fico lá… minutos pensando na melhor maneira de se despedir, pois tudo pra mim soa “fake”e exagerado, ou então formal demais. Hoje, recebi o email de um recruiter e resolvi pesquisar como as pessoas normalmente encerram os emails, e achei interessante, aqui vão algumas sugestões, já que “kisses” não funciona em quase nenhuma situação:

Yours sincerely – usar em cartas e emails quando você começar a carta com “Dear Mr X”.
Yours faithfully – usar em cartas e emails quando você começar a carta com”Dear sir”.

Best wishes – para usar em algum cartão, mas vem sendo bastante usado em cartas e emails informais também.

Best regards – uso em email de negócios.

Kind regards – uso em email de negócios.

Cheers – uso de emails para amigos.

See you later – para amigo próximo.

Ainda temos outras como Keep in touch, Take careWarmly etc…

Estou aqui ainda pensando qual delas devo usar com o tal do recruiter… pra quê tanta opção?

Médicos de confiança – RARIDADE

É uma ironia eu morar nos EUA, onde estamos acostumados a ver várias pessoas vindo pra cá fazer tratamento com melhores médicos e etc, e a melhor médica que já tive até hoje, estar no Brasil. Há alguns anos atrás, sentia umas palpitações estranhas, e meu médico aqui (clínico geral) me encaminhou ao cardiologista, que não diagnosticou NADA. Tudo normal, você é muito nova e bla bla bla, ok… e como sempre minhas doenças são meio fantasma, aparecem e somem do nada, não me surpreendi. Anos depois, minha mãe comentou da cardiologista dela, que detectou um prolapso apenas ao ouvir o coração, coisa que todos os médicos anteriores, só viam mesmo no exame. Começou a tratar da minha mãe, e super preventiva que é, pediu um exame da carótida, entre vários outros básicos, que detectou já algumas placas de gordura, e começou tratamento imediatamente. Ela simplesmente avaliou tudo, e até descobriu outras coisas que nenhum outro médico tinha dado atenção. Recomendei então que meu sogro fosse se consultar com ela, já que ele tinha tido um problema e o ótimo cardiologista dele não fez nada.
Dr. Marcia o examinou de cabo a rabo. Pediu milhões de exames, e consulta vai consulta vem, detectou um problema nos rins, e só quando teve certeza mesmo do que era, o encaminhou ao médico especialista e essa semana, ele fez a cirurgia. Quando faço meu checkup anual aqui, meu colesterol sempre dá alto, mas o máximo que meu médico pede é para eu fazer exercícios e cuidar da alimentação. Quando fui me consultar com ela, mostrei meus exames, ela logo me disse que exercícios não iriam resolver pois meu colesterol BOM já era alto, (o que é ótimo) e que exercícios não diminuem colesterol ruim, apenas aumentam o bom, e não era isso que eu estava precisando. Quando disse a ela (o mesmo que disse ao médico aqui) que não como frituras ou coisas gordurosas, ela então me receitou remédio, pois o que não podia era ficar com o colesterol alto. Cortou na hora o leite integral que era a única aberração que ela constatou na minha alimentação. Pediu vários exames preventivos, inclusive o da carótida, já que minha mãe teve problemas, e também viu o probleminha que era a causa das palpitações (nada para se preocupar). Diagnosticada, alguns exames fiz aqui nos EUA pois no Brasil são bem caros e lá não tenho convênio (aqui tb deve ser caríssimo sem convênio). Com muito custo, consegui convencer o médico aqui a solicitar os exames que ela pediu, o que detectou um nódulo na tireóide. Fiz ultrassom, e o médico disse que era muito pequeno, nada pra se preocupar, apenas acompanhar. Quando voltei ao Brasil e levei meus exames, mesmo com o relatório da tireóide ela quis ver as imagens do ultra e essa documentação eles não tinham me fornecido. Fiz então novamente o exame no Brasil, e ela me deu o mesmo diagnóstico, algo a não se preocupar MAS viu umas calcificações e me disse que eu não poderei fazer reposição de cálcio quando ficar mais velha, pois eu tinha essa tendência e não me faria bem, então que eu levasse isso pra vida toda, reposição de cálcio, NÃO!
Sem falar nas outras pessoas que foram lá indicadas por mim, que ela viu outras coisas que jamais nenhum médico tinha prestado atenção antes. É o tipo de médica que se não atende seu convênio, vale a pena pagar a parte, e esse mês ela anunciou que não estava mais atendendo a Medial, convênio da minha mãe, do meu sogro de amigos… todos ficaram inconsoláveis, mas com a esperança de que ela logo voltasse, pois ela atende AMIL, que comprou a MEDIAL. A notícia boa veio antes do esperado, por um erro da “super competente” equipe de funcionários da MEDIAL, ela havia sido descadastrada. Tudo resolvido, e todos felizes novamente. Para quem se interessar aí vai o contato dela, que obviamente tem a agenda lotadérrima, mas se não é nada urgente, vale a pena esperar.
Dr Marcia Santos Guimarães.- tel.: (11) 5182-8344

Notinhas Rapidinhas

+ Ligo pra pedir comida, a moça que atende reconhece minha voz e diz: AH ok, vc quer o peixe com arroz e batata né? Do endereço tal tal e tal…vc quer dois pratos, ou hoje é só um? (costumo pedir dois… mas ultima vez pedi um e ela ao estranhar o pedido que o marido anotou, me ligou pra confirmar se era mesmo apenas um). Adorei.
+ Luna quando foi pro Brasil, teve VARIOS progressos importantes, entre eles, sair da fralda, parar de chupar o dedo constantemente, e passar da pasta de dentes de criança para a de adulto. Nada como vovó em tempo integral para ficar de olho e treinar. Ponto pras duas!
+ “EU: Luna quer sorvete de pera caramelada com pecan da Haggen Daz?”
ELA “Não mamãe quero o seu yogurt (aquele natural, branco, sem açucar)”
+ O calor acabou de chegar e as lojas já estao fazendo promoção das roupas de verão, anunciando os “previews” de outono… deprimente.
+ Os fogos de 4 de julho me impressionaram (eu não acho mta graça em fogos de artifício normalmente) cheio de efeitos, carinhas “smiles”, cubos em 3d… jaja faço um post atrasado das comemorações.

Saga no consulado

De viagem “nada marcada” a surpresa alguns dias antes de viajar: Passaporte brasileiro da Luna está vencido. Gela o estômago, respiro fundo, e penso logo num jeito de resolver isso em 3 dias. Os documentos pra Luana viajar, eu ia tirar sábado passado e tudo daria tempo, sem pressa nem correria. Como a passagem da TAM não é garantia de embarque pra gente, se não viajássemos no dia planejado, um dia depois o atestado da Luana já não teria mais validade, portanto por precaução, resolvi aguardar mais uns dias para ir ao vet pegar o atestado de saúde. Esse atestado tem validade de 10 dias apenas, e com ele em mãos, devo mandar pro USDA (via Fedex next day) no aeroporto JFK, eles recebem, carimbam me devolvem, e levo ao consulado brasileiro para “legalização”. Depois dessa burocracia e quase 200 dólares gastos, Luana está aprovada para viajar. Detalhe é que como não fiz no sábado, atrasei tudo, e terei que correr contra o relógio, dispensar a Fedex e ir pessoalmente ao aeroporto pegar o carimbo da USDA e correr para o consulado, isso tudo na segunda-feira, pois pretendemos viajar na terça.
Sergio foi quinta ao consulado pela manhã enquanto eu fui levar Luana pra pegar o atestado no veterinário. Precisa ser comprovada a emergência para sair um passaporte tão rápido, portanto fomos atrás do comprovante, e fora isso a mãe tem que estar presente também no consulado para o pedido de renovação. Sexta-feira lá fomos nós de novo, agora com tudo certinho, e ainda adiantei para o senhor super bem humorado (alias nenhum ali sabe o que é simpatia) que segunda terei outra emergência pra ele resolver pra mim. O mais legal (aliás a única coisa legal) de ter ido ao consulado, foi ter conhecido a Isabella que lê e comenta aqui no blog. Eu já tinha visto um rapaz com um bebê fofo no colo, uma mãe atarefada e concentrada com os milhões de papéis e documentos que temos que organizar, e uma menininha linda que falava inglês misturado com português. Depois vi a mãe amamentando, que é uma cena sempre linda de se apreciar, ainda mais quando já temos filhos e mais ainda se não conseguimos amamentar. Vi nessa hora também a menininha linda respondendo em inglês algo que a mãe perguntou em português e imediatamente me lembrei da Luna, então perguntei pra ela se a filha também sempre respondia em inglês. Pra minha surpresa ela sabia meu nome, perguntou se eu era a Monica e se apresentou. Que mundo pequeno não? Por essas e outras coisas que esse blog vale muito a pena! Isabella, adorei te conhecer 🙂

To-do list

Esforço total para cumprir a listinha dos desejos e obrigações assim que chegar em São Paulo
1- Picanha do Juarez
2- Comer no Feijão de Corda
3- Parque da Monica
4- Feijoada, Feijoada, Feijoada
5- Praia

Peças:
6- Até que o Casamento nos Separe (alguém já viu, é boa?)
Local: Teatro União Cultural (INFORMAÇÕES)
Preço(s): R$ 50,00.
Data(s): Até 18 de junho de 2009.
Horário(s): Quinta, 21h.

7- Joao e Maria
Estréia dia 25 de Abril (sábado)
Até 31 de Maio, sábados e domingos, às 16h
Teatro Cosipa Cultura (288 lugares)
Av. do Café, 277 (Jabaquara)
Tel: (11) 5070-7018
Ingressos: R$16,00 e meia-entrada


8- Os 3 porquinhos – O Musical

Até 28 de Junho, Sábados e domingos, às 16h
Teatro Bibi Ferreira
Av. Brig.Luis Antônio, 931 (Bela Vista)

9- Chapeuzinho Vermelho
domingos, às 16h
Teatro Ruth Escobar
Rua dos Ingleses, 209 (Bela Vista)
Tel: (11) 3289-2358
Ingressos: de R$ 10,00 a R$ 20,00

10- Batizado da Pequena
11- Churrasco com amigos
12- Resolver umas pendências judiciais
13- Renovar a Carta de Motorista

Spring Break

Essa semana Luna ficou em casa, consequentemente eu também. O daycare dela é maravilhoso em vários sentidos, mas deixa a desejar nesse ponto, é o único que tem “spring break” e que tira TODOS os feriados. Imaginem que foi minha semana de mais trabalho, pois entrou um projeto novo com prazo pra ontem, e minha tarefa é maior sempre no começo. Sim Murph apareceu aqui, pior semana de trabalho juntou com a do Spring Break e com a semana do Sérgio de entregas chegando em casa todo dia de madrugada. Imaginem a cena, uma mão dando comida pra Luna, a outra no computador, e o pé chutando o sapinho da Luana pra ela correr atras . Conference call e Luna no berço chamando Mommy, eu correndo de lá pra cá, que nem uma doida, os clientes atras de mim, Luana querendo brincar, Luna querendo atenção, eu querendo comer, a casa de cabeça pra baixo. Sobreviví, quase chamei minha mãe para me salvar, pois ela vir pra cá com o desconto da TAM sai mais barato do que eu chamar uma babá pra ficar uma semana. Mas resisti, corri, me esgoelei, cansei, e aqui estou, inteira no último dia. E o último foi pra fechar com chave de ouro, pois aproveitei que deu uma sossegada no trabalho e a Luna estava dormindo, para dar banho na Luana que estava preta de sujeira. Obvio que no meio da secagem, tive que sair correndo pra pegar Luna que acordou, então ficamos as 3 fechadas no banheiro, taquei a Luna no banho enquanto eu secava Luana, assim ficava de olho nela e já tirava a tarefa do banho da frente, e com uma mão segurava o secador e a outra respondia email e msn do cliente e do chefe que justamente nessa hora, resolveram ter mil dúvidas.
Pra piorar, aqui não teve inconfidência mineira 🙁
SALDO DE UMA SEMANA LOUCA

DIGA NÃO!!!

Esse texto, apesar de MUITO bom não é do Jabor. Acho engraçado como circula sempre pela internet textos que dizem ser de autoria dele, pra ganhar credibilidade. Como já vi isso antes, hoje ao receber, fui procurar se era mesmo dele, pra colocar os creditos corretamente aqui, e descobri que não era. O texto é dela, e concordei com TUDO que disse. Leiam, vale a pena.
O que pode criar um monstro? O que leva um rapaz de 22 anos a estragar a própria vida e a vida de outras duas jovens por… Nada?
Será que é índole?
Talvez, a mídia?
A influência da televisão?
A situação social da violência?
Traumas?
Raiva contida?
Deficiência social ou mental?
Permissividade da sociedade?
O que faz alguém achar que pode comprar armas de fogo, entrar na casa de uma família, fazer reféns, assustar e desalojar vizinhos, ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em duas pessoas inocentes? O rapaz deu a resposta: “ela não quis falar comigo”. A garota disse não, não quero mais falar com você. E o garoto, dizendo que ama, não aceitou um não. Seu desejo era mais importante.
Não quero ser mais um desses psicólogos de araque que infestam os programas vespertinos de televisão, que explicam tudo de maneira muito simplista e falam descontextualizadamente sobre a vida dos outros sem serem chamados. Mas ontem, enquanto não conseguia dormir pensando nesse absurdo todo, pensei que o não da menina Eloá foi o único. Faltaram muitos outros nãos nessa história toda.
Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia namorar um rapaz de 19. Faltou uma outra mãe dizer que NÃO iria sucumbir ao medo e ir lá tirar o filho do tal apartamento a puxões de orelha. Faltou outros pais dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um policial maluco de deixar a filha voltar para o cativeiro de onde, com sorte, já tinha escapado com vida. Faltou a polícia dizer NÃO ao próprio planejamento errôneo de mandar a garota de volta pra lá. Faltou o governo dizer NÃO ao sensacionalismo da imprensa em torno do caso, que permitiu que o tal sequestrador conversasse e chorasse compulsivamente em todos os programas de TV que o procuraram. Simples assim. NÃO. Pelo jeito, a única que disse não nessa história foi punida com uma bala na cabeça.
O mundo está carente de nãos. Vejo que cada vez mais os pais e professores morrem de medo de dizer não às crianças. Mulheres ainda têm medo de dizer não aos maridos ( e alguns maridos, temem dizer não às esposas ). Pessoas têm medo de dizer não aos amigos. Noras que não conseguem dizer não às sogras, chefes que não dizem não aos subordinados, gente que não consegue dizer não aos próprios desejos. E assim são criados alguns monstros. Talvez alguns não cheguem a sequestrar pessoas. Mas têm pequenos surtos quando escutam um não, seja do guarda de trânsito, do chefe, do professor, da namorada, do gerente do banco. Essas pessoas acabam crendo que abusar é normal. E é legal.
Os pais dizem, “não posso traumatizar meu filho”. E não é raro eu ver alguns tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos. Outros gastam o que não têm em brinquedos todos os dias e festas de aniversário faraônicas para suas crias. Sem falar nos adolescentes. Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer não, você não pode bater no seu amiguinho. Não, você não vai assistir a uma novela feita para adultos. Não, você não vai fumar maconha enquanto for contra a lei. Não, você não vai passar a madrugada na rua. Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação. Não, você não vai beber uma cervejinha enquanto não fizer 18 anos. Não, essas pessoas não são companhias pra você. Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e chocolate. Não, aqui não é lugar para você ficar. Não, você não vai faltar na escola sem estar doente. Não, essa conversa não é pra você se meter. Não, com isto você não vai brincar. Não, hoje você está de castigo e não vai brincar no parque.
Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes NÃOS crescem sem saber que o mundo não é só deles. E aí, no primeiro não que a vida dá ( e a vida dá muitos ) surtam. Usam drogas. Compram armas. Transam sem camisinha. Batem em professores. Furam o pneu do carro do chefe. Chutam mendigos e prostitutas na rua. E daí por diante.
Não estou defendendo a volta da educação rígida e sem diálogo, pelo contrário. Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um amor real, sem culpa, tranquilo e livre, conseguem perfeitamente entender uma sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um não. Intuem que o amor dos adultos pelas crianças não é só prazer – é também responsabilidade. E quem ouve uns nãos de vez em quando também aprende a dizê-los quando é preciso. Acaba aprendendo que é importante dizer não a algumas pessoas que tentam abusar de nós de diversas maneiras, com respeito e firmeza, mesmo que sejam pessoas que nos amem. O não protege, ensina e prepara.
Por mais que seja difícil, eu tento dizer não aos seres humanos que cruzam o meu caminho quando acredito que é hora – e tento respeitar também os nãos que recebo. Nem sempre consigo, mas tento. Acredito que é aí que está a verdadeira prova de amor. E é também aí que está a solução para a violência cada vez mais desmedida e absurda dos nossos dias.

Sorte pra que te quero

Tenho um cliente, a joalheria Nomination que tem loja aí no Brasil (na verdade são da Itália), que está fazendo um sorteio de jóias pelo site deles. Confesso que não sou ultra fã de muitas coisas de lá, mas justamente a coleção que eu namoro sempre, é a que está no sorteio.
Está aberto para todas as pessoas residentes nos Estados Unidos e Canadá, portanto fica a dica pra quem mora por aqui.

Blogagem Coletiva: Semana Mundial da Amamentação

Nunca me preocupei com amamentação, sempre pensei que fosse algo natural, como é com os animais, nasceu, mamou. Minha mãe não teve problema algum comigo nem com minha irmã, não conhecia muita gente que teve problemas, então realmente não foi algo que acreditei que eu teria problemas, mas ainda assim fiz o curso que o hospital ofereceu.
No hospital, assim que fomos pro quarto, tentei amamentar. Alguém ajudou? Não. O hospital que no dia da apresentação se gabava de ter consultoras de lactação, enfermeiras praparadas para ajudar, simplesmente me largou sozinha no quarto, com um bebê chorando, uma mãe sem experiência, sem leite e sem nem perceber se o tal do colostro estava vindo ou não. A única coisa que eu sabia era que a Luna chorava, eu estava sozinha, e quando questionei sobre o fato de ela estar com fome e eu não ter leite o que me disseram foi: Você quer a bombinha? Calma… onde já se viu fazer uma pergunta dessa a uma mãe inexperiente, com dores pós parto, e um bebê com fome e chorando? Eu apenas disse, traz né. Ela trouxe, depois de eu ter pedido várias vezes e elas terem esquecido, largou na sala, e não se deu ao trabalho de me explicar como fazer. Obviamente eu tentei, e nada saía. Durante a madrugada, Luna chorava, eu sozinha no quarto, tentando dormir, e faze-la parar de chorar. Chamei a enfermeira e expliquei que ela não parava de chorar, e que eu nao tinha conseguido amamentar. A pergunta veio novamente: “Quer que eu a leve pro berçario?” Imaginem minha situação, vendo minha filha chorar de fome, e eu sem conseguir amamentar? Obvio disse para que a levassem e a alimentassem.
Luna não queria mais peito, mesmo com apenas 2 dias de vida, ela já tinha percebido a facilidade de sugar no bico da mamadeira, e já tinha decidido que era isso que ela queria. Insisti, chorei, me desesperei, procurei ajuda, mas nada fez com que a minha pequena pegasse o peito e mamasse. Ela colocava a boca e em 2 minutos começava a chorar desesperadamente, e a mãe mais desesperada ainda, dava a mamadeira para sanar a fome do bebê chorão. Fomos à pediatra que me mostrou como deveria proceder e não ter medo do choro dela, e finalmente consegui fazer Luna pegar o peito. Ok, agora ela pegava, mas dormia no meio, era o dia todo tentando amamenta-la mas ela dormia mamando e o bico do seio começando a rachar, mesmo ela com a boquinha de peixe, na posição correta. Vamos novamente à pediatra depois de mais uma semana, e Luna não tinha ganhado peso, e sim perdido. Fui aconselhada a usar a formula como suplemento, dar o peito e depois a formula. A pediatra me explicou que a formula ia deixar minha filha saudável, e se fosse esse o caminho a seguir, que eu não me preocupasse. Assim eu fiz, e como previsto, ela começou a largar o peito logo, so querendo tomar mamadeira.
Depois de muito me culpar, chorar e lamentar, me entreguei e fiquei 100% na fórmula. Até hoje, a Luna não teve nenhuma infecção, doença, e em quase 2 anos de vida, teve sua segunda febre na semana passada. Resfriado é comum a uma criança que fica em daycare, mas quando ela foi pro Brasil, longe desse ambiente, não teve nada, nariz seco, peito livre o tempo inteiro. Antes dela nascer, ouvi historias mil de filhos de amigos que eram amamentados com leite materno, mas viviam doentes, febre, vômitos, diarréias, como seria minha filha então alimentada com fórmula? Não tenho do que reclamar, Luna nunca teve nada, perfeita, saudável e super forte. Acho que no fundo a ligação emocional é o que traz mais benefícios na amamentação, do que o leite propriamente dito, só posso pensar assim, depois da minha experiência. Espero ter o segundo filho, e quando isso acontecer, vou me empenhar ainda mais para conseguir dar a ele o leite materno, não mudei minha opinião, vou me informar muito mais dessa vez e fazer de tudo pra conseguir. A diferença é que conseguirei encarar de uma forma melhor, caso isso não seja possível. Com menos culpa, e com a prova viva de que ser uma criança saudável sem ser amamentada pelo leite materno, é perfeitamente possível.

Familia

Minha Família não é grande, ou pelo menos a família próxima não. Minha mãe nasceu em Alagoas e tem duas irmãs. As três foram para São Paulo, onde fizeram a vida e conheceram os maridos. Meu pai apesar de ser paulista, tem a grande parte da família dele em Pernambuco, não tem jeito, minha alma é realmente nordestina.
Minhas duas tias (irmãs da minha mãe) até hoje moram em SP, uma tem 3 filhos homens, minha mãe 2 mulheres e a outra resolveu ficar no meio, tem 2 mulheres e 2 homens. Posso dizer que essas são as pessoas que estão sempre por perto (fisicamente), nos almoços, nas festinhas importantes.
O pessoal do meu pai está dividido, tenho 2 tios em Botucatu, onde passei vários momentos da minha infância, na casa do avô que já se foi, e que faz parte das minhas boas lembranças e saudades. Esses são os mais próximos no lado paterno junto com minha tia Lou que mora em Recife, prima do meu pai, que parece mais fazer parte da família da minha mãe do que da dele. É a “espírita”da turma, lê cartas como ninguém, mas esteve seriamente doente alguns meses atrás, e ainda bem que Mommy estava por lá e deu uma força pra ela no hospital. Ainda está se recuperando, e nós, rezando por ela. Também tenho ótimas lembranças de quando passei temporadas em sua casa no Recife. Pena que eles estão tão longe, senão também fariam parte de todas as festinhas importantes.
O pessoal da parte materna está praticamente todo espalhado pelo nordeste, as primas, de primeiro, segundo, terceiro grau e por aí vai. Ótimas recordações também dessa galera que não é assim tão próxima, mas moram no coração. Tem uma outra prima, que essa parece irmã, não só pelo amor que sentimos por ela, mas porque ela também parece ser filha da minha mãe mesmo. Elas se amam, e eu até esqueço qual o nosso real parentesco. Tia, da prima da sobrinha do avô hahaha e isso importa por acaso?
Saudades eternas dos donos de tudo isso, minha avó querida, e meu pai. Que pena que vocês não estão mais aqui.