No mês dos meus 35 anos, uma auto análise é muito bem vinda. Ninguém pode apontar nossos defeitos, só nós mesmos. Aceitar crítica de si próprio sempre é mais fácil, e acho um ótimo exercício parar para avaliar e aceita-los.
Sou indecisa, tenho uma dificuldade enorme para saber se gosto mesmo de alguma coisa, e o quanto gosto. Tenho gênio forte sim, intensa, impulsiva. Aliás a impulsividade me atrapalha, gostaria de conseguir contar até dez antes de agir em algumas ocasiões, mas é realmente muito difícil. Já ouvi me dizerem que sou birrenta e briguenta. Well, birrenta eu sou mesmo, já briguenta… pra mim é o ponto de vista de cada um. Muitas pessoas preferem deixar passar sapos, eu se engolir, tenho indigestão depois. Falo, falo, falo, discuto muito sempre querendo colocar minha visão, explicar, fazer entender. Gostaria no entanto que pudesse deixar passar muito mais coisas, sem se apegar tanto a elas, e apenas esquecer. As pessoas mais próximas dizem que sou brava, e que minha raiva demora a passar. Acredito que nas situações em que a raiva deveria demorar 2 horas ela demore 15, mas em situações em que ela deveria durar a vida inteira, ela dura 1 mês.
Ouço muito o que as pessoas que convivem comigo, dizem de mim, e gosto de analisa-las e identificar no meu dia a dia. Sergio diz que confio demais nas pessoas que não deveria, as vezes acho que ele vê mais do que realmente existe, mas infelizmente todas as vezes ele estava certo. Esse ano tive uma grande decepção com uma pessoa em que eu confiava, como se fosse da minha família, e tinha vários motivos para perceber isso, mas achava que era coisa da cabeça de outras pessoas. Dessa vez, minha mãe havia me alertado, e infelizmente, ela também estava certa. Às vezes me falta a malícia, de ver que as pessoas sabem fingir bem, e eu, perceber mal.
Sou muito, muito muito ciumenta e com tudo, amigos, família, cachorro. Quem me conhece pouco, não percebe, porque costumo dizer que tenho um bichinho do ciúme adormecido, que apenas não pode ser acordado. Possessiva demais, ao extremo, mais do que eu queria ser. Muito idealista, sonho demais, imagino demais, e isso muitas vezes e na maioria delas não tem um resultado bom. Falo muito, as vezes mais do que deveria. Não gosto de nada mal resolvido, prefiro pingos nos “is” e preto no branco. Sou preguiçosa, avessa a ginástica, viciada em computador, e atolada de coisas que quero realizar e não consigo. Penso muito na mesma coisa, um mesmo pensamento pode morar nas minhas idéias por vários dias, intermitentemente.
De bom, acho que consigo ser imparcial em muitos casos. Mesmo com alguém que não merece, me fez mal, ainda consigo ver algo de bom, e talvez defende-los se for preciso no que acredito que valha a pena. Gosto sempre de cuidar das pessoas que gosto, pegar os problemas delas para mim, o ruim, é que os vivo também. Ajudo, ajudo, ajudo, e na maioria das vezes, a reciprocidade não existe, mas ainda assim estou lá. Antes era mais extrovertida, hoje prefiro ficar mais quieta, no meu mundo, nos meus planos.
Observo o inconsciente, sempre. Ele é que diz verdadeiramente o que sentimos. O Consciente pode ser manipulado, o inconsciente não. Quero a essência, sempre a verdade, o real. Acredito apenas no que vejo, duvido de tudo que é lenda, ou que nunca poderá ser provado.
Pra quem estiver pensando que esse post é muita exposição da minha pessoa, eu digo o seguinte: pra quem me conhece, isso não é novidade alguma, para que não me conhece, ué, não me conhece mesmo e daí? Pra quem está começando a me conhecer, ainda dá tempo de desistir! hahahaha.
That’s me e quem quiser falar, fique a vontade.