Os Hidrantes de NY

Para nós brasileiros, quando chegamos aqui e temos que dirigir, algumas coisas são um pouco esquisitas. No Brasil não nos preocupamos com hidrantes ao estacionar, já aqui, em uma rua concorrida se você vê uma vaga de longe, a primeira coisa que pensa: deve ser o hidrante. Não se pode parar na frente, e a regra é: você deve parar seu carro a 15 pés dele, ou sendo bem específica 4.572 metros. A indústria da multa aqui gosta de ganhar dinheiro com esse tipo de infração, com os carros parados ao invés de penalizar as inúmeras barbaridades cometidas todos os dias pelos motoristas em movimento, como por exemplo, fechar cruzamento e parar em cima da faixa de pedestres. Já presenciei inúmeras vezes essa situação e o guarda de trânsito não fazendo absolutamente nada, a não ser tentando dar um jeito no caos, bagunçando ainda mais. No caso do hidrante, a multa é de U$115.00 para quem estacionar sem cumprir as medidas, mas o engraçado é a regra que diz assim: “entre o nascer e o pôr do sol, o veículo pode ficar parado em frente e afastado do hidrante (ou seja, em fila dupla) contanto que haja um motorista dentro do carro pronto para movê-lo. Como assim? já dá pra imaginar a razão do trânsito nessa cidade ser ainda mais caótico do que São Paulo, não dá?

O que você pensaria vendo um hidrante soltando água na rua e pessoas se molhando? Que está quebrando ou que abriram ilegalmente, correto? Não. Há na cidade a cultura do banho de hidrante durante o verão e até algumas igrejas no Harlem fazem batismos usando a água deles, alí, no meio da rua mesmo. É necessário entretanto que um adulto peça uma autorização para o corpo de bombeiros do bairro, que então irá até o local com uma “máscara” que diminui a quantidade de água que vai sair dalí e garante a diversão da criançada nos dias quentes e quase insuportáveis do verão nova-yorkino.

Nesse inverno, notei que todos eles estão agora com um acessório acoplado, uma varinha colorida alta e demorei um pouco a descobrir para que elas serviam. Em caso de nevasca em que possam estar cobertos pela neve, essa varinha indicará facilmente aos bombeiros onde eles estão enterrados. Bom para a gente saber também que naquele montinho de neve é perigoso empurrar alguém no meio da brincadeira deliciosa que é se jogar na neve num dia de nevasca forte.

fotos de: http://www.huffingtonpost.com

Só em Ny mesmo

Já imaginou, você vai na piscina no final da tarde, e na hora de ir pra casa, nem se preocupa em tomar um banho, trocar de roupa… simplesmente amarra a toalha na cintura, como se estivesse saindo do banheiro e indo pro seu quarto, e sai assim… pelas ruas de New York… parece até propaganda de TV, que a pessoa acorda de um sonho esquisito. Várias vezes já sonhei estar na rua de toalha, e quando acordava sentia um alivio, pela agonia que eu estava passando no sonho. Mas esse aí… é real!
De toalha em NY

Rapidinhas

1. Ô, que meiga!
Diálogo com a assistente do meu médico, em uma consulta onde eu me queixei de falta de ar a noite e me deram um exame de respiração pra fazer, num aparelinho muito chato:
– Data de nascimento?
– x4/1x/19xx
– Peso?
– 132
– Altura?
– 5.9″
– Tem asma?
– Bem, não sei eu vim aqui justamente para…
– Tem asma? sim ou não, ponto.
– Não.
Mas o balãozinho em cima da minha cabeça dizia assim: Não sua vaca, eu vim aqui justamente pra descobrir sua imbecil, burra e estúpida.
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2. Caminhando
Aqui em NY existe caminhada (walk) pra tudo. Caminhada contra o câncer, caminhada da prevenção da asma, caminhada da Aids, mas hoje vi a mais bizarra, a caminhada de prevenção ao suicídio. Eu me matava só de ter que andar tanto.
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3. Espaçosos
A rua parada para filmagem aqui no bairro de um filme que só sei que começa com “Notorious”. Eu e Luna atrasadas para o daycare e somos todos parados na calçada. “Aguardem um minuto por favor”. Três minutos se passaram, e o metrô também, chegamos atrasadas. Acho isso uma puta folga ainda mais levando em consideração que é de manhã, na hora do rush onde todo mundo sempre está atrasado pro trabalho.
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4. Engordando
Porque a gente ganha peso quando ganha visita da mãe?

Totalmente NY


Eu sempre tive vontade de fazer uma série de fotos que sejam “BEM NEW YORK”, ou seja, são coisas que fazem parte do cotidiano da cidade, diferentes pra nós que somos de fora, mas tão comum para quem é daqui. Vou criar até uma categoria que será apenas pra guardar essas imagens, essa será a primeira da série. Tudo bem NY, a bicicleta, o homem de terno e sempre tomando alguma coisa.