{Série Metrô} Tardio, mas legal

Organizando fotos antigas, achei essa que tirei pra mostrar no blog, mas acabei esquecendo. Na estação do metrô, pra divulgação do álbum de John Legend, uma maneira bem criativa. Se você tem um fone de ouvido, apenas plugue e ouça. Com a quantidade de doidos que tem aqui, já imagino quantos fizeram isso, e ficaram dançando e nem ligando pro mundo, enquanto o trem não chegava

Conversa de metrô

É legal ficar vendo de fora, uma situação rolando que as pessoas envolvidas não estão se olhando o tempo todo, e não sabem como a coisa está acontecendo. Adoro observar comportamentos e às vezes ficar ouvindo a conversa ao lado, se é interessante.
Hoje sentei no meu lugar com a Luna no canguru, e no banco ao lado, de 2 assentos, tinha uma mulher e um homem, nos seus 25-30 anos. Ele estava tentando ver qual estação estava, já que o metrô estava lotado, e as pessoas cobriam a visão. Ela avisa:
– É a Delancey
– Ah obrigada, não conseguia ver.
Nisso, ele dá uma medida na menina que já não está mais lhe olhando, pára na altura dos seios, dá uma risadinha e volta a olhar pra frente. Fica mudo um tempinho, provavelmente pensando: “Que posso dizer pra puxar papo com a menina dos seios atraentes?”
…..
– Você tem um sotaque diferente, de onde você é?
Essa é a a pergunta básica aqui sempre pra puxarem papo. Como muitaaaaaa gente aqui vem de outro país, a pergunta é uma boa estratégia.
– Sou de Israel
– Ah meus pais também são de lá, de que cidade você é?
– Sou da YTREWTYRDEW^%TR$
– Ah lugar bom!
Aí cada um olha pra frente, naquela situação meio “chata” de não saber mais o que dizer, mas querendo dizer algo… alguns segundos de caras de bunda e ele ataca de novo:
– Você está visitando ou mora aqui?
– Moro aqui, acabei de me mudar
– Eu sou advogado, apesar de não parecer, mas olha, é que minha roupa está aqui na minha mala (ele abre o ziper e mostra a gravata) é que estou indo numa aula de corrida… (fala sério…)
– Ah é? hahahahaahahhahahaha.
Nisso um senhor na minha frente, não tirava os olhos da menina. Ele observava tudo, eu ainda olhava às vezes, mas ele era o tempo inteiro. Devia estar pensando que ele gostaria estar no lugar do mocinho advogado. E os dois com o papo tão engatado, nem perceberam que estavam sendo tão observados.
Essas horas imagino como seria legal se em cima da cabeça deles, junto com o silêncio tivesse um balão como aqueles dos gibis com as bolinhas saindo da cabeça e chegando até o balãozinho.
Minha estação chegou e não vi o final da história. Acho interessante ver o “approach” dos americanos, pois nunca os vejo paquerando na rua, nem no metrô. É tão diferente, que quando chego no Brasil, estranho muito as pessoas me olhando.

{Série Metrô}

{Série Metrô}
Incrível como as pessoas aqui não se preocupam em escolher um lugar para comer. Pode ser em qualquer lugar, no metrô, em uma praça ou parque (o que acho bem legal) andando na rua, sentado na calçada, enfim, todo lugar é lugar. Comer no metrô além de ser proibido, incomoda demais quem está em volta, o cheiro da comida é insuportável, fora que muitas pessoas deixam seus restos por lá mesmo. Imagine um indiano comendo no metrô e aquele cheiro forte de curry? Pois é, mas não há fiscalização e todos fazem tudo o que é proibido, como pedir dinheiro, ouvir música (sem headphone), comer, beber, e etc. Pior de tudo é que ninguém reclama, nem mesmo os funcionários do metrô, que vêem tudo calados.

{Série Metrô}

http://www.mozinha.com/archives/metro2.jpg
Que sujeito é esse?

Uniforme de quê?

Achei muito doido o cara entrar assim no metrô, claro que eu fiquei olhando, como uma boa brasileira, que mesmo depois de 4 anos aqui nessa terra de doido, ainda se surpreende com essas coisas doidinhas.

{Série Metrô}

{Série Metrô} Como eu sempre vejo umas figuras no metrô, algumas legais, outras interessantes, assustadoras, vou fazer a série metrô sempre que conseguir fotografar e vou postar aqui.
Ontem foi esse senhor que estava sentado a minha frente, acho que ele era “homeless”, e estava um pouco inquieto… estava comentando com a Sthephanie se a gente sentasse ao lado dele para conversar, quantas histórias ele teria para nos contar, a experiência de vida, as dificuldades. Gostei da expressão do rosto dele, apesar de não ser muito convidativa. Qual será o seu nome?