Lady Laura, linda letra.

Roberto e Erasmo escreveram essa música num quarto de hotel em NY em 1978, quando em uma temporada no exterior, se sentia sozinho e com muitas saudades da mãe. Hoje em 2010, fazendo um show aqui na Big Apple, Lady Laura faleceu.
“Escutá-la pela primeira vez foi uma alegria imensa” e ” a música e a letra são presentes que jamais me sairão da memória” palavras de Lady Laura em uma das raríssimas entrevistas.
Eu até queria ir no show, mas estava bem carinho… e não gosto quando ele canta em espanhol. Quero mesmo é ver um show no Brasil.
Tenho às vezes vontade de ser
Novamente um menino
E na hora do meu desespero
Gritar por você
Te pedir que me abrace
E me leve de volta pra casa
E me conte uma história bonita
E me faça dormir
Só queria ouvir sua voz
Me dizendo sorrindo
Aproveite o seu tempo
Você ainda é um menino
Apesar de distância e do tempo
Eu não posso esconder
Tudo isso eu às vezes preciso escutar de você
Lady Laura, me leve pra casa
Lady Laura, me conta uma história
Lady Laura, me faça dormir
Lady Laura
Lady Laura, me leve pra casa
Lady Laura, me abrace forte
Lady Laura, me faça dormir
Lady Laura
Quantas vezes me sinto perdido
No meio da noite
Com problemas e angústias
Que só gente grande é que tem
Me afagando os cabelos
Você certamente diria
Amanhã de manhã você vai se sair muito bem
Quando eu era criança
Podia chorar nos seus braços
E ouvir tanta coisa bonita
Na minha aflição
Nos momentos alegres
Sentado ao seu lado, eu sorria
E, nas horas difíceis
Podia apertar sua mão
Lady Laura, me leve pra casa
Lady Laura, me conta uma história
Lady Laura, me faça dormir
Lady Laura
Lady Laura, me leve pra casa
Lady Laura, me abrace forte
Lady Laura, me faça dormir
Lady Laura
Tenho às vezes vontade de ser
Novamente um menino
Muito embora você sempre acha que eu ainda sou
Toda vez que eu te abraço e te beijo
Sem nada dizer
Você diz tudo que eu preciso
Escutar de você….

O dia pede

É uma delícia como a música tem a capacidade de entrar na gente em certos momentos e parece que toma conta da alma, entra, dança, faz piruetas e muda completamente o astral, manda os problemas pro espaço temporariamente. Hoje não escolhi o repertório do que eu estava a fim de ouvir, deixei que ele me levasse por aí.
Nós que crescemos cheio de regrinhas, estranhamos quando aqui em NY vemos uns “doidos” comendo sentado na calçada, cantando alto com seu ipod na rua ou até dançando. Eu já comi na calçada, e hoje cantei alto e dancei na plataforma do metrô, no embalo das musicas que vieram me trazendo diversas sensações. Claro que estava na parte menos movimentada, com espaco livre nos 8 metros dos dois lados, ainda não sou assim tão desprendida das minhas regrinhas como gostaria. O prazer de fazer isso sem se importar que tem alguém olhando (ninguém olha) dá uma sensação de liberdade incrível, e aí apenas que entendo chamarem aqui a terra da “liberdade”.
As músicas podem contar a história da vida de uma pessoa, embala nossos dramas, e a minha sequência (shuffle) me fez uma viagem alucinante que começou com “Against All Odds” tem música mais de fossa da adolescência do que essa? Depois dos meus 13 anos, pulei pros 15, com a “Torch” época que começavamos a ir para as baladinhas a noite com RG falsificado, nos achando adultos, curtindo a plenitude da fase da despreocupação. Logo depois começa “Meia Lua Inteira” que me levou pra Recife, Olinda, na época dos meus carnavais. Ô coisa boa lembrar como era bom sair alí no meio da galera, cantar essa música tão alto que depois a voz sumia. Deixar o bloco te levar pra onde mesmo? Sei lá, depois a gente acha o caminho da volta. Marina começa a tocar, “Charme do Mundo” e eu vejo uma estrada ensolarada na minha frente, estrada, estrada e mais estrada, só estrada…
Chegou o metrô e aqui estou eu a caminho do trabalho, quietinha pois o metrô está cheio, mas ouvindo Revoluções por Minuto, jogando lá pra pré adolescência, bailinhos nas garagens das casas dos amigos com a famosa lona preta pra garantir a privacidade da festa. Well minha “stop” está chegando, a bateria acabando, a próxima música é um forró, AI AI, fica pra depois, algo sempre tem que nos puxar de volta pra realidade né?
Tenham um bom dia.

Tempo que não volta…

Estava vendo esse vídeo agorinha na TV, putz que saudades me deu dos anos 80!!! Menos preocupação, mais diversão, mais magia, menos violência, mais inocência, mais esperança.

Em apenas uma palavra:
anos 60 – revolução
anos 70 – libertinagem
anos 80 – over
anos 90 – dance
anos dois mil – ainda não se descobriu

DETALHES update)

Atualizei o “está tocando”. Adoro essa música, adoro o Roberto… meu lado brega e romântico que pouco se manifesta! O brega bem mais que o romântico, sempre!
(update) Não que na verdade eu ache RC brega, eu adoro! É que hj em dia ele é considerado brega, por isso que citei o meu lado “brega” 🙂

UMA LETRA

Eu adoro essa música, aliás Roberto Carlos me traz lembranças maravilhosas da minha infância, aquela época que apenas nossos pais eram nossos “donos” tomavam decisões por nós e eram nossos únicos heróis. Não pensávamos nesses problemas, tudo era lindo, o céu azul, o mar era limpo. Pelo menos pra gente, era. Mais de 20 anos depois, tudo piorou. E a música ainda continua atual.

Lembro das viagens de carro para o Nordeste, Roberto e Caetano tocando no carro e eu e minha irmã deitada no colchão, o carro deitava o banco, e assim íamos os 3 dias de estrada. Ouvindo Roberto, dormindo, acordando, dando tchau para os motoristas que vinham logo atrás, contando placas de carros, parando pra comer, jogando baralho,ludo, dormindo, dormindo… Que saudades! Essa letra é maravilhosa e faz parte daquele momento, e desse momento, mais do que nunca.

Eu queria poder afagar
Uma fera terrível
Eu queria poder transformar
Tanta coisa impossível
Eu queria dizer tanta coisa
Que pudesse fazer eu ficar bem comigo
Eu queria poder abraçar
Meu maior inimigo
Eu queria não ver tantas nuvens
Escuras nos ares
Navegar sem achar tantas manchas
De óleo nos mares
E as baleias desaparecendo
Por falta de escrúpulos comerciais
Eu queria ser civilizado como os animais
Eu queria não ver todo o verde
Da terra morrendo
E das águas dos rios os peixes
Desaparecendo
Eu queria gritar que esse tal de ouro negro
Não passa de um negro veneno
E sabemos que por tudo isso
Vivemos bem menos
Eu nao posso aceitar certas coisas
Que eu não entendo
O comércio das armas de guerra
Da morte vivendo
Eu queria falar de alegria
Ao invés de tristeza
Mas não sou capaz
Eu queria ser civilizado como os animais

Não sou contra o progresso
Mas apelo pro bom senso
Um erro não conserta o outro
Isso é o que eu penso

By Roberto Carlos

Alceu de novo!

Estava arrumando umas fotos antigas e encontrei as fotos do Alceu! Sempre que olho, bate a nostalgia, vontade de ve-lo novamente, abraçar, ouvir e cantar as suas músicas. Coloquei um álbum só com as fotos dele, para dividir com vocês um pouquinho. Nesse show, ele me pediu para subir ao palco e tirar as fotos de lá. Eu quase morri de vergonha, me recusei a ir e minha mãe quase me deu um tabefe do tipo”VAI SIM!”hahahaha fui morrendo de medo, e ele ainda pra piorar, no meio do show, avisou a platéia que eu ia tirar fotos, me chamou no palco e ainda pediu para o público chacoalhar as mãos. UFA ainda bem que foi rápido! Eu amo muito esse homi!!!!!!!