Luana “Mello”

Já falei algumas vezes sobre a vida dos cães em NY, mas para os novos visitantes e em resposta ao comentário da Juliana, vou falar mais um pouquinho.

Quando eu vim pra cá, a intenção, ou melhor, meu acordo com o Sérgio era que eu trouxesse o Alfredo depois que nós estivessemos acertados por aqui. No final, nos acertamos, mas o apê não permitia cães. Normalmente quando você vai alugar, no anúncio já está escrito se aceitam cachorros, só gatos, ou nenhum dos dois. Vários aceitam mas muitos também não, a coisa é meio equilibrada.

Eu morria de saudades dos meus cães que deixei em Sampa e queria ter um aqui. Fiquei namorando o Westie por causa da propaganda do IG e imaginava aquela carinha sapeca me olhando com aquelas orelhinhas em pé. Mas tinha que convencer meu Landlord a aceitar, pois no contrato está escrito no pets. Escolhi a raça, imprimi várias matérias sobre os westies, e mostrei as opções que tem no mercado para evitar que o cachorro fique latindo. Fui conversar com eles, dizendo que me sentia muito sozinha, que eu queria um cãozinho pequeno, que quase não latia (isso era meu argumento para convencê-los) pois os antigos moradores tinham 2 pastores que não paravam de latir o dia todo, por isso proibiram. Como somos bons inquilinos (palavra deles) mas meio com o pé atrás e lendo as matérias que imprimi, me permitiram comprar um cãozinho. Trazer o Alfredo estava fora de cogitação, além de enorme ele late pacas.

Comecei a procurar um criador, coisa bem difícil em NY, só encontrava em cidades vizinhas. Foi uma LONGA pesquisa até que encontrei a criadora da Luana, que tinha um dos menores preços. Fui até Staten Island pegá-la, e quando chego lá, ela está no chiqueirinho já me esperando, super feliz, de lacinho na cabeça, cheirosa e saltitante. Foi bem rápido, peguei a Lu e entrei no Táxi. Ela veio bem triste no caminho, pois por mais festa que ela tenha feito, ela não queria sair da casa dela. Veio no meu colo super borocochô. Entrou em casa super arisca e durante duas semanas ainda me estranhava e quase não saía debaixo da cama. Minha filhota é bem assustada e tímida, mas quando se enturma, se apaixona pelas pessoas. Legal foi descobrir depois que a Luana não latia de jeito nenhum. Demorei meses para ouvir seu primeiro latido. Saía para trabalhar e ela dormia quietinha o dia inteiro. Eu acompanhava pela webcam e mais parecia uma foto, pois ela nem se mexia no sofá, só dormia. Perfeita para minhas necessidades.

O que fico bem feliz é que aqui em NY ela tem uma super qualidade de vida. Tem dog beach, tem horários para correr sem coleira no parque, tem as pracinhas próprias para cães no meio da cidade, MUITOS escritórios permitem levar cães, a Luana ia direto comigo trabalhar. Mas o que me deixa mais feliz mesmo, é ver que aqui não tem cães abandonados nas ruas.

Abaixo, fotos da Luana tímida entrando pela primeira vez em casa, o dog run e a dog beach respectivamente.


Bookmark the permalink.

Comments are closed.