Welcome to NY

Depois de 4 meses fora, é estranho voltar. Pela primeira vez não senti falta alguma de NY. Acho que depois de 6 anos morando aqui eu já poderia voltar para o Brasil sossegada. Claro que ainda não fiz muitas coisas, mas acho que nunca irei chegar no ponto que direi: “Já fiz tudo que deveria ter feito aqui e posso voltar”. Sempre faltará alguma coisa pra fazer, mesmo estando aqui há 20 anos. Lí um post da Fernanda que caiu como uma luva nesse momento. Já cansei de muitas coisas aqui, entre elas o episódio que vou relatar abaixo.

Fui com a minha irmã a uma loja chamada Terra Nova. Levamos várias blusas para o provador, tiramos do cabide e íamos colocando as que já tinhamos provado em cima de um puff que ficava lá no meio dos provadores. Sim, estava uma bagunça, mas ainda estávamos provando, vendo qual levar, qual deixar. A menina que toma conta do provador veio perto da gente e disse: “De quem é essa bagunça aqui, de vocês?” Eu disse que sim e ela pediu para que colocassemos no cabide. PQP, eu ainda estava provando as roupas, mesmo assim, ela não precisava implicar com isso, afinal normalmente as vendedoras é quem acabam colocando de volta no cabide, não os clientes. Como eu ignorei a última frase dela, ela foi chamar a gerente. Eu achei que ela só podia estar ficando maluca, aí falei que eu ainda não tinha acabado de provar a roupa, e ela me responde: “Porque não me disse isso? você me ignorou, não respondeu nada” Nossa, tão difícil perceber né que ainda estávamos provando, precisava eu dizer? Fiquei revoltada com esse comportamento que é tão comum aqui nessa cidade, não, ainda não me acostumei, e nunca vou me acostumar. Aqui aquele ditado é muito bem colocado: “os incomodados que se mudem”. As pessoas não tem o mínimo respeito nem educação. Tratam os clientes como se eles fossem ninguém, apenas uma pessoa a mais na loja para encher o saco. Eu procuro não arrumar encrenca, mas em situações como essa, eu não consigo engolir o sapo, senão depois me dá congestão. Quando devolvi as roupas eu perguntei se assim estava bom, todas no cabide, assim ela teria menos trabalho para fazer. A menina ficou com muita raiva, começou a berrar, eu respondia de volta e a “gerente” apareceu de novo. A menina berrava e falava pra gerente que tinha pedido “por favor” para que nós colocássemos a roupa no cabide depois que acabássemos. Além de louca é mentirosa. Por incrível que pareça a gerente mal ouvia o que eu dizia, só prestava atenção na menina que falava cada vez mais alto e então me pediu desculpas por obrigação e ainda foi consolar a “vítima”. Me poupe… é a segunda vez que eu tenho problemas em uma loja e o gerente ao invés de ser alguém que vai ensinar como as coisas tem que ser feitas, passa a mão na cabeça apoiando o destrato com os clientes. Fora os “next” grosseiros nas filas dos caixas, os “excuse-me” mal educados que não aguento mais ouvir. Pode ser que isso passe nas próximas semanas, mas a minha vontade agora é refazer minha malinha e dizer bye bye pra sempre.

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