Parece uma tarefa simples, mas não é. Quando você vai adquirir um bichinho de estimação, muitas coisas devem ser levadas em conta. Onde comprar? Qual a raça ideal para mim? Comprar ou adotar? Vou conseguir cuidar dele como ele merece? Enfim, não é apenas satisfazer uma vontade momentânea e sim imaginar que você vai ter aquele bichinho junto com você nos próximos 12-15 anos da sua vida. Saiba que ele vai te amar mais que tudo na vida, e será um sofrimento enorme se você se arrepender e resolver se desfazer dele. Leve em consideração alguns aspectos como o tamanho que o filhote atingirá ao tornar-se adulto, o tamanho e tipo de pelagem, grau de atividade do cão e as características comportamentais do padrão da raça. Você mora em casa ou apartamento? Que tamanho de cão adquirir? **
Adotar um vira-lata (de raça fica mais difícil) é um ato muito nobre, existem MILHÕES de cães precisando de um lar e garanto, que o amor e satisfação que eles lhe darão será o mesmo de um cachorro de raça. Mas é uma questão mesmo de desejo e sonho de cada um, não quero julgar isso aqui. Procure o órgão de adoção em seu estado, mas se decidir comprar, pesquise MUITO bem.
Na escolha do canil, comece selecionando aqueles que criam poucas raças e sejam especializados (em geral criadores de apenas três raças diferentes no máximo e que as mesmas possuam características em comum). Busque canis registrados em algum sistema (AKC ou CBKC, por exemplo). Bons criadores selecionam os possíveis compradores para escolher os melhores donos para seus filhotes, se negando a vendê-los caso acredite que eles serão bem cuidados, ou também, facilitam a venda se notarem que o filhote estará indo para o lugar ideal.
Um contrato é fundamental. Não assine contratos em que o dono não devolve seu dinheiro em caso de morte do filhote e apenas oferece a dar outro cão em troca. Se ele morreu por uma doença contagiosa, como confiar em pegar outro filhote desse mesmo criador? Uma boa dica também, é fazer alguns testes para avaliar o filhote que está comprando.
Já caí em uma cilada ao comprar um pastor alemão, o Astor. Queríamos o menor filhote da ninhada,(essa péssima mania que temos de querer que o cachorro fique pequeno). Escolhemos, ele era o menorzinho, mas também o mais fraquinho, sem muita imunidade. Teve vários problemas no decorrer da sua vidinha, problemas de ouvido, hormonais, e no fim uma fístula anal terrível que não conseguimos curar, ele morreu aos 6 anos. Desconfiamos que ele era filho do cruzamento de cães irmãos, ou pai e filha, o que são cruzamentos muito perigosos se não forem feitos por especialistas.
O Alfredo, meu Weimaraner, está com displasia. Só descobrimos agora, mas um raio X na compra ajuda a eliminar essa possibilidade, já que é uma doença que aparece desde cedo, mas as vezes os sintomas só chegam bem depois.
Essa semana, mais uma notícia triste, meu amigo que comprou um poodle nessas feiras (evitem-as ao máximo), perdeu sua amiguinha que estava em sua casa por apenas 6 dias, de uma doença que mata 80% dos cães que contraem; a parvovirose. Ela já veio de lá doente (o período de incubação é de 7-14 dias) e não resistiu, morrendo dois dias depois que deu entrada na clínica. No contrato que assinou, ele não tem direito a receber o dinheiro de volta, mas como eu disse acima, como pegar outro cachorro dele e arriscar a passar por todo o sofrimento novamente? Só quem já passou por isso sabe o que é ver seu cãozinho morrer. Eles ficaram abaladíssimos, e essa carinha de “acomplished” aí ao lado esquerdo, é justamente por eu ter conseguido ter uma ótima idéia para amenizar o sofrimento deles. EU E MEU AMIGO MICHAEL, conseguimos um filhote grátis do cachorro que eles sonhavam, mas como era caro e eles tinham outras prioridades, não podiam comprar. Jajá a Luana terá uma nova amiguinha chegando por aí. Aguardem!
** Minha opinião: Tenho dois Weimaraners no Brasil, em uma casa espaçosa, mas pergunta se eles aproveitam esse espaço? Ficam o tempo todo enfiados embaixo da mesa do computador enquanto tem gente lá. Se as pessoas vão pra sala, ele se enrola todo para caber em uma poltrona onde caberia um poodle. Aqui em NY os apartamentos são bem pequenos e vejo várias pessoas com cães enormes, as vezes dois, três até. E me parecem muito felizes!