Ê SAUDADE, QUE BATE NO MEU CORAÇÃO!

Tem momentos que ficamos mais sensíveis, a TPM que nos diga. Meus momentos mais sensíveis em relação a falta que sinto do Brasil, são em épocas de festas e carnaval ta chegando. Eu amo carnaval, a alegria, bagunça, o feriado. Passei 4 carnavais em Olinda e é uma das coisas que me deixam triste quando penso no que perdi saindo do Brasil. Claro que mesmo estando lá, eu não iria pra Olinda todo ano, mas só o fator “carnaval-feriado-viajar-verão-curtir” me deixa saudosista e de baixo astral quando estou aqui. Me lembro quando eu ainda estava lá, tão gostosa aquela sensação de ficar esperando esse feriado chegar, planejar a viagem, arrumar a mala, pegar o carro (que saudades do meu carro) e descer a serra. Ou então reservar as passagens, ir pro aeroporto, e no avião já ir imaginando o que os 4 dias que vem pela frente, estariam me reservando. Como nesses dias que antecedem essa data eu fico nesse estado, evito até olhar fotos do Brasil, senão choro mesmo. A cabeça fica totalmente lá e com a Globo Internacional ainda, eu fico vendo as propagandas, preparativos, o noticiário… AI AI AI. Até do trânsito da imigrantes eu tenho saudades essa hora.

Mas para vocês que PODEM aproveitar, Olinda é uma ótima opção. Eu amo aquele carnaval, nunca vou me esquecer do primeiro, em 1996 que era uma homenagem à Alceu Valença e trechos de suas músicas estavam espalhados pela cidade nos estandartes nas ruas. Não tem abadá, e sim fantasias criadas pelo próprio povo, muito criativas e também nem tem tanta gente bonita como o carnaval de Salvador, mas eu não vou pra lá pra ver gente bonita, vou lá pra ver gente alegre, que sabe se divertir, tem criatividade, e pra ver todo tipo de gente junta na rua, pulando, se divertindo, tendo ou não dinheiro, estão todos aproveitando da mesma maneira, sem regalias. As diferenças ficam nas estadias, se você tem uma grana boa, fica em uma pousada com todo conforto, ar condicionado e com a facilidade de poder ir ao banheiro quando quiser, deitar quando cansar sem precisar ficar longe do burburinho. Quem aluga casa em Olinda, (normalmente ficam mais de 20 pessoas juntas) também tem algumas mordomias como o banheiro e o descanso, mas está arriscado a chegar em casa e ver alguém dormindo no seu colchão, o banheiro nem tão limpo como deveria, o ventilador sem dar conta do calor, mas dependendo do seu estado, quem vai ligar pra isso? São 4 dias intensivos de carnaval na sua porta, e se Osama explodir os EUA inteiro, você não vai nem ficar sabendo, aliás, saberá por noticias vindas daqueles que não alugam nem casa e nem pousada, ficam no “indo e vindo” de Recife todos os dias. Essa é a opção mais chata. Se vem de ônibus, demora, está lotado e tem que andar pra caramba pra chegar e sair. Se vai de carro, não há lugar pra estacionar, o risco de detonarem seu carro é grande e depois, tem que controlar a bebida né! Taxi é uma opção, mas é caro, e também há uma boa ladeira pra chegar até a muvuca. Já fiz os dois, indo e vindo e a pousada, e claro, não preciso nem dizer o quanto é melhor ficar na pousada. Era divertidissimo, no final da noite, achar que ja tinha me divertido o suficiente, e de repente, passar um bloco animado e sair correndo atras, me enfiar no meio da galera suada, pular pular, cantar e voltar pra pousada, pra sentar no terraço, beber e ficar observando o fim da festa. Era o momento mais engraçado, onde o pessoal estava indo embora chapado e falando as coisas mais engraçadas do mundo (já viu gente mais criativa que nordestino pra falar besteira?).

Bom preciso parar, já imaginaram o quanto eu tive que reviver pra escrever esse post? Imaginem meu estado emocional. Quem puder, vá e divirta-se por mim, seja em Olinda, na praia, no campo… em qualquer lugar. Longe do trabalho e dos problemas.

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