Pessoas e relacionamentos

Quando volto pro Brasil estranho muita coisa, e uma delas é o relacionamento com as pessoas. Estar em NY há 8 anos, sem muitos amigos e nem família acaba criando uma maneira de viver isolada dos problemas do cotidiano que toda família vive.
Tudo parece meio invasivo, a falta de poder fazer o que você quer a hora que bem entender, incomoda mais do que deveria. O telefone que toca demais, os vizinhos que falam demais, o excesso de compromissos sociais, muita gente num mesmo lugar acaba invadindo um espaço na gente que estava desocupado há muito tempo.
Ao voltar pro Brasil, além de se acostumar com a neura de olhar se vem motoqueiros pela esquerda com alguém na garupa, com os preços altos de tudo, em entender mesmo sem querer tudo o que falam ao seu lado, teremos que nos acostumar novamente a olhar pras pessoas, falar mais, ter mais paciência e se acostumar com as invasões diárias, que só percebemos quando não a temos mais.

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17 Responses to Pessoas e relacionamentos

  1. Cristiana says:

    Monica, sabe que às vezes eu fico meio assim porque leio aqui exatamente o que eu penso?! Fiz esse discurso sem tirar nem por na praia, no fim de semana. Que coisa (boa)!

  2. MybIKE says:

    Mo,
    Na verdade isso mesmo eu não morando nos EUA sinto, basta conviver com mais pessoas por um periodo maior que um dia, stress de pessoas, de barulho, de bagunça……… acho que mesmo eu que moro aqui já sinto isso, não precisa morar em NY e vir pro Brasil não.
    Beijo

  3. catita says:

    foi dessa maneira que me senti quando eu estava no Brasil… falta do meu espaco

  4. juliana says:

    monica,
    eu poderia ter escrito esse texto. sinto EXATAMENTE a mesma coisa quando vou prai.
    beijao

  5. Cibele says:

    Assino embaixo. Tambem passei o Natal e Ano Novo no Brasil e, apesar de adorar familia e amigos, me senti meio estranha por la…

  6. Carol Estrella says:

    Monica, eu voltei definitivamente pro Brasil em 2006 e, tanto não me acostumei com isso, que hoje sou considerada anti-social principalmente pelos meus familiares e isso não me incomoda.
    Quanto aos motoqueiros…tenho medo deles, de verdade. São muitos por aqui…
    Bj

  7. Flavia says:

    Sou leitora assídua, mas comento quase nada srsr. Mas ficou uma dúvida: VC está voltando de vez p o Brasil?????? Ou entendi errado???
    Beijocas mil

  8. Tatiana says:

    Oi Monica, leio seu blog direto e nunca comentei, mas esse post realmente é perfeito. E nao precisa morar mt longe nao… Vim morar em SP e minha família está no Rio e me sinto exatamente igual. Comentei essa semana mesmo que qdo vou ao Rio fico mt cansada, porque eles ficam atrás de mim, mal consigo andar… Engraçado isso.
    Beijos e parabens pela filhota que é uma graça!

  9. Vagner says:

    Esse tipo de vida vivida em NY não pode ser traduzida como ” solidão”?

  10. Ellie says:

    Como eles diziam nas aulas de psicologia, cada um de nos temos a nossa “personal bubble”, as vezes ela aumenta e as vezes ela diminui. Eu tambem sinto isso quando vou pro Brazil. Parece que as pessoas tem menos nocao de personal space, e a gente estranha depois de estar vivendo aqui por tanto tempo. Quando viajo pro Brasil, eu sempre noto que as pessoas que nao conheco andam lado a lado com vc na rua, no metro, no onibus. Pessoas que nao te conhecem colocam a mao no seu ombro, ou entao esbarram em voce com mais facilidade. Isso sem contar a familia que pergunta o que quer, fala o que quer, liga a hora que quer. Mas eh bom tudo isso. Eh bom ver esse lado tambem. As vezes eh bom ver a bolhinha ficar bem pequeninha e ter mais gente por volta.

  11. graziela says:

    Oi
    Monica, estamos igual gato e rato. Só Agora ví sua mensagem, trabalhei no final de semana passado e sábado agora (12) vou para a praia e volto no domingo. Se você ainda estiver aqui podemos nos encontrar domingo à tardinha ou um dia dessa semana para alguma coisa à noite. Me liga.
    beijos, Graziela

  12. scliar says:

    Monica,
    Pois é. Nem sei como lidar com isto. Meu irmão (20 anos no exterior!) já não se acostuma mais. Estranha o calor, estranha os insetos, estranha a bagunça. Minha filha (Canada) está na transição: estranha la (saudades de cá) e quando aqui, estranha cá (saudades de lá). Acho que quem vive fora fica sempre assim, meio desterrado, as raizes esparramadas pelos quatro cantos e um olhar que não vê mais profundo. E fico por aqui, para não invadir demais o seu espaço!

  13. Luciana says:

    Minha querida, passei para deixar um afago. Estamos bem, graças a Deus. Nesta reta final descobri que minhas plaquetas estão baixas (106 mil). Tenho consulta com hematologista no dia 15. Neste mesmo dia farei ultra com dopler 3 vasos e meu obstetra agendará a cirurgia. Estou confiante em Deus. Em breve voltarei com fotos do pimpolho.
    Agora ficarei ausente por mais tempo. Minha filha dará notícias sobre o nascimento de Gabriel.
    Beijo e muito amor

  14. Raquel says:

    Estou voltando ano que vem para Sao Paulo, moro em Boston ha 5 anos … Penso como voce … e complicado definir o limite entre convivencia e invasao … principalmente depois de se morar num pais onde acostumamos “ser” tao sos . AMizades, relacionamentos, familia da trabalho, exige paciencia e tempo …
    QUando voltamos de viagem do Brasil agora em janeiro … a primeira coisa que meu marido disse quando chegamos no aeroporto em NY e nos depararmos com o silencio aliado a leitura da sala de embarque foi : ” Eu precisa disso … desse silencio …”
    Descobrimos aqui, que o silencio e bom, que nem sempre traduz tristeza, mau humor … que pode traduzir paz, pensamento, encontro com nos mesmos …
    Beijos
    Boa Volta !!!

  15. graziela says:

    Mônica, cadê você???? Me liga.

  16. graziela says:

    É como dizia Tom Jobim:
    “Morar no Brazil é uma merda , mas é bom. Morar nos Estados Unidos é bom, mas é uma merda”
    beijos, Graziela

  17. Luciana says:

    Pois eu acho que tudo isso e’ a beleza do Brasil….nao ter isso e’ que devia deixar alguem preocupado