Enfim em casa. Posso ficar anos morando fora, mas quando chego aqui, sinto que meu cantinho, meu cenário dos meus sonhos é SP.
A viagem foi ótima, apesar da correria, e sermos anunciados para embarcar pois éramos os últimos. Luna chorando porque queria carregar a mala dela, mas sem andar rápido, eu estressada com o horário, indo no gate errado, enfim adrenalina total. Chegamos no avião, e ela ficou maravilhada. Assistiu o filme “Bolt” na maior folga, tomou o leitinho antes de dormir, e ficou encantada, dizendo que estava no céu. Dormiu a noite inteira, se comportou lindamente, junto com a Luana que veio na cabine conosco.
O intenso trânsito na marginal foi a recepção mais “paulista” que poderíamos ter tido. Luna curtindo o visual novo, e o máximo foi ela reconhecer a bandeira do Brasil e depois a Ponte Estaiada, que ela sempre vê no meu desktop. Várias mudanças desde a última visita, ruas e prédios novos, Monark demolida, minha rua que mudou de cara devido ao imenso prédio no final dela.
Luna fala com quem for no elevador, na rua. Fala em inglês e as pessoas acham a maior graça. Apesar de estar adorando passear no shopping com a Vovó, ser paparicada pela família toda, hoje acho que a saudade bateu e ela pediu pra ir pra “casinha” dela em New York.
Fora isso, ver tantos guaranás nas prateleiras do supermercado, variedade de sucos maguary, linguiça, pão francês, mamão e ter pastelaria aqui na esquina, dá um conforto enorme. Assustador mesmo é o preço das coisas. Suprimentos para escritório, (50dvds por 70 reais, 100 em Ny custa 19 dolares) roupas, cinema, estão o olho da cara, cada vez que venho, estão mais caros. Preço dos carros, da lava-louça, do limpador de para-brisa (70 reais), e dos restaurantes, também entram na lista.
Estamos amando, o clima está perfeito, (estou tendo a primavera que nao apareceu em NY) e o melhor é que a alergia da Luna desapareceu. Andar de carro é tudo de bom, mas o trânsito intenso está cada vez mais tirando parte desse prazer. A simpatia do nosso povo, é priceless. Em muitos momentos, a minha vontade é de rasgar a passagem da volta, mas quando paro no farol, vejo moto se aproximando do carro, e meu coração já fica meio acelerado, logo desisto de rasgar a passagem… Neuras que são mais exageradas depois que vivemos e experimentamos o prazer de não temer a aproximação de pessoas do seu carro, tirar foto na calçada com sua máquina top, abrir seu laptop em local público, e falar no seu celular sem se preocupar com mais nada.



