Aborrecentes

Hoje eu estava vendo uma Jornal Hoje reportagem sobre adolescentes e cheguei a uma conclusão: “Cara! tipo assim, tô ficando velha!!”. Ainda hoje me lembro de quando EU era adolescente e achava os adultos todos caretas, que gostavam daquelas músicas chatas, aqueles papos sem graça, não entendiam a minha gíria e cheios de nóias pegando no meu pé. Hoje ao ver a reportagem, me vi alí, achando toda minha geração o máximo e toda sabichona, me achando a dona da verdade. Fiquei impressionada como hoje pensamos e vemos o mundo de uma maneira tão diferente, mas com a sensação de que nem tanto tempo assim se passou, parece que minha adolescencia foi ontem… Fiquei espantada com a maneira que os jovens estão lidando com as relações.

Eu já tinha tido uma idéia disso no carnaval desse ano, mas achei que era somente porque era carnaval. Mas na verdade a vida está assim, dentro e fora do carnaval. Na reportagem estavam falando sobre o ficar. “Ficar” na minha época era dar uns beijinhos, e até umas escorregadinhas de mão, mas geralmente vc já conhecia o menino ou se acabou de conhecer, demorava um pouco pra chegar nas escorregadas, claro você sabia o nome dele e pegava o telefone, mesmo que não fosse ligar. Ficava no máximo com uns 2 por noite, exagerando MUITO. Agora o que vi é assim: Ficar significa beijar o máximo que puder por noite, um menino de 17 anos dizendo que é normal ficar com 6, 8, 10, 12 em uma baladinha e depois ainda ficam competindo, contando para os amigos com quantas ficaram, e quem ficou com mais. Muitas vezes não sabem nem o nome da pessoa que beijaram ou então até transaram, já que esse ítem nessa moderna versão de “ficar” foi incluído tipo assim sem nenhum problema! “Você começa a beijar depois vai para o quarto, que é um lugar mais calmo, e até rola um sexo”, disse uma menina de apenas 15 anos.

Putz, se tiver um adolescente lendo o meu post, deve estar pensando de mim o que eu há alguns anos atrás pensava dos meus pais, caretas que não me entendiam… Como não tenho muito contato com adolescentes, quando vejo coisas como essa, realmente fico meio assustada, e olha que eu sempre fui mto cabeça aberta. Imagino como será quando eu tiver um filho e ele estiver adolescente, se hj em dia já estamos nesse ponto… Para completar, após ter visto a reportagem do Jornal Hoje, acabei caindo sem querer nessa reportagem que achei ótima, reflete bem isso que eu senti!

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