Minhas Impressões

Paris para mim foi encantador, muito mais do que eu esperava com certeza. Assim que cheguei achei que estava em São Paulo, vendo o logotipo do Carrefour, postos Shell, carros conhecidos como o Vectra, Ka, os Renaults e Peugeots que estava acostumada a ver por lá. Achei que a semelhança fosse ficar por aí, mas a cada dia que passava ia descobrindo mais coisas que me faziam sentir estar mais próxima ao Brasil do que me sinto em NY.

Ao contrário do que muitos dizem, achei os franceses simpáticos. Acho que quem diz que eles são antipáticos, é porque ainda não estiveram por NY. Ir ao museu do Louvre e o segurança brincar com a gente na hora de revistar as bolsas foi algo que realmente me surpreendeu, pois já estou acostumada com as caras carrancudas e o jeito rude dos Nova Iorquinos. Sempre que falávamos com alguém em inglês, eles tentavam entender e nos responder em inglês também, as dificuldades da língua foram realmente com quem não fala inglês mesmo, aliás fiquei surpresa com a quantidade de lugares e pessoas que não falam inglês. Mesmo no aeroporto, a moça que fez nosso check-in para LONDRES na volta não falava inglês.

Parece-me que os franceses são assim, sem muitas preocupações, sem muito stress. As lojas fecham aos domingos e muitas só abrem após as 11 da manhã. Sem contar nos locais que fecham para o almoço, durante 2 horas. Assim vão levando a vida, de uma maneira gostosa, com seus cafés que na minha percepção, é uma versão mais estilosa e charmosa dos nossos “botecos”. Pela primeira vez depois que saí do meu país, senti novamente aquele clima gostoso de um bar, cerveja, bem ao estilo brasileiro. Quando dizia que não via graça em sair para tomar um chopp em NY no verão, eu não conseguia explicar o porque. Não tinha o mesmo clima dos bares no Brasil, achava tudo muito mais sério, ou sei lá… mas em Paris, é diferente. Estavámos em um café às 7 da noite, com um super sol e a maior galera lá bebendo e só vendo o tempo passar. Amigos iam chegando, cumprimentando, sentando, bem ao estilo dos nossos bares, aonde cada um vai chegando, sentando e pegando sua cervejinha. Depois um sai, outro chega e assim vão revezando, em plena terça feira. O interessante mesmo é que as cadeiras das mesinhas na calçada são todas viradas para a rua, ou seja, em uma mesa redonda, as cadeiras não ficam em volta da mesa e sim lado a lado, viradas para a rua, parecem uma arquibancada. Esse é o passatempo por lá, sentar, beber e ficar olhando o movimento das pessoas passando com a baguete na sacolinha, cena bem básica por lá.

O povo e a cultura também achei muito mais próxima à nossa do que a dos americanos. O povo troca olhares, paqueram na rua, parecem que tem muito mais swing e que são mais “soltos”. Claro que com isso vem outras coisas indesejáveis também, como os brasileiros, eles não seguem muito as regras. Acho que uma coisa não combina muito com a outra, não dá para ser assim livre leve e solto e ao mesmo tempo ter a coisa boa do americano que é respeitar o espaço do próximo. Os carros não respeitam muito os pedestres, lambretas sobem nas calçadas, andam na contra mão, muitos cães não andam na coleira seus donos os deixam soltos e pior, não recolhem a sujeira. Essas foram umas das poucas coisas que não me agradaram em Paris. No geral a cidade é limpa, mas é cocô de cachorro para todo lado e o povo realmente cheira mal. Entrei em uma cabine telefônica aonde estava um rapaz, quase morro, não consegui ficar lá dentro. No metrô, no museu, enfim era cheiro de CC para todo canto.

Amei esse lugar, um banho de cultura. A cidade respira arte e história, para todo lado que você olha, vê coisas belíssimas, aprende-se sem querer. Meu lado artístico despertou, estou cheia de vontade de retomar muita coisa e cheia de pique para fazer coisas novas, que sempre ficavam apenas nos planos, espero que não seja temporário. Nada como uma viagem a Paris para mudar esse quadro, recomendo MUITO. Achava que Paris era apenas uma cidade romântica, mas é muito, mas MUITO mais do que isso. Aliás romantismo é o de menos perto de tudo que Paris oferece. Fiquei uma semana e não vi tudo que queria, se tivesse outra semana conseguiria preencher inteira somente com as coisas que deixei de ver. Eram 14 horas por dia andando e explorando a cidade. Chegávamos no hotel mortos de cansados, acabados, mas dia seguinte, pernas para que te quero e haja pernas!

Ainda estou arrumando os álbuns e outros vem por aí. Aqui uma palhinha das fotos, tenho muito mais para mostrar, aguardem!


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