Enfim, uma batidinha

Bater o carro esta na lista de uma das coisas mais chatas que tem. Além de normalmente você perder o dia todo entre discussão, B.O, etc, fica aquele festival de “se’s” na cabeça. Se eu não tivesse parado tão rápido, se eu tivesse vindo pelo outro caminho, se eu não estivesse no celular. Todas as vezes que bati o carro, ficava com aquele peso, pensando como foi, como poderia ter evitado, que por questão de segundos eu poderia ter mudado a história e nada teria acontecido. Depois a encheção de vistoria, franquia, oficina. Da-lhe ficar sem carro durante um tempo, depois ver que o serviço ficou mal feito, volta pra oficina, reclama se estressa. PUTZ! Toda vez que vejo uma batida, penso que desse mal estou livre, pelo menos aqui em NY! Hoje teve uma aqui na esquina de casa. Só ouvi a freada forte e a porrada depois. Dois carros envolvidos, e depois de umas 3 horas, outra freada, outra batida. Parece coisa de filme, mas foram 2 ocorrências diferentes no mesmo local, sendo que na segunda, os carros da primeira ainda estavam lá.
DSC_1839.jpg O americano dirige muito mal. Sei que não é legal generalizar, mas nesse caso, não posso evitar, pois eu vejo TANTA barbeiragem, tantos absurdos. Eles batem no carro da frente pra sair de uma vaga, dão ré batem no de trás. Pra estacionar, é outro bate bate e ainda sobe na calçada, não bastando tanta abobrinha junta, ainda conseguem bater no hidrante. PUTZ!!!!! Mas parece que trânsito realmente não é muito esperto aqui, tanto em relação aos motoristas quanto aos engenheiros que planejam toda a bagunça. Vejam o absurdo, quando duas avenidas grandes se cruzam, fazem a cruz, eles podem fazer a conversão de qualquer maneira. Não funciona como no Brasil que você precisa fazer o retorno. Imaginem a confusão! Abaixo vou explicar melhor como é isso. Mas é por esse motivo, que toda vez que vejo uma batida, eu penso: BEM FEITO ou FINALMENTE! pois com tanta braçada que vemos, o número de batidas ainda é pouco. Não sou nada politicamente correta, penso isso mesmo.
Vejam que engenheiros inteligentes: Quando o farol abre pra Washington Avenue o pessoal na rota laranja pode virar à esquerda na Atlantic Avenue ao mesmo tempo que o pessoal que vem da Winkett Avenue em verde, pode virar na Atlantic à direita. Faz sentido? Uma fila de carro bloqueia a outra e eles ficam tudo travados ali no meio. O laranja não consegue virar à esquerda pois tem fila de carros verdes tentando virar à direita.
Quando o farol da Atlantic abre, outra confusão. Os de vermelho que estão vindo do leste (lado direito) sentido oeste (esquerdo) não conseguem ir reto, pois os azuis que vem do oeste, querem sempre virar na Winkett a esquerda ou fazer o U. Eu que sempre reclamei de ter que fazer retornos, agora entendo perfeitamente a sua necessidade. Nosso trânsito é muito melhor planejado, e nossos motoristas apesar de mais imprudentes, são muito mais “pilotos”. Ainda bem que estou longe dessa loucura burra que é o trânsito dos Estados Unidos.

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15 Responses to Enfim, uma batidinha

  1. MybIKE says:

    Oi Mo,
    Sim, é uma zona mesmo, pelamordedeus.
    E olha que podem ser barbeiros, mas pelo menos respeitam pedestres, hahahahaha.
    Imagina esse cruzamento aqui, com motoqueiros e pedestres, hahahaha, seria hilário, tipica cena do “Happpy Tree Friends”, ainda bem que aqui é dificil ver um cruzamento assim.
    Beijo

  2. Mercia says:

    sim… realmente… muito ridiculo!!!
    eu tbm acho os noruegueses meio burros em engenharia de tráfego.. mas aqui é o contrário… eles fazem todos os carros pararem ao mesmo tempo para abrir os pedestres… então as vezes é melhor atravessar na diagonal (duas ruas ao mesmo tempo)… uma coisa ridícula!
    o bom é que com todo esse transporte público por ai, vc não precisa de carro!
    beijos!

  3. Cátia says:

    Ai, que loucura!
    Mas essa de bater na frente e atrás na hora de estacionar não é exclusividade dos americanos não. Eu vi tanto isso quando morava em Paris. Lembro de ter comentado com um amigo parisiense sobre isso e ele respondeu “e como é que eles vão fazer se não baterem?”. Fiquei chocadérrima!

  4. Dricota says:

    Jesus até eu fiquei confusa com esse mapinha!

  5. Luciana says:

    Você já esteve em Belém? Pelo visto não..
    Você não tem noção de como é! Tudo que você já viu, já criticou, já reclamou, em Belém é 1000000 vezes pior! Sim, acredite em mim!! É triste, patético, stressante…
    Acredito que aí eles respeitam os pedestres e os direitos dos outros carros. Tô certa?
    Pois bem.. aqui não tem essa não, o laranja passaria por cima do azul sem piedade mesmo que o azul tivesse tanto direito quanto ele de estar ali..
    Bem, tá longo demais isso… meu ponto é: eu trocava esse trânsito bangockiano fácil pela loucura e barbeiragem americana.
    bjo.

  6. leticia says:

    hehehe
    li e reli sua explicação sobre as conversões e não entendi nadinda!!! como eu odeio dirigir acho que meu cerebro deu tilt!!

  7. Ju says:

    Loucura! Um amigo certa vez foi para o Peru, passear por todas aquelas cidadezinhas. Dentro de um carro daqueles (!) caindo aos pedaços, assistiu uma cena engraçada. Sem indicação de preferencial, é óbvio, uma combi e um outro carro colidiram. O carro ficou despedaçado, como se ainda fosse possível, e a combi também, na parte lateral. Os dois motoristas saíram dos veículos e o da combi falou: “Que passa, hombre?”. O outro respondeu com um aceno de mãos, visivelmente “borracho’. Entraram em seus carros e seguiram seus caminhos, simplesmente!

  8. Ju says:

    Loucura! Um amigo certa vez foi para o Peru, passear por todas aquelas cidadezinhas. Dentro de um carro daqueles (!) caindo aos pedaços, assistiu uma cena engraçada. Sem indicação de preferencial, é óbvio, uma combi e um outro carro colidiram. O carro ficou despedaçado, como se ainda fosse possível, e a combi também, na parte lateral. Os dois motoristas saíram dos veículos e o da combi falou: “Que passa, hombre?”. O outro respondeu com um aceno de mãos, visivelmente “borracho’. Entraram em seus carros e seguiram seus caminhos, simplesmente!

  9. bianca says:

    Realmente este planejamento é de uma tabaquice sem tamanho!
    cuidado por aí!

  10. wilma says:

    Isto foi planejado pra ser assim? Cosadeloco!! Vai ver havia pouquíssimo movimento e dava pra ser assim…será que quem passa pela via tem noção desse emaranhado de cruzamento?AFF!! parece uma armadilha…agora se fosse aqui seria um acidente por minuto…eu que já terro horror a cruzamento e mão-dupla, foi bom saber disso.

  11. Megan says:

    >O americano dirige muito mal.
    I find it amusing that there is a discussion among brazilians about how bad the drivers in other countries are. Not trying to create hate here… it’s just that I’ve never been afraid to cross the street here (even in big cities!) for fear that people are going to ignore stop lights, for example, like I was in Brazil. It’s the pot calling the kettle black… or maybe a matter of being unaccustomed to a particular brand of bad driving..

  12. Adriano says:

    Nossa, deve ser muitoooo dificil mesmo, eu não entendi bulhufas,rsrs…
    Mas valeu a intenção, acho que eu to meio devagar mesmo,rsrs
    Bjs

  13. catita says:

    tb acho eles ruim de volante… e por falar em batida… ontem teve uma feia aqui em frente ao ape

  14. Irineu Henrique de Lima says:

    Quantas informações reveladoras!!Parece-me que eles também dirigem, legalmente, bem mais rápido do que no Brasil!Esta situação é contraditória em uma nação onde o carro se tornou uma instituição! A informação que tenho é que eles são bem rígidos com estrangeiros que precisam dirigir nos EUA.

  15. Gláucia says:

    É, nem tudo pode ser perfeito. Bj.