Brasileiro sim senhor

Ja comentei aqui das vezes que reconheço brasileiros na rua, sem nem ouvir que estão falando português? Não sei o que é, mas só de olhar já acende o alerta, depois a confirmação que em 99,99% das vezes, acerto. Não decifrei ainda o que é que dá tão na cara, mas uma caracteristica comum e engraçada é como nós olhamos e reparamos nas pessoas.
O que é bem engraçado também, é que nós falamos alto de uma maneira tão livre, porque sempre achamos que ninguém vai entender nada em volta. É por isso que quando cruzamos com os conterrâneos, ficamos bem quietinhos, esperando a gafe.
Hoje no metrô E, a tarde indo pro médico, dois senhores sentados calados no banco em frente ao meu. Esses confesso, não tinham ligado meu radar, só reparei quando ouvi:
– Quanta figura estranha né rapaz?
– Ô nunca vi isso, olha o sapato daquele alí.
Quando saí, falei alto, “Ai que sono né filha”. Eles olharam assustados.
Hoje, no metrô C, indo pra casa, duas mulheres sentam ao meu lado na plataforma. Já achei que ela estava olhando demais pra Luna deitada no meu colo, reparando em algo. Passa uma mulher toda perua, e então uma delas olhando muito, medindo de cima a baixo diz: “Que formosa hein”. E começam a falar da roupa da formosa. No mesmo instante passa uma figura normal para os padrões de NY, mas nem tanto pros olhos dos brazucas: “Nossa olha esse, parece que caiu cândida no cabelo”. A outra adiciona: ” credo, que coisa feia”. As duas nesse ponto, obviamente com o pescoço totalmente virado pro lado onde ele estava, acompanharam e mediram, do início ao fim. Eu e Luna, no maior silêncio.

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12 Responses to Brasileiro sim senhor

  1. Vanessa says:

    Yep. Os brasileiros não conseguem disfarçar… MESMO. RS Eu tb reconheço brasileiros de longe. 😉
    Os americanos não são de ficar “medindo” as pessoas, mas aqui “pra nós”… os poucos que reparam tb se acham “a estrela da árvore de Natal”, como diz o meu marido. 😉

  2. MybIKE says:

    Oi,
    É engraçado mesmo, essa de ficar quieto apenas pra ver o que os outros achando que estão sem mais brazucas por perto, falam.
    É como um espião, uma lente indiscreta, ahahahahaha

  3. Simone says:

    Passa la na Macys entao… a lingua oficial devia ser portugues.. e tem cada uma, ne? ja vivi algumas cenas tbem.. e se for muito mico, sempre dou um jeito de perceberem que eu entendi.. so pra prestarem mais atencao da proxima vez.. ahah!
    uma vez tinham 3 na fila do cheesburger aqui da universidade, uma menina peruerrima, de nike shox brancao, novinho e jaqueta de couro branca, novinha tbem, comenta com o moco:
    – hoje vou jantar com vcs la naquele restaurante.. ontem ainda estava pensando em economizar, mas ja to quebrada mesmo, devendo ate o ultimo tostao do meu cartao de credito, que nao vai fazer diferenca nenhuma..
    (e eu atras, quieta.. na minha.. so esperando a resposta)
    ai o outro moco acrescenta:
    – ah.. nem liga.. pelo menos o meu eh o governo que esta pagando!
    ai o terceiro moco olha de cabo a rabo e lança:
    – ainda bem que aqui ninguem entende a gente, ne?
    e eu completo:
    – cuidado com o que fala, pq sempre pode ter gente que entende sim…
    ficaram com cara de paspalhos, pegaram os cheeseburgers e sumiram!
    🙂
    que maldade!!

  4. carla says:

    Sinceramente acho muito chato essa mania de reparar, eu quando vou par ao brasil nao reparo mais em nada nem em ninguem, mas vejo que reparam em mim.
    O que importa uma opiniao banal e superficial de como alguem se veste?
    Morando no Bairro de Hasidic Jews, nada mais me impressiona.
    Also… o pessoal do Brasil “acha” que sabe de moda, mas na verdade eles nao conhecem marca nenhuma. So sabem o que aquela atriz da Globo esta usando.
    Moda eh aqui que cada um tem seu jeito e faz o que quer!
    Ai tao mundinho pequeno!
    TOLERANCIA eh o que mais gosto em NY, e esse jeito de pensar de brasileiro Thank God eu abandonei!

  5. gloria says:

    Não entendo essa coisa de brasileiro que viaja,quando vê outro brasileiro,se finge de paisagem e não fala nada,só pra ver o que o outro tá falando e é lógico que um reconhece o outro da mesma espécie,que nem cachorro né? que pobreza ,de espírito né? e essa de ficar filmando …..ng merece ,cada um com seu jeito de vestir só não vale ira ao teatro de havaianas e camiseta sem manga,né….rsssssssrsrr

  6. gloria says:

    Não entendo essa coisa de brasileiro que viaja,quando vê outro brasileiro,se finge de paisagem e não fala nada,só pra ver o que o outro tá falando e é lógico que um reconhece o outro da mesma espécie,que nem cachorro né? que pobreza ,de espírito né? e essa de ficar filmando …..ng merece ,cada um com seu jeito de vestir só não vale ira ao teatro de havaianas e camiseta sem manga,né….rsssssssrsrr

  7. isabella says:

    De fato, é assim que eu decifro também os que são dos que não são: “(…)uma caracteristica comum e engraçada é como nós olhamos e reparamos nas pessoas.”
    Ontem mesmo no trem havia uma mulhaer olhaaaaando para mim… quando o celular dela tocou não deu outra: brasileira. hehe

  8. Raquel says:

    Voce tem completa razao, o jeito de olhar e diferente e como olham, hein ? Eu ja desacostumei com isso tb, e logo percebo e confesso que nao gosto de ser “medida” . No Brasil entao, o ceus, voce entra numa loja e as vendedoras te medem dos pes a cabeca inumeras vezes, e muitooo desagradavel, e feia essa mania, na minha opiniao.
    Um dia eu sai do metro com meu marido, ai um cara olhou pra mim e falou pro outro que estava com ele : “Olha, loirinha gostosinha” arghhhh . Meu marido foi ate eles e disse ” Cuidado com os comentarios, nao sao so voces que falam portugues” …
    E claro, que amo muita coisa na nossa cultura, mas nada mal adaptar oque ha de bom na cultura americana, principalmente quando moramos aqui.
    Beijos

  9. Soraya Guerios says:

    Logo que fui morar no Texas, em 2001, fui conhecer o shoping Galeria, em Dallas, com uma amiga brasileira que já morava há 4 meses lá e que deu graças a Deus quando cheguei porque neste período todo ela não tinha visto um brasileiro sequer naquelas paragens. Os dois vendedores estavam ocupados. Enquanto aguardávamos, reparamos na vendedora: baixinha, usava um vestido próprio para balada e impróprio para o trabalho, uma sandália de salto tão alto que não sei como ela não caía lá de cima..e nós duas comentávamos isso assim meio entre dentes, quando ela veio nos atender. Minha amiga com o inglês básico dela tentou pedir para provar o calçado e a vendedora tentando saber o número e sem entender, perguntou então num alto e sonoro português: qual o seu número, por favor??? É claro que ela tinha ouvido nossos comentários…pelo menos alguma coisa…ficamos tão sem graça, mas tão sem graça, que minha amiga pediu desculpas, desistiu da compra e fomos embora. Mas foi uma lição: cuidado, tem brasileiro em TODO lugar.
    Bjs,

  10. Sandra Vallim says:

    Olha gente, eu acho que essa coisa de reparar depende mais da cidade que do país.Aqui no Rio por ex. , não sinto muito essa coisa das pessoas repararem não,seja no metrô , na rua ou em lojas…já no ano passado qd tive em Charlotte, Carolina do Norte , estava eu andando num imenso shopping center de lá e de re pente , pára uma mulher para elogiar meu sapato, que era da Osklen…só faltou perguntar onde comprei, e tb uma senhora numa loja vendo eu e minha filha conversando veio perguntar se éramos francesas…que a roupa da minha filha era linda(da grife carioca Farm)…em cidades grandes com muito movimento, isso é mais difícil, acho feio demais reparar nos outros…

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