Acho o máximo toda manhã quando levo a Luna na escola, ver aquela multidão de crianças andando na mesma calçada e indo para o mesmo lugar. Fico pensando comigo, como os pais em certas coisas são tão iguais e em outras, tão diferentes. Todo dia a mesma coisa, pais andando apressados mais a frente e a criança atrás se distraindo com qualquer partícula minúscula que se mova, ou conversando sozinha com alguém que só ela vê e ouve. As frases vou ouvindo conforme vou passando por eles, são sempre as mesmas: “Anda Chiquinho”, “Assim vamos chegar atrasados”, “Rápido”, ou resumindo bem “COME ON!”, essa é a campeã das manhãs. Os pirralhos nem se abalam, não mudam a velocidade nem para fingir que nos ouviram. Encontram seus amigos e acenam, esses muitas vezes vêem o aceno e ignoram (fico imaginando o que se passa na cabeça), alguns acenam de volta, poucos se abraçam, muitos apostam corrida pelas calçadas, e então os pais (decidam-se!) gritam: “WAIT!”. Logo a frente ao cruzar a avenida, 3 guardas de trânsito, que ficam apenas nos horários de entrada e saída da escola, controlam os motoristas que não respeitam a faixa, ciclistas que ignoram o sinal fechado e pais que correm nos últimos segundos do farol que pisca em vermelho, que na verdade deveria fazê-los finalizar a travessia e não começar (me incluo nessa). Aí então juntam-se todos na entrada e vagarosamente aquela multidão entra pela porta que é pequena para tanta gente entrando ao mesmo tempo. Esse é o momento que começo a perceber as diferenças desses pais que até então pareciam todos iguais.
- Tem os que falam com todo mundo, até com a parede.
- Os que não falam com ninguém.
- Os que já se apresentaram a você uma vez, já falaram oi alguma vez, mas não falam mais.
- Os que falam oi só quando estão de bom humor.
- Os que passam do seu lado e te conhecem mas fingem que não viram.
- Os que te vêem todos os dias na porta da classe, trocam olhares mas não falam nem bom dia.
- Os que ficam no meio do corredor conversando, sem total noção do quanto estão atrapalhando o caminho dos pais que estão apressados tentando chegar na classe sem pegar o “late pass” (e cada segundo conta).
- As mamães (solteiras ou não) que jogam o maior charme para os papais (solteiros ou não)
- Os que puxam saco da diretora.
- Os que marcam playdate até com a sombra das crianças.
- E os poucos normais iguais a você que acabam se tornando seus amigos 🙂
Mô, essa cena que vc descreveu começa na escola e segue pra vida toda. O cenário poderia ser em uma empresa e seria EXATAMENTE igual. Apenas com gente mais crescida.
Olá Monica!
Acompanho seu blog há algum tempo e agora que descobri minha gravidez, minhas visitas irão se intensificar por aqui!
Tenho impressão que os americanos são muito frios, mas tratando de pessoas que não temos muito contato é melhor uma frieza sincera do que um lenga-lenga falso, não? rs
Não sei se termino o post dizendo abraços ou atenciosamente, rs.
Olá …olha vasculhei todo o seu blog e foi muito legal pois estou me mudando para NY com esposo,filha e bebes gemeos que nascem em outubro ..bom previsto…só vamos 30 dias após o parto e estou sonhando com nossa mudança,bem cansada do Rio e realizando um sonho e deu para ter noção de muita coisa pelo ponto de vista de vc que mora….
Ameiiii
Ola, estava acompanhando seu blog, vc escreve tao bem! Por que parou de postar?
Bjos
Monica, está tudo bem? Acompanho há anos suas aventuras por aí, e esse silêncio por tanto tempo me deixa aflito. Volte, nem que seja para se despedir. Seu blog é visto por muitas pessoas, e garanto que todas elas, assim como eu, estão preocupadas.
Felicidades!
Eu tb pensei que fosse passageiro, umas férias, mas ela simplesmente “desapareceu” sem dar notícias. O que será que aconteceu?