Último dia de verão

E antes de ontem, dia 1 de setembro nosso feriado de Labor Day anunciou oficialmente o final do verão aqui no hemisfério norte. Mas o que na prática significa oficialmente acabar o verão, já que o sol ainda está quente, o ar condicionado permanece ligado, o suor escorre no corpo, e as mesinhas ainda estão nas calçadas? O que muda é que os eventos de verão nos parques acabam, as piscinas fecham e as praias também.A cabeça já começa a pensar no inverno que vem por aí, encher de roupas, casacos, AAAAAAAAAAAAAAAAH não, sem sofrer antes do tempo, melhor contar como foi meu último dia de verão.
By accident, descobrimos que no Vesuvio Park, no coração do Soho, tem uma piscina para crianças. Desde que descobri, fiquei planejando em ir, mas sempre rolava algo e acabamos não indo. De última hora, me lembrei que era o último dia que eu poderia aproveitar essa boquinha, e lá vamos eu e Luna as 10:30 para a Spring Street x Thompson. A capacidade máxima são 32 pessoas, sendo um adulto por criança, o que faz a piscina não ficar atolada. O ambiente agradabilíssimo, piscina ultra limpa, bem frequentada, povo educado. Lá fomos nós, depois de sermos barradas por estar com fralda normal, e não para água. Luna se divertiu demais, e eu ainda incrédula de como fui aproveitar isso apenas no último dia. Bizarro estar em uma piscina, olhando pra calçada e do outro lado da rua a DKNY bem na nossa frente. O que me impressiona em NY é que tanta oferta boa de lazer gratuito, nunca é lotado, parece sempre ter a quantidade de gente na medida certa, até como se fosse algo selecionado que você tenha pagado para entrar. Como todos tiveram a mesma idéia de aproveitar até o último segundo oficial do verão, houve uma fila de espera para entrar. Nada que demorasse mais do que 15 minutos, para alguém sair e outro entrar. Os pais sempre atentos, controlando os gritos dos filhos, os que adoram pular e espirrar água pra todo lado, eram chamados a atenção, pelos próprios pais. Todo mundo com noção de respeito ao próximo, cordialidade, e educação.
Como era um adulto por criança, quando Luna cansou da mamãe, fizemos o revezamento. Papai entrou na piscina, mamãe ficou babando na cria do lado de fora, cometendo o pecado de tirar foto com celular, porque esqueceu a câmera. Triste foi a despedida às 5:00 da tarde, quando a moça que cuidava do portão se despediu dizendo: “Até o próximo verão”.



Nessa última foto, ela não se conformava que escorria água da fralda, então toda vez que saía da piscina, ela tentava “torcer” pra sair o excesso
<< No Mundo da Luna: Vem de Berço >>

As meias e as bics

Navegando por aí, a gente vê cada coisa engraçada, e algumas são ótimas. Essa que achei nesse blog, foi perfeita. Viu mãe, não sou só eu que perco as meias!

Por que as meias brancas somem quando vão lavar e pra onde elas vão?

Porque elas somem eu não sei mas com certeza vão pro mesmo lugar onde as canetas Bic vão

Parto Normal é o Normal

Depois que fiz um balanço entre cesárea e parto normal, constatei que a cesárea só tem vantagens para mães e médicos, salvo quando realmente há uma necessidade real para que o bebê venha ao mundo através de uma cirurgia. Como acredito que o parto deva ser bom, tanto para a mãe como para o bebê, a solução mais adequada para mim foi o parto normal, com anestesia. Achei perfeito, recomendo, e meu próximo filho será exatamente assim, se tudo correr bem.
Desvantagens da Cesárea:
– Em geral, os bebês de cesárea nascem hipotérmicos e tensos.
– Bebês que nascem por cesariana método são expostos primeiro à bactéria proveniente do hospital, e não da mãe.
– O médico deve avaliar muito bem a idade gestacional. Um ultra-som bem precoce deve estar disponível para confirmar a idade pela última menstruação. Um erro pode ocasionar que o bebê nasça prematuro. A maior causa de bebês prematuros no país é a cesária programada de forma errada !
– O bebê é retirado do útero, não nasce, é assim privado da experiência ativa de protagonismo.
– Ele não está pronto para nascer, não recebeu as informações de que é hora de nascer, portanto seu nascimento é um ato de violência.
-Geralmente, há mais dor após o parto devido à incisão (corte) na barriga e à manipulação do médico. Necessita de maior dose de analgésicos. A dor e o inchaço no local demora cerca de 6 meses para diminuir, como toda cirurgia.
– Lembre-se que a cesárea não deixa de ser uma cirurgia, com todo risco de complicações de qualquer cirurgia comum (infecções, sangramentos, risco anestésico, trombose nas pernas).
Desvantagens do parto normal: (para a mãe, para o bebê não tem )
– Para mulheres que não fazem atividade física freqüente e têm uma fragilidade dos músculos do períneo, há maior risco de apresentarem prolapsos vaginais em idade mais avançada, ou seja, bexiga caída ou útero caído. Esses problemas podem ser corrigidos com cirurgia.
O Brasil é um dos países que tem a maior taxa de partos cesáreas do mundo: 40%. Perde somente para o Chile. E nos hospitais particulares então, chega a até 80%. Isso por medo de sentir dores, por parte da mãe e por dinheiro e conveniência, da parte dos médicos, mas no que a cesária é conveniente para o bebê? O engraçado é que na lista de vantagens do parto normal e vantagens da cesárea, o normal aponta sempre vantagens para o bebê, e a cesárea (por opção) aponta vantagens para os médicos e mães apenas, veja:
Vantagens parto normal:
– Permite à natureza seguir seu rumo, deixando o bebê nascer no tempo certo.
– A interação mãe e filho que é mais rápida – você ganha o nenê, corta o cordão, já coloca no peito da mãe e já pode até amamentar, o que na cesárea dificulta, porque ela está anestesiada e é mais complicado.
– Favorece a expulsão dos líquidos pulmonares do bebê, havendo menos risco de desconforto pulmonar após o parto.
– Os bebês nascidos de parto normal têm muito menos complicações respiratórias quando comparados aos bebês nascidos por cesárea.
Vantagens da cesárea: (Para a mãe, pro bebê não achei nenhuma a não ser em casos especiais)
– A grande vantagem é que a mãe pode decidir quando será o parto. Muitas mulheres trabalham, necessitando se programar para a chegada do bebê. É realizada no mesmo dia da internação.
A mulher não sente as dores do parto, ou se entrar em trabalho de parto, não sente por muito tempo.
-A gestante tem certeza de que o médico que a acompanhou estará disponível para fazer o parto. No parto normal, como não há hora para nascer, muitas vezes o médico não está disponível e um médico plantonista ou obstetriz conduz o parto.
Quando se deve fazer a cesárea?
Em certos casos, o parto cesáreo é indicado. Quando o bebê está sentado, em gestação de gêmeos, quando há complicações durante o parto normal, quando há sofrimento do bebê, quando há placenta prévia, quando há alguma patologia grave, quando o bebê passou do tempo de nascer e não se pode induzir o parto, quando há mecônio espesso, entre outras. O mecônio são as fezes do bebê. Quando estão em grande quantidade, tornam o líquido amniótico espesso e, se aspirado pelo bebê, gruda nas vias aéreas e dificulta a respiração.
Sobre a anestesia no parto normal –
Muitas pessoas dizem que faz mal ao bebê, que isso e que aquilo, mas aqui alguns depoimentos de médicos sobre a anestesia no parto.
1- A anestesia diminui as contrações uterinas e impede a mulher de fazer força?
Mesmo com o medicamento a mulher tem contração uterina. A diferença está em não sentir dor durante o processo. Como no parto normal usa-se anestésico em baixa concentração e menor volume, a mulher conseguirá fazer força e participar do nascimento. Já na cesárea, ela não deverá fazê-la.
2- Se aplicado no parto normal, o anestésico aumenta as chances do parto virar uma cesárea?
Ao contrário, a analgesia pode diminuir a incidência de cesáreas uma vez que facilita o desenvolvimento do trabalho de parto, pois a dor é menos intensa. Além disso, a anestesia melhora as condições do feto dentro do útero, porque a respiração da mãe permanece adequada, garantindo o envio de oxigênio para ele. E como a musculatura fica relaxada, a saída do bebê pelo canal de parto é facilitada.
3 – Quais os problemas que anestesia pode causar?
Se não for bem conduzida, pode causar prejuízos ao bebê como sonolência após o nascimento, principalmente quando é necessária a anestesia geral. Nestes casos, ele pode ter dificuldades para respirar e chorar. Para a mãe, pode trazer queda da pressão arterial, dificuldade para respirar, náuseas e vômitos. No parto normal isso não acontece, pois a anestesia fica concentrada na coluna e o medicamento não chega ao bebê.

Seres humanos?

Me revolta tanto ler um negócio desse. Dá vontade de chorar, de socar, de enfiar a cabeça dessas pessoas num buraco e enterrar. Mas passa, isso é só na hora que leio, mesmo porque não teria coragem de fazer isso com alguém. Fico pensando, que seres são esses? Humanos não são.
humano:
do Lat. humanu
adj.,
próprio do homem;
relativo ao homem;
bondoso;
benigno;
compassivo;

Como você dorme?

Com pijama? Sem pijama? Camiseta velha? Cada um tem sua particularidade ou manias ao dormir, e eu aqui morrendo de sono estava pensando na preguiça de trocar meu vestidinho de fortaleza por um pijama, e pensei: “Ah vou dormir com ele mesmo”. Logo me veio na cabeça a sensação estranha que sinto quando durmo com roupa que não seja feita para dormir. Acordo estranha, não durmo 100% normal. Prefiro pijamas à camisola, pois essa sobe, enrosca… o pijama garante mais sossego e cobertura. Dormir com meia, nem pensar, muito menos com anel, brincos ou relógio. Edredon sempre, mesmo no calor. Dormir sem roupa, totalmente nua, acho péssimo, passo frio, me incomoda, é pra mim a pior maneira de todas. Gosto de espaço, para abrir meus braços estatelados sobre o colchão, dormir agarradinho também não, só nos primeiros 3 minutos talvez. Difícil eu ter que acordar no meio da noite para ir ao banheiro, ainda bem. Sensível ao barulho pela manhã, mas uma pedra a noite. A posição preferida é de barriga pra baixo, e brigo com o travesseiro a noite inteira, tirando, colocando, pegando do chão. Sem barulho e sem TV de preferência. Escuro total, porta fechada.
Bom deixa eu ir lá pegar o pijama, esse papo me fez tomar a coragem de levantar daqui pra garantir um soninho melhor.
E você, dorme como, tem alguma mania?

Bullying

Hoje lendo essa matéria fui sentindo um aperto no coração só de imaginar a Luna um dia passando por isso. Essa coisa do popular (como eu tinha mencionado até no blog dela) me dá arrepios justamente por esse motivo. Normalmente quando a criança se torna popular, ela vai adquirindo uma força que nem sempre traz bom resultados pois nem todo mundo sabe lidar com ela. Me lembro que em todos os lugares que estudei, presenciei o Bullying acontecendo. Já fiz, já fui vítima, e acho algo super perigoso, as escolas não dão a devida importância/atenção a isso. Na minha opinião, isso influência (e muito) na auto-estima, a pessoa vai ficando cada vez mais retraída e consequentemente pode influenciar em tudo que essa criança vai ser ou fazer no futuro. Me lembro que pelo fato de eu ser MUITO magra na adolescência, ganhei vários apelidos, e por conta disso, morria de vergonha de usar o uniforme obrigatório na aula de educação física, pois me deixava ainda mais magra e sem bunda (a única coisa que eu tinha e que me salvava). Resultado? Quase repeti em educação física devido as faltas.
Me lembro que um dos piores casos nesse sentido que eu presenciei, foi na oitava série, que a classe inteira zombava de uma aluna, apenas pelo fato de ela ser muito magra, muito alta e feia . Era alvo de gozação todos os dias, ninguém queria dançar quadrilha com ela, nem fazer trabalho em dupla. Na época, não tinha noção do que essa rejeição significava, hoje fico imaginando, o que ela passou, o que sentiu e como isso pode ter afetado no que ela é hoje, e acho TERRÍVEL lembrar de toda a humilhação. Num outro caso horrível eu até participei algumas vezes, mas sem a noção alguma do que aquilo poderia causar. Era uma menina lá do prédio que tinha medo até da sombra. Todo mundo colocava medo nela, corria atrás e eu só me lembro das inúmeras vezes em que a Graziele saia correndo com os braços levantados, a boca aberta, gritando de pavor. Acho que fiz apenas uma vez, não me lembro de outras, eu e meu primo fingimos que ele ia me matar e eu gritava. Tadinha, ela ficou apavorada e saiu chorando. Dá até vergonha hoje quando me lembro, mas eu acho interessante como crianças não tem esse sentimento de dó, culpa, e faz essas coisas sem o menor ressentimento. Acho que é por isso que dizem que toda criança é má e me lembrando disso, a carapuça serviu perfeitamente em mim.

Sunset Jam on the Hudson – updated

Hoje é dia se Sunset Jam, um evento que tem todas as Sextas-Feira nesse verão, bem em frente ao Rio Hudson com vista para a estátua da liberdade. Um “workshop” de batuques e sons para as crianças, no final da tarde com um maravilhoso pôr do sol. Que mais eu posso querer? É simplesmente maravilhoso estar lá, mesmo que a Luna não dê muita bola e nem queira batucar, o ambiente é show de bola.
Foi lá que conheci a Simone, o Lelo, e a lindíssima Helena. A Simone chegou através do blog, quando estava de mudança pra NY, e depois estávamos tentando nos conhecer há um tempo mas as agendas não permitiam, até que um dia deu certo e eles foram lá compartilhar a bela paisagem conosco. A Helena é apenas 2 meses mais nova que a Luna, e a Simone faz aniversário no mesmo dia que a Luna. Semana passada, foi cômico a semelhança entre as duas, que além de term o cabelo exatamente da mesma cor, estavam super parecidas com os vestidos verde.Hoje lá vamos nós encontra-los de novo, se a chuva permitir. É por isso que eu amo NY, posso fazer tudo isso com segurança, num lugar bem frequentado e melhor, de graça!
Veja o álbum de fotos

Dói, um tapinha dói sim

Antes de ter filhos achava que não tinha nada demais dar uns tapinhas na bunda, e nem era contra uns puxõezinhos de orelha. Hoje, depois da Luna, sou totalmente contra. Concordo plenamente com educadores que dizem que bater, não serve pra educar ninguém, é apenas uma forma de extravasar a raiva que os pais sentem quando o filho apronta alguma coisa. Não condeno quem acha que umas palmadinhas fazem bem, de forma alguma, porém sou totalmente contra violência, aquelas surras fortes, que deixam marcas, machucam (isso ainda existe?). Não conseguiria jamais levantar um dedo pra Luna, pelo menos essa é minha posição até agora, e olha que já passei algumas raivas grandes, e nesses momentos confesso que deu vontade de dar uns tapas,mas também foi nesses momentos que percebi que se eu desse, seria 100% pra aliviar o que eu estava sentindo, mas sem nenhum objetivo de ensiná-la alguma coisa.
Quando começo a pensar ainda mais no assunto e imaginar eu fazendo algo desse tipo, me sobe um “No-no-no” enorme, e afirmo ainda mais a minha posição de que acho absurdo, machucar alguém fisicamente, e pra piorar, alguém você exerça algum poder. Na minha opinião, ninguém tem direito de agredir ninguém, seja pai com filho, homens com animais, pra tudo há sempre outra maneira de ser resolvido. Mais uma vez, não quero criticar os pais que não ligam pra uma palmadinha de vez em quando, estou apenas colocando o meu sentimento em relação a isso. Não me vejo levantando um dedo pra machucar minha filha, faze-la sentir dor com minhas mãos é algo que só de pensar, me dá repulsa.