Músicas

Eu sou daquelas que quando cisma com uma música, ouve o dia inteiro, ou até enjoar. E essas coisas normalmente acontecem impulsionadas por algo como, ouvi uma música que há tempos não ouvia em um bar, chego em casa baixo na internet e aí dá a louca de ouvir até não dar mais. Não me contento em ouvir apenas uma ou duas vezes, é como um copo d’água quando estamos com sede, tomamos até não ter mais sede.

O último epísódio desses aconteceu ao ver um pedaço do vídeo show, o Jorge Fernando e Mariana Ximenes cantando a música Odara do Caetano Veloso. Já baixei ela e outra que ontem vi no DVD e estou o dia todo fazendo o revezamento entre as duas, junto com uma música da Ivete. Por esse motivo, adicionei alí ao lado esquerdo um espaço para “o que estou ouvindo” e vou colocar um para o que estou lendo, para ver se me estimula a ler mais.

Falando em Caetano Veloso, eu sempre fico tentando entender suas letras, e ouvindo ODARA eu queria saber o que quer dizer, “Deixa eu cantar, pro meu mundo ficar Odara” O que será o mundo ficar Odara? Quem souber…

As letras de músicas internacionais pra mim nunca foram um atrativo, mas uma em particular me chama muito a atenção, eu gosto bastante.

Joan Osborne – One Of Us
If God had a name, what would it be
And would you call it to his face
If you were faced with him in all his glory
What would you ask if you had just one question

And yeah yeah God is great yeah yeah God is good
yeah yeah yeah yeah yeah

What if God was one of us
Just a slob like one of us
Just a stranger on the bus
Trying to make his way home

If God had a face what would it look like
And would you want to see
If seeing meant that you would have to believe
In things like heaven and in jesus and the saints and all the prophets

And yeah yeah god is great yeah yeah god is good
yeah yeah yeah yeah yeah

What if God was one of us
Just a slob like one of us
Just a stranger on the bus
Trying to make his way home
He’s trying to make his way home
Back up to heaven all alone
Nobody calling on the phone
Except for the pope maybe in rome

And yeah yeah God is great yeah yeah God is good
yeah yeah yeah yeah yeah

What if god was one of us
Just a slob like one of us
Just a stranger on the bus
Trying to make his way home
Just trying to make his way home
Like a holy rolling stone
Back up to heaven all alone
Just trying to make his way home
Nobody calling on the phone
Except for the pope maybe in rome

SAIA JUSTA

Estava assistindo agora a pouco Saia Justa na rede globo, e passou aquele episódio em que elas se vestem como elas acham que elas são, depois como elas gostariam de ser vistas, e no fim como elas acham que as pessoas as vêem.

Achei interessantíssimo, pois sempre me pergunto, como será que as pessoas me enxergam e se isso condiz com o que sou realmente. Às vezes é inevitável tentarmos passar por algo que não somos, muitas vezes já defini que não iria falar palavrão e ser mais quietinha mas não adianta, falo palavrão mesmo e sou uma tagarela. Aliás muitas vezes já tentei mudar a maneira como sou, pois no fundo não gosto de ser tão falante, às vezes acho que falo demais, ou falo o que não deveria ter falado. Mas não adianta, acho que serei tagarela o resto da vida, aprender o que se deve ou não falar, vem com o amadurecimento, e acho que isso cada vez aprendo mais, mas certas coisas são características nossa mesmo e nem adianta querer ser diferente.

Tentando seguir a linha do programa, não consegui responder como as pessoas me vêem, nem como eu me vejo, mas na parte de como gostaria de ser vista, eu acho que me vestiria de uma executiva poderosa! Só para vocês saberem, para quem não viu o programa elas se vestiram assim:

Como vocês se vêem:
Monica Waldvogel – Trabalhadora, operária (diz que trabalha demais)
Marisa Orth – Adolescente, menina
Rita Lee – Boba da Corte
Fernanda Young – Caseira, vestida de pijamas, meia e havaianas

Como elas gostariam de ser vistas:
Monica Waldvogel – Mulher Fatal
Marisa Orth – Mulher da terra, algo tipo Gabriela
Rita Lee – Brigitte Bardot
Fernanda Young – Uma personagem de um livro, me esqueci o nome, super rica, aristocrata

Como elas são vistas:
Monica Waldvogel – Uma colegial, inocente
Marisa Orth – Mulher Fatal
Rita Lee – Uma rockeira da pesada, toda de preto, drogadona
Fernanda Young – Napoleão

E vocês, como se vestiriam nas 3 opcões acima? Eu ainda estou tentando achar os meus dois restantes…

ANO NOVO NOS EUA

Já passei 4 finais de ano aqui na cidade, vou falar um pouco sobre eles.

O primeiro tentamos ir ao Times Square, mas chegamos um pouco tarde, e só conseguimos chegar no Central PArk, o local mais perto no horário que chegamos, ou seja, 18 quarteirões do local aonde fica a “bola”. Havia pessoas em cima das árvores, maior multidão querendo participar, tentar ver alguma coisa de lá, mas como estava um frio enorme e muita gente, resolvemos voltar e passamos a virada na casa do vizinho. Bom não foi, ainda mais pq resolveram vir conhecer nossa casa e estava a maior zona, mas enfim, valeu.

O segundo ano que passamos aqui fomos ao Times Square, chegamos lá as 6:00PM e já estava lotado, conseguimos ficar na altura da rua 47. Um frio de rachar, aproximadamente -10ºC, fomos encapotados de casacos, mas o vento no rosto super gelado, e os pés duros, pois ficávamos parados, era algo bem insano. Coisa mais sem graça, nenhum show, nenhuma música, apenas o telão passando umas besteiras. Ainda bem que conhecemos um casal paulista que estava alí também, e então o tempo acabou indo mais rápido. Eu olhava a bola lá em cima e não acreditava que era “aquilo”. Uma coisa minúscula, tanto que quando falei para uma senhora carioca que encontramos que era aquela a bola que iria descer, ela não acreditou e achava que eu estava brincando com ela. Deu meia noite, a “azeitona” desceu, o show de fogos e a chuva de papel foram bem bonitos, mas logo depois, 12:10am, a festa já estava acabando, as pessoas indo embora, e os rapazes da limpeza (os de vermelho abaixo) já prontos para começar a tirar toda a sujeira. Alguns brasileiros mais eufóricos, pediam festa, cantavam, mas não foram suficiente para começar uma festinha por alí.

Fiquei decepcionadíssima, americano realmente não sabe fazer festa, pude comprovar isso esse ano. Fomos com um casal de amigos passar a virada no TAO, um bar bem legal aqui, que tem um Budah lindíssimo. Acabamos de jantar as 9:30, e ficamos no bar bebendo esperando a virada. As 11:30 começaram a distribuir aquele chapéuzinho “Happy New Year” e uma tiarinha para as meninas, nada mais americano. Tinham várias bexigas pelo bar, que iam do chão ao teto, já imaginei na hora da virada, a bagunça que seria, as bexigas estourando e tal, mas quando deu meia noite, as pessoas apenas contaram os 10 últimos segundos juntas, se abraçaram, se beijaram e depois o bar começou a esvaziar. NENHUMAAA bexiga foi estourada! Imaginem se fosse no Brasil… iam pular, estourar todas, fazer o maior batuque… mas enfim, tive que me conter, pois se estourasse uma talvez me prendessem por suspeita de atentado. Apesar da comida ser boa, estar em boa compania, pretendo não passar aqui novamente essa data, pois se já é triste nao estar no Brasil, passar aqui é mais triste ainda.

Sem contar nos outros anos, um aqui em casa, saimos nas ruas e o povo batendo panela. O outro, estávamos numa cidadezinha linda, point de esqui por aqui, mas a noite, tudo morre. Passamos tomando vinho e vendo os fogos de copacabanda na TV embaixo do edredon.

That’s América.

Abaixo, fotos de 2000, Times Square. Depois coloco as desse ano

:-(

Primeiramente quero desejar à todos um Feliz Ano Novo com muita saúde, muita paz no coração de todos. Hoje para mim é um dia feliz e triste. Feliz por estar deixando 2003 para trás e entrar 2004 com o pé direito, e triste por estar fazendo 2 meses hoje que meu pai nos deixou. Inevitavel lembrar desse dia, inevitável ficar triste. Pela primeira vez fui olhar uma fotinho dele depois do que aconteceu, que é essa que estou colocando aqui, no casamento da minha irmã em fevereiro de 2003. Me emocionei bastante, mas foi bom ver, pois a imagem que esava vindo muito à minha cabeça era a dele no hospital.

Todas as noites eu peço para sonhar com ele, e essa noite, tive um sonho lindo onde ele me falava que estava feliz. É o que mais desejo nesse mundo, que ele esteja aonde estiver, esteja muito feliz, realizado. No meu sonho eu perguntava: “Pai, você tem saudades de mim?” ele me respondia: “Não sei te responder, eu estou tão feliz nessa nova vida…” e eu ficava muito feliz por ele estar tão bem. Sei que sonhos são meio doidos, e que devo ter sonhado tudo isso, pela conversa que tive com minha irmã ontem ao telefone, mas desejo muito que meu sonho fosse verdadeiro.

Pai, esteja aonde estiver, eu te desejo muita paz, eu sei que vc precisava disso, e tenho muita fé que você esteja muito bem nessa nova etapa da sua vida. A saudade aumenta a cada dia, e sempre que puder venha em sonho, pois cada vez que isso acontece, eu consigo matá-la um pouquinho que seja. Te amo pra sempre.

Update: Ainda não estou preparada pra ficar vendo a foto… desculpem, tive que tirar.

OFERTAS

A cidade está um caos, milhares de turistas para o Reveillon e se não bastasse esse atrativo, as ofertas estão irresistíveis. Está impossível andar pelas ruas, tudo congestionado, a visão do inferno. Na calçada não cabem todos, na rua só cabem os carros, e dentro das lojas o caos parece maior ainda, juntando com a gentileza nova iorquina que te vê com sacolas na mão tentando passar por um espaço minúsculo e não dão licença e passam na sua frente, vocês podem imaginar como está legal andar por aqui.

Acho que até vale a pena se aventurar nessa selvageria para conseguir os descontos. No Brasil quando entra em liquidação, (aliás sale, eles acham brega usar a palavra liquidação) elas são bem pequenas, uma peça na Zara Brasil, que custava R$159,00 caiu para 139,00 enquanto essa mesma peça aqui custava $90.00 e foi para $40.00.

Algumas ofertas que eu aproveitei:
Casaco Zara maravilhoso $165.00 $65.00
Calça cheia de bolsos Zara $95.00 $29.00
Blusa de lã com gola alta $55.00 $29.00
Roupão Victoria’s Secrets $78.00 $39.00

Apenas alguns exemplos, está realmente difícil de resistir, portanto se multidão não lhe incomoda tanto assim, já às compras!

Fotos

Eu adorei essa foto, foi o Leonardo quem tirou, mas o legal dela é que foi totalmente sem querer. A intenção era apenas de tirar do bonequinho com dinheiro, porém, nesse mesmo segundo, tudo aconteceu; o metrô chegou, eu ganhei um beijinho e pessoas passaram. Tudo na cena está em movimento exceto o boneco e o “casal” o que faz com que sejam o foco de atenção. Incrível como às vezes fazemos coisas sem querer, que se tivessemos planejado não teria saído tão perfeito.

Uma vez eu estava dentro do laboratório de fotografia revelando um filme numa sala completamente escura, não se via absolutamente nada. Abrimos o filme e a capinha eu joguei fora, pro alto, e caiu dentro do copinho dele que estava na mão da minha colega. Acho que eu precisaria ensaiar milhões de vezes para conseguir isso se fosse intencional. Bem que um dia assim sem querer eu poderia acertar na Lotto não?

Violência diferenciada

Eu fico indignada como a justiça brasileira funciona apenas para algumas camadas sociais no Brasil. Casal americano é assassinado no Rio, mobilização de toda a polícia na cidade, agentes de FBI e até testes de DNA para descobrir quem é o assassino. A casa do diretor de novelas da globo, Wolf Maya, foi assaltada e já estão presos vários suspeitos, enquanto uma costureira é assassinada, esquartejada, e o assassino está atrás das grades apenas porque se entregou.

Vai eu lá na delegacia dizer que minha casinha foi assaltada… vão fazer um B.O e me dizer: “passe bem”.

NATAL 2003

O natal foi bom, apesar de eu sempre ficar com os pensamentos bem longe e esse ano especialmente, pensando bastante no meu pai. Conversei com ele, e fiquei super feliz que sonhei com ele também.

Fiz meu primeiro peru!!! e por incrível que pareça, ficou delicioso, super molhadinho e saboroso, aliás toda a ceia foi minha primeira vez, primeira ceia, primeiro perú, primeiro arroz natalino e primeiro purê de maçã. Tudo ficou bem gostoso, apesar da minha constante falta de habilidade na cozinha em estréias, dessa vez tudo saiu bem legal.

Nunca monto árvore, não me dá muito ânimo, só eu e o Sérgio, não vale muito a pena. Esse ano nosso amigo Leo estava conosco, mas mesmo assim não me animei em montar árvore, algo que acho que tem a ver com família, super festa. Improvisamos uma para botar os presentes embaixo, e até que ficou simpático. Até a Luana ganhou presente, que aliás ela amou! Andou com o porquinho dela a noite inteira, e no dia seguinte, acordo com ela e ele ao meu lado.

Abaixo, algumas fotinhos da minha estréia.





Acordar e Exercitar

Eu não suporto acordar cedo! Pior é que vejo aqui o pessoal acordando cedinho, nesse super frio indo correr no parque. A coisa é tão exagerada que até embaixo de neve tem gente correndo, botam casaco, tênis, luva e da-lhe pernas. Toda vez que vejo isso, me sinto uma sedentária e preguiçosa, e prometo que vou começar a correr, mas sempre acho uma boa desculpa para adiar a decisão. Acho lindo a determinação, a vontade de correr e fazer, claro a pessoa tem que gostar senão fica forçado, e tudo que não se faz com prazer acaba sendo malfeito.

Mas quem sabe como resolução de ano novo, começo a acordar cedinho, correr no parque e depois, as tarefas! Falando em acordar cedo, me lembrei hoje daquela musiquinha “Vambora vambora, olha a hora, vambora vambora”, lembram, que tocava na rádio bem cedinho? Eu acordava as 6 da manhã para ir pra escola, isso é insano!!! Aliás nada mais irritante do que o relógio despertando, quando você está morrendo de sono. Minha irmã tem um papagaio que grita: “Wake Up! Wake Up!!! Goooood Morniiiing, Uhu!!! Wake Up!” e isso com uma voz estridente. Não sei como o bichinho ainda está inteiro, comigo não ia durar nem uma semana.