Minha Fofa


Bom ver a vida da minha irmã caminhando, eu que torci tanto por ela. A gente se dá muito bem, desde pequenas quando brincávamos de boneca, mesmo eu sendo 4 anos mais velha do que ela, sempre tem uma fase que coincide. Sempre que sentamos e começamos a nos lembrar das brincadeiras, damos ótimas risadas juntas, lembrando da imaginação que tínhamos, das bagunças, das coisas erradas que fazíamos. Aliás minha mãe veio descobrir muitas dessas coisas somente hoje, vamos soltando aos pouquinhos e ela fica abismada por nunca ter ficado sabendo.

Adoro ficar recordando momentos bons do passado, aliás depois que passa parece que foi melhor do que no momento em que o vivemos. Hoje é engraçado lembrar da gente botando limão no sutiã para fingir ter seios e ver que hoje somos adultas, vivemos tanta coisa e ainda nos mantemos muito unidas, até mais do que antes.

Nossa família é o que realmente há de mais precioso na nossa vida. Às vezes não acredito em uma verdadeira amizade, acho que amigo 100% mesmo somente seus pais e irmãos. Só por eles sinto que eu faria TUDO nesse mundo para ajudá-los. E por minha irmã eu já fiz milhares de coisas, absurdas até, me arriscando, mas faria tudo de novo, e só por ela, meus pais e meu marido, mais ninguém.

Hoje fico muito feliz por vê-la conseguindo realizar seus sonhos, começando sua vida e se sentindo feliz, parece que cumpri com minha parte para que isso acontecesse e isso me deixa realmente muito satisfeita.

Pelas Ruas que Andei

Hoje foi dia de matar saudades das ruas que eu costumava andar quando ia pra FAAP. Uma das avenidas que mais gosto é a Rebouças e hj passando por lá vi que algumas coisas mudaram, abriu uma KALUNGA enorme! Claro tirei foto para mostrar ao Sergio. Até do trânsito que eu tinha saudades eu tirei foto, e lembrei como é o CAOS na Marginal Pinheiros, mesmo em plena 11:00hrs da manhã. Mesmo assim achei tudo lindo, eu lembrei das minhas manhãs indo para a faculdade, chegava a dormir parada no trânsito.

Dormir novamente no meu quarto também foi muito bom, e agora que minha irmã casou o quarto ficou só pra mim e para a Luana que demorou mas já está quase que totalmente adaptada à casa. Já vai no colo de todos, mas implica com o rapaz que entrega cartas. Fora que estranha os cães enlouquecidos nos portões das casas quando ela passa, pois em NY ela fala com todos eles na rua e sempre é na paz, já aqui eles são mais estressados, pois ficam no quintal vendo o povo passar e latem o tempo todo. Mas como podem ver nas fotos, o chamego está grande por aqui.


Welcome to Brasil

É bom estar em São Paulo, ouvir minha língua apesar de estranhar quando ouço alguém falando português, eu logo penso: “Um brasileiro”.
Coisas de Brasil que eu já estava desacostumada, como um fusca de porta aberta num posto tocando samba e a maior galera em volta, um boteco aonde você entra e toma um suco de laranja natural e salgadinhos por apenas 3 reais, variedade de “snacks”, picanha na chapa em qualquer lugar, nossa é muito bom!

Ruim é ter que ficar neurótica com assaltos, eu me desacostumei. Quando vou ao banco tenho que ficar esperta para ver se não tem alguém me seguindo. Hoje fomos tirar dinheiro, escondi na calcinha, fui para o carro e só depois que guardei na bolsa e a coloquei embaixo do banco. Fora que cheguei aqui com as unhas pintadas de laranja e eu parecia um mico de circo, um monte de gente olhando. Não se pode fazer nada que saia do padrão que você já fica com vergonha, isso é algo que realmente estranhei assim que cheguei.

Precisamos comprar um monitor para a casa da minha mãe, e um simples 17 polegadas custa R$ 600,00. Um cartucho de tinta preto custa 139 reais, sem falar no feijão roxinho que em Ny compro por 1,60 e aqui custa R$5,80. São coisas que realmente estou mal acostumada, pois nos EUA é muito mais barato.

Claro, delirei ao ir ao carrefour, aonde comprei tudo que estava desejando como Yakult, iogurte natural, guaraná, manga de verdade, bisnaguinha seven boys, linguiça toscana e muitas outras coisinhas gostosas. A variedade no supermercado é bem diferente do que em NY, fiz a festa, mas me choquei ao ver o preço do chá que sempre tomo em NY, R$16,00.

Bom estar de volta, apesar dos acontecimentos tristes, mas estou tentando superar da melhor maneira possível. Mil coisas para serem resolvidas agora, aposentadoria, inventário etc etc.

A Temida morte

Sempre tive medo da morte… Quando penso nela me arrepio, não aceito, não tem jeito. Já tinha sentido a dor enorme de ter perdido minha avó, e achava ter sido a maior dor da minha vida. Ontem vivenciei uma maior… a ida do meu pai.
Ainda não caiu minha ficha, sei que a dor está aqui e vai continuar durante um longo período, mas queria muito poder fazê-la ir embora. A única arma que tenho é conseguir bloquear meus pensamentos na hora que ele insiste em me machucar. Não sei como nem porque mas acho que minha agonia de sentir dor é tão intensa que meu cérebro bloqueia meus pensamentos e o desvia do que vai me fazer sofrer.
Foi difícil ontem vê-lo voltar de onde ele veio, deixá-lo lá para sempre e saber que nunca mais estará comigo em carne e osso… é realmente muito, mas muito difícil. Foi bom saber que ele me esperou chegar aqui antes de ir embora, nos esperou chegar e lhe visitar ainda com vida, embora não pudessemos nos falar, e então no mesmo dia ele se foi.

Mas eu não disse adeus, disse “até um dia” e quando esse dia chegar vou poder dizer a ele o que não consegui dizer antes de ele partir, quero acreditar que isso vá ser possível, pois é uma das poucas coisas que realmente me consola. Espero que assim seja.

Obrigada aos amigos mais próximos que já sabiam e me mandaram emails e posts, só não tive cabeça ainda para respondê-los.

A Vida…

Eu sempre penso que não estou aproveitando 100% de algo que estou fazendo. Seja um bar, um parque, eu sempre acho que dá para aproveitar mais. Mas sempre dá para fazer o programa de novo e tentar consertar. O ruim é quando você percebe isso em relação a pessoas, e não é possível mais consertar nada. Mas é legal também quando você percebe a tempo de aproveitar tudo o que você pode antes que essa pessoa vá embora. Por isso me pergunto, será que vale a pena ficar tão longe de nossos familiares para ganhar a vida, viver melhor… e no fim, o que fica? O que realmente importa nessa vida que nos foi dada?

Help!

O que é Buttermilk na nossa querida lingua culinária portuguesa? E alguém sabe o que é unbleached flour? Qual a diferença da unleached flour pra farinha de trigo comum?
Meus neurônios estão em parafusos!

{Série Metrô}

{Série Metrô}
Incrível como as pessoas aqui não se preocupam em escolher um lugar para comer. Pode ser em qualquer lugar, no metrô, em uma praça ou parque (o que acho bem legal) andando na rua, sentado na calçada, enfim, todo lugar é lugar. Comer no metrô além de ser proibido, incomoda demais quem está em volta, o cheiro da comida é insuportável, fora que muitas pessoas deixam seus restos por lá mesmo. Imagine um indiano comendo no metrô e aquele cheiro forte de curry? Pois é, mas não há fiscalização e todos fazem tudo o que é proibido, como pedir dinheiro, ouvir música (sem headphone), comer, beber, e etc. Pior de tudo é que ninguém reclama, nem mesmo os funcionários do metrô, que vêem tudo calados.

Acidente em metrô

Antes de ontem eu estava no metrô C quando ele de repente parou no meio entre uma estação e outra e ficou parado durante 40 minutos. O mais agoniante era que não podíamos nem ao menos sair pela saída de emergência, ainda bem que consegui pegar no sono para o tempo passar mais rápido.

O que aconteceu é que um garoto de 14 anos estava voltando com os colegas da escola e resolveu “aparecer” para a turminha. Foi para um lugar no meio dos vagões, o qual é usado para se passar de um vagão para o outro, e dalí ele tentou subir para o teto do trem, para “surfar”. Normalmente isso é feito em estações que ficam fora, pois pelo menos há lugar para colocar a cabeça, já nas subterrâneas, não há espaço nenhum, só o suficiente mesmo para o trem passar.

Segundo o NY Times, o garoto subiu, bateu a cabeça em uma viga, caiu nos trilhos e o trem que vinha atrás passou por cima dele. Sua amiga disse que ao ouvi-lo gritar por socorro, tentou segurar sua perna, mas não conseguiu, foi escorregando e o garoto caiu nos trilhos. Só conseguiram avisar o condutor na próxima estação, mas até avisarem não houve tempo de se comunicar com o trem que vinha atrás. O que não entendi foi porque no momento em que ele subiu e pediu socorro, não acionaram o freio de emergência. Sempre que tem avisos sobre como proceder em situações de emergência, falam para nunca acionar o freio, eu até me perguntava, pra que serve então? em que situação deve-se usar o freio? Essa era uma delas, ao menos se o trem parasse, com certeza haveria tempo de avisar o trem que vinha atrás e salvar o menino, caso ele já não tivesse morrido somente pela queda.

Aí vem a família dizendo que ele era um menino muito bom que jamais faria isso, que provavelmente deveria ter sido desafiado pelos colegas, aquela velha história “meu filho jamais faria isso”. Se não fizesse, não seria um desafio de colegas que iria tirar o juízo do garoto. Às vezes parece que os pais são os que menos conhecem as crianças. Elas são uma coisa em casa e com os colegas são completamente diferente, e os pais confiam plenamente apenas naquilo que presenciam no pouco tempo que passam em casa com eles. Sei perfeitamente que os filhos agem de uma maneira com os pais e de outra com os amigos, afinal já passei por essa fase e também era assim. Quero ter dicernimento o suficiente e cegueira de menos para saber do que meu filho é capaz de fazer quando está longe de casa.

PS: Só para esclarecer, acho que me expressei mal, eu acho que os pais não tem culpa alguma, não é pela educação que deram que o menino faz isso, o que disse apenas é que os pais sempre saem nessa defensiva achando que os filhos nunca são capazes de fazer essas loucuras, ficam meio cegos.

Coloridos!

Ah, e uma passadinha ontem na Duane Reade para testar os esmaltes. Pior é que não tirei da unha e hj o dia todo andei assim, mas NINGUÉM nem notou, afinal estamos em New York, aonde tem todos os tipos mais estranhos do mundo. É bom, vc pode sair maloqueiro, nada combinando, com uma roupa muito estranha e feia que ninguém liga, e como não tive tempo de tirar ontem nem me importei em sair assim, pois sabia que não iria passar ridículo. Fiquei me imaginando com essas unhas em São Paulo, passeando no shopping, assinando cheque, e todo mundo olhando e rindo, não seria assim?