Meu apê!

002.jpgLembram que postei aqui há um tempo atrás a foto do meu apê que está sendo construído? Será entregue em Junho e eu estou na maior ansiedade. Claro que não deveria estar, afinal quando entregarem as chaves, lá vem despesas como escritura, condomínio e aquelas despesas extras que sempre aparecem no final. Mas mesmo assim estou numa super expectativa, será MINHA casa, MEU lugar e fico muito feliz pois depois de tanto tempo sonhando, tenho meu próprio apartamento, uma conquista muito importante para mim. Agora fico na expectativa, pois no site da construtora, eles só fazem update da foto a cada dois mêses, e já estamos em abril, a foto que peguei de lá é de Janeiro e Fevereiro, com certeza já está muito mais adiantado do que isso.

Quando eu e Sergio namorávamos e eu tinha 16 anos, sempre queríamos ver filmes juntos a noite, mas o final sempre era ruim porque ele tinha que me levar em casa e eu e eles estávamos sempre morrendo de sono, morria de preguiça de levantar, sair, etc… Sempre falávamos em quando tivéssemos nosso próprio apê, que poderíamos ver filme e dormir. Claro que realizamos esse pequeno desejo quando fomos morar juntos, mas sempre fica faltando algo quando a casa não é sua realmente. Você quer fazer algo e não pode, não vai investir em um lugar que não é seu. Quando falávamos em comprar um apartamento, eu via tudo muito longe, quase impossível, pois era adolescente e ele estava começando a trabalhar, ganhávamos pouco e eu com meu pessimismo nato, achava que nunca teríamos nosso canto.

Quando viemos para NY, já tinhamos um apê em construção, o qual eu tinha mil planos, sonhava em ver o Sergio chegando do trabalho cansado, eu o recebendo na porta, enfim aqueles sonhos típcos de mulher e tinha até a cena inteirinha na minha cabeça, com os móveis no apartamento, a decoração já toda planejada. Tivemos um problema na obra e vendi o apartamento, mas esse foi especial pois foi o primeiro que eu realmente sonhei muito. Esse da foto, comprei depois e já não sonhei tanto, pois já estava aqui, já tinhamos nossa vida juntos, vou deixar pra sonhar o resto quando for morar lá 🙂

Que saudades…

E hoje faz 5 mêses que meu pai se foi. Dá uma angustia no peito, uma saudade enorme, misturada com revolta, impotência e aquele sentimento de devia ter aproveitado mais. É interessante como quando a pessoa morre parece que todos seus defeitos desaparecem e a única coisa que realmente pensamos é na falta que ela nos faz e o quanto não aproveitamos a sua companhia. Aquele sentimento de “se” pudesse voltar ao tempo, teria passeado mais, curtido mais, abraçado mais, beijado mais. A teoria de que damos muito mais valor quando perdemos se reforça. A vontade de dar um último abraço e falar tudo aquilo que nao foi dito fica no pensamento, junto com a imagem, daquele sorriso safado, as esfregadas de mão, os dedos estralando no ritmo do Jazz, Frank Sinatra, Natalie Cole e a trilha sonora de Chicago, enquanto cantava junto, com aquele inglês mal pronunciado, mas cheio de satisfação. Muita saudades pai, acho que nem eu e nem você imaginávamos quanta falta você faria a todos nós, mas a falta realmente é muito maior do que eu poderia imaginar…

Pode uma coisa dessa?

O marido de vocês implicam com algo que fazem, mas assim uma implicância sem sentido? O Sergio me disse hoje que se pudesse jogava fora minha caixinha de manicure e deletava o Movable Type do meu servidor hahaha ou seja, ele disse que irrita me ver fazendo unha e escrevendo tanto no blog! 🙁

Nostalgia

É impressionante como música nos traz a mente alguns fatos que já passaram, tão perfeitamente que parece um filme passando pela cabeça. Música realmente é uma coisa que mexe comigo bastante, às vezes quando fico com saudades do Brasil, boto umas músicas de carnaval alta aqui e me transporto… Tudo bem que a saudade aumenta, mas faz muito bem pra alma! Eu estava aqui agora ouvindo a música “Believe” da Cher, que marcou muito a época que vim morar em NY. Aí vieram a minha cabeça todos os sentimentos, os medos, as impressões daquela época, hoje até que sinto saudades…

O Sergio veio primeiro, e estava morando em um Studio em Upper West Side. Eu vim 2 meses depois, em Abril, precisamente dia 7 de Abril. Cheguei aqui na maior alegria, pô meuuu estou em NY, eu já tinha vindo uma vez, e estava morrendo de saudades. Como ele estava a pouco tempo no Studio e era um sublet, tinham algumas burocracias, por exemplo não tínhamos telefone pq o antigo dono cancelou, e não podiamos abrir uma conta nova não sei pq, nem TV a cabo, ou seja muito menos internet. No dia que cheguei estava ainda super presa ao que tinha deixado no Brasil, meus amigos do trabalho, minha família, então a única coisa que pensava era em mandar um email pra eles, mas tinha que ficar apenas na vontade… O Sergio me pegou no aeroporto, mas logo depois teve que voltar pro trabalho, e eu fiquei alone. Nossa quando me dei conta de que a partir daquele momento, aquela seria minha casa, aqui seria minha vida e essa seria minha cidade, entrei em pânico no mesmo momento.Chorei muito! E aquele frio de abril ainda me deixava mais apavorada, pois eu havia trazido meus casacos mais potentes, e mesmo assim morria de frio! Andava pela rua, achava tudo tão diferente… Olhava o supermercado e aquele lugar minúsculo que nem me lembro mais qual era o mercado agora seria o meu “Carrefour”. Foi realmente um choque aquilo pra mim. Voltava pra casa e não tinha nada pra fazer… nem computador, nem a Globo, só tinha meu Playstation que eu trouxe do Brasil. Ficava o dia todo jogando, esperando o Sergio voltar do trabalho. Sei lá pq eu não saía pra andar pela cidade, acho que eu queria fazer isso com ele no final de semana. Meus dias eram jogar vídeo game, ouvir música, ver a lista de aptos e ficar ligando. Tocava muito Rick Martin também, aquela “Livin la vida loca ” Aliás essa música marcou mais ainda minha chegada, pois me lembro que eu via posters dele em todas as lojas de cds da cidade!

As coisas depois foram se ajeitando aos poucos, mas demorou um bocado para me acostumar com a vida aqui… hj sinto saudades quando NY ainda era novidade pra mim, quando eu andava pelas ruas e não sabia aonde estava, quando descobri que na Barnes and Noble vc podia ler livros a tarde inteira depois fechar e ir embora, e ir aos poucos descobrindo as novidades… Nunca me esqueço da moça do Mac Donald’s que foi meu primeiro contato com o Ingles aqui em NY. Eu fui almoçar e pensei: “Ok não tem erro, peço o número 1 e tá beleza”. Pedi o número 1 aí ela pergunta: What kind of soda? e eu “Soda? Soda no! Coke! Ela olhou pra minha cara como posso explicar… bom quem mora aqui sabe bem que cara foi né? Ok, ela vem com a coca cheia de gelo. Eu falei: “No ice please”, aí ela fala: “Porque não falou antes de eu botar a coca????” ok, eu estava errada, mas no Brasil, a mocinha do caixa iria sorrir e trocar sem reclamar… mas tudo bem, achei que ja estava salva, é so pegar e ir pra mesa. Aí ela vem com uma coisa que na hora pra mim soou como “stérago?” Stérago? Que P*** é isso? Aí falei: Não entendi…. poderia repetir? Ela com uma delicadeza de um elefante mas falando bem devagar como se quisesse me dizer: Vou falar bem devagar pra vc entender sua retardada “Do you want to eat here or you want to take it home?” AAAAAAAAAAAAAAAAH entendiiiiii aqui mesmo obrigada. Depois desse dia eu parei de falar inglês. Traumatizei. Isso pq eu já tinha estudado 7 anos na cultura inglesa e achei que sabia tudinho! Mas quando vc chega aqui é que vê a diferença do que aprendemos no Brasil e o que realmente eles falam. Demorou um tempinho pra eu me acostumar, mas agora não estou nem aí, até brigar em inglês eu já briguei, qualquer dia conto o episódio da negona que se pegou comigo dentro do metrô… patético.

TPM


Eu achava que TPM era frescura… Mas ontem eu estava insuportavelmente irritante. Estressada com tudo, mal humorada, e até com a minha tchuchuca que nunca me irrito, eu me irritei.
Eu nunca sofri de TPM, e só vejo essa explicação já que meu humor é normalmente muito estável. Será que a mudança de anticoncepcional pode trazer essa tal TPM? hoje até deu uma melhoradinha, mas fiquei assustada…

About a TPM…
As mulheres mudaram sua forma de pensar, de agir, cuidar da saúde, envelhecer e morrer. Hoje, elas são mais ativas, independentes e empreendedoras. Ou seja, elas disputam espaço com os homens. Mas apesar de tudo isso, ainda enfrentam um grande dilema, a TPM.
Muitas ficam irritadas, agressivas, dispersivas e choram por qualquer coisa nos dias que antecedem a menstruação. No trabalho, o rendimento cai e há mal-entendidos com chefes e colegas. Todas essas transformações emocionais, comportamentais e físicas estão relacionadas com o funcionamento do seu corpo.

Porque a TPM? Todo esse desconforto ocorre porque o óvulo esta dentro de um folículo no ovário da mulher, desenvolvendo-se através de um hormônio chamado estrogênio. Este hormônio é o determinante da feminilidade. Durante 15 dias ele estimula a maturação do óvulo. Quando já está maduro, o óvulo é liberado pelo folículo e transita livre pelo aparelho genital feminino, esperando seu par, o espermatozóide, para fecundá-lo. Nessa fase, o hormônio liberado é a progesterona. Caso não haja fecundação, há uma grande diminuição na produção de ambos os hormônios. Acontece uma descamação da camada interna do útero, que estava preparada para receber um neném e o óvulo não fecundado sai junto com o fluxo menstrual.
Vários sintomas, como sentimentos depressivos, de abandono; irritabilidade; fadiga, cansaço, distúrbio de sono e alimentar; dores de cabeça, musculares, retenção de liquido, aumento dos seios e de peso, aparecem uma semana antes da menstruação e só vão embora alguns dias depois que o período se vai.

Minha vez de dizer: Mulheres….
Homem até nisso tem sorte, além de não sofrer a dor do parto, poder namorar todo mundo sem levar fama e em alguns casos ganhar mais do que as mulheres, ainda não precisam todo mês aguentar essa chatisse!

Meu primeiro apê

Não tem nada mais gostoso do que a expectativa de esperar algo que você deseja muito. O meu apê está sendo construído, e em março de 2004 fica pronto!! A gente compra as coisas na planta e fica imaginando se vai ficar igual ao que vemos na maquete, e nas fotos ilustrativas… Como eu já me dei mal na primeira vez, fiquei meio traumatizada, espero que dessa vez tudo saia como realmente está previsto. Dessa vez que estive em Sampa passei por lá e quis fotografar tudo mas não me deixaram entrar na obra, snif snif, mas por fora dá para registrar então fico aqui contemplando o antes e espero que o depois seja igual ao da foto ao lado 🙂