Demais

Gostam de humor negro, sarcasmo, inteligência, e tirar uma com a cara dos famosos? Então precisa visitar o Te dou um dado. Um amigo me apresentou e não fico um dia sequer sem dar uma espiada. Eles são muito bons, as sacadas são geniais. Já morri de rir hoje com a Susana Werner e a Britney Spears.
Outra coisa, eu afastada do Brasil, fico sabendo das gírias quando alguém aparece por aqui, ou vendo as notícias e entrevistas nos jornais brasileiros. Acho tão, mas tão horrível a expressão “pagar calcinha” “pagar peitinho”. Que é isso? Pagar? Credo, me dá até ânsia ouvir isso.

Taxas, pra que te quero?

Ai que pena, eu, consumista-compulsiva-online, terei agora que pagar taxas. Uma das grandes vantagens de comprar pela internet pra mim, é o fato de não pagar a taxa do estado quando compramos nas lojas. São 8.375% a mais na compra, ou seja, quando comprei o carrinho da Luna por exemplo, fez uma enorme diferença comprar na Amazon, pois eu tinha o frete grátis e zero de taxa. A mamata está acabando, a partir do dia 1 de Junho, várias lojas que enviarem mercadorias pro estado de New York, deverão cobrar a taxa dos seus consumidores. Ironicamente essa lei foi batizada de “Amazon Tax”, e irá afetar não só a ela, mas a todas as grandes lojas que vendem mercadorias na rede. A reclamação vem dos lojistas que acabam perdendo inúmeras vendas para a concorrência online, e depois de muito vai e vem a lei aprovada entra em vigor no mês que vem. Já coloquei algumas coisas no meu shopping cart, mas como não são coisas caras, desisti de evitar o gasto a mais, pois no fundo só faz mesmo diferença se eu fosse comprar um computador, uma TV etc. A Amazon não ficou quieta não, colocou na justiça. Estou torcendo por ela.
Minhas recorrentes compras na internet:
Fraldas e lencinhos – Diapers.com
Compras de casa – Freshdirect.com
Comida da Luana – Petfooddirect.com
Besteiras, Livros, eletronicos e eletrodomésticos – Amazon.com
Produtos de informática- newegg.com

Docinhos mágicos

Meu vício desde minha temporada no Brasil são os docinhos da Monica. Viciei, comendo todo dia no trabalho, e simplesmente não consigo ter vontade de outra sobremesa, após o almoço, só penso neles. Os meus prediletos são o de leite ninho e esse de nozes. Agora, qualquer pessoa que venha para NY, está com a missão de traze-los, e na mão para não amassa-los. O bom é que como esses doces e o brigadeiro são muito doce para o paladar dos americanos, eu não preciso dividi-los com ninguém HA HA HA!
Quem quiser, é só entrar em contato, recomendo para todos os amantes de doces, e para festas então, são perfeitos. Ela faz em pequena quantidade para os que ficarem com água na boca e quiser experimentá-los.

Bom ou ruim?

Bom pra quem está longe e precisa da documentação, ruim pra quem tá longe e precisa de segurança.
Para pegar segunda via do registro de nascimento, não precisa que o requerente seja a própria pessoa, ou alguém com procuração, ou alguém da família. Sergio precisou da sua certidão de nascimento e a única informação necessária para o motoboy fazer o pedido era nome, data e hora de nascimento, hospital nome dos pais e cartório que foi registrado. Mais simples, impossível. Fico pensando se alguém sabe desses dados que não são difíceis de descobrir, resolve pegar uma certidão dessa, e ir lá tirar um RG no nome dele… estranho não?
Para fazer um pedido (via contador) das declarações de imposto de renda de uma década atrás, basta apenas um documento, assinatura reconhecida em cartório e pronto. O mais fácil ainda é contar com serviços online de cartórios, como o www.certidao.com.br, são vários documentos que podem ser pedidos online, e depois a maior dificuldade será selar o envelope e mandar pra cá.
Mas será que com essa facilidade, ainda estamos seguros da nossa privacidade?

Essas coisas…

Não entendo porque no Brasil, as pessoas precisam de todo jeito diferenciar empregados de patrão. Aliás, isso acontece quando a diferença entre eles é bem significante, pois em empresas normais, dificilmente você saberá quem é por exemplo o designer, o diretor de arte ou o dono da empresa apenas por olhar para eles. Mas, andando alí no calçadão do Rio de Janeiro, nas pracinhas dos bairros nobres de São Paulo, imediatamente conseguirá dizer quem é a babá e quem é a mãe. Não pelas semelhanças físicas com os bebês que estão carregando, mas simplesmente pela roupa que usam. Babá tem que usar uniforme. Me digam, pra quê? Pequeno…
Wikipedia:
Uniforme é um padrão de vestuário usado por membros de uma dada organização, durante participação em atividades organizadas por tal organizaçào. Alunos de escolas frequentemente utilizam uniformes. Perfomadores de atividades religiosas quase sempre utilizam padrões de vestuário. Uniformes modernos são usados por forças paramilitares tais como polícia, serviços de emergência, seguranças e por prisioneiros. Muitas vezes, trabalhadores de um dado estabelecimento industrial ou comercial utilizam uniformes. Os uniformes escolares criam uma padronização dos alunos, além de facilitar a identificação e o controle da entrada e saída de pessoas nas instituições acadêmicas.Outra vantagem dessa padronização é o barramento das taxações a partir das diferenças de classes sociais estampadas nas roupas evitando preconceito entre os próprios estudantes.
Post inspirado na noticia “Daniele Winitz escolhe uniforme de babá”

Spring has Sprung

Primavera chegando, os ânimos aumentam, as roupas diminuem. Tudo fica mais colorido, as pessoas mais soltas e alegres. Acho tão legal esse desprendimento das pessoas, de dançar, cantar sem ter vergonha, ainda mais porque sou assim. Não consigo dançar, pular, gritar sem me importar ou sentir algum incômodo por ter gente por perto. Aqui, tudo pode, eles dançam, de qualquer jeito, o que importa é a diversão e apenas isso.
Esse grupo sempre batuca no Central Park e as pessoas vão chegando, se aproximando, dançam, cantam, e cada um da sua maneira, com suas esquisitisses, e todo mundo se diverte, sem vergonha, sem cerimônia.
Tinha a indiana dançando como se estivesse num concurso de dança de salão, o tiozinho esquisito que dançava mais esquisito ainda, uma menina dançando timidamente mas com um gingado que não me engana, ela devia ter sangue brasileiro, e até a Luna entrou no meio, descobrindo a graça dos batuques ao ar livre do Central Park. Todos eles, cada um da sua maneira descontraída, com a felicidade estampada no rosto, é isso que vale.
A dança da Indiana

A do tio esquisito

A dos que tem ginga

E da minha delícia

Poses imperdíveis da Luna no Central Park.

Dia das mães

Segundo (ou seja, todos) dia das mães da minha vida de Mommy que passamos as 3 gerações juntas. Resolvemos almoçar em casa mesmo, já que o papai está dodói e quanto menos andar é melhor, e o mais gostoso foi Luninha almoçando conosco na mesa pela primeira vez. Ela sempre janta mais cedo, às 7:30 e almoça mais cedo também nos finais de semana. Hoje, ela atrasou o horario rotineiro para nos prestigiar com a sua presença. Ai que felicidade!

Rapidinhas

1. Ô, que meiga!
Diálogo com a assistente do meu médico, em uma consulta onde eu me queixei de falta de ar a noite e me deram um exame de respiração pra fazer, num aparelinho muito chato:
– Data de nascimento?
– x4/1x/19xx
– Peso?
– 132
– Altura?
– 5.9″
– Tem asma?
– Bem, não sei eu vim aqui justamente para…
– Tem asma? sim ou não, ponto.
– Não.
Mas o balãozinho em cima da minha cabeça dizia assim: Não sua vaca, eu vim aqui justamente pra descobrir sua imbecil, burra e estúpida.
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2. Caminhando
Aqui em NY existe caminhada (walk) pra tudo. Caminhada contra o câncer, caminhada da prevenção da asma, caminhada da Aids, mas hoje vi a mais bizarra, a caminhada de prevenção ao suicídio. Eu me matava só de ter que andar tanto.
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3. Espaçosos
A rua parada para filmagem aqui no bairro de um filme que só sei que começa com “Notorious”. Eu e Luna atrasadas para o daycare e somos todos parados na calçada. “Aguardem um minuto por favor”. Três minutos se passaram, e o metrô também, chegamos atrasadas. Acho isso uma puta folga ainda mais levando em consideração que é de manhã, na hora do rush onde todo mundo sempre está atrasado pro trabalho.
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4. Engordando
Porque a gente ganha peso quando ganha visita da mãe?

Ronaldo, na prática

Fiquei imaginando no dia em que pipocou o caso do Ronaldo e os travestis, quanto os celulares dele deviam estar tocando. Amigos consolando, outros querendo saber mais sobre o que aconteceu, alguns tirando o maior sarro da cara dele, os parentes mais próximos dando uma força ou lamentando o ocorrido, a imprensa atrás como urubu na carniça, e quantas ex- namoradas morrendo de rir, outras dizendo bem feito, e poucas realmente em solidariedade. Quantas palavras, desejos e sentimentos pelo escândalo das aventuras sexuais do Fenômeno.
Na internet lí uma famosa dizendo que Ronaldo pode ter relacionamentos sexuais com quem e como ele quiser. Na teoria é lindo mesmo, ele é um ser-humano, dono do seu nariz, que tem direito de fazer da sua vida o que bem entender e ninguém tem nada com isso. Mas na prática, é bem diferente. Ronaldo é celebridade, é ídolo, admirado, e justamente por esse interesse em cima dele, é que ele ganha dinheiro cada vez mais. De uma forma mais indireta, todos sim estão envolvidos na sua vida. Quando ligamos a TV e vemos nosso atacante ganhando o título de melhor do mundo, nos enchemos de orgulho, como se ele fosse realmente alguém que vivesse na janela ao lado. Se ele faz um gol após todas as críticas da copa de 2006 nos sentimos vitoriosos junto com ele, calando a boca de tantas pessoas que foram contra. Se Ronaldo se machuca, putz, ficamos arrasados, sentimos por ele, torcemos e muitos rezam para que dê a volta por cima.
Como agora podem querer que diante dessa notícia essas mesmas pessoas simplesmente não se metam, não palpitem e pensem que a vida é dele e ele faz dela o que bem entender? Difícil. Cada um vai julgar de acordo com o que pensa, com seus valores, mas não vão conseguir não julgar. A vida de Ronaldo e a de outras milhares de celebridades, não pertencem somente a elas, na minha opinião. Eles estão na nossa TV, no nosso jornal, no nosso monitor, nas nossas revistas. Cada profissão tem seu preço, tem a parte que não gostamos, seja essa o salário, o esforço físico em excesso, o horário puxado, e ser famoso tem a falta de privacidade. Saber lidar com isso, é ser um bom profissional, da mesma forma que em todas as outras profissões saber lidar com a parte ruim do seu trabalho diário, conta muito no currículo. Ser famoso é assim, saber que sua vida é compartilhada, que sua opinião é julgada e suas atitudes analisadas, e não apenas pelos seus parentes, mas sim por milhares de pessoas que você nem conhece, mas que lhe admiram e tem uma parcela de colaboração em onde essas pessoas estão hoje.
Sendo assim, eu acho simplesmente RIDÍCULO quando essas pessoas famosas que em início de carreira dariam tudo para que as pessoas as conhecessem, falassem dela, se interessassem por elas, mas que depois da fama, simplesmente querem que os “indesejáveis” deixem sua vida em paz, pois têm direito a privacidade. AH, eu também tenho direito a trabalhar apenas 8 horas, mas se isso não é possível e minha profissão exige, não posso fazer muita coisa a não ser saber lidar com as horas extras, ou então, procurar outra área onde eu consiga trabalhar apenas as devidas 8 horas diárias.
Teoria é uma coisa, e sim, eu também acho que a pessoa precisa de privacidade, é seu direito, mas nem sempre nosso direito é exercido, e se é assim com os seres “normais” por que não poderia ser com “eles”? Ainda bem que o Ronaldo parece entender mais isso, uma das coisas que me faz gostar dele, agora tem outros por aí…

Primavera que te quero bem

Ufa, será que podemos aposentar já os casacos até meados de outubro?
Eu não curto o inverno, não adianta. Tudo é mais complicado na hora de se vestir, na hora de sair de casa, ao andar na rua. Depois de ser mãe, pior ainda, o trabalho é em dobro. Entra em algum lugar tira tudo, saiu, tem que colocar tudo de novo. Ainda tem protetor no carrinho, gorro que a Luna tira todos, luvas e todo os apetrechos de inverno. Se já era dificil pra eu sozinha, com mais uma pra administrar, fica no mínimo estressante. Primavera é uma delícia, está na hora de aproveitar BEM, pois se for como ano passado, será pouco tempo até chegar aquele calor abafado, úmido, quente demais. As janelas então, continuam fechadas… seja no inverno pelo frio, seja no verão com o calor. Ainda assim, pouca roupa compensa TUDO.

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