Blog útil

Achei dez a iniciativa desse blog que relata as atitudes das babás por pessoas anônimas na cidade. “Eu vi a sua babá” é uma cumplicidade entre mães que não se conhecem, mas tem algo em comum, filhos que ficam sob os cuidados de outras pessoas. Em casa é fácil colocar câmera, mas e fora? Os olhos do povo, acaba sendo a câmera que faltava para saber realmente se sua babá gosta do que faz, ou apenas quer o dinheiro, e pouca encheção de saco.
Já presenciei uma vez uma babá que nem ligava pro menininho no carrinho perguntando de que lado vinha o trem. Ele perguntava, perguntava e ainda dizia, poxa me responde! E ela nem aí, eu poderia dizer que é surda, mas nenhuma mãe contrataria alguem assim pra cuidar de uma criança. Fiquei revoltada, mas infelizmente ainda não conhecia esse site. Nele, mais descasos como esse são relatados, e tomara que seja bem divulgado para que as mães tenham conhecimento.
Eu quando esperava a Luna sempre tive em mente que queria uma babá, não tinha dúvidas quanto a isso. Conversando com a Lu, ela me disse que confiava muitomais num daycare do que babá. Mas eu não conseguia imaginar a Luna não tendo a atenção só pra ela, de uma pessoa dedicada somente a ela, se preocupando se ela não comeu, insistindo na comida, vendo todos os detalhes como eu via. Fui praticamente obrigada a optar pelo daycare, pois a babá que eu queria não deu certo de vir, e eu não tinha mais ninguem de confiança. Hoje digo que foi a melhor coisa que fiz. A Luna no daycare não tem manha, a atenção não é só dela, portanto ela não fica cheia de frescura, tem que dividir os brinquedos, interage o dia inteiro com outras crianças, e o mais importante, ela faz atividades! Eu não imagino uma babá durante o dia em casa, estimulando a criatividade dela, com colagens, desenhos, historias. São poucas as que fazem isso e muitas as que ficam na frente da televisão, a criança fazendo o que quer, ou apenas brincando com seus brinquedos. Não me arrependo em momento ALGUM, e estou completamente satisfeita. Apesar de não ter o mesmo cuidado intensivo se fosse sozinha com alguém, sei que lá ninguem irá trata-la com pouco caso, agredir ou coisa parecida, pois sempre tem várias professoras junto, teriam que ser cumplices, o que eu duvido.

NY Ferve

Algumas vezes ando pelas ruas de New York durante o dia, olhando para os prédios e pensando: “quanta janelinha, quanta coisa acontecendo em cada um desses escritórios, quanto dinheiro sendo gerado no centro financeiro do mundo”. Aqui todos fazem tudo, quase tudo dá certo, consumo lá em cima e o dindin rodando. Gostaria de ser uma mosquinha para ir de janela em janela espiar o que estao fazendo ali, e lá e acolá. NY ferve, na minha imaginação me vejo olhando tudo de cima, bem alto, um formigueiro de gente chegando de manhã no trabalho, metade das formiguinhas saindo pra comer na hora do almoço, e todas elas novamente as 5/6 da tarde invadindo o metrô, sufocando o trânsito para ir de volta pra casa. No meio da madrugada, o silêncio (nem tão mudo, a cidade não dorme), os ratos nas ruas, o metrô pra lá e pra cá, quase vazio. No dia seguinte, tudo de novo, o caos, as formigas repetindo a rotina e a mosquinha querendo acompanhar um pouco da história de cada formiguinha (sim, me chamam de retardada, nem ligo).
Soho reúne muitas agências de modelos, e tem um dos mais belos cenários para foto. Gosto do mercado da arte de NY, dá dinheiro de verdade, as pessoas valorizam. Mercado da moda, as modelos, mercado super forte. As tops tops estão aqui, já cruzei com todas as brasileiras (Isabeli Fontana, Adriana Lima, Alessandra Ambrósio, Ana Beatriz Barros, Caroline Ribeiro), menos Gisele.
Ontem registrei um ensaio fotográfico que acontecia na janela em frente a nossa. Foi no Used Book Café, Crosby Street. Arrumam, arrumam e arrumam o cabelo rebelde da menina, fotografam a mesma posição umas 1200 vezes. Fotografam de lá e eu de cá!

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Filhos de quem?

Me desculpem os religiosos, mas é por essas coisas que eu não acredito em nada, não vou a igreja, e não dou valor pra religião. Se eu não sou casada na igreja (seja por qual motivo for eles não querem saber) a Luna não tem o direito de ser batizada. Ou seja, ela não tem direito a seguir a religião que a minha família segue somente porque os pais não casaram na igreja. Oras, eu quero ser apenas justa com ela. Não é porque eu não acredito que ela tem que pensar como eu. Tem as avós e tias que vivem falando de papai do céu pra ela, não acho certo eu fazer essa escolha agora, de que ela nao seja batizada, não seja católica. Farei como minha mãe, sigo a tradição familiar, e depois quando ela crescer, que vai saber se acredita ou não.
E somos mesmo todos filhos de Deus?
<< No Mundo da Luna: O Show da Luna >>

Tecno Pizza

De pizza eles não entendem lá essas coisas, de atendimento, também não muito, mas a Domino’s surpreendeu com o seu novo Pizza Tracker. Quando vi, achei que era besteira, tipo meio “enganação”. Não era, agora a gente consegue acompanhar o estagio que está o nosso pedido, e ainda mais, sabemos quem que colocou a pizza no forno, a hora que foi pro forno, que horas e quem a colocou na caixa, e quem e que horas saiu com sua pizza para entrega. Assim que falam que saiu, no maximo 10 minutos a campainha já toca. O mais legal é já saber o nome de quem está batendo à sua porta, fiz questão de ver se era o mesmo que dizia no site. Gostei!

Às Vezes…

o ser humano é uma merda. Eu fico vendo a inocência da Luna, e pensando que todos nós já fomos assim, e olha no que algumas pessoas se transformam depois. Fico impressionada com a maldade da cabeça de alguns, a malícia de outros, a falsidade de mais uns. Loucura, a gente até releva, pois não faz parte do caráter. Ser sincero pra mim é essencial, na medida certa, pois nao gosto de quem é sincero demais e acha que pode falar o que vem à cabeça. Mas acho que ainda prefiro esse do que aqueles que não te suportam, mas vão à sua casa, dão beijinhos no rosto, ficam ali quietinhos só observando pra depois meter o pau. Besta de quem acredita nessas pessoas, é que elas sim, são as verdadeiras artistas (do mal), mas artistas.
Se eu não gosto de alguém mas sou obrigada a conviver, tento manter a politica da boa vizinhanca nos seus principios básicos. Mas nao consigo ir na casa, ser simpática, dar aquele sorriso falso, e fingir que está tudo bem. Uma pena que as pessoas tenham que por algumas obrigações, conviver com quem não suporta, mas dá pra ser menos falso, não dá? Ser mais digno ao menos, ter mais respeito.
E Monica, dá pra ser menos idiota?
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No Mundo da Luna: Temos mesmo que voltar?
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Back on Track

IMG_3797.jpg Volta de viagem nunca é muito fácil de organizar, estou tentando colocar as coisas no lugar, mas está meio complicado. Malas a desfazer, casa pra arrumar, comidinhas da Luna para organizar, mas coragem zero, cansaço dez. Pra piorar, a rotininha conquistada com muito custo, foi por água abaixo. Luninha que antes apenas ao me ouvir dizer boa noite, após escovar os dentes, já colocava o dedinho na boca e virava pro lado no berço e dormia, resolveu se rebelar.
Quando repito o ritual, ela até coloca o dedo na boca ao ouvir o boa noite, mas quando coloco no berço… a briga começa. Ela chora, levanta, fica brava. Eu na minha coragem e dureza saio do quarto e a deixo chorando, mas ao ouvir o “mamãe” no meio do apelo, nao resisto. Vou lá, beijo, acudo a minha pequena. Fico no quarto, balanço, converso. Nada adianta, ela quer farra, quer au au e papai. Hoje, no terceiro dia da “guerra” consegui sair e a deixar chorando um pouco e graças a Deus ela não chamou mamãe, chorou e logo parou. Quando fui ver, dormia feito um anjinho. Cada noite agora é uma técnica nova. Primeiro dia balancei, segundo dia coloquei no berço com uns livros e lá ela ficou até dormir, mas hoje nem balançada e nem livro a convenceu. O que será que me espera amanha?

Welcome Back

Estamos de volta. Um frio de -17 (sensação térmica) de boas vindas, que dá até medo pra quem está saindo de um verão escaldante de SP. A viagem foi boa, viemos pela Delta, que eu acho uma porcaria, e Luana voltou pra cade depois de 4 meses com a minha mãe no Brasil. Veio no cargo, pela segunda vez na sua vida. Dá uma dor no coração ver a casinha dela alí na esteira, ainda mais porque estou acostumada a te-la comigo sempre na cabine.
Dei maracujina pras duas, mas o efeito na Luna foi o contrário. Ficou acordada até uma da manhã, abrindo e fechando a janelinha do avião, pegando as revistas que ficam na frente do asento, apagando e ascendendo a luz, subindo e descendo do meu colo. Quando a janta chegou, ela cismou de enfiar umas alfaces na boca, e fez tão profundamente, que vomitou bem em cima do meu jantar. Da-lhe pedir pras aeromoças (que de moças não tem nada) pra recolher tudo antes mesmo de terminarem de servir o restante dos passageiros. Logo depois, Luna finalmente apagou, eu apaguei e o Sergio também. Ruim é ficar com ela no colo, posicao incômoda demais. Pedi pra moça do checkin algum lugar de 3 que nao tivesse alguem no meio, assim sobraria um lugar pra Luna. Nunca tem, sempre dizem que o vôo está lotado, que estava até com overbooking. Obvio que depois que fecharam as portas, no meu passeio até a galley, vi duas fileiras com um lugar sobrando no meio. Alguém tem alguma dica de como conseguir isso? Pois duvido que tenha sido sorte… algumas pessoas tem a manha mesmo de fazer de algum jeito que consegue ficar na fileira sozinho.
Sempre bom estar em casa, agora é hora de botar tudo no lugar, voltar a realidade, encarar o frio, e ter forças, pois o ano está só começando.

A pré estréia do caçador

Finalmente consegui assistir ao filme do meu livro predileto, o maravilhoso Caçador de Pipas. Como acontece sempre, o livro é BEM melhor que o filme, mas ainda assim é muito bom. Acho que fica dificil julgar por já ter lido o livro e saber tudo que vai acontecer, a magia é ver se materializar tudo aquilo que estava na imaginação, isso foi fantástico. Achei que ele poderia ter sido trabalhado com mais emoção, talvez como cinema paradiso. Tinha tudo para ter o mesmo peso de drama e emoção, mas acho que ficou parecendo mais como um filme-relato do livro.
Para quem leu o livro, vale MUITO a pena ver, e para quem não leu, meu conselho é que LEIA antes de ver o filme, pois a tendência é nao ler o livro depois que já viu o filme, e aí vai se privar de uma história maravilhosa ricas em detalhes que em 2 horas realmente não dá para contar.

Cantinhos em SP

Não acho São Paulo uma cidade bonita. No geral a arquitetura é muito variada, calçadas mal cuidadas, falta beleza e graça, no entanto alguns lugares específicos me deixam encantada. Acho lindo a Marginal Pinheiros a noite, na altura da Cidade Jardim. Gosto da visão que tenho, quando vou ao Pão de Açucar (que fica ao lado da Leroy Merlyn) de madrugada. O negro do céu e as luzes cor de abóbora dos postes beirando o Rio. O próprio supermercado, é bonito, charmoso e tem essa vista previlegiada, com uma brisa gostosa, nesses dias de calor abençoado. Ai São Paulo, se não fosse sua violência seria quase impossível ir embora pra NY conformada que é melhor assim.
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A cena dos sonhos

Sempre que pensei em filhos, eu sonhava em ver essa cena clássica e tão linda quanto inocente. Quando a criança veste pela primeira vez o sapato da mãe ou do pai. Hoje eu ví pela primeira vez a Luna calçando o tênis, da avó, e sozinha andando pela casa. Corri pra pegar a câmera, uma pena que não ficaram boas as fotos, mas tive que registrar rapidamente esse momento único. Tem um filminho que depois edito e coloco aqui. AMEI.