Diferença social no Brasil

Cenário típico:
Delinquente de classe média/alta – estuda em colégio particular, como é indisciplinado é expulso, e o caminho natural é ir para o Objetivo. Então ele consegue o mais difícil, ser expulso também do Objetivo. Apronta, vai pra delegacia e o papai sempre diz que ele é um bom garoto, não é agressivo nem violento. Paga a fiança, e o bom garoto é colocado em liberdade. Papai passa a mão na cabecinha, troca o carro dele pelo carro do ano, e para descansar, férias em miami em hotel 5 estrelas.

Delinquente de classe baixa/favelado
– estuda em escola do estado, do pior bairro, isso quando estuda. É expulso, apanha em casa, e fica sem estudar. Apronta, apanha do policial, é levado pra delegacia e fica lá mofando misturado com todos os outros marginais até se aperfeiçoar e virar um bandido 5 estrelas.

Chá de bebê

Não estava tão animada dessa vez para o chá de bebê, acho que é uma síndrome do segundo filho, será? Mas minha amigona se animou e organizou um, e foi maravilhoso! Vários amigos, uns que eu não via há poucos anos e outros há MUITOS anos. Comidinhas gostosas, um bolo de banana delicioso, e muita conversa. Como optamos por não fazer as brincadeiras típicas de um chá de bebê, e nem abrir os presentes na hora, já que alguns enviaram online, inventaram de eu fazer um discurso. AI AI AI eu prefiro lavar um caminhão de roupas, cozinhar e lavar louça a ter que encarar um discurso com um monte de gente me olhando. Tentei passar a tarefa pro Sergio, mas ele sádico nato, se recusou só pelo prazer de me ver alí sofrendo!
Foi tdo bem legal, as crianças se divertiram bastante. Os americanos como sempre, vão embora antes, eles tem um limite que aguentam ficar numa festinha, já nós brasileiros… sempre inventamos um cafezinho pra esticar mais o tempo!
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A priminha da Luana

mei7.jpg Eram priminhas, mas não se bicavam muito não. Uma porque era pequena e tinha medo, então ficava sempre na defensiva, e a outra, bem, essa era de lua, as vezes gostava, as vezes não. Ter um sharpei sempre foi o sonho da minha irmã, e quando comprou seu apto, casou e estabilizou, resolveu realiza-lo. Pesquisou bastante, soube de todos os probleminhas que o sharpei apresenta na maioria das vezes e também da instabilidade de humor. Conversando com uma amiga vet, ela nos disse que comprando de um canil bem conceituado, teria grandes chances de evitar vários desses problemas. Nos indicou um dos melhores do Brasil, ela ligou e foi buscar, lá em Joinville. O nome bem original, Mei- Mei, bem chinês e tão charmosinho, combinou com o charme das suas ruguinhas e o olhar pidão.
Não demorou para aparecerem os problemas, primeiro com a pele, ouvido, esses já manjados da própria raça. Iam e voltavam, e os probleminhas de comportamento, também começaram a aparecer. Mei-Mei se tornou bem temperamental, isso também era esperado, mas e a história de comprar no melhor canil do Brasil??? O que não era esperado, foram os problemas que foram chegando depois, como incontinência urinária, problemas na coluna por proximidades extremas das vértebras, e depois uma deficiência renal. Para piorar o quadro, num ultrassom, descobriu-se que ela tinha nascido com apenas UM rim. Dá pra ser pior? Ah foram idas e vindas a veterinários, milhões de exames, inúmeros tratamentos, como sessoes de acumpultura e ozônio pra coluna, já que cirurgia estava descartado devido ao rim, e tinha também a incontinência urinária que ocorria talvez pelo problema da coluna. Muitos veterinários, muitos remédios, muitas tentativas, muitos reais gastos, com algumas melhoras, pioras, e o diagnóstico e previsões não eram bons. Para os rins, só restava uma coisa: tomar soro na veia todos os dias… para melhorar um pouco o quadro, para que ela conseguisse comer sem vomitar. Não havia esperança de cura… pois com 2 rins já é um quadro crônico, imaginem com apenas um. Era uma questão de tempo, esperar ela começar a definhar, e morrer… os números dos exames, mesmo com o soro diário já estavam totalmente descontrolados, e a cada ida pra agulha, era um stress imenso de colocar focinheira, de ela tremer de medo, de dar um gritinho de dor na hora da picada. Nenhum fio de esperança, e os veterinários eram unânimes em dizer que aquilo poderia se estender por anos, apenas usando tratamentos paliativos, pois cura não tinha.
Que decisão difícil essa, de parar o sofrimento de um amigo, que não mais sentia prazer em fazer o que mais gostava, passear no quarteirão. Que antes entrava no carro com a maior alegria, espontaneamente, mas agora, não queria mais, pois já sabia que iria para algum lugar onde ia “sofrer”. As costelinhas sempre cobertas por rugas deliciosas de apertar, estavam a mostra, e nada mais parava no seu estômago, que antes devorava tudo.

Mei-Mei
se foi ontem, com apenas 4 anos de vida, comprada num canil conceituadíssimo, o Canil Wrinkled Eyes, que vendeu um cachorro com problemas genéticos que não se espera de um canil desse porte. Não estou querendo nesse post, disctir sobre compra/adoção de cachorro, não é essa a questão. Apenas queria alertar para que mais pessoas não sejam enganadas, achando que estão seguras se baseando apenas nisso.
Vamos sentir saudades dessas bochechas carnudas, mas agora lindinha, você não está mais sofrendo, e isso nos conforta e ameniza a nossa dor.

Novidades

Não são só de más notícias que vive o ano de 2010 🙂 Acho que vai acabando o ano e as coisas boas vão aparecendo, assim espero!
1- O blog do Bazar das roupinhas da Luna, finalmente está saindo do rascunho e tomando vida. Já cadastrei duas roupinhas lá. Funciona assim: Vou mandando pro Brasil aos poucos e quando alguém comprar, o envio será feito diretamente de São Paulo, MAS algumas que ainda estiverem por aqui e forem vendidas, a pessoa se não tiver muita pressa pode esperar o proximo envio ao Brasil ou posso enviar diretamente daqui, mas o frete fica mais carinho. Espero que gostem!
2- O berço da Luna que compramos há 4 anos atrás e entregaram às pressas, me deixando bem insatisfeita com o acabamento que de cara dá pra ver que foi feito correndo, vai ser trocado. Reclamei da pintura que está rachando, na verdade sempre esteve, mas deixei pra lá. Resolvi falar agora e eles vão trocar, então o baby terá um berço novinho em folha.
3- Inscrevi a Luna na natação free aqui no centro de recreação para o período de outubro a dezembro, e ela conseguiu a vaga. Nesses 2 meses a pequena terá aulinha todos os sábados acompanhada da mamãe ou do papai (no estado que a mamãe está… já sabem quem vai acompanha-la não?). Muito bom ter essa possibilidade sem gastar nada, o governo até que nos retorna tanto imposto pago por aqui.
E o inverno, começa a dar as caras, hoje, já estamos com sensação térmica de 6 graus. E de pensar que quando essa temperatura voltar, no final do inverno, estaremos dando pulos de alegria, nos achando em pleno verão… aiai.

7 Meses

7meses.jpg28 semanas, mas me sinto com 40! A falta de ar pintou por aqui, as costelas doem cada vez mais. Volto a pensar no parto, e fico imaginando se será tudo tão tranquilo como foi com a Luna, espero que sim, mas dá o friozinho na barriga de imaginar aquelas dores da contração de novo, antes da anestesia. Falando no parto, toda vez que vejo notícia de parto no Brasil, é sempre uma cesárea, e o mais curioso é que qualquer coisinha é motivo para tal, enquanto aqui, qualquer coisinha, a opção seria induzir antes de optar para cesárea. Me parece que o médico nem dá essa opção no caso de um parto que tenha que ser feito logo, ou que o bebê já esteja passando da hora de nascer. Acho errado, o médico influenciar dessa forma, se for cesárea, que seja por opção da mãe e não dele. Jajá não terão mais médicos no Brasil com experiência em parto normal, e a tendência é que cesárea fique cada vez mais comum. Enfim, seja de uma forma ou de outra queria dar um “skip” nessa parte, e vamos ver se dessa vez consigo amamentar, isso é o bom de já ter passado por uma gravidez, saber o que não se deve repetir. Comprovando minha teoria da genética, novamente sem cremes e sem estrias, ainda bem! Outro “fenômeno” interessante é o peso. Engordei até agora 8.6kg, mas estou uma draga, não paro de comer. Como mac donald’s, com direito a apple pie e sundae de sobremesa, barras de chocolate com caramelo, bolos, cocadinhas de leite moça… por isso imaginei que dessa vez, não escaparia do “trauma da balança” mas estou surpresa.
O nome ainda não definimos apesar de achar que já está 89% certo de que será Lorenzo. Ontem fizemos um “brainstorm”aqui em casa com amigos, e surgiu Teodoro (para Theo) de novo, Rafael, Felippo… mas nada de concreto. Quero mesmo é ver a carinha dele, isso esta me deixando bem curiosa, e torcendo para que ele não venha na due date que é dia 25/12!

Feliz Aniversário, envelheço na cidade…

Ah essa data antes era um sinônimo de total alegria, aliás nem me lembro mais porque eu ficava feliz em fazer aniversário. Há uns bons anos que não vejo mais graça nenhuma, e por mim poderia passar em branco. Esqueci TANTO que eu e minha mãe fizemos um bolo de morango na segunda feira, e nem me liguei que deveria ter esperado pra fazer na quinta pra então cantar parabéns, resultado: Vamos cantar com o bolo de segunda, que ainda está na metade!
Mais um ano que se passa
Mais um ano sem você
Já não tenho a mesma idade
Envelheço na cidade
Meus amigos, minha rua
As garotas da minha rua
Não sinto, não os tenho
Mais um ano sem você
As garotas desfilando
Os rapazes a beber
Já não tenho a mesma idade
Não pertenço a ninguém
Saudades de SP… dos velhos tempos!

Festinha da Luna

Essa festinha foi minha confirmação do que eu sempre achei: eu não nasci para receber, ser anfitriã. Fico sempre perdida, calculo o tempo errado, me atraso, me enrolo. Seja para um simples jantar/almoço na minha casa, ou uma festinha de criança, não tenho o dom, simples. Obviamente a festa demanda muito mais coisas, e é mais difícil, mas mesmo nas ocasiões simples, eu me perco, me distraio, me abstraio. Faltam copos limpos, esqueço o guardanapo, ou algo do gênero. O aniversário comecei a planejar com bastante antecedência, mas as coisas principais, acabaram ficando pra cima da hora, contei com o tempo errado, achei que o Sergio estaria disponível no tempo errado também e tudo desandou. O resultado foi, correria de casa para o playground, que pra ir uma vez ou duas não parecia tão longe, mas no final das contas a distância foi uma das grandes vilãs do sábado. Qualquer coisa esquecida, necessária de última hora e até para transporte das comidas não levava menos do que 15 minutos para se concretizar. O segundo vilão: o bolo. Apesar de lindo, foi super trabalhoso, e pela inexperiência, nos tomou 3 x mais o tempo que achávamos que iria levar. Terceiro vilão: contar com uma disponibilidade inexistente e acabou que as bebidas que tinham ficado por último, deixaram a gente na mão. Foi uma correria para conseguir manter o povo bebendo, fora que os suquinhos das crianças, calculei errado. A verdade é que suco em caixinha é o maior disperdício, as crianças (muitas, inclusive Luna) deixam a caixinha pela metade e quando querem mais pegam outra, não dá pra calcular por quantidade de ml mas sim por quantidade mesmo de caixinhas por criança contando com as disperdiçadas. Errei feio, corri muito, a decoração que planejei, com um show de bexigas por todo lado, impressões da sininho no barco, junto com imagens da Luna, ficaram apenas nos planos, não deu tempo para nada. As fotos existem graças a Luciana que acabou cuidando disso, senão nem essa lembrança eu teria! Mulher grávida é uma lástima, normalmente fica meio lesada, acho que estando normal eu ja teria tido dificuldades, imaginem nesse estado e com uma dor constante e insistente nas costelas. O que tenho em minha mente, é um “blur”, me lembro de poucas coisas, e uma delas é que nem o cabelo da Luna eu arrumei, muito menos percebi que quando ela vestiu o vestido, não tirou o shorts que ela estava antes. Meu consolo, é que as pessoas amaram o bolo, os brigadeiros, e as crianças se divertiram demais, tendo até pais americanos ficando bem depois do horário do término da festa, o que é bem raro.
Próximo ano? Não quero organizar NADA, traumatizei. Até a feijoada que queria fazer no meu aniversário, estou repensando.







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Correndo e rapidinhas

A festa da Luna passou e ainda nao coloquei a vida em ordem. Preciso vir aqui contar da festinha, mostrar umas fotinhos, mas acho que ainda estou de ressaca do sábado. O Bebê sem nome está entrando no sétimo mês, e só fica do lado direito da minha barriga, justamente o lado onde dói demais a minha costela, não me deixando ficar sentada por mais de 15 minutos. Ou em pé ou deitada, sentada não, é essa a regra que ele (já) impôs por aqui.
Mommy está aqui de plantão, veio pro niver da Luna e vai ficar até o baby nascer. Verão indo embora, nenhuma roupa me servindo, fome de draga, cansada ao cubo. Depois coloco fotinhos da festinha-caos que aconteceu aqui no sábado.

4 years ago…

Eu conheci um amor que é inexplicável, que não adianta tentar explicar para ninguém que ainda não tenha sentido, pois não vai ser compreendido. Só sabe mesmo, quem o experimenta, por isso para essas pessoas, digo, NÃO SOMOS ABENÇOADOS DE PODER SENTIR ISSO TÃO INTENSAMENTE? Para quem não sentiu ainda, digo, a vida ainda lhe reserva a maior e mais gostosa surpresa que você poderá ter, e o maior amor que poderá sentir.
Há exatamente e literalmente 4 anos atrás, luna estava se preparando também, para conhecer a pessoa que mais vai ama-la na vida, que apesar de qualquer coisa que ela faça, vai estar sempre lá para acudir, consolar, levantar, dar força e mais, dar sua vida por ela. Acho que ela também só vai entender isso, quando experimentar, mas não tem problema, cada um tema sua vez, não é mesmo?
Há 4 anos, nessa hora, estava esperando chegar a hora certa de recebê-la, como relatei aqui e me lembro de cada segundo desse dia. Ver os olhos daquele bebê, parando de chorar e me olhando intensamente, com a mesma cuiriosidade que eu a olhava, foi a primeira de todas as mais marcantes emoções de minha vida.