A tal da amamentação.

Pois é, cá estou eu com o dilema amamentação novamente. Acho que nasci pra parir e não pra amamentar, estou quase convencida disso. Dessa vez a “culpa” foi mais minha que do hospital, pois o Lorenzo fez tudo direitinho, mas meu bico do seio rachou logo no primeiro dia. Durante a noite, depois de amamenta-lo a enfermeira veio buscar para levar para o berçario e eis o fantasma de novo, “o bebê ainda está com fome”. Ele chupava as mãozinhas loucamente, e já tinha mamado, e a pergunta veio novamente: “a senhora quer que a gente dê fórmula?”. Bem, que jeito? mas dessa vez, não quero apresentar-lhe a mamadeira, poderíamos dar fórmula com copinho? “Não senhora, aqui no hospital não fazemos esse método que é perigoso, apenas mamadeira”. De novo o mesmo filme, a fórmula, a mamadeira e eu já estava vendo acontecer o mesmo que foi com a Luna, o bebê não querer voltar pro peito. Deram a mamadeira, e eu apenas torcendo para que ele voltasse sem problemas e ele no dia seguinte, voltou a mamar no peito, sugando muito, e segundo as enfermeiras, com a pegada correta. Não havia motivo para fissura no bico do seio, mas ela estava lá, e piorando. Vim pra casa no dia seguinte com varios conselhos de diferentes enfermeiras, cheia de pomada lansinoh, usando 24 horas. Nada melhorava, só piorava, até que no terceiro dia, quando desceu o leite, já estava impossível de deixar ele mamar direto, então apelei para a bombinha pra retirada do leite. Comprei aquele protetor de bico, não adiantou, e nada de fechar, a cada retirada de leite, a rachadura abria e sangrava.
Foi assim por mais de uma semana, aliás foi assim até 7 dias atras quando uma mastite do lado esquerdo resolveu aparecer. Febre, dor, e antibiótico. Ainda estou em tratamento, pois a mastite foi embora, mas algo ainda acontece, uma dor interna aguda, seios doloridos, não consigo nem imaginar começar tudo de novo. Enquanto isso, Lorenzo mama o leite materno que retiro todos os dias, na mamadeira, e eu, fiquei escrava da bombinha. Se ele vai voltar ao peito? Não sei, ainda dói, e tenho até medo de tentar novamente… se a bombinha continuar a funcionar, o leite não acabar, vamos ficar assim. Ele está gostando, está super bem alimentado, nem perdeu os 10% de peso que recem nascido normalmente perde, em 3 dias de nascido ja estava com 6 pounds e 11 oz, e já está tomando 4 oz a cada mamada, o que o pediatra disse que é a quantidade que um bebê de 1 mês toma. O fantasma da amamentação realmente me persegue, mas dessa vez não estou com tanto medo dele assim.

nevasca e natal

Fazia tempo que não pegava uma nevasca boa em NY, todas as vezes que aconteceram, estávamos no Brasil, curtindo aquele calor delicioso. Minha mãe se aventurou bem no dia D, e foi às compras, tudo em liquidação pós Natal, aproveitou a Crate and Barrel, e a Zara. Não tive a mesma coragem, e o Lorenzo em casa me dá mais vontade de hibernar nesse inverno. Ai que saudades de passar essa época no Brasil, aquele clima de final de ano, de férias… indo viajar pra praia. I miss it soooo much! Pra piorar os amigos que vão pro caribe, pro Rio, litoral de SP, nos fazem a maior inveja postando em tempo real pelo Facebook móvel. Pra me consolar um pouquinho, e ficar feliz em estar aqui nessa época, recebi um email marketing de uma loja de brinquedos do Brasil que me fez lembrar o quanto gastei nuns presentes meia boca no ano passado, no Natal. Uma parcela do mesmo brinquedo no Brasil compra um a vista aqui.
natal em ny

Que parto!

Sou totalmente a favor do parto normal, não do natural… aliás a favor sou, mas não tenho coragem o suficiente pra encarar um deles, e nunca isso me passou pela cabeça, pois sou extremamente fraca pra dor e desistiria na primeira dor insuportável que aparecesse. Não esperei que tudo fosse acontecer tão depressa, sintam o drama:
7:30 da manhã – senti alguma coisinha vazando na cama, mas bem pouco, não era a bolsa estourada, não sei o que era mas algo era.
8:00 – Mancha de sangue, mas de acordo com o médico, só ligar se fosse sangramento como menstruação, não era o caso
8:15 – Aquele tal do “tampão” apareceu. Hora de ficar alerta, já avisei minha mãe que estava de orelhas em pé.
8:30 – Contrações começam, mas espaçadas. Plano: Sergio leva Luna a escola e minha mãe iria comigo pro hospital logo após deixar a Luna pronta, e depois ele iria direto pra lá. Começo a ligar pro médico e não consigo, a linha caía quando atendiam. Comecei a arrumar uma mochila de coisas já que a mala não estava pronta.
8:50 – Com as contrações aumentando e o intervalo entre elas já menos que 5 minutos, mudamos os planos e Luna não vai mais a escola, fica com minha mãe e vou com Sergio pro hospital. Já sentindo dores fortes fico aguardando ele sair do banho.
9:10 – Descemos pra pegar um taxi. As contrações estavam já bem fortes, não tem serviço de rádio taxi como em São Paulo, então ficamos esperando algum vazio passar, o que estava difícil, e chamar o car service com o nervosismo da dr, nem passou na cabeça, e quando passou não conseguíamos ligar. Desespero começando, aumentando.
9:20 – Taxi aparece
9:40 – (aproximadamente) Chego ao hospital
10:07 – Lorenzo nasce.
Esses 47 minutos, desde que peguei o taxi até ele nascer, me pareceram 1 ano de dor e sofrimento. Impossível existir uma dor maior que a dor do parto… em diversos momentos eu me desesperei por achar que não ia aguentar o tranco. Fui o caminho inteiro no táxi me contorcendo a cada 3 minutos, as vezes menos, toda vez que a dor vinha. Ao chegar no hospital, eu não via mais nada, de tanto que doía. Entrei pela entrada principal, já avisando ao segurança que estava em trabalho de parto, e ao invés de ele me trazer uma cadeira de rodas ou chamar alguém, me disse: “corra pro 12 andar”. Fiquei lá esperando o elevador como qualquer pessoa que estava alí, e de repente a bolsa estoura lá mesmo, esperando o elevador. Era MUITA água caindo pelas minhas pernas, encharcando minha calça, minha botinha de pano e minhas meias, parecia uma cachoeira, não parava… Chega então o elevador, eu nem tinha forças para ir até ele, que lotou rápido, e decidimos esperar o próximo. Eu só me lembro de entrar, gritar de dor, da tempestade de água escorrendo entre as pernas, o desespero de saber que eu não teria alívio daquela dor tão cedo, pois ainda teria que preparar várias coisas antes de receber a anestesia. Dentro do elevador as pessoas estavam quietas, como se nada tivessem vendo ou ouvindo, apenas uma se limitou a dizer: “está quase chegando”… e eu só via os botões 4, 6, 9, 11 acesos antes de chegar o 12 andar. Quando as portas abriram, eu não conseguia andar, só me encolher na parede, com o Sergio me segurando e pedindo força pra chegar, mas ao ouvir meus “urros” lá em cima, logo vieram com a tão difícil cadeira de rodas… direto pra sala de parto. Eu só dizia uma coisa além de berrar, “QUERO A EPIDURAL!” e só ouvia uma coisa: “Já vamos ver! “.
Entrando na sala, fomos tirando a roupa logo, correndo, toda molhada e água ainda descendo. Era MUITO líquido, que eu não tinha visto na gravidez da Luna, quando a bolsa também se rompeu, acho que a do Lorenzo explodiu, não apenas estourou! Dentro da sala só se ouvia um coisa “EPIDURAL!” I NEED EPIDURAL!” e a residente logo depois de pedir calma pra me examinar avisa que estou totalmente dilatada. Chegam enfermeiras, e minha médica já avisada, estava a caminho. Cada enfermeira que se apresentava eu perguntava “Voce pode me dar a Epidural?” e ouvia a mesma resposta: “vai ser mais rápido você começar o parto e tentar empurrar do que esperar o soro inteiro que você precisa tomar antes de receber a anestesia”. Não, aquilo não estava acontecendo, não podia imaginar ter um filho com parto natural assim, com aquela dor insuportável sem ter nada pra aliviar. Continuava a pedir a anestesia e falando pro Sergio que eu não aguentava mais aquela dor horrível, que parecia infinita. A residente estava pronta pro parto, pois a médica ainda não havia chegado, e quando chegou logo em seguida, nem tempo de se trocar teve, a cabecinha já estava embaixo e eu já tinha decidido começar a empurrar pra me livrar da dor o mais rápido possível.
Começamos o push, e eu mal conseguia seguir as direções das médicas de segurar minhas pernas abertas e pra tráz. Sergio que ficou tentando segurar e me fazer segurar, pois eu precisava ficar na posição correta. Quando achei e avisei que ia desmaiar, ouvi uma dizer: “Ah pode deixar que quando a contração vier ela acorda”. E em 5 “pushs” ouvi um pedido para parar um pouco, não sei se o cordão estava no pescoço ou se era porque eu estava fazendo rápido demais e poderia “rasgar” mais do que o necessário. Parei um pouco, e recomecei, foi quando vi a cabecinha dele saindo, a parte mais dolorosa do processo, depois das malditas, horrendas e macabras contrações. Logo depois veio a sensação de alívio, quando o resto do corpinho saiu, parecendo que tinha sabão, e essa sensação foi simplesmente maravilhosa. Com a Luna eu não senti já que estava anestesiada, ou então senti menos.
Lorenzo não chorou logo de imediato, precisou de ajuda pra começar a respirar, e fiquei preocupada até ouvir o seu chorinho. Como a Luna, ele chorou muito pouquinho… mas senti por ele não ter vindo direto pros meus braços, e ter ido pro bercinho primeiro para fazerem o pulmãozinho funcionar. Fiquei algumas horas anestesiada mentalmente, com todo o sufoco que passei, as dores, a correria, tentando entender direito como tudo aconteceu. Obviamente, não deu pra filmar, quem fez o parto foi a residente já que a minha médica não teve tempo de se trocar, mas ela ficou lá ao lado acompanhando tudo. Todo mundo correndo, e nem meus sinais vitais foram monitorados, não deu tempo, só deu tempo de conectar os do bebê. Se o Lorenzo um dia reclamar que o parto ele não foi filmado, como o da Luna, vou dizer que a culpa não foi nossa. Ele que não esperou!
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Lorenzo!

birth_announcement3.jpgComo foi com a Luna, a Lua virou… Lorenzo chegou… dia 13/12/2010, de nova pra crescente. Estava esperando que fosse na virada da Lua do dia 21, já que a data prevista era dia 25, mas ele se antecipou BEM, e resolveu escolher uma data de aniversário melhorzinha pra ele 🙂 Cheguei do hospital hoje, e depois volto pra contar a aventura que foi esse parto… pro meu desespero, totalmente natural, pois não deu tempo pra nada, nem pra médica se trocar. Pensem em cena da novela das oito, e transformem em realidade, foi mais ou menos assim! depois conto os detalhes! Estamos bem, e cansados!
see you later!

Natal

Ah esse Natal, vai ser diferente MESMO. Sem nada planejado, aliás quem vai definir tudo é o Lorenzo. Data de nascimento prevista pro dia 25, mas mesmo que venha antes, depende do quão antes ele vir pra poder fazer alguma coisa. Temos casa de amigos, que também não conseguiremos confirmar até que chegue mais perto. Aqui, vai ser quase impossivel planejar alguma coisa também, então o Natal mais imprevisível das nossas vidas será esse, o de 2010. Aliás esse ano inteiro foi assim, não vejo a hora de ele sumir, desaparecer do calendário, pelo menos do meu. Luna se divertiu montando a árvore, apesar de nos dar um certo trabalho, pois ela começou a inventar uma história com as bolas, elas eram familias e tinham que se beijar e se abraçar toda hora. Pra poder acabar de montar, tivemos que esperar ela dormir e finalmente colocar as bolas no lugar certo, sem beijos nem abraços.


9 meses

9meses.jpgParece que foi ontem que recebi a notícia da gravidez, como passa rápido. Já entrei nas 36 semanas, ou seja, 9 meses. Amanha faço 37 e o bebê já é considerado “full-term” pode nascer a qualquer momento. Dizem que a Lua tem influência nos partos, e é muito fácil nascer bem na mudança dela, e pelo que me parece, sou sensível a isso, já que a Luna nasceu bem no dia da mudança pra Lua Nova. Eu, descrente que sou, fui ler a respeito, e vi que as pesquisas indicam que a maioria dos bebês nascidos sob influência da mudança da Lua, nasceram devido a bolsa de água ter sido rompida, exatamente como foi comigo e Luna. Segundo o calendário, em Dezembro ela muda para lua cheia (fase em que exerce maior influência) no dia 21. Lorenzo (sim já decidimos) está previsto pro dia 25, então agora é aguardar.
Dessa vez estou ansiosa para que saia logo, pois está me incomodando bastante MESMO. Coitada da minha costela, tomara que ache o caminho de volta quando ele sair hehehe. As costas doem, não aguento andar muito, tenho falta de ar, e ainda alguns enjôos. Leite não desce, justo pra mim, que sou um bezerro. Tem também a ansiedade da amamentação, que dessa vez, serei bem mais exigente no hospital com as pessoas que devem me ajudar, mas a insegurança está por aqui. Da outra vez, não consegui fazer sair o tal do colostro. Hoje fiquei curiosa e fui testar se já tem alguma coisa, e NADA, foi exatamente o que ocorreu quando a Luna nasceu, ela sugava, sugava e tudo vazio. Enfim, espero que dessa vez eu tenha mais experiência pra conseguir lidar com isso, já lí inúmeras materias sobre amamentação que já estou esgotada, o negócio vai ser lá na hora H mesmo. Se não der, paciência, não vou me frustrar como foi com a Luna, quando me enchi de culpa, me senti péssima e ainda achei que ela não teria o melhor alimento e nem estaria protegida. Foi alimentada com enfamil, e é ultra saudável, raramente tem febre, nunca tive problemas com ela a não ser os normais, de resfriados.
A mala do hospital nem está pronta, na verdade me lembro de mal ter aberto a minha mala, já que o hospital deu tudo, praticamente não usei nada meu. O quarto semi-pronto, mesmo porque nem tive que fazer muita coisa, o que falta de importante mesmo é lavar as roupinhas dele. Essa semana tem que render, mesmo amanhã já sendo sexta – feira!

Black Friday

Hoje as lojas devem estar fervendo, e eu aqui na minha cama olhando as promoções online, o que é muito mais negócio. Ontem, no frio que estava já tinham filas para a doideira de hoje, e pior, pais com crianças nas portas das lojas, achando tudo o máximo. Target abriu suas portas as 2 da manhã e a Toys R Us abriu ontem mesmo perto de meia noite. O caos que toma conta das lojas parece estar afetando também as lojas online, estamos há 1 hora tentando finalizar uma compra na Victoria’s Secret e o site está cambaleando.
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Mitos das vovós

Me irrita muito esses mitos antigos de não andar descalço, que friagem dá gripe, e por aí vai. Por isso sempre procuro as explicações do Dr. Drauzio Varella quando a “vovó” começa com a neura dos gelados. Como ele mesmo disse, se você começa a evitar gelados obviamente vai desenvolver uma sensibilidade a eles, e claro, vai fazer diferença no seu organismo, mas não necessariamente vai fazer no meu, que tomo gelado todos os dias. Vai enfiar isso na cabeça de vó, não adianta! Não exijo nunca que a Luna esteja calçada dentro de casa, mas a vó fica falando pra por o chinelo… e lá vou eu atrás do Dr. Drauzio pra ler em voz alta o que ele fala sobre isso. Pensa que adianta né… NÃO. Aí tomo meu zoloft esse sim resolve o problema (hehehe).
Enfim, hoje foi o episódio da tosse. Luna tossindo e quer tomar o suco que está gelado, a vovó não quer, e Luna pede pra mamãe que a deixa. Crise. Vamos ao Dr. Drauzio Varella quanto ao mito da tosse.
Tosse:
A tosse é, em princípio, benéfica se ajuda a eliminar o catarro retido nos pulmões. Se for seca, deve-se investigar se o paciente está desidratado e, nesse caso, recomendar que beba muita água, de 2,5 a 3 litros por dia. A água é o melhor antitussígeno que se conhece, pois facilita a movimentação do muco sobre os cílios. Recomenda-se ingerir muita água, beber água até a urina ficar clarinha, sinal de boa hidratação. Muita cautela com o uso de xaropes, já que vários medicamentos englobados nessa categoria são vendidos livremente nas farmácias. Há os xaropes ditos expectorantes, de eficácia discutível, que facilitam o transporte do muco e os sedativos da tosse, em geral com codeína ou outra substância análoga, que inibem o reflexo de tosse. Há os que, paradoxalmente, associam as duas indicações, mas nenhum deles supera o valor terapêutico da água. Acredite, água é ótimo para tosse. Em relação aos xaropes broncos dilatadores, a coisa muda de figura. Esses são eficientes para quem apresenta broncoespasmo e devem ser prescritos.
Tosse crônica nunca é natural mesmo em se tratando de fumantes inveterados. É imprescindível procurar atendimento médico para uma avaliação precisa do quadro clínico se a tosse persistir por duas semanas.
Levei uma bronca do médico uma vez por não levar Luna ao consultório com uma tosse que durava mais de três semanas. Passou de duas semanas TRAGA, e era sinusite.
– Causas:
Inúmeras são as causas da tosse: irritação da mucosa, cílios defeituosos, acúmulo de secreção, presença de material estranho. Se alguém engasga, por exemplo, a obstrução se dá primeiro na glote, a “tampa” que abre e fecha a laringe. No entanto, se chegar aos pulmões, estimulará um reflexo de tosse. Também provoca tosse o crescimento anômalo de células no pulmão ou nos brônquios. O organismo reconhece a invasão e reage acionando um reflexo de tosse que infelizmente é incapaz de eliminar o tumor.

O tal do gelado:

É voz corrente que o gelado é um veneno para a tosse. Nem sempre é assim. Se a temperatura exterior está baixa e o corpo frio, o gelado piora a tosse porque os cílios sofrem com baixas temperaturas e o movimento do muco se altera. Às vezes, porém, a tosse é causada por irritação nas vias aéreas superiores. Nessas circunstâncias, o frio pode ser benéfico, pois é um bom anti-inflamatório. Por isso os médicos prometem sorvete às crianças operadas das amígdalas. Superadas as dificuldades do pós-operatório, ele se torna uma das possibilidades de alimentação uma vez que o gelado é também anestésico.
O problema não é o que se faz quando se está com tosse, é saber se tomar gelado dá tosse. Isso depende da causa da doença. Se for uma crise asmática, não faz a menor diferença. Se for sinusite, com secreção que desce dos seios da face pela retro faringe, cai na glote e provoca tosse, o gelado piorará o quadro.
Recomendações:
# Em caso de tosse, beber bastante água. A água é o melhor antitussígeno que se conhece, pois facilita a movimentação do muco sobre a camada de cílios. Um critério para avaliar a quantidade ideal de água ingerida é analisar a cor da urina: se estiver bem clarinha, é sinal de boa hidratação;
# Líquidos quentes costumam trazer alívio sintomático. Chá com limão e mel pode ser uma boa sugestão. Chá preto e chá mate devem ser evitados por causa do alto teor de cafeína. Dê preferência aos chás de nossas avós: camomila erva cidreira, erva doce, entre outros;
# À noite, mantenha a cabeça elevada, usando travesseiros extras ou levante a cabeceira da cama com calços;
# Mantenha os ambientes bem ventilados;
# Aumente o teor de umidade do ar com umidificadores ou vaporizadores. Tome banhos quentes prolongados para respirar bastante vapor;
# Não bloqueie a tosse produtiva, pois ela ajuda a eliminar o catarro do sistema respiratório. Secreção acumulada aumenta o risco de contrair bronquite ou pneumonia;
# Fique atento ao aspecto da secreção. Quando é aquosa e clara, está geralmente associada a alergias, infecções virais das vias respiratórias superiores, asma ou irritações provocadas pelo fumo. Secreção mais espessa, de coloração amarelada ou esverdeada, pode indicar bronquite, sinusite ou pneumonia. As cores marrom e vermelha indicam presença de sangue e sugerem irritações graves, como pneumonia, tuberculose ou câncer de pulmão.
Conclusão do MEU caso: Se for sinusite da Luna, sim o gelado vai fazer piorar, se não for, não fará nada. Líquidos quentes podem aliviar os sintomas, o que não quer dizer que tomar o gelado vá piorar os sintomas.
UFA! Consciência tranquila por enquanto.

Piolhos Americanos

Será que os piolhos americanos são diferentes dos nossos? Pela reação do pessoal aqui, parece que são seres extra-terrestres vindo de um planeta imundo, e que a higiene é algo totalmente ligado a infestação na pobre cabecinha das crianças. Ano passado, os filhos de um amigo pegaram, e foi um auê. Desinfetaram a casa inteira, lavaram tudo, cortinas, lençois, tapetes, e ele me contando, só me vinha à mente a lembrança da minha época de piolhos, quando minha avó ficava “caçando” eles na minha cabeça, as vezes usando aquele pente fino e depois um remédio que parecia uma latinha de detefon. Nada de desinfetar a casa inteira, mesmo porque, os piolhos não sobrevivem fora do couro cabeludo. Apesar de ainda existir muito preconceito, pois muita gente acha que a infestação se dá por descuido com a higiene por parte dos pais,é bom saber que eles não escolhem classe social, sexo ou idade. E que a lavagem de cabelo evita uma série de problemas e faz parte dos bons hábitos de higiene, porém, não é ela que evita ou mata os piolhos.
Na escola da Luna, essa semana, foi detectado em alguma criança. Espalhou-se um meio pânico, mandaram os lençois para casa, de todos, para serem lavados, e contrataram um especialista no assunto para avaliar a escola. Juro, que imaginei um exterminator equipadíssimo, tipo o filme Ghostbusters, com um super aparelho hi-tech desinfetando a cabeça de todas as crianças para matar os possíveis bichinhos ferozes. Uma contradição se você pensar, que eles nem ligam e já se acostumaram de ver tantos ratinhos soltos pela rua, nas plataformas do metrô, na calçada, nos parques…